“O turismo, ao favorecer o mútuo conhecimento, pode ser transformar num precioso serviço à paz, ajudando a construir uma sociedade mais justa, solidária e fraterna”. Foi o que disse Dom Antonio Maria Vegliò, presidente do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, durante homilia proferida no sábado passado na Catedral de Milão, por ocasião da Feira Internacional de Turismo de Milão (BIT).
Seguindo uma tradição de vinte anos, a Igreja organizou um debate, incluído na programação do evento, que reúne mais de cem países. O debate teve como tema “O turismo, celebração da diversidade”, com uma menção particular à vivência da fé em um contexto de minoria.
Em sua homilia, Dom Vegliò sublinhou a necessidade de estabelecer compromissos de respeito e confiança recíprocos, de modo que “ao encontrar os outros em sua diversidade, possa-se abrir espaço ao diálogo e à compreensão”.
“A diversidade” – continuou o prelado – “é um bem e não uma ameaça”, e que por isso é necessário “não apenas que as pessoas aceitem a cultura do outro, mas que a recebam como uma riqueza”.
O prelado em seguida mencionou o recente assassinato de um jovem egípcio de 19 anos, ocorrido em Milão em 13 de fevereiro, que chocou o país.
“As migrações são o fenômeno positivo, sempre que se dêem no respeito aos direitos da pessoa que é levada a migrar, e que se realizem com uma justa regulação dos fluxos migratórios, observando as leis e a cultura do país que a acolhe”.
“Todos devemos nos empenhar contra a discriminação, a xenofobia, a violência, a intolerância e a incompreensão”, observou.
Para Dom Vegliò, o turismo é um convite “a não fechar-se na própria cultura, a abrir-se para outros modos de pensar e de viver”.
Pensando nisso, foi inaugurado, em um setor da feira no dia 18 de fevereiro, o “Oásis do silêncio”, um local de oração e meditação inter-religiosa, composto por uma biblioteca, uma capela cristã em uma área neutra para receber fiéis de diferentes religiões.
Fonte: Zenit.
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