sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Papa pede diálogo para melhorar situação dos cristãos no Irã



Ao receber as cartas credenciais do novo embaixador

Bento XVI destacou a necessidade de que a situação dos cristãos no Irã melhore e expressou sua confiança em que as autoridades do país lhes garantirão liberdade para viverem sua fé.
Ele o fez no discurso que dirigiu hoje ao novo embaixador da República Islâmica do Irã, Ali Akbar Naseri, ao recebê-lo em audiência no Vaticano para aceitar suas cartas credenciais.
“Desejo que se desenvolva um diálogo confiado e sincero com as instituições do país para melhorar a situação das comunidades cristãs e de suas atividades no contexto da sociedade civil, de maneira que aumente seu senso de pertença à vida nacional”, afirmou o Papa.
“A Santa Sé confia em que as autoridades iranianas saberão reforçar e garantir aos cristãos a liberdade para professar sua fé e assegurar à comunidade católica as condições essenciais para sua existência, especialmente a possibilidade de ter a equipe religiosa suficiente e as facilidades de deslocamento no país para garantir o serviço religioso dos fiéis”, acrescentou.
O Papa destacou que os católicos “estão presentes no Irã desde os primeiros séculos do cristianismo e sempre foram parte integrante da vida e da cultura da nação”.
Assegurou que “esta comunidade é realmente iraniana e sua experiência secular de convivência com os crentes muçulmanos é de grande utilidade para a promoção de uma maior compreensão e cooperação”.
“A Santa Sé, em cuja natureza e missão se encontra interessar-se diretamente pela vida das igrejas locais, deseja fazer os esforços necessários para ajudar a comunidade católica no Irã a manter vivos os sinais da presença cristã, em um espírito de entendimento e de boa vontade com todos”, acrescentou.
Bento XVI manifestou sua proximidade a todos os fiéis e afirmou que “reza por eles para que, mantendo com perseverança sua identidade própria e permanecendo ligados à sua terra, colaborem generosamente com todos os seus conterrâneos no desenvolvimento da nação”.
Mais princípios humanitários que frios cálculos
Por outro lado, o pontífice expressou a necessidade de que as nações cooperem para a paz e promoção da dignidade humana.
“Hoje, todos nós devemos esperar e apoiar uma nova fase de cooperação internacional, mais fundada nos princípios humanitários e na ajuda efetiva aos que sofrem que dependente de frios cálculos de intercâmbios e de benefícios técnicos e econômicos”, afirmou.
O Papa valorizou a presença do novo embaixador do Irã no Vaticano e considerou que ele “manifesta o interesse do seu país pelo desenvolvimento de boas relações com a Santa Sé”.
Destacou que “a Santa Sé deseja consolidar as relações com a República Islâmica do Irã e favorecer a compreensão mútua e a colaboração para o bem comum”. E isso a partir da vontade de “defender e promover a dignidade humana” e de estar “ao serviço do bem da família humana, prestando um interesse particular aos aspectos técnicos, morais e humanitários das relações entre as populações”.
Irã e a comunidade internacional
Sobre o Irã, Bento XVI indicou que “é uma grande nação, que possui eminentes tradições espirituais e suas pessoas têm uma profunda sensibilidade religiosa”.
“Isso pode ser um motivo de esperança para uma abertura crescente e uma colaboração confiada com a comunidade internacional”, acrescentou.
O Papa também reiterou a “necessidade urgente da nossa época” do “estabelecimento de relações cordiais entre os crentes das diversas religiões”.
“A fé no único Deus deve aproximar todos os crentes e animá-los a trabalharem juntos na defesa e promoção dos valores humanos fundamentais”; entre eles, os direitos universais, a liberdade religiosa e a liberdade de consciência ocupam um lugar fundamental, porque são fonte das demais liberdades”, afirmou.
Para o Santo Padre, “a defesa de outros direitos que nascem da dignidade das pessoas e das populações, em particular a promoção da proteção da vida, da justiça e da solidariedade, deve também ser objeto de uma colaboração real”.
O Papa também valorizou o trabalho dos representantes do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso e da Organização para a Cultura e as Relações Islâmicas, que têm encontros organizados sobre temas de interesse comum, há vários anos.
“Contribuindo para buscar juntos o que é justo e correto – disse –, esses encontros permitem que todos progridam no conhecimento recíproco e cooperem na reflexão sobre as grandes questões que afetam a vida da humanidade.”
Ali Akbar Naseri nasceu na cidade iraniana de Babul, no dia 8 de setembro de 1956. Ele fala árabe e é especialista em estudos jurídicos, teológicos e filosóficos.

Belo Horizonte: lançamento do projeto “Com Fé na Política”

A arquidiocese de Belo Horizonte inicia hoje o projeto “Com Fé na Política”, que tem o objetivo de criar fóruns permanentes de formação e debates para o acompanhamento dos trabalhos dos políticos eleitos nos 28 municípios que compõem a arquidiocese.
O arcebispo metropolitano, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, lança as atividades do grupo hoje na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, ao lado dos bispos auxiliares e de representantes dos poderes Legislativo e Executivo.
“Com Fé na Política” promoverá debates periódicos sobre as políticas públicas locais, propiciando uma maior interação entre a arquidiocese de Belo Horizonte e o poder público.
O novo projeto soma-se às ações sociais e políticas da arquidiocese mineira, como o Núcleo de Estudos Políticos (NesP), o Vicariato Episcopal para a Ação Social e Política (Veasp) e o Conselho Arquidiocesano Pró-Vida.

Fonte: Zenit.

Bento XVI conversa com comunicadores sobre sua responsabilidade

Breve e espontâneo intercâmbio ao final da audiência desta quinta-feira

Por Jesús Colina

Bento XVI, ao receber nesta quinta-feira comunicadores dos cinco continentes, reconheceu a importância que seu trabalho tem para a evangelização em plena “cultura digital”.
Ao final da audiência com os membros do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, o pontífice pôde saudar pessoalmente alguns dos 60 presentes, depois de ter-lhes dirigido um discurso sobre a evangelização no novo contexto da multimídia.
Entre os presentes, por exemplo, encontrava-se o professor Ismar de Oliveira Soares, presidente até este fim de semana da União Católica Internacional de Imprensa (UCIP).
“O Papa me perguntou pelo trabalho da UCIP e lhe expliquei que neste fim de semana acontecerá a eleição do novo presidente na assembleia que acontecerá em Roma de 30 de outubro a 3 de novembro”.
“Bento XVI me explicou que ele tem muita esperança na ação dos profissionais católicos do mundo da comunicação”, explica a ZENIT o professor da Universidade de São Paulo (Brasil) e vice-presidente do Conselho Mundial de Educação para os Meios de Comunicação.
Tony Spence, diretor da agência Catholic News Service, fez ao Papa uma breve menção do impacto que deixou sua viagem aos Estados Unidos, no ano passado.
Daniela Frank, diretora executiva do Conselho Católico de Meios de Comunicação (CAMECO), trouxe ao Papa a nostalgia de sua Baviera natal.
Ao saudar o sacerdote António Pereira Rego, diretor da Sala de Comunicação da Conferência Episcopal de Portugal, o bispo de Roma lhe assegurou que em maio irá ao Santuário de Fátima.
“Vós sois os especialistas da comunicação”, disse ao Papa mons. Franco Lever, decano da Faculdade de Ciências da Comunicação Social da Universidade Pontifícia Salesiana de Roma.
O sacerdote salesiano explicou que sua Faculdade já completou vinte anos e pediu por ela as orações ao Santo Padre. “Felicidades!”, respondeu Sua Santidade.
O último a saudar o Papa foi Ettore Bernabei, nascido em 1921, antigo diretor geral da RAI (Rádio Televisão Pública Italiana), fundador da produtora televisiva “Lux Vide”, especializada na realização de telefilmes inspirados em temas religiosos.
Com este encontro se encerrava a assembleia do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, que serviu para avançar na redação de um documento que deverá apresentar as linhas pastorais da Igreja ante o surgimento da “cultura digital”.

Fonte: Zenit.

Papa quer novas tecnologias no anúncio do Evangelho

A Igreja Católica desafiou os seus fiéis a utilizarem as novas tecnologias no processo de evangelização.

Esta quinta-feira, o Papa Bento XVI convidou todos os que na Igreja Católica trabalham com a comunicação social e que têm responsabilidades pastorais a responder aos desafios que as novas tecnologias colocam no anúncio do Evangelho, noticia a Lusa.
Para Bento XVI, a utilização das novas tecnologias no processo de evangelização constitui um «desafio» à Igreja que é chamada a anunciar o Evangelho aos homens do terceiro milénio.
«Tudo isto constitui um desafio à Igreja, chamada a anunciar o Evangelho aos homens do terceiro milénio, mantendo inalterado o seu conteúdo mas tornando-o compreensível, graças a instrumentos e modalidades conformes à mentalidade e cultura de hoje», disse.
Esta semana, cerca de 60 delegados debateram um novo documento pastoral sobre os media e a Igreja. O documento deverá ser publicado em breve pelo Vaticano.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Silvia - Colombia



Saudades de los hermanos e do tempo que lá passei.

Padres Gerson Galvino e Wagner dos Santos



Disse Jesus:"Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e acredita em mim, não morrerá para sempre" (Jo 11, 25-26).


Padre Wagner dos Santos, SX e Padre Gerson Galvino, SX há 19 anos na glória de Deus.

Mais de 200 milhões de cristãos sofrem discriminações



Denúncia do representante vaticano na ONU

Por Roberta Sciampliccoti

Ainda que “não exista nenhuma religião no mundo que esteja isenta de discriminação”, a cristã é a mais perseguida.
Foi o que denunciou no dia 21 de outubro em Nova York o arcebispo Celestino Migliore, núncio apostólico e observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas.
“Está bem documentado que os cristãos são o grupo religioso mais discriminado”, afirmou o prelado durante sua intervenção na 64ª sessão da Assembleia Geral do organismo sobre a promoção e defesa dos direitos humanos.
“Mais de 200 milhões deles, de várias confissões, encontram-se em situações de dificuldade devido a estruturas legais e culturais que conduzem a sua discriminação”, disse.
“Apesar de ser repetidamente proclamado pela comunidade internacional e especificado nos instrumentos internacionais e nas Constituições da maior parte dos Estados”, o direito à liberdade religiosa “continua sendo hoje violado de uma maneira ampla”, constatou.
A ameaça das leis sobre a blasfêmia
Nos últimos meses, recordou o observador permanente, alguns países da Ásia e do Oriente Médio viram as comunidades cristãs “atacadas, com muitos feridos e mortos”, e “igrejas e casas presas das chamas”.
Estas ações, assinalou, “foram cometidas por extremistas em reposta às acusações realizadas contra algumas pessoas em base às leis antiblasfêmia”.
Neste contexto, Dom Migliore declarou que sua delegação “valoriza e apoia” a promessa do Governo do Paquistão de “revisar essas leis”.
As disposições legislativas sobre a blasfêmia, prosseguiu, “convertem-se com muita facilidade em uma oportunidade, para os extremistas, de perseguir os que escolhem livremente seguir uma tradição de fé diferente”.
E têm sido utilizadas para “fomentar a injustiça, a violência sectária e a violência entre religiões”, acrescentou.
Ante esta situação, os governos devem “enfrentar as causas profundas da intolerância religiosa e abolir estas leis que servem como instrumentos de abuso”.
Vontade de mudança
Se na legislação que restringe a liberdade de expressão “não se pode mudar a atitude”, declarou o arcebispo Migliore, “o que aqui ao contrário se precisa é vontade de mudança”.
Esta pode ser conseguida “conscientizando mais as pessoas, conduzindo-as a uma maior compreensão da necessidade de respeitar todas as pessoas, independentemente de sua fé ou de seus antecedentes culturais”.
Os Estados, por sua parte, “devem evitar adotar restrições à liberdade de expressão, que com frequência conduziram a abusos por parte das autoridades, e evitar também silenciar as vozes dissidentes, sobretudo as das pessoas que pertencem a minorias étnicas e religiosas”.
A autêntica liberdade de expressão pode contribuir a um maior respeito por todos e proporcionar a oportunidade de falar contra violações como a intolerância religiosa e o racismo, e promover a igual dignidade de todos”, indicou.
Visto que o ódio e a violência para determinadas religiões que persistem em vários lugares apontam a uma situação caracterizada pela intolerância, “é imperativo que as populações das diferentes tradições de fé colaborem para crescer na compreensão recíproca”, destacou.
E acrescentou: “é necessária uma autêntica mudança de mentalidade e de coração”.
Este objetivo – assegurou –, consegue-se sobretudo através da “educação à importância da tolerância e do respeito pela diversidade cultural e religiosa”.
“A cooperação entre as religiões – concluiu o arcebispo – é um requisito para a transformação da sociedade”, porque “realmente é possível construir uma cultura da tolerância e da coexistência pacífica entre os povos”.

Fonte: Zenit.

Grande maioria dos católicos foi apenas batizada, mas não evangelizada



Segundo cardeal Odilo Scherer, “evangelização ‘genérica’ é insuficiente”

“Hoje constatamos, infelizmente, que a grande maioria dos católicos foi apenas batizada, mas não evangelizada”, afirma o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer.
Segundo Dom Odilo, “batizar apenas e, depois, deixar o cristão por conta de uma evangelização ‘genérica’ é insuficiente”.
“É como semear um campo e, depois, abandoná-lo a si mesmo; não dá para esperar muito fruto; é também como plantar um jardim e não zelar por ele: dá para esperar flor bonita e abundante?”, pergunta, em artigo publicado na edição desta semana do jornal arquidiocesano O São Paulo.
Dom Odilo explica que o batismo “é uma graça de Deus e a fé, um dom do Espírito Santo”; mas “a vivência da fé cristã precisa ser aprendida e supõe um processo contínuo, ao longo de todas as etapas da vida; tanto a criança precisa aprender a ser cristã, como a pessoa adulta, ou idosa”.
“Hoje, mais do que evangelizar catecúmenos, precisamos começar a evangelizar a maioria dos já batizados”, reconhece o cardeal.
A iniciação à vida cristã “começa com o anúncio querigmático, mediante o qual a pessoa é levada ao encontro com Jesus Cristo e colocada diante do núcleo central da fé cristã: Jesus Cristo, Filho de Deus feito homem, é nosso Salvador. Morto na cruz por nosso amor, ressuscitou dos mortos e foi elevado à direita de Deus Pai, onde será nosso juiz”.
“Por seu intermédio obtemos a redenção e o perdão dos pecados. Para todo ser humano neste mundo, Ele é o caminho, a verdade e a vida. O querigma, anunciado e testemunhado com fé, suscita a fé naqueles que o recebem, pela ação do Espírito Santo”, escreve Dom Odilo.
Depois –prossegue o arcebispo de São Paulo– precisa seguir a iniciação à vida cristã, “aprendendo a se relacionar com Deus, na oração cristã; a conhecer as verdades da fé cristã professadas no ‘Creio’ e explicadas pela Igreja, no Catecismo”
Aprender também “a ouvir e acolher a Palavra de Deus, com a comunidade de fé, a Igreja; e a iniciação à vida cristã não pode deixar de colocar o fiel diante das implicações morais decorrentes do seguimento de Jesus e da pertença à Igreja”.
Segundo Dom Odilo Scherer, esta iniciação “também leva o fiel a ‘aprender’ o jeito próprio da vivência cristã, a mística cristã”.
“Assim, durante a vida inteira, o cristão está ‘na escola do Evangelho’ e vai aprendendo a ser fiel a Jesus, seguindo-o no caminho dele; mesmo no extremo da vida, diante da morte, pois também há um jeito cristão de ficar doente e de morrer...”
“Em tudo isso, é bom ter presente que não se trata de um aprendizado meramente intelectual, embora esse aspecto também faça parte do processo, pois a fé também precisa ser conhecida com a inteligência. Mais que isso, porém, é um aprender existencial”, assinala o arcebispo.
Dom Odilo explica ainda que a vivência cristã “se expressa numa relação filial e familiar com Deus, nosso Pai; a iniciação à vida cristã será boa, se ajudar os fiéis a viverem como bons filhos e filhas de Deus”.
Outra “bela maneira de compreender a vida cristã” é a “amizade” com Cristo, já que a vida cristã “é expressão de um relacionamento familiar e íntimo com Deus e com Jesus Cristo, mediante o dom do Espírito Santo de Deus”.
“A formação do cristão adulto na fé é missão e trabalho nosso, e da Igreja: quem já é discípulo de Cristo, ajuda outros a serem discípulos também”, destaca o arcebispo.


(Alexandre Ribeiro)


Fonte: Zenit.

Presidente da CNBB destaca vitalidade da Igreja no Brasil



Cúpula da Conferência episcopal visita Vaticano

O presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Geraldo Lyrio Rocha, considera que a Igreja Católica vive no país um momento de grande vitalidade, especialmente com o novo impulso lançado pela Conferência de Aparecida.
O arcebispo falou durante a visita que a presidência da CNBB realizou ontem à Rádio Vaticano, em Roma. Dom Geraldo Lyrio, Dom Luiz Soares Vieira, vice-presidente, e Dom Dimas Lara Barbosa, secretário-geral do organismo, encontraram-se com 40 jornalistas que trabalham na Rádio; segundo informa a CNBB.
Ao Programa Brasileiro da Rádio Vaticano, Dom Geraldo recordou que Bento XVI, “em um encontro que tivemos recentemente”, disse que “a Igreja no Brasil possui uma extraordinária vitalidade, e por isso nós louvamos a Deus”.
Segundo o arcebispo, trata-se de uma vitalidade “que se manifesta na multiplicidade de iniciativas das pastorais específicas, dos movimentos eclesiais, do vigor de nossas dioceses, da riqueza de nossas comunidades”.
Esse vigor é também fruto “do esforço imenso de integração e de unidade pastoral que representa a CNBB” e da “credibilidade de que goza a Igreja Católica no Brasil”.
Dom Geraldo Lyrio destacou que o momento de “extraordinária vitalidade” da Igreja Católica no Brasil expressa-se também por meio de “um fluxo importante de repercussão, que foi a Conferência de Aparecida”.
“Esta Conferência não foi apenas um momento, foi um evento que marcou a vida da Igreja na America Latina, e de um modo especial, no Brasil”, disse.
Segundo o arcebispo, o “grande destaque” da Conferência de Aparecida foi “o despertar missionário que vai se concretizando em várias manifestações”.
Verifica-se o esforço por uma “conversão pastoral” que faz com que a Igreja não fique apenas voltada para sua comunidade de fiéis, mas se abra “àqueles que estão de fora”.
“Isso leva a uma renovação interior da própria Igreja, uma renovação estrutural, eclesial e paroquial”, disse.
Sobre o contexto da visita ao Vaticano, Dom Geraldo Lyrio recordou que é atribuição da presidência da CNBB visitar o Papa todos os anos, levando não só as “preocupações”, mas também os resultados da ação evangelizadora e “procurando sempre intensificar os laços da Igreja do Brasil com a Sé Apostólica”.

Fonte: Zenit.

TV Verdes Mares Cariri

O Sistema Verdes Mares comemora, hoje, o lançamento da TV Verdes Mares Cariri, já em plena operação, um empreendimento ousado, à altura da intrepidez dos habitantes do Centro-Sul do Ceará. Numa conjuntura de transição entre os efeitos da recessão mundial e os primeiros sinais de sua superação no Brasil, este presente ofertado ao Cariri e áreas limítrofes representa a devolução de parte da receptividade e dos aplausos oferecidos a nossas iniciativas.Também nele se insere o reconhecimento público da pujança do mercado representado por 1,9 milhão de telespectadores potenciais, distribuídos por 66 municípios, abrangendo a área física de 61 mil quilômetros quadrados, equivalente a 41% do território do Ceará. A nova emissora se transforma na 122ª afiliada da Rede Globo de Televisão, oferecendo a este amplo universo de audiência uma programação nacional de qualidade, aliada à divulgação da cultura regional e de suas riquezas naturais.O Sistema Verdes Mares há muito se faz presente no Cariri, seja pela circulação do Diário do Nordeste, seja pela sintonia das Rádios Verdinha e FM 93, da TV Verdes Mares e da TV Diário. Juazeiro do Norte, por sua expressão econômica, religiosa e cultural, como centro nordestino de peregrinações, sedia a nova emissora de televisão do País.Nem poderia ser diferente, diante da dimensão alcançada por esse município, impulsionada pela fé católica e pela crença no Padre Cícero Romão Batista, construtor de um dos maiores fenômenos de religiosidade popular, no Brasil, comprovado pelos três milhões de romeiros habituados, a cada ano, a renovar seu testemunho de fidelidade aos ensinamentos deixados pelo taumaturgo nordestino.A força da religiosidade coloca Juazeiro do Norte entre os maiores destinos de peregrinações do mundo. Em consequência, a cidade se vê como polo irradiador de relações econômicas, sociais e religiosas no raio de 600 quilômetros no Nordeste. Daí sua escolha para abrigar a Região Metropolitana do Cariri, consolidando sua condição de cidade fundamental para seu desenvolvimento.O sinal da TV Verdes Mares Cariri abrange todo o Vale do Cariri, o Sertão dos Inhamuns, o Sertão de Crateús e parte do Vale do Jaguaribe. Do ponto de vista do crescimento econômico, essas regiões experimentam transformações animadoras, como decorrência da ação político-administrativa dos gestores municipais, do plano de interiorização do processo industrial conduzida pelo governo do Estado e dos efeitos da partilha da renda nacional promovida pelos programas sociais do governo federal.A nova emissora manifesta sua alegria com um evento para todo público caririense, no Parque de Eventos, em Juazeiro do Norte, iniciando-se com a bênção das instalações por dom Fernando Panico, bispo da Diocese do Crato, coadjuvado pelo padre Marcelo Rossi. Em seguida, haverá um show musical pelo sanfoneiro Waldonys e artistas da terra, encerrado pela Camerata da Unifor, da Fundação Edson Queiroz. O Cariri vive um novo tempo!

Fonte:O Diário do Nordeste.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Oração de São Judas Tadeu



São Judas Tadeu, apóstolo escolhido por Cristo, eu vos saúdoe louvo pela fidelidade e amor com que cumpristes vossa missão.Chamado e enviado por Jesus, sois uma das doze colunas que sustentam averdadeira Igreja fundada por Cristo.Inúmeras pessoas, imitando vosso exemplo e auxiliadas por vossa oração,encontram o caminho para o Pai, abrem o coração aos irmão se descobremforças para vencer o pecado e superar todo o mal.Quero imitar- vos, comprometendo- me com Cristo e com sua Igreja, por umadecidida conversão a Deus e ao próximo, especialmente o mais pobre.E, assim convertido, assumirei a missão de viver e anunciar o Evangelho, comomembro ativo de minha comunidade.Espero, então, alcançar de Deus a graça que imploro confiando na vossa poderosa intercessão.


São Judas Tadeu, rogai por nós!Amém!

Fazer que os anglicanos se sintam em casa na Igreja Católica

Entrevista com Mons. Stetson, especialista no diálogo coma Comunhão Anglicana Tradicional

Por Karna Swanson

Na semana passada, Bento XVI surpreendeu o mundo com a notícia que permitirá que grupos anglicanos que desejam entrar em plena comunhão com a Igreja Católica o façam através de ordinariados pessoais, preservando ao mesmo tempo elementos da tradição espiritual e litúrgica anglicana.
A provisão de ordinariados é a resposta do Vaticano aos anglicanos que expressaram o desejo de converter-se em católicos. Estima-se que cerca de 25 bispos anglicanos tenham feito uma petição similar.
Até agora, existia uma provisão pastoral, emanada por João Paulo II em 1980, mas que só contemplava os casos individuais de sacerdotes episcopalianos que desejavam abraçar o catolicismo.
Para entender como funcionam os ordinariados pessoais e a importância desta iniciativa, Zenit entrevistou Mons. William Stetson, sacerdote do Opus Dei e secretário delegado eclesiástico da Congregação para a Doutrina da Fé para a Provisão Pastoral de ex-sacerdotes episcopalianos (termo utilizado para designar os membros da Comunhão Anglicana nos Estados Unidos e na Escócia).
Stetson trabalha em um Escritório de Provisão Pastoral na paróquia de Nossa Senhora de Walsingham, uma congregação de tradição anglicana na arquidiocese de Galveston-Houston.
-O que é um ordinariado pessoal? Existe em algum outro lugar na Igreja?
Monsenhor Stetson: Um ordinariado é uma estrutura jurisdicional composta por um prelado com jurisdição ordinária, seu próprio clero incardinado que o assiste em seu trabalho pastoral e os fiéis leigos, por quem vela.
Existe um ordinariado militar em muitos países, que tem a responsabilidade do cuidado pastoral daqueles que servem nos exércitos e de suas famílias. Nos Estados Unidos, ele se chama Arquidiocese para os Serviços Militares (Archdiocese for the Military Services). Que eu saiba, não existem outros ordinariados.
-Qual é a diferença fundamental entre a provisão pastoral de 1980 e a nova constituição apostólica?
Monsenhor Stetson: A provisão pastoral não tinha conteúdo canônico e não contemplava o exercício do poder de governo. A nova constituição apostólica estabelecerá normas canônicas no mais alto nível, para prover a criação de novas estruturas canônicas, chamadas “ordinariados”, em nações individuais. Em conformidade com as normas gerais, cada ordinariado terá o poder de governo (jurisdição) sobre um determinado tipo de pessoas e assuntos.
-O que acontecerá com as paróquias católicas de tradição anglicana (Anglican Use parishes) que estiveram funcionando durante anos?
Monsenhor Stetson: Até este momento, as chamadas paróquias de tradição anglicana nos Estados Unidos são paróquias da diocese onde estão presentes, que mantêm elementos da tradição anglicana, especialmente a liturgia.
Não há relação canônica entre elas ou com o delegado eclesiástico da provisão pastoral.
Presumivelmente, se for estabelecido um ordinariado nos Estados Unidos, as paróquias passariam a ser jurisdição do novo ordinariado e ficariam sob a jurisdição do prelado do ordinariado.
As futuras paróquias e comunidades de culto poderiam ser estabelecidas pelo ordinário do ordinariado a pedido de grupos de fiéis anglicanos com um sacerdote, após a consulta ao bispo do lugar em que se encontram.
-Qual é o motivo de estabelecer estes ordinariados pessoais? Por que a provisão pastoral não era suficiente?
Monsenhor Stetson: A provisão pastoral é um mero processo administrativo para preparar os antigos sacerdotes episcopalianos casados para serem ordenados como sacerdotes católicos, a pedido dos bispos diocesanos. O novo ordinariado proverá uma estrutura canônica similar a uma diocese, para o cuidado pastoral dos fiéis leigos que procedem da igreja episcopaliana.
-Esta estrutura canônica parece responder diretamente a uma petição realizada há dois anos pela Comunhão Anglicana Tradicional, que tem cerca de 400 mil membros no mundo inteiro. Você acha que muitos desses membros entrarão em comunhão com a Igreja Católica através do ordinariado pessoal?
Monsenhor Stetson: A Comunhão Anglicana Tradicional é, na verdade, uma confederação de autodenominadas dioceses presentes em muitos países; está formada por sacerdotes, fiéis leigos e bispos. A Comunhão Anglicana Tradicional, como tal, nunca fez parte da Comunhão Anglicana sob a autoridade do arcebispo da Cantuária.
O que vai acontecer com as dioceses nos países concretos dependerá das decisões tomadas pela hierarquia católica nos respectivos países, com a Congregação para a Doutrina da Fé. Seu número maior está na África e na Ásia.
-Como será o processo para os anglicanos, especialmente sacerdotes e bispos, que entrarem na Igreja através do ordinariado?
Monsenhor Stetson: A constituição apostólica que permitirá a criação de ordinariados em cada país ainda não foi apresentada. Por esta razão, não conhecemos a natureza do processo. Eu anteciparia que será similar ao usado nos últimos 27 anos pela provisão pastoral aqui nos Estados Unidos, e sua homóloga na Inglaterra.
-O anúncio vaticano contempla a possibilidade de que um ordinariado católico tenha seminaristas, que se preparariam junto com os seminaristas católicos, “ainda que o ordinariado estabeleceria uma casa de formação dirigida às necessidades particulares de formação no patrimônio anglicano”. Isso incluiria a possibilidade de matrimônio para estes seminaristas anglicanos?
Monsenhor Stetson: Os pontos específicos desta questão ainda não foram revelados. Ao menos suponho que os seminaristas teriam de estar casados e estudar em um seminário anglicano no momento que trataram de entrar em plena comunhão, e logo continuar estudando para o sacerdócio em um seminário católico. Eles teriam de receber a dispensa da norma do celibato, estudando a Santa Sé caso por caso. Os futuros seminaristas teriam de ser celibatários.
-Que outras tradições os anglicanos manteriam ao entrar na Igreja Católica pela via do ordinariado pessoal?
Monsenhor Stetson: As paróquias pequenas, que permitem uma maior coesão. Uma rica tradição de expressão litúrgica (linguagem, música, vestimentas, espaço) em inglês, que data do século XVI. Isso também incluiria uma grande tradição da utilização da Sagrada Escritura na pregação, o amor pelos Padres da Igreja e uma expressão teológica além da escolástica católica romana.
-Por que o Vaticano pode oferecer esta concessão apenas aos anglicanos, e não aos luteranos, presbiterianos etc., que quiserem entrar na Igreja?
Monsenhor Stetson: Os anglicanos desfrutaram sempre de um lugar especial na atitude católica para com a ruptura da unidade dos cristãos no Ocidente depois do século XVI. A Igreja da Inglaterra tentou manter muitos elementos da Igreja Católica e, ao mesmo tempo, ser protestante. A Igreja da Inglaterra manteve uma maior unidade dentro de si mesma e, portanto, poder-se-ia tratar como uma entidade única nas conversações com Roma.
-Falou-se que esta medida afetará negativamente o diálogo anglicano-católico, quer dizer, o Conselho Internacional Anglicano-Católico (ARCIC). É certo?
Monsenhor Stetson: Aparentemente não, de acordo com as manifestações das autoridades católicas e anglicanas na Inglaterra e em outros países que estão implicados no diálogo ecumênico. Só o tempo dirá.
-Por que é uma boa notícia para os anglicanos que buscam a plena comunhão com a Igreja Católica?
Monsenhor Stetson: Os anglicanos que entrarem na comunhão plena encontrarão um lar espiritual familiar na Igreja Católica através das paróquias que o prelado do ordinariado será capaz de estabelecer com os sacerdotes e o pessoal especialmente preparado, que também virá da tradição anglicana.

Fonte: Zenit.

Missão latino-americana passa também pelas novas tecnologias

O trabalho da Rede Informática da Igreja na América latina (RIIAL)

A “missão continental” lançada pela Igreja na América Latina após a V Conferência Geral do Episcopado, celebrada em maio de 2007 em Aparecida, está recebendo um impulso decisivo graças às novas tecnologias da comunicação.
Foi o que mostrou a doutora Leticia Soberón, coordenadora da Rede Informática da Igreja na América Latina (RIIAL), em um informe apresentado na assembleia plenária do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, que acontece de 26 a 29 de outubro em Roma.
Segundo ela explicou, a RIIAL une atualmente 20 das 22 conferências episcopais dessa área do planeta, e nos últimos anos formou mais de 2 mil agentes de pastoral informática ao serviço da Igreja.
Nestes momentos, explicou, 14 mil paróquias usam o software gratuito em língua espanhola e portuguesa e 25 dioceses participam em um projeto piloto para testar software para trabalhar em rede.
Entre os novos frutos da RIIAL, Soberón citou a Rede Centro Americana de Meios de Comunicação, uma rede de ligação entre os meios de comunicação, que multiplica sua visibilidade e eficácia.
Outros frutos acontecem no campo da informação, declarou, como é o caso da plataforma www.h2onews.org, que distribui informação audiovisual produzida pelas diferentes televisões e produtores de televisão católicos, pondo-a ao alcance de canais de televisão católicos e páginas web.
Outro resultado é a Lectio divina para jovens, pelo correio eletrônico e nos telefones celulares e MP3, promovida pelo Centro Bíblico do CELAM e as Sociedades Bíblicas Unidas (http://lectionautas.com).
Mas, sobretudo, declarou a doutora Soberón, além dos frutos concretos, a RIIAL promove “uma cultura e uma espiritualidade de comunhão no campo das novas tecnologias”.
Neste sentido, a prioridade da RIIAL é a conectividade e comunicação intra-eclesial.
“A RIIAL analisa toda a diocese em termos de rede, detectando os nós que estão isolados, começando pelos párocos e as comunidades pobres, ainda não conectadas. Este desafio se enfrenta elaborando “soluções tecnológicas ‘sob medida’ de cada situação para incorporá-los à rede”.
Neste sentido a RIIAL promove a “experiência de rede como comunhão eclesial”.
A RIIAL é uma iniciativa promovida pelo Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais em colaboração com o Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM).

Mais informação em www.riial.org.

Fonte: Zenit.

Polônia: mais de mil escolas levam o nome de João Paulo II



Realizado o II Foro de iniciativas em honra do Papa polonês

Por Patrícia Navas

Na Polônia há 1.100 escolas que levam o nome de João Paulo II, e numerosas associações e iniciativas que trabalham segundo o espírito do Papa polonês e em sua honra.
Representantes de algumas delas e de numerosas iniciativas da região de Podlaquia inspiradas em João Paulo II celebraram seu segundo foro, em 17 de outubro passado, na cidade polonesa de Bialystok, informou a ZENIT a rede social Loolek, que busca promover a figura e a mensagem desse Santo Padre.
O ato começou com uma Missa e uma saudação de Marek Falkowski, representante da rede social que tomou o nome com o qual chamavam Karol Wojtyla quando era pequeno, Loolek, e de Roman Czepe, presidente do Clube de Intelectuais Católicos de Bialystok.
Em primeiro lugar, apresentou-se uma creche de Bialystok que leva o nome de João Paulo II. Seus pequenos alunos recitaram poemas e cantaram canções sobre seu patrono.
Depois se apresentaram o Torneio de Conhecimentos sobre João Paulo II, dirigido a escolares de escolas primárias e secundárias, e o concurso de artes plásticas “João Paulo II visto com os olhos de uma criança”, patrocinados pelo arcebispo da diocese de Drohiczyn, Dom Antoni Pacyfik Dydycz, e o chefe do distrito de Bielsk Podlaski.
A coordenadora da Família de Escolas que comemoraram João Paulo II da região de Podlaquia, Boena Nienatowka, explicou como contribui a escola a que se conheça mais João Paulo II.
Também descreveu a essência do funcionamento da Família de Escolas em comemoração de João Paulo II da região de Pdlaquia.
Esta entidade foi fundada há 5 anos em Drohiczyn, com o objetivo de elaborar um modelo de educação eficaz que se refira ao ensinamento de João Paulo II, baseado em uma educação de valores, ou seja, na verdade, bondade, honradez, amor e paz.
Atualmente, 40 escolas da região estão associadas a esta Família, que participa de encontros regionais e nacionais e elaboram um plano de iniciativas comuns, entre outras um torneio de tênis de mesa, a Olimpíada de ideias de João Paulo II, um concerto de aniversário em comemoração de João Paulo II e a campanha para chamar a uma rua com o nome “De Karola a Karolka” (De Carlos a Carlitos).
Nos encontros destas escolas, se organizam diversas atividades, como concursos, exposições, conferências e debates sobre as maneiras para introduzir os valores nos quais se baseiam os centros da Família de Escolas em comemoração de João Paulo II.
Seus responsáveis encontram inspiração em palavras que João Paulo II pronunciou quando visitou Biaystok: “sobretudo devem-se educar os jovens no espírito moderno, no espírito de aspiração à unidade, à unidade de Cristo, pela qual Ele rezava e com a qual nos comprometeu”.
O Papa acrescentou naquela ocasião: “que nossos esforços para saltar os obstáculos que aparecem nas relações mútuas estejam marcados por uma benevolência grande e amor desinteressado, tomando o exemplo que Cristo nos deu em sua missão e morte na cruz”.
No encontro de 17 de outubro passado, interveio também Maciej Trybulec, em representação do grupo “Santo Subito”, fundado em 2005 em uma paróquia polonesa com o objetivo de dar a conhecer a mensagem e a vida de João Paulo II e seguir suas pegadas.
Explicou que sua entidade, como “Geração JPII”, sente-se responsável por recordar momentos especiais como o de abril de 2005, quando faleceu o Papa polonês.
Disse que esses momentos podem ser deixados pra trás, enterrando-se assim os talentos no jardim, ou tentar que dêem frutos, como uma árvore sadia, e compartilhá-los com quem precise.

Mais informação em http://www.loolek.org/

Fonte: Zenit.

Guiné-Bissau: Rádio Católica une civis e militares



Em meio a medidas para reestruturar o exército da Guiné-Bissau, a rádio católica "Sol Mansi" lançou uma transmissão especial: um programa dirigido especialmente aos militares, para que reconheçam seu papel dentro de uma democracia e em tempos de paz.A iniciativa foi ilustrada à agência Misna pelo diretor da rádio, Padre Davide Sciocco, missionário do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME). Ele explica que, durante os próximos dois anos, o programa permitirá manter um diálogo entre dois mundos muito distantes entre si: de um lado, o exército, de outro, os cidadãos.Depois da guerra civil, a distância entre exército e civis aumentou ainda mais nos últimos meses, com o assassinato do presidente João Bernardo "Nino" Vieira e do general Tagme na Waie, chefe de Estado maior das Forças Armadas."Com o apoio da Caritas Alemã, das Nações Unidas e do chefe de Estado maior, queremos contribuir ao diálogo e à paz em um contexto difícil, onde, porém, não faltam as potencialidades e a vontade de progredir" – declarou o Padre Sciocco.Em sua programação, a Rádio Sol Mansi retransmite também os programas brasileiros da Rádio Vaticano.


(BF)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Financiamento da mídia católica: problema urgente



Entrevista com a diretora executiva do CAMECO, Daniela Frank

Por Jesús Colina

Do seu observatório privilegiado, Daniela Frank, diretora executiva do Conselho Católico de Meios de Comunicação (CAMECO), pode compreender como poucos os desafios que a Igreja Católica tem neste momento, na era da comunicação.
O CAMECO, com sede em Aquisgran (Aachen, Alemanha), é um escritório de consulta e assessoria no campo das comunicações para a África, América Latina, Ásia, Pacífico e Europa do Leste.
O conselho presta seu serviço há 40 anos, assessorando diretamente os encarregados de projetos de comunicação e colaborando com as agências de cooperação da Igreja na Europa e América do Norte, que oferecem ajuda a meios de comunicação.
Daniela Frank faz um balanço e traça perspectivas nesta entrevista concedida a Zenit em Roma, por ocasião de sua participação na assembleia plenária do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, do qual é consultora.
--Vocês analisam centenas de projetos de comunicação católicos. Você poderia nos dizer qual é o "pecado original" da mídia católica, do ponto de vista profissional e ético? Por que,,no cenário mundial - na televisão por exemplo -, hoje não existe um grande meio de comunicação católico, apesar de que haja uma audiência potencial de milhões de pessoas?
--Daniela Frank: É muito difícil ter uma resposta que cubra a grande diversidade das realidades da mídia católica em contextos tão diversos, como África, América Latina, Ásia ou Europa do Leste. Um problema me parece ser que muitos responsáveis subestimam o dinamismo, a complexidade e o profissionalismo do mundo das comunicações, no qual também a mídia católica tem de mover-se e competir.
Já não basta o simples "ser católico" para atrair (e manter) o público. Inclusive as audiências que têm interesse nas posições da Igreja, que querem ver e escutar programas religiosos ou as mensagens que surgem da doutrina social da Igreja e que compartilham nossa visão do ser humano, procuram programas atrativos e interessantes, que sejam capazes de competir com os produtos profissionais de muitos meios comerciais.
Não basta a boa vontade do sacerdote ou de leigos comprometidos para gestionar e sustentar uma revista, uma rádio ou uma emissora de televisão católica. Fazer comunicação é uma tarefa profissional e por isso temos de aumentar nossas capacidades para poder oferecer o que é nosso de forma atrativa.
Outro "perigo" nas comunicações católicas, segundo nosso parecer, é que pensamos mais em "meios" que em "comunicação". Com frequência, o importante é estabelecer e ter um meio próprio, uma editora, uma rádio, um canal de televisão... e só depois se pensa em programas, no financiamento das operações, na capacitação da equipe. Ao invés disso, poder-se-ia refletir primeiro sobre os destinatários com os quais queremos nos comunicar e os conteúdos que poderiam atraí-los, e depois definir os canais e formatos mais adequados. Pensar mais estrategicamente continua sendo um grande desafio para nós, comunicadores católicos.
--Um problema importante dos meios de comunicação católicos é o autofinanciamento. Uma informação religiosa não é a mesma coisa que uma informação econômica, esportiva ou de entretenimento. No segundo caso, é mais fácil pagar por utilizar ou desfrutar. Existe uma solução para este problema?
--Daniela Frank: O financiamento das comunicações católicas é um tema urgente no mundo inteiro. Para os meios eletrônicos, publicidade é quase a única maneira para gerar ingressos significativos, uma opção que com frequência os superiores eclesiais rejeitam ou que (em vários países) a lei não permite.
Outra opção são as doações individuais ou - para os meios no Sul ou em partes da Europa do Leste - subsídios pontuais por parte das agências de cooperação. Também há dioceses que dedicam uma parte do seu orçamento à rádio ou a outros meios de comunicação diocesanos porque têm um papel pastoral essencial.
Sem dúvida, sustentar um meio de comunicação católico é um desafio enorme para crescer em "responsabilidade compartilhada", uma responsabilidade que inclui a hierarquia local, os fiéis e outros que se identificam com este meio. Não há soluções fáceis ou que funcionam em qualquer contexto. Mas podemos observar que iniciativas com produções criativas, grupos destinatários bem definidos e bases sociais sólidas enfrentam este desafio mais facilmente. Temos de ser mais criativos, temos de crescer em compromisso (que só é possível se estivermos convencidos de que nosso meio realmente oferece um serviço importante e qualificado) e temos de livrar-nos dos preconceitos contra o mundo comercial. Podemos aprender muito dos meios comerciais de êxito sem simplesmente copiar suas operações.
--Em países em vias de desenvolvimento, há muitas iniciativas de comunicação católicas e poucos meios. Estas realidades podem aproveitar sua atividade profissional de conselho e ajuda? Como?
--Daniela Frank: Assessorar as igrejas locais da África, América Latina, Ásia e Europa do Leste é, de fato, a razão de ser do CAMECO. Ele foi fundado há 40 anos para apoiar as agências de cooperação da Europa Ocidental e da América do Norte em sua tomada de decisões sobre solicitudes de iniciativas de comunicação. E a margem de projetos inclui quase toda a diversidade de comunicações, desde teatro de fantoches até sites e televisão por satélite.
Entretanto, assessoramos cerca de 500 projetos por ano e mais de 40% nos enviam diretamente encarregados de projetos que procuram nosso apoio no planejamento estratégico de suas iniciativas, em consultorias sobre o desenvolvimento organizacional, na capacitação das suas equipes ou na coordenação de assessorias e avaliação in situ. Muitos contatos se realizam sobretudo por correio eletrônico ou Skype, mas também visitamos projetos ou - no caso da necessidade de uma consultoria mais ampla e detalhada - procuramos especialistas que possam oferecer oficinas correspondentes e acompanhar processos de mudança.
Cada encarregado de uma iniciativa de comunicação que quiser nos consultar pode contatar diretamente o CAMECO, por exemplo, através do e-mail. Para mais detalhes, nós os convidamos a consultar nosso site: www.cameco.org.
--Vivemos na era da sociedade de informação e comunicação, mas muitos pensam que a Igreja continua na era Gutenberg. A partir da sua experiência, como é possível fazer que bispos, sacerdotes, religiosos e leigos descubram a gravidade da situação?
--Daniela Frank: Apesar de tudo, há uma grande abertura para as mudanças no mundo das comunicações. Acho que, como Igreja, entramos, já há muitos anos, no mundo da comunicação audiovisual - rádio, vídeo, televisão. Na América Latina, desde os anos 50 e 60, em muitos países a Igreja foi uma das instituições mais ativas na rádio; em comparação, na África isso só aconteceu há cerca de 10 ou 15 anos. Há questões legais para estabelecer rádios da Igreja.
Fica muito claro que, na grande maioria das regiões do mundo, é preciso estar presente nos meios audiovisuais para comunicar-se com as pessoas, dado o analfabetismo, os problemas de transporte dos jornais impressos, as tradições orais etc. E a Igreja responde fortemente a esta situação, sem esquecer o papel dos meios escritos em várias culturas, para certos grupos de destinatários.
O grande desafio de hoje são os novos meios interativos, sobretudo a internet, e as perspectivas de interconectar vários canais, como rádio, televisão e sites. É preciso levar em consideração que os que são responsáveis pelas comunicações da Igreja não são "nativos digitais", mas, no melhor dos casos, "nativos migrantes", descobrindo, passo a passo, as dinâmicas das novas tecnologias.
Sempre há certo risco de que, diante de tudo isso, fiquemos "contra" tudo o que é novo, desconhecido, mas também há um crescente número de bispos que se movem facilmente neste mundo e, desta maneira, abrem as portas da Igreja para aproveitar todos os canais de comunicação para cumprir com nossa missão no mundo de hoje.

Mais informação em http://www.cameco.org/.


Fonte: Zenit.

Bento XVI e Bíblia: método histórico-crítico sim, mas a partir do Magistério

A Tradição não impede o acesso à Escritura


Por Inma Álvarez


O método histórico-crítico de pesquisa da Escritura é legítimo e necessário, mas deve ser interpretado segundo sua chave, que é a fé da Igreja, considera Bento XVI.

"Se a exegese pretende ser também teologia, deve reconhecer que, sem a fé da Igreja, a Bíblia permanece como um livro selado: a Tradição não fecha o acesso à Escritura, e sim o abre."

Assim explicou o Bispo de Roma nesta segunda-feira aos professores e alunos do Pontifício Instituto Bíblico, instituição fundada em 1909 por São Pio X, dirigida pela Companhia de Jesus, ao recebê-los hoje no Vaticano por ocasião das celebrações do centenário.

O Papa aludiu ao longo debate sobre o método histórico-crítico de pesquisa da Escritura, que pretende investigar o significado dos textos bíblicos através do contexto histórico e da mentalidade da época, aplicando as ciências modernas.

Bento XVI explicou que o Concílio Vaticano II já esclareceu, na constituição dogmática Dei Verbum, "a legitimidade e a necessidade do método histórico-crítico", que "conduziria a três elementos essenciais: a atenção aos gêneros literários, o estudo do contexto histórico e o exame do que se costuma chamar de Sitz im Leben".

Ao mesmo tempo, "o documento conciliar mantém firme ao mesmo tempo o caráter teológico da exegese, indicando os pontos de força do método teológico na interpretação do texto".

"O fundamento sobre o qual repousa a compreensão teológica da Bíblia é a unidade da Escritura", o que implica na "compreensão dos textos individuais a partir do conjunto", explicou o Papa.

"Sendo a Escritura uma só coisa a partir do único povo de Deus, que foi seu portador através da história, em consequência, ler a Escritura como unidade significa lê-la a partir da Igreja como do seu lugar vital e considerar a fé da Igreja como a verdadeira chave de interpretação", acrescentou.

Recordou também que quem tem "a palavra decisiva" na interpretação da Escritura é "a Igreja, em seus organismos institucionais".

"É a Igreja, de fato, a quem se confiou o ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita e transmitida, exercendo sua autoridade no nome de Jesus Cristo", afirmou.

Fidelidade frutífera

O Papa quis reconhecer o importante trabalho desenvolvido durante décadas pela Companhia de Jesus, através das suas faculdades em Roma e Jerusalém, diante do prepósito geral da ordem, Pe. Adolfo Nicolás Pachón, que estava no encontro.

"Ao longo deste século, certamente aumentou o interesse pela Bíblia e, graças ao Concílio Vaticano II, sobretudo à constituição dogmática Dei Verbum - de cuja elaboração fui testemunha direta, participando como teólogo nas discussões que precederam sua aprovação -, advertiu-se muito mais a importância da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja", afirmou o Papa.

A respeito disso, recordou a contribuição do Instituto, com a "investigação científica bíblica, com o ensino das disciplinas bíblicas e a publicação de estudos qualificados e revistas especializadas".

A atividade do Pontifício Instituto Bíblico, "ainda que tenha passado por momentos de dificuldade, foi conduzida em fidelidade constante ao Magistério", acrescentou o Papa.

"Demos graças ao Senhor por esta atividade vossa, que se dedica a interpretar os textos bíblicos no espírito em que foram escritos e que se abre ao diálogo com as demais disciplinas, com as diversas culturas e religiões."


Fonte: Zenit.

Morre Camillo Cibin, “anjo da guarda” dos últimos Papas

Foi comandante da Gendarmaria do Vaticano durante muito tempo


Ontem, domingo, faleceu em Roma Camillo Cibin, aos 83 anos, durante muito tempo comandante da Gendarmaria Vaticana. Desde os anos 60, sempre havia parecido ao lado dos papas, até o ponto de ser chamado de "anjo da guarda" dos pontífices, tendo servido fielmente 6 deles.

As fotos do atentado a João Paulo II, no dia 13 de maio de 1981, retratam-no enquanto saltava as cercas para pegar Ali Agca, que acabava de atirar no Papa. Assim que o Papa se recuperou, recorda L'Osservatore Romano, Cibin pediu demissão, pelo acontecimento, mas o Papa a rejeitou, expressando seu reconhecimento pelo serviço que ele havia realizado naqueles anos.

No ano seguinte, Cibin foi imortalizado enquanto detinha um sacerdote espanhol que tentou esfaquear o Papa Wojtyla em Fátima.

Magro e sempre usando uniforme azul, permaneceu em serviço durante 57 anos. Casado e pai de 3 filhos, estava aposentado desde 2006, quando foi substituído por Domenico Giani.

Nascido em Salgareda (Treviso) no dia 5 de junho de 1926, Camillo Cibin entrou para o serviço ativo na Gendarmaria Pontifícia no dia 1º de maio de 1947, alcançando o grau de tenente.

Quando o Corpo se desfez, em 1971, ele foi nomeado vice-superior responsável pelo novo Escritório Central de Vigilância do Estado Cidade do Vaticano. No dia 1º de agosto de 1972, foi promovido a superior e, em julho de 1975, dirigente do escritório. Em 1982, foi nomeado chefe do escritório e, anos depois, inspetor geral.

Ele havia sido distinguido com as mais altas condecorações pontifícias: a Pro Ecclesia et Pontifice, o título de Cavaleiro de São Gregório Magno, a encomenda de São Silvestre, a encomenda com placa de São Gregório e o título de Cavaleiro da Grande Cruz de São Gregório.

O funeral de Camillo Cibin será celebrado amanhã (terça-feira), no altar da Cátedra de São Pedro, pelo cardeal Giovanni Lajolo.


Fonte: Zenit.

Cristãos no Paquistão: “alenta-nos saber que não estamos sós”

Ajuda à Igreja que Sofre “está ajudando a levar a cruz”


“Sentimo-nos muito animados por sabermos que não estamos sozinhos, quando vemos que há alguém ao nosso lado, que nos ajuda, que reza por nós.”

especial, porque proporciona não só ajuda material, mas também espiritual”, assinalou o prelado, que recebeu ameaças de morte por seus esforços a favor da cooperação inter-religiosa.

“Nós sempre experimentamos formas de discriminação, mas o que estamos vendo agora é muito mais grave – afirmou. Vivemos em um estado de tensão constante”.

De todos os modos, acrescentou, “continuaremos dando testemunho de Cristo apesar das dificuldades representadas pelos extremistas; inclusive nosso sofrimento é um testemunho de Cristo”.

Segundo o bispo, os problemas principais para os três milhões de cristãos do Paquistão estão representados pelo “abuso” das denominadas leis sobre a blasfêmia, pelas quais os fiéis são vítimas dos assaltos de extremistas por supostas ofensas a Maomé ou ao Alcorão.

A jornada do sábado começou com uma Missa presidida pelo bispo Coutts na catedral de Westminster e prosseguiu com o encontro de 400 simpatizantes da AIS e o discurso de boas-vindas ao bispo paquistanês por parte do arcebispo de Westminster, Dom Vincent Nichols.

Este destacou o trabalho que a associação realiza, “sobretudo em países como o Paquistão, nos quais a Igreja tem grande necessidade de ajuda”.

AIS tem um “caráter especificamente católico”, afirmou Dom Nichols, recordando a importância da “caridade arraigada em um sentimento de fé compartilhada, mas expressada através da ajuda prática e mantida mediante a oração e o amor”.

O diretor nacional de AIS no Reino Unido, Neville Kyrke-Smith, declarou que “é um grande estímulo para os amigos de AIS saber que nossas orações e nossa ajuda aos cristãos oprimidos do Paquistão são profundamente apreciadas no mundo atual, no qual a fé é atacada”.

E concluiu: “Ajuda à Igreja que Sofre está ajudando a levar a cruz”.

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Papa a fiéis africanos: ser sal e luz do continente



Intervenção por ocasião do Ângelus dominical

Em sua intervenção por ocasião do Ângelus deste domingo, Bento XVI convidou os fiéis africanos a serem sal e luz em seu continente.
O Papa dirigiu a oração mariana ao término da Missa celebrada em São Pedro para a conclusão da 2ª Assembleia Especial para a África, do Sínodo dos Bispos, que supôs "três semanas de oração e de escuta recíproca, para discernir o que o Espírito Santo diz hoje à Igreja que vive no continente africano, mas ao mesmo tempo, à Igreja universal".
Os padres sinodais, afirmou o pontífice, apresentaram "a rica realidade das Igrejas locais" e "suas alegrias pelo dinamismo das comunidades cristãs, que continuam crescendo em qualidade e quantidade".
"Estamos agradecidos a Deus pelo estímulo missionário que encontrou terreno fértil em numerosas dioceses e que se expressa no envio de missionários a outros países africanos e a diversos continentes", prosseguiu.
Desafios e propostas
Entre os temas tratados nas discussões do sínodo, recordou o Papa, "particular relevância foi dada à família, que também na África constitui a célula primária da sociedade, mas que hoje está ameaçada por correntes ideológicas procedentes também do exterior"
"O que dizer, além disso, dos jovens expostos a esse tipo de pressão, influenciados por modelos de pensamento e de comportamento que contrastam com os valores humanos e cristãos dos povos africanos?", perguntou-se.
Frente a estes problemas e à "grande necessidade de reconciliação, de justiça e de paz" no continente, a Igreja "responde voltando a propor, com renovado vigor, o anúncio do Evangelho e a ação de promoção humana".
"Animada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, ela se esforça para fazer que ninguém se veja privado do necessário para viver e que todos possam ter uma existência digna do ser humano", acrescentou o pontífice.
Convite aos povos africanos
Bento XVI se dirigiu "a todas as populações africanas, em particular a quem compartilha a fé cristã, para entregar-lhes idealmente a Mensagem Final da assembleia sinodal".
"É uma mensagem que parte de Roma, sede do sucessor de Pedro, que preside a comunhão universal, mas pode dizer-se, em um sentido verdadeiro, que esta tem sua origem na África, de onde recolhe as experiências, esperanças, projetos, e agora volta à África, levando a riqueza de um acontecimento de profunda comunhão no Espírito Santo", declarou.
"Queridos irmãos e irmãs que me escutais da África! Confio de modo especial à vossa oração os frutos do trabalho dos padres sinodais e vos animo com as palavras do Senhor Jesus: sede sal e luz na amada terra africana!"
O Papa concluiu sua intervenção recordando que, para o próximo ano, está prevista uma Assembleia Especial para o Oriente Médio, do Sínodo dos Bispos. Por ocasião de sua visita ao Chipre, programada para junho de 2010, Bento XVI entregará o Instrumentum laboris (documento de trabalho) desse encontro.

Fonte: Zenit.

Papa convida África a uma nova evangelização



“Que nenhum africano fique sem o pão de cada dia”

Por Inma Álvarez

"Levanta-te, Igreja na África, família de Deus, porque te chama o Pai celestial, a quem teus antepassados invocavam como Criador, antes de conhecer sua proximidade misteriosa, que se revelou em seu Filho unigênito, Jesus Cristo. Empreende teu caminho de uma nova evangelização com o valor que procede do Espírito Santo."
Com estas palavras da homilia, Bento XVI concluiu hoje os trabalhos da assembleia sinodal que se reúne no Vaticano desde o dia 4 de outubro com o tema "A Igreja na África ao serviço da reconciliação, da justiça e da paz. ‘Vós sois o sal da terra... Vós sois a luz do mundo' (Mt 5, 13.14)".
O Papa animou os católicos africanos a serem testemunhas da reconciliação. "A Igreja reconciliada é um potente fermento de reconciliação em cada país e em todo o continente africano."
Por isso, advertiu, na Igreja "não podem subsistir divisões de tipo étnico, linguístico ou cultural".
"Sim, a fé em Jesus Cristo - quando é bem entendida e praticada - guia os homens e os povos à liberdade na verdade ou, usando as três palavras do tema sinodal, à reconciliação, à justiça e à paz", afirmou.
Para esta "urgente ação evangelizadora", explicou o pontífice, é necessário "um forte convite à reconciliação, condição indispensável para instaurar na África relações de justiça entre os homens para construir uma paz justa e duradoura".
"Enquanto oferece o pão da Palavra e da Eucaristia, a Igreja se empenha em agir, com todos os meios disponíveis, para que nenhum africano fique sem o pão de cada dia", afirmou.
"Por isso, junto à obra de primária urgência da evangelização, os cristãos intervêm ativamente na promoção humana."
"Nesta comprometida missão, tu, Igreja peregrina na África do terceiro milênio, não estás sozinha. Está perto de ti, com a oração e a solidariedade, toda a Igreja Católica, e do céu te acompanham os santos e santas africanos que, com a vida às vezes até o martírio, deram testemunho de plena fidelidade a Cristo."
Referindo-se às leituras do dia, o Papa afirmou que existe "uma mensagem de esperança para a África": "é a mensagem que o Senhor da história não se cansa de renovar para a humanidade oprimida de cada época e de cada terra".
"O desígnio de Deus não muda. Através dos séculos e das voltas da história, Ele aponta sempre à mesma meta: o Reino da liberdade e da paz para todos", afirmou, em particular "aos irmãos e irmãs que sofrem pobreza, doenças, injustiças, guerras e violências, migrações forçadas".
O Papa recordou que este sínodo se enlaça com a doutrina da Igreja sobre o desenvolvimento dos povos, em especial com a Populorum progressio, que aponta para "um desenvolvimento respeitoso das culturas locais e do meio ambiente".
"Isso significa transmitir o anúncio de esperança segundo uma forma sacerdotal, isto é, vivendo em primeira pessoa o Evangelho, procurando traduzi-lo em projetos e realizações coerentes com o princípio dinâmico fundamental, que é o amor."
O Papa pediu aos padres sinodais, que voltam a partir de hoje aos seus respectivos países, que transmitam ao povo "o convite que ressoou tão frequentemente neste sínodo à reconciliação, à justiça e à paz".

Fonte: Zenit.

Igreja Católica abre semana missionária na Amazônia



Começou ontem a Semana Missionária para a Igreja Católica na Amazônia. O objetivo é chamar atenção para a região e a realidade social e ambiental na qual o seu povo vive.
- Cabe às igrejas particulares de todo o país lançar um olhar sobre o evento para que façam as pessoas se interessarem pelas causas da Amazônia - diz a irmã Irene Lopes dos Santos.
O evento é organizado pela Comissão Episcopal para Amazônia, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A semana, que segue até o dia 31 de outubro, será aberta por uma missa na catedral da Sé, em Belém, presidida pelo presidente da Comissão para a Amazônia, dom Jayme Henrique Chemello.


Fonte: O Globo.

Salvemo-nos com o Planeta !



Vinte anos atrás tratavam de ecologia umas poucas pessoas, tachadas inclusive de bucólicas ou de derrotistas. Não era um tema sério nem para a política nem para a educação nem para a religião. Podia-se venerar a Francisco de Assis como santo das flores e dos pássaros, mas sem maior compromisso. Agora, e quem sabe se tarde demais, o mundo inteiro está-se sensibilizando, atordoado pelas notícias e pelas imagens de cataclismos atuais e de previsões pessimistas que enchem os nossos telejornais. E já são muitos os congressos e os programas que ventilam como um tema vital a ecologia, desnudando as causas e urgindo propostas concretas acerca do meio ambiente. Até as crianças sabem agora de ecologia.
O tema é novo, então, e desesperadamente urgente. Acabamos por descobrir a Terra, nosso Planeta, como a casa comum, a única que temos, e estamos descobrindo que somos uma unidade indissolúvel de relações e de futuro.
Frente aos gastos astronômicos nos espaços siderais, frente ao assassino negócio do armamentismo, frente ao consumismo e luxo de uma privilegiada parcela da Humanidade, agora vamos sabendo que o desafio é cuidar deste Planeta. A última grande crise, filha do capitalismo neoliberal, embrutecido na usura e o esbanjamento, que vem ignorando cinicamente tanto o sofrimento dos pobres como as limitações reais da Terra, está-nos ajudando a abrir os olhos e esperamos que também o coração. Leonardo Boff define o grito da Terra como o grito dos pobres e James Lovelock nos avisa acerca da “vingança da Terra” - a teoria de Gaia e o futuro da Humanidade -. "Durante milhares de anos, diz Lovelock, a Humanidade vem abusando da Terra sem ter em conta as consequências. Agora, que o aquecimento global e o cambio climático são evidentes para qualquer observador imparcial, a Terra começa a se vingar". Estamos tratando a Terra como um assunto apenas econômico e exigimos da Terra muitos deveres, mas ignoramos os direitos da Terra.
Certos especialistas e certas instituições internacionais nos vêm mentindo. A mão invisível do Mercado não resolvia o desastre mundial. Quanto mais livre era o comercio mais real era a fome. Segundo a FAO, em 2007 havia 860 milhões de famintos; em Janeiro de 2009 109 milhões mais. A metade da população africana subsaariana, por citar um exemplo dessa África crucificada, mal vive na extrema pobreza. A ladainha de violência e desgraças provocadas é interminável. No Congo há 30.000 meninos soldados dispostos a matar e a morrer a troco de comida; 17% da floresta amazônica foram destruídos em cinco anos, entre 2000 e 2005; o gasto da América Latina e do Caribe em defesa cresceu um 91%, entre 2003 e 2008; uma dezena de empresas multinacionais controla o mercado de sementes em todo o mundo. Os Objetivos do Milênio se evaporaram na retórica e em suas reuniões elitistas os países mais ricos dizem covardemente que não podem fazer mais para reverter o quadro.
É tradição de a nossa Agenda Latino-americana Mundial enfrentar a cada ano um tema maior, de atualidade quente. Não podíamos, logicamente, deixar de lado este tema vulcânico. O tema é amplo e complexo. Somos nós ou é o Planeta quem está em crise mortal? Baralhamos três títulos para a Agenda Latino-americana Mundial de 2010 que apontam para possíveis focos: "Salvar o Planeta", "Salvaremos o Planeta?", "Salvemo-nos com o Planeta". Optamos pelo último título, porque técnicos e profetas nos vêm recordando que nós somos o Planeta também; somos Gaia, estamos despertando para uma visão mais holística, mais integral; estamos descobrindo, finalmente, que o Planeta Terra é também o Planeta Água. Um recente livro infantil intitula-se precisamente “Ajudo ao meu Planeta”. A salvação do Planeta é a nossa salvação, e não faltam especialistas que afirmem que o Planeta vai se salvar seguindo o curso do Universo e, entretanto, a vida humana e todas as vidas do Planeta serão um sombrio passado.
A Agenda Latino-americana Mundial de 2010 não quer ser pessimista, não pode sê-lo. Quer ser realista, se comprometer com a realidade e abraçar vitalmente as causas que promovem uma ecologia esperançada e esperançadora. Essa ecologia profunda, integral, deve incluir todos os aspetos da nossa vida pessoal, familiar, social, política, cultural, religiosa... E todas as instituições políticas e sociais, em nível local, nacional e internacional, têm de fazer programa seu fundamental "a salvação do Planeta".
É imprescindível uma globalização de signo positivo, trabalhando pela mundialização da ecologia. Rechaçando e superando a atual democracia de baixa intensidade urge implantar uma democracia de intensidade máxima e, mais explicitamente, uma "biocracia cósmica". Urge criar, estimular, potenciar, em todas as religiões e em todos os humanismos uma espiritualidade "profunda e total" de signo positivo, de atitude profética na libertação de todo tipo de escravidão; vivendo e militando por uma nova valoração de toda vida, da matéria, do corpo, do eros. O ecofeminismo sai ao encontro de um desafio fundamental, Gaia é feminina. Impõe-se uma nova relação com a natureza, naturalizando-nos como natureza que somos e humanizando a natureza na qual vivemos e da qual dependemos. Eu sou eu e a natureza que me circunda, diria o filósofo.
O melhor que tem a Terra é a Humanidade, apesar de todas as loucuras que temos cometido e seguimos cometendo, verdadeiros genocídios e verdadeiros suicídios coletivos. Propiciando essa mudança radical que se postula e proclamando que é possível outra ecologia em outra sociedade humana, fazemos nossos estes dois pontos do Manifesto da Ecologia Profunda: "A mudança ideológica consiste principalmente em valorizar a qualidade da vida - de viver em situações de valor intrínsecas - mais do que tratar incessantemente de conseguir um nível de vida mais elevado. Terá que se produzir uma tomada de consciência profunda da diferença que há entre crescimento material e o crescimento pessoal independente da acumulação de bens tangíveis". E acrescenta o Manifesto: "Quem subscreve os pontos que se enunciam no Manifesto tem a obrigação direta ou indireta de agir para que se produzam estas mudanças, necessárias para a sobrevivência de todas as espécies do Planeta", incluindo «a santa e pecadora» espécie humana.
Militantes e intelectuais comprometidos com as grandes causas estão preparando uma Declaração Universal do Bem Comum Planetário que se expressa através de quatro pactos: 1) o Pacto Ecológico Natural, responsável de proteger a Terra; 2) o Pacto Ecológico Social, responsável de unir todas as esperanças e vontades; 3) o Pacto Ecológico Cultural, que deve estar baseado na promoção do pluralismo, da tolerância e do encontro da Humanidade com os ecossistemas, os biomas, a vida do Planeta; e 4) o Pacto Ecológico Ético Espiritual, fundado na dimensão do cuidado, a compaixão, a corresponsabilidade de todos com tudo.
Devemos escutar o que nos dizem simultaneamente as novas ciências e as novas teologias. Queremos viver este kairos ecológico de militância e de mística com o Deus de todos os nomes e de todas as utopias. Com Jesus de Nazaré muitos libertários, profetas e mártires em Nossa América nos precedem e nos acompanham nesta marcha pelo deserto para "a Terra sem Males".
É uma utopia absurda? Só utopicamente nos salvaremos. A arrogância dos poderes, o lucro desenfreado, a prepotência, as claudicações, vêm a nos desanimar; mas nós nos negamos ao desânimo, à corrupção, à resignação. A Pachamama e Gaia estão vivas, são vivificadoras. Nenhuma estrutura de morte terá mais poder do que a Vida.

Dom Pedro Casaldáliga.

sábado, 24 de outubro de 2009

TRIGÉSIMO DOMINGO COMUM



Mc 10, 46-52

“E seguia Jesus pelo caminho”
Estamos no fim da caminhada central de Jesus, desde Cesaréia de Felipe até a sua morte e ressurreição em Jerusalém. No texto de hoje, Marcos encerra o bloco todo da caminhada com o último milagre que ele relata de Jesus - a cura do cego Bartimeu.O texto começa com um senso de urgência - chegaram a Jericó e logo saíram. Parece que têm pressa para caminhar até Jerusalém. E lá está o cego Bartimeu. Onde? Sentado à beira do caminho! Enquanto Jesus está “a caminho” com os seus discípulos, o cego está à beira do caminho! Simboliza todos os que não conseguem caminhar no discipulado, mas estão parados, à beira do seguimento de Jesus.Mas, esse texto está bem carregado de sentido. Logo que Bartimeu ouve que é Jesus que passa, ele grita fortemente! “Filho de Davi, tem piedade de mim!” É de novo um dos temas centrais da Bíblia - o grito do pobre e sofrido! Desde o grito do sangue de Abel, passando pelo grito do Êxodo, de Jó, dos pobres nos Salmos, de Bartimeu, de Jesus na Cruz, dos martirizados do Apocalipse, o tema do grito do sofrido perpassa toda a Escritura, com a garantia de que Deus ouve esse grito. Mas, a reação dos transeuntes é típica - mandam que Bartimeu se cale! O poder dominante sempre quer abafar o grito do excluído! E isso não mudou até os dias de hoje! Até nas Igrejas há quem não queira ouvir o grito, e que faz tudo para abafar qualquer iniciativa popular. Mas, Deus ouve!Com um fino toque de ironia, o texto mostra como, por causa da atitude de Jesus, os mesmos que o mandaram calar agora têm que convidá-lo para falar com Jesus. Mas, para isso, Bartimeu tem que lançar fora o manto - a única coisa que ele possuía, a sua única segurança. Como os primeiros discípulos no lago (Mc 1, 18.20), ele aprende que não é possível seguir Jesus sem deixar algo, sem arriscar a segurança humana para experimentar a mão de Deus.Mas, Jesus não parte imediatamente para a ação. Ele respeita a liberdade do cego e pergunta “o que quer que faça por você?” (v. 51). Pois, Jesus não obriga ninguém a se libertar - há quem prefira ficar sentado à beira do caminho, na sua comodidade e não opte pela libertação. Mas, Bartimeu quer ver de novo - diferente do cego de Jo 9, ele via anteriormente e tinha perdido a visão. Aqui ele simboliza a comunidade marcana pelo ano 70, que tinha perdido a clareza da fé, e que precisava o toque de Jesus para que voltasse a ver claramente.Curado, Bartimeu recebe licença para ir, para seguir a sua vida. Mas, ele faz uma outra opção: “no mesmo instante o cego começou a ver de novo e seguia Jesus pelo caminho” (v. 52). Ele usava para Jesus um título não muito adequado “filho de Davi”, pois em Mc 12, 35-37, Jesus fez muitas restrições a este título messiânico, mas ele tem a prática certa - segue Jesus pelo caminho. Aqui Marcos faz contraste com a figura de Pedro, que tinha o título certo “Tu és o Messias” (Mc 8, 29), mas a prática errada! Não quis que Jesus caminhasse para a morte! Assim, em Marcos, o modelo de discípulo não é Pedro, mas Bartimeu! Pois, mais importante do que os títulos e expressões teológicas, sem negar a sua importância relativa, é a prática do seguimento de Jesus! Um alerta para todos nós, para que a nossa prática seja coerente com a nossa fé, no seguimento de Jesus, em favor do Reino de Deus.

Fonte: Tomas Hughes, SVD.

Sínodo da África, anglicanos e sacerdotes casados na Igreja Católica

Temas abordados pelos bispos durante a apresentação da mensagem final do sínodo

Por Carmen Elena Villa

As disposições da Santa Sé sobre os anglicanos que solicitaram a adesão à Igreja Católica, especialmente a dispensa do celibato aos sacerdotes casados, "não terá um impacto fundamental" na África.
Assim afirmaram os bispos presentes na coletiva de imprensa realizada hoje na Santa Sé, para dar a conhecer o Nuntius ("Mensagem") de conclusão da 2ª Assembleia Especial para a África, do Sínodo dos Bispos.
Uma jornalista formulou esta pergunta depois de que, na última terça-feira, a Santa Sé anunciara a publicação de uma constituição apostólica de Bento XVI, com a qual a Igreja aceita a petição de numerosos bispos, sacerdotes e fiéis anglicanos para entrar em comunhão plena e visível com ela.
Os antigos anglicanos que desejem aderir plenamente à Igreja farão parte de uma estrutura canônica especial, que contará com seu próprio ordinário (um bispo ou sacerdote), seus próprios sacerdotes, seminaristas e fiéis.
Tal estrutura contará com algumas adaptações à tradição anglicana. Dentro dela, permitir-se-á aos sacerdotes anglicanos casados que sejam ordenados como presbíteros na Igreja Católica e que exerçam o ministério mantendo sua vida familiar como casados.
Frente a esta questão, Dom John Olorunfemi Onaiyekan, arcebispo de Abuja (Nigéria) e presidente da comissão para a mensagem final do sínodo, respondeu que a dispensa do celibato para os sacerdotes ex-anglicanos não trará problemas na vivência desta disciplina no clero do seu país.
"Isso não terá um impacto fundamental em nosso continente", assegurou o prelado.

Fonte: Zenit.

Crise econômica: sacerdotes franceses convidados a doar salário de um mês



Seguindo o exemplo de uma iniciativa semelhante realizada na Espanha

Neste período de crise econômica, os sacerdotes da diocese francesa de Lyon foram convidados pelo Conselho presbiteral, instância representativa de todos os sacerdotes da diocese, a entregar um mês de seu salário (em torno de 900 euros) a uma associação caritativa em apoio às vítimas da crise.
À margem desta proposta, "de maneira individual e discreta, numerosos sacerdotes contribuem ao financiamento de organismos caritativos", destaca a diocese de Lyon em seu site, mas, desta vez, "queremos expressar nossa proximidade com um compromisso econômico específico".
"Queremos que este compromisso se traduza não apenas em uma autêntica preocupação pastoral pelos mais pobres, mas também em dar uma parte de nossos bens aos que não têm o necessário para viver".
Os sacerdotes da diocese de Lyon "que queiram e possam" estão pois "convidados a dar um mês de salário a uma associação caritativa em apoio às vítimas da crise. A soma proposta é de 900 euros, mas cada um dá o que quer e o que pode", lê-se no comunicado.
Os sacerdotes se mostram "conscientes de que este gesto não é suficiente", mas afirmam "enviar um sinal a nossos contemporâneos, para os que a imagem da Igreja é frequentemente a da pregação e mais raramente a de uma solidariedade concreta".
A proposta foi submetida a votação pelos membros do Conselho presbiteral reunidos com os bispos em 18 de junho de 2009.
De 20 a 22 de setembro, a diocese de Lyon realizou uma reunião para refletir juntos sobre o tema da crise financeira, econômica e social e a missão da Igreja.
Foi um jovem sacerdote da diocese que realizou a proposta, que toma, em essência, uma ação de solidariedade econômica levada a cabo por sacerdotes espanhóis.
Concretamente, na Espanha, vários bispos propuseram no mês de abril passado, no contexto da Semana Santa, que os sacerdotes entregassem 10% de seu salário para Cáritas, também como gesto de solidariedade e ajuda a pessoas que se encontram em situação de penúria devido à grave crise econômica.
A iniciativa foi acolhida com interesse por numerosos sacerdotes, que se mostraram dispostos a apoiá-la e consideraram que este tipo de gesto contribui a "aproximar a mensagem do Evangelho dos menos favorecidos e atrair os afastados".

Fonte: Zenit.

Prior de Taizé agradece compromisso ecumênico do Papa

Academia Católica da Baviera outorga à Comunidade de Taizé o prêmio de Ecumenismo

Por Michaela Koller

O irmão Alois Loser, prior da Comunidade de Taizé, agradeceu nesta quinta-feira em Munique os esforços do Papa Bento XVI e seu valor para promover a reconciliação com os tradicionalistas.
Em declarações à agência ZENIT, o prior afirmou que "esta é uma iniciativa importante, ainda que alguns episódios foram desagradáveis".
O irmão Alois se encontrava na capital da Baviera para recolher o prêmio ecumênico de 2009 na Academia Católica da Baviera como representante de sua comunidade.
Expressou a especial satisfação de sua comunidade pelo diálogo católico-ortodoxo, que havia iniciado com a reunião da Comissão Mista Internacional para o Diálogo Teológico entre a Igreja católica e as Igrejas ortodoxas em Pafos, (Chipre), e que supõe "um passo além".
Entre a Comunidade de Taizé e várias Igrejas ortodoxas existe há tempos um intenso intercâmbio. Além das visitas de Taizé aos respectivos patriarcas, tanto o anterior patriarca ortodoxo russo Alexis II como seu sucessor, Kirill I, visitaram Taizé. "Temos boas relações. O patriarca Kirill já esteve duas vezes conosco", revela o irmão Alois.
Muitos jovens das Igrejas ortodoxas, como a da Sérvia, Romênia, Ucrânia e Rússia, viajam a Taizé. O Irmão Alois e seus irmãos os exortam a que regressem para suas igrejas, onde foram batizados. "Taizé não pode ser ponto de referência de sua fé. Devem ser as igrejas locais", disse o prior.
O anterior patriarca de Moscou, Alexis, conhecia e apreciava esta atitude dos irmãos de Taizé. Ao mesmo tempo, se mostrou agradecido pela confiança que o Papa Bento XVI pôs na comunidade, e que em uma audiência a havia alentado em seus compromissos ecumênicos. Este é um compromisso ecumênico do Papa, que se refere à própria comunidade.
O irmão Alois, em suas palavras de agradecimento, destacou também ante a persistente separação das Igrejas: "O que nos une é muito mais importante do que o que nos divide. Os cristãos não devem seguir perdendo energias nas guerras pequenas, que às vezes inclusive sucedem dentro das próprias Igrejas".
"Enquanto os cristãos viverem separados a mensagem do Evangelho não poderá ser compreendida", advertiu. A reconciliação é "o coração do Evangelho". Pediu que se organizem de maneira regular noites de oração interconfessionais para os jovens, "nos lugares importantes", tais como as fronteiras, as prisões, as regiões urbanas em crise.
O prêmio está dotado com a doação de um total de 10 mil euros da Fundação "Wilhelm und Antonia Gierlichs Stiftung". O ganhador anterior foi o presidente do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos, cardeal Walter Kasper.
A Academia Católica da Baviera explicou, ao anunciar o prêmio ecumênico 2009, que Taizé "é um modelo, enquanto que nele vão unidas a abertura ecumênica com a abertura agradecida pela tradição da própria fé, precisamente ante o II Congresso Nacional Ecumênico em 2010 em Munique".
O dinheiro do prêmio será utilizado, segundo o prior da Comunidade de Taizé, na impressão de um milhão de Bíblias, que serão distribuídas na República Popular da China.
A Comunidade de Taizé nasceu em Borgonha, em 17 de abril de 1949, fundada pelo teólogo reformado Roger Schutz. Os inícios da comunidade, contudo, se remontam aos dias da Segunda Guerra Mundial.
Na atualidade está formada por cerca de 100 irmãos de várias confissões de mais de 20 nações. Eles trabalham e oram, não só em Taizé. Em solidariedade com as pessoas que vivem na pobreza, contam com uma pequena comunidade de irmãos na África, Ásia e América Latina.
Desde 1978, celebra-se durante vários dias a reunião anual europeia. Este ano, os irmãos se reunirão em Poznan (Polônia), de 29 de dezembro de 2009 até 2 de janeiro de 2010. A intervalos regulares também as reuniões acontecem fora da Europa.
A Comunidade de Taizé é conhecida em todo o mundo não só por seus objetivos ecumênicos, mas também por suas orações e cânticos, que foram traduzidos a muitos idiomas.

Fonte: Zenit.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

'Padre Cícero' chega às livrarias no dia 12 de novembro



A Companhia das Letras definiu a data de lançamento de sua principal aposta para as vendas de final do ano. "Padre Cícero - Poder, Fé e Guerra no Sertão", escrito pelo jornalista e escritor Lira Neto, chega às livrarias no dia 12 de novembro, com mais de 500 páginas. O lançamento em São Paulo será na livraria Cultura, do Conjunto Nacional, no dia 16 de novembro. Em Juazeiro do Norte (sul do Ceará), onde há uma estátua do líder religioso e político (1844-1934), o autor pretende lançar a obra só no começo de dezembro, no Centro Cultural do Banco do Nordeste.O livro é resultado de um trabalho de pesquisa de dois anos nos arquivos da Igreja Católica. Atualmente, no Vaticano, há um processo de reabilitação do padre Cícero, excomungado no passado devido a seus relatos de milagres. A obra marca a estreia de Lira Neto na Companhia das Letras, depois da passagem pela editora Globo, que publicou "Maysa: só numa multidão de amores" (2007), um dos livros mais vendidos no ano devido ao sucesso da minissérie sobre a cantora (1936-1977) exibida pela TV Globo no começo deste ano. Antes de se debruçar sobre os diários de Maysa, o autor escreveu para a editora Globo "O inimigo do rei: uma biografia de José de Alencar", vencedor do prêmio Jabuti de biografia em 2007, sobre o lado político do romancista José de Alencar (1829-1877). Ele também lançou pela editora Contexto "Castello - A Marcha para a Ditadura ", biografia do ex-presidente Castello Branco. Lira Neto estreou como biógrafo em 1999 com o lançamento de "O Poder e a Peste - A Vida de Rodolfo Teófilo " sobre a vida do farmacêutico baiano Rodolfo Teófilo (1853-1932), autor do romance "A Fome" (1890).Hóstia vira sangue A história de "padim Ciço", como falam os romeiros, começa em março de 1889, quando a hóstia dada por ele transforma-se em sangue na boca da beata Maria de Araújo. Para os fiéis, era um milagre. Para a cúpula da Igreja Católica, era uma farsa do padre. O caso foi um prato cheio para o preconceito de alguns religiosos na época ("Onde já se viu o sangue de Jesus se manifestar na boca de uma costureira negra, pobre e analfabeta nos confins do Ceará?!"), como mostrou o filme "Milagre em Juazeiro" (1999), do cineasta Wolney Oliveira. Juazeiro é considerada a meca do catolicismo popular nordestino, onde padre Cícero é considerado um "santo" por uma legião de romeiros, retrato da religiosidade em áreas pobres do país. No alto de um morro em Juazeiro do Norte (500 km de Fortaleza), foi erguida, em 1969, a estátua de padre Cícero, de 27 metros. O monumento ganhou fama como a maior estátua do Brasil em homenagem a um brasileiro.

Fonte :
Livraria da Folha

Santa Sé pede fim do preconceito contra África



Intervenção do arcebispo Celestino Migliore na ONU

Por Roberta Sciamplicotti

Certos preconceitos contra a África “devem ser eliminados de uma vez por todas”, declarou o arcebispo Celestino Migliore, núncio apostólico e observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas.
O prelado interveio nesta quarta-feira em Nova York, na 64ª Sessão da Assembleia Geral do organismo sobre “Novas colaborações econômicas para o desenvolvimento da África: progresso na implantação e apoio internacional”.
“Quando se fala da África, seja no âmbito jornalístico, acadêmico ou político, fala-se também de extrema pobreza, golpes de Estado, corrupção e conflitos regionais”, constatou, e quando se fala positivamente do continente, “é sempre de seu futuro, como se atualmente não tivesse nada a oferecer”.
A realidade, assinalou Dom Migliore, é que a África, “também em seus momentos mais difíceis”, soube “proporcionar à comunidade internacional exemplos e valores dignos de admiração, e hoje pode oferecer também sinais da realização de muitas de suas esperanças”.
Sinais de êxito
Neste sentido, o prelado citou vários casos nos quais o continente demonstrou “sua grande capacidade para administrar os processos de transição à independência ou de reconstrução posterior a situações de conflito”.
Também convidou a considerar “a presença de tantos funcionários válidos das Nações Unidas e das agências da ONU através dos quais a África mostra ao mundo a capacidade e os talentos de sua população na gestão do setor multilateral”, assim como “a crescente contribuição dos filhos e filhas da África à vida científica, acadêmica e intelectual dos países desenvolvidos”.
Alguns países africanos conseguiram também grandes progressos no setor agrícola, obtendo resultados “considerados até este momento impossíveis”.
E ainda mais importante, acrescentou, é o fato de que muitos Estados tenham conseguido dar “passos destacados no setor da educação elementar e da melhora da situação da mulher”.
Objetivos para o futuro
O observador permanente reconheceu também que, apesar destes êxitos, a maior parte da população do continente vive em condições de “extrema pobreza”, e que o objetivo de reduzir a indigência à metade em 2015 está “além do alcance da maioria dos países africanos”.
Por isso, destacou, a África precisa “de uma solidariedade efetiva” para erradicar o inaceitável flagelo da pobreza e colocar à disposição dos demais países o verdadeiro potencial africano”.
Junto a isso, é útil “um forte reforço de seu apoio econômico de base, consistente na ajuda ao desenvolvimento e nas subvenções oficiais”.
Do ponto de vista financeiro, são necessários programas de financiamento no longo prazo para “superar a dívida externa dos países pobres, muito endividados”, sem esquecer que as condições comerciais internacionais devem “adaptar-se às necessidades e aos desafios econômicos”.
Apoio à agricultura
Recordando que, no contexto da crise atual, os países desenvolvidos “não devem reduzir as ajudas ao desenvolvimento”, mas “aumentar seu investimento”, o prelado destacou que a África precisa também de apoio a seus programas agrícolas.
Ao enfrentar o drama da insegurança alimentar, de fato, devem-se considerar “os sistemas estruturais” e, por exemplo, facilitar as exportações que permitam aos agricultores africanos sobreviver.
O longo declive dos investimentos para que se alimentem a si mesmos e seus vizinhos só provocará uma contínua e inútil perda de vidas humanas por uma inadequada segurança alimentar, e crescentes conflitos pelos recursos naturais”.
Diversificação econômica e integração política
Para ajudar o continente africano a melhorar sua própria situação, o arcebispo também propôs um apoio à diversificação da economia.
Com este objetivo, referiu-se à recente institucionalização do G20 como a “um forte ponto de referência para administrar a economia mundial”.
A participação dos países emergentes ou em vias de desenvolvimento “permite agora administrar melhor a crise”, e “as economias que conseguem com êxito, em maior ou menor medida, diversificar as próprias estruturas industriais e agrícolas emergentes, são as que influirão na política e na economia mundial”, disse.
Dom Migliore concluiu sua intervenção destacando a importância das iniciativas regionais e subregionais de cooperação econômica, comercial e cultural, de gestão de conflitos, de manutenção da paz e de reconstrução, que devem ser “promovidas e reforçadas”.
A economia integrada do momento atual não faz supérflua a função dos Estados – disse. Compromete, ao contrário, os governos a uma maior colaboração mútua”.
E concluiu: “a articulação da autoridade política no âmbito local, nacional e internacional é uma das melhores maneiras para dar uma direção ao processo de globalização econômica”.

Fonte: Zenit.