Segundo cardeal Odilo Scherer, “evangelização ‘genérica’ é insuficiente”
“Hoje constatamos, infelizmente, que a grande maioria dos católicos foi apenas batizada, mas não evangelizada”, afirma o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer.
Segundo Dom Odilo, “batizar apenas e, depois, deixar o cristão por conta de uma evangelização ‘genérica’ é insuficiente”.
“É como semear um campo e, depois, abandoná-lo a si mesmo; não dá para esperar muito fruto; é também como plantar um jardim e não zelar por ele: dá para esperar flor bonita e abundante?”, pergunta, em artigo publicado na edição desta semana do jornal arquidiocesano O São Paulo.
Dom Odilo explica que o batismo “é uma graça de Deus e a fé, um dom do Espírito Santo”; mas “a vivência da fé cristã precisa ser aprendida e supõe um processo contínuo, ao longo de todas as etapas da vida; tanto a criança precisa aprender a ser cristã, como a pessoa adulta, ou idosa”.
“Hoje, mais do que evangelizar catecúmenos, precisamos começar a evangelizar a maioria dos já batizados”, reconhece o cardeal.
A iniciação à vida cristã “começa com o anúncio querigmático, mediante o qual a pessoa é levada ao encontro com Jesus Cristo e colocada diante do núcleo central da fé cristã: Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, é nosso Salvador. Morto na cruz por nosso amor, ressuscitou dos mortos e foi elevado à direita de Deus Pai, onde será nosso juiz”.
“Por seu intermédio obtemos a redenção e o perdão dos pecados. Para todo ser humano neste mundo, Ele é o caminho, a verdade e a vida. O querigma, anunciado e testemunhado com fé, suscita a fé naqueles que o recebem, pela ação do Espírito Santo”, escreve Dom Odilo.
Depois –prossegue o arcebispo de São Paulo– precisa seguir a iniciação à vida cristã, “aprendendo a se relacionar com Deus, na oração cristã; a conhecer as verdades da fé cristã professadas no ‘Creio’ e explicadas pela Igreja, no Catecismo”
Aprender também “a ouvir e acolher a Palavra de Deus, com a comunidade de fé, a Igreja; e a iniciação à vida cristã não pode deixar de colocar o fiel diante das implicações morais decorrentes do seguimento de Jesus e da pertença à Igreja”.
Segundo Dom Odilo Scherer, esta iniciação “também leva o fiel a ‘aprender’ o jeito próprio da vivência cristã, a mística cristã”.
“Assim, durante a vida inteira, o cristão está ‘na escola do Evangelho’ e vai aprendendo a ser fiel a Jesus, seguindo-o no caminho dele; mesmo no extremo da vida, diante da morte, pois também há um jeito cristão de ficar doente e de morrer...”
“Em tudo isso, é bom ter presente que não se trata de um aprendizado meramente intelectual, embora esse aspecto também faça parte do processo, pois a fé também precisa ser conhecida com a inteligência. Mais que isso, porém, é um aprender existencial”, assinala o arcebispo.
Dom Odilo explica ainda que a vivência cristã “se expressa numa relação filial e familiar com Deus, nosso Pai; a iniciação à vida cristã será boa, se ajudar os fiéis a viverem como bons filhos e filhas de Deus”.
Outra “bela maneira de compreender a vida cristã” é a “amizade” com Cristo, já que a vida cristã “é expressão de um relacionamento familiar e íntimo com Deus e com Jesus Cristo, mediante o dom do Espírito Santo de Deus”.
“A formação do cristão adulto na fé é missão e trabalho nosso, e da Igreja: quem já é discípulo de Cristo, ajuda outros a serem discípulos também”, destaca o arcebispo.
Segundo Dom Odilo, “batizar apenas e, depois, deixar o cristão por conta de uma evangelização ‘genérica’ é insuficiente”.
“É como semear um campo e, depois, abandoná-lo a si mesmo; não dá para esperar muito fruto; é também como plantar um jardim e não zelar por ele: dá para esperar flor bonita e abundante?”, pergunta, em artigo publicado na edição desta semana do jornal arquidiocesano O São Paulo.
Dom Odilo explica que o batismo “é uma graça de Deus e a fé, um dom do Espírito Santo”; mas “a vivência da fé cristã precisa ser aprendida e supõe um processo contínuo, ao longo de todas as etapas da vida; tanto a criança precisa aprender a ser cristã, como a pessoa adulta, ou idosa”.
“Hoje, mais do que evangelizar catecúmenos, precisamos começar a evangelizar a maioria dos já batizados”, reconhece o cardeal.
A iniciação à vida cristã “começa com o anúncio querigmático, mediante o qual a pessoa é levada ao encontro com Jesus Cristo e colocada diante do núcleo central da fé cristã: Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, é nosso Salvador. Morto na cruz por nosso amor, ressuscitou dos mortos e foi elevado à direita de Deus Pai, onde será nosso juiz”.
“Por seu intermédio obtemos a redenção e o perdão dos pecados. Para todo ser humano neste mundo, Ele é o caminho, a verdade e a vida. O querigma, anunciado e testemunhado com fé, suscita a fé naqueles que o recebem, pela ação do Espírito Santo”, escreve Dom Odilo.
Depois –prossegue o arcebispo de São Paulo– precisa seguir a iniciação à vida cristã, “aprendendo a se relacionar com Deus, na oração cristã; a conhecer as verdades da fé cristã professadas no ‘Creio’ e explicadas pela Igreja, no Catecismo”
Aprender também “a ouvir e acolher a Palavra de Deus, com a comunidade de fé, a Igreja; e a iniciação à vida cristã não pode deixar de colocar o fiel diante das implicações morais decorrentes do seguimento de Jesus e da pertença à Igreja”.
Segundo Dom Odilo Scherer, esta iniciação “também leva o fiel a ‘aprender’ o jeito próprio da vivência cristã, a mística cristã”.
“Assim, durante a vida inteira, o cristão está ‘na escola do Evangelho’ e vai aprendendo a ser fiel a Jesus, seguindo-o no caminho dele; mesmo no extremo da vida, diante da morte, pois também há um jeito cristão de ficar doente e de morrer...”
“Em tudo isso, é bom ter presente que não se trata de um aprendizado meramente intelectual, embora esse aspecto também faça parte do processo, pois a fé também precisa ser conhecida com a inteligência. Mais que isso, porém, é um aprender existencial”, assinala o arcebispo.
Dom Odilo explica ainda que a vivência cristã “se expressa numa relação filial e familiar com Deus, nosso Pai; a iniciação à vida cristã será boa, se ajudar os fiéis a viverem como bons filhos e filhas de Deus”.
Outra “bela maneira de compreender a vida cristã” é a “amizade” com Cristo, já que a vida cristã “é expressão de um relacionamento familiar e íntimo com Deus e com Jesus Cristo, mediante o dom do Espírito Santo de Deus”.
“A formação do cristão adulto na fé é missão e trabalho nosso, e da Igreja: quem já é discípulo de Cristo, ajuda outros a serem discípulos também”, destaca o arcebispo.
(Alexandre Ribeiro)
Fonte: Zenit.
Nenhum comentário:
Postar um comentário