terça-feira, 27 de outubro de 2009

Morre Camillo Cibin, “anjo da guarda” dos últimos Papas

Foi comandante da Gendarmaria do Vaticano durante muito tempo


Ontem, domingo, faleceu em Roma Camillo Cibin, aos 83 anos, durante muito tempo comandante da Gendarmaria Vaticana. Desde os anos 60, sempre havia parecido ao lado dos papas, até o ponto de ser chamado de "anjo da guarda" dos pontífices, tendo servido fielmente 6 deles.

As fotos do atentado a João Paulo II, no dia 13 de maio de 1981, retratam-no enquanto saltava as cercas para pegar Ali Agca, que acabava de atirar no Papa. Assim que o Papa se recuperou, recorda L'Osservatore Romano, Cibin pediu demissão, pelo acontecimento, mas o Papa a rejeitou, expressando seu reconhecimento pelo serviço que ele havia realizado naqueles anos.

No ano seguinte, Cibin foi imortalizado enquanto detinha um sacerdote espanhol que tentou esfaquear o Papa Wojtyla em Fátima.

Magro e sempre usando uniforme azul, permaneceu em serviço durante 57 anos. Casado e pai de 3 filhos, estava aposentado desde 2006, quando foi substituído por Domenico Giani.

Nascido em Salgareda (Treviso) no dia 5 de junho de 1926, Camillo Cibin entrou para o serviço ativo na Gendarmaria Pontifícia no dia 1º de maio de 1947, alcançando o grau de tenente.

Quando o Corpo se desfez, em 1971, ele foi nomeado vice-superior responsável pelo novo Escritório Central de Vigilância do Estado Cidade do Vaticano. No dia 1º de agosto de 1972, foi promovido a superior e, em julho de 1975, dirigente do escritório. Em 1982, foi nomeado chefe do escritório e, anos depois, inspetor geral.

Ele havia sido distinguido com as mais altas condecorações pontifícias: a Pro Ecclesia et Pontifice, o título de Cavaleiro de São Gregório Magno, a encomenda de São Silvestre, a encomenda com placa de São Gregório e o título de Cavaleiro da Grande Cruz de São Gregório.

O funeral de Camillo Cibin será celebrado amanhã (terça-feira), no altar da Cátedra de São Pedro, pelo cardeal Giovanni Lajolo.


Fonte: Zenit.

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