O tempo da Quaresma “coloca diante de nossos olhos, como imperativo da vida cristã, a conversão – através da penitência”, afirma o arcebispo emérito do Rio de Janeiro.
“Ora, nós respiramos uma atmosfera visceralmente contrária”, reconhece o cardeal Eugenio Sales, em artigo difundido esta quarta-feira no portal da arquidiocese do Rio.
“Tudo em torno de nós sugere o prazer sem limites, isento de compromisso, um comportamento à margem das exigências oriundas das determinações do Evangelho.”
Segundo Dom Eugenio, essa maneira de ser “penetrou os umbrais sagrados. Assim, pouco se fala do pecado, dos deveres que são substituídos por direitos sem barreiras, de um Cristo despojado de seus ensinamentos, que constrangem a sede ilimitada de liberdade sem peias”.“Esta época litúrgica tem muita semelhança com o apelo dos profetas à conversão, e esta, a partir do coração. Tanto é assim que usamos os textos do Antigo Testamento na escuta da Palavra de Deus, dirigida a cada um dos fiéis em nossos dias.”O cardeal assinala que o cristão “será sempre alguém que ‘rema contra a corrente’”.
“Quando encontramos um pregador ou um agente pastoral que teme ensinar a mesma Doutrina de Jesus Cristo ou prefere amenizá-la para não afastar os fiéis, sabemos que não são verdadeiros pastores”, afirma.Dom Eugenio destaca que a Quaresma “é um tempo propício à reflexão cristã, a uma conversão do coração, a uma prática de penitência, tão distanciada de uma mentalidade moderna à margem do Evangelho, mas que penetrou até nas fileiras dos seguidores de Cristo”.“Vivendo os ensinamentos da Igreja neste tempo litúrgico, nos dispomos a receber as graças da Páscoa da Ressurreição”, afirma.
Fonte: Zenit.
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