Por Chiara Santomiero
"Por que, com relação à AIDS, a mídia continua tratando a Igreja como parte do problema e não da solução?"
Esta foi a pergunta feita nesta quarta-feira pelo arcebispo de Durban (África do Sul), cardeal Wilfrid Fox Napier, aos jornalistas, na segunda coletiva de imprensa de apresentação da Relatio post disceptationem (relação após o debate), por ocasião do Sínodo da África.
O informe recolheu as queixas dos padres sinodais sobre vários aspectos da sociedade africana, em particular sobre a ameaça à instituição familiar derivada de múltiplas causas, entre elas doenças de grande difusão, como a AIDS.
Além da "milagrosa transição do regime de apartheid à democracia - afirmou o cardeal Napier -, o outro fenômeno pelo qual a África do Sul é conhecida é a elevada taxa de pessoas contagiadas pela AIDS, e a Igreja realiza uma função muito importante no tratamento da doença e na qualidade da assistência".
Em primeiro lugar, as instituições eclesiásticas se envolvem oferecendo informação sobre a enfermidade, a fim de evitar o contágio.
Assim, oferecem um apoio efetivo na assistência e têm relação com as empresas farmacêuticas, intervindo para verificar se os retrovirais comuns se adaptam a todas as pessoas doentes (em algumas, não têm efeito) e para incentivar o desenvolvimento da pesquisa.
"Tentamos fazer isso da melhor forma possível - disse o purpurado -, aplicando programas de prevenção que requerem também vigiar com atenção a causa desta tremenda difusão da doença."
"Se, em linhas gerais, a causa deve ser buscada em comportamentos sexuais irresponsáveis - prosseguiu -, nós não podemos deixar de dizer que precisamos de comportamentos sexuais responsáveis."
E isso sobre a base de dois princípios: "Se a pessoa está casada, precisa ser fiel ao próprio cônjuge; se não está casada, é necessário abster-se de práticas irresponsáveis".
É preciso buscar este resultado com todos os meios possíveis. "Em nossa diocese - destacou -, temos um programa chamado ‘O dom da vida', que tem como objetivo fazer os adolescentes entenderem, mas também os adultos, a importância de transmitir a vida através do ato sexual".
"O ato sexual deve conduzir à procriação - concluiu o cardeal Napier - e, ainda que saibamos que no Ocidente existem diversas convicções, para nós é importante que o ato sexual seja o momento da criação da vida."
Fonte: Zenit.
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