segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Lula é o brasileiro mais confiável



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva é a pessoa mais confiável para os brasileiros, segundo ranking com 27 personalidades elaborado pelo Datafolha. Lula está à frente de apresentadores de TV como William Bonner e Silvio Santos, do padre Marcelo Rossi e de cantores como Roberto Carlos e Chico Buarque.Os 11.258 entrevistados, de 14 a 18 de dezembro, deram nota de 0 (menos confiável) a 10 (mais confiável) às personalidades apresentadas. Lula lidera a lista, com nota média de 7,9.Além disso, 39% dos brasileiros deram nota 10 ao presidente, contra 4% que lhe deram 0.Lula é mais admirado no Nordeste, com nota média de 8,74, contra 7,14 no Sul e 7,57 no Sudeste. O petista recebeu nota 10 de 62% dos pernambucanos, 53% dos cearenses e 48% dos baianos. Em São Paulo, recebeu 10 em 31% dos casos. No Rio Grande do Sul, onde teve pior desempenho, obteve 15% das notas máximas.O petista é mais bem avaliado pelos mais velhos -recebeu 47% de notas 10 entre os que têm 60 anos ou mais. Entre os que têm nível fundamental e recebem até dois salários mínimos, teve 52% de notas 10.Entre os mais escolarizados e mais ricos, o presidente fica em quinto. Nesse recorte, Chico Buarque lidera, seguido por William Bonner, Caetano Veloso e Roberto Carlos.De todas as personalidades, apenas duas -Lula e Silvio Santos- são conhecidas por todos os entrevistados.Maria Celina D'Araújo, professora de ciência política da PUC-RJ, diz que os primeiros lugares são ocupados por "homens de mídia". "Lula é um grande artista, sabe se comunicar. É um aspecto das novas sociedades de espetáculo. Poucos sabem se aproveitar disso, e o Lula sabe", diz.Para Maria Celina, especialista nos governos Getúlio Vargas, nenhum presidente explorou tanto a comunicação de massa, principalmente via programas de rádio e TV e colunas em jornais.
Ex-presidentesChama a atenção o fato de que, dos últimos cinco colocados, quatro são ex-presidentes: Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco, José Sarney e Fernando Collor, este o menos confiável de todos.Entre os pré-candidatos de 2010, José Serra (PSDB) aparece mais bem colocado. Com nota média de 6,23, ele fica em 14º lugar no ranking geral.O também tucano Aécio Neves, governador de Minas, fica na 19ª posição, com nota média de 5,45. Em 20º, está o deputado federal Ciro Gomes (PSB), com média de 5,41, seguido pela ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), com 5,40, e pela senadora Marina Silva (PV), com nota média de 5,15.Serra tem suas melhores notas em Santa Catarina (6,67) e São Paulo (6,47) e as piores no Distrito Federal (5,3), no Rio (5,61) e na Bahia (5,72).Dilma tem as melhores notas no Ceará (6,18) e em Pernambuco (6,14) e as piores, no DF (4,65), em São Paulo (4,76) e em Minas Gerais (4,92).O cientista político Luciano Dias diz que "a imagem positiva ou negativa é resultado do fluxo de notícias sobre essa pessoa". Segundo Dias, artistas como Chico Buarque ou o padre Marcelo Rossi raramente são expostos a um noticiário negativo, o que explica o bom desempenho deles na consulta.
Contra oposição, PT adota o discurso do risco de retrocesso
Menos de oito anos depois de ser vítima do discurso do "risco PT", em que a oposição tentava associar uma vitória de Lula à volta da inflação e à instabilidade econômica, o governo pôs em marcha uma estratégia semelhante para 2010.Ministros, autoridades do governo e o próprio Lula passaram a embutir em suas falas pelo país alertas para a possibilidade de ruptura nas políticas econômicas e sociais caso a candidata do Planalto, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), não vença as eleições.Em 2002, quando tucanos e aliados adotaram o discurso do "risco PT", a atriz Regina Duarte foi à TV declarar o voto a Serra, que concorria à Presidência, afirmando ter "medo" de Lula.Hoje, a estratégia é vincular Dilma à continuidade das políticas do governo Lula, e colar, na possibilidade de vitória da oposição, o risco de retrocesso.Em entrevista, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ter convicção de que Dilma manteria a atual política econômica -mas sobre o principal nome da oposição para enfrentá-la, o governador José Serra (PSDB), disse não ter a mesma certeza.Diante dos bons resultados da Petrobras, o presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, atribuiu o sucesso ao governo Lula e afirmou, também em entrevista, que se tivesse vencido em 2002 e 2006, "o PSDB já teria vendido parte" da empresa.
Ainda mais enfático foi o presidente Lula que, ao encontrar catadores e moradores de rua, alertou para o perigo da não continuidade de seu governo: "Não sabemos o que pode acontecer no país".
Presidente chega à Bahia para Réveillon
Sem agenda oficial até o dia 11 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou ontem para Salvador para passar a festa do Réveillon e descansar na praia de Inema, área privativa da Marinha localizada a 40 km do centro da capital baiana.Lula desembarcou por volta das 10h20 na base aérea de Salvador, de onde seguiu de helicóptero para a base naval. Estava com a primeira-dama, Marisa Letícia, netos e outros familiares.O presidente irá celebrar a virada do ano na base naval, onde deve receber a visita do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Informações extraoficiais indicam que Lula deve ficar hospedado em Salvador até a próxima quarta (6). Não há informações sobre seu próximo destino antes da volta a Brasília.
O Estado de S. Paulo
PT e PSDB correm para desatar nó que ameaça ruir palanques estaduais
Com palanques desarticulados nos principais colégios eleitorais do País, PSDB e PT dedicam o começo do ano para desembaraçar os nós nos Estados onde ainda não têm estrutura eleitoral definida para dar suporte a seus candidatos à Presidência da República em 2010. O objetivo é criar vitrines regionais robustas para os prováveis postulantes ao Palácio do Planalto - a petista Dilma Rousseff, chefe da Casa Civil, e o tucano José Serra, governador de São Paulo. Para isso, os dois partidos pretendem fechar a costura política até março.
Os tucanos se preocupam com três Estados nos quais não há candidato definido até agora - Rio de Janeiro, Ceará e Amazonas. Do lado petista, o imbróglio maior está em São Paulo e em Minas Gerais, primeiro e segundo maiores colégios eleitorais do País, respectivamente. Há ainda indefinição no Rio, Paraná, Pará e Maranhão.
Na segunda quinzena de janeiro, o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o secretário-geral do partido, Rodrigo de Castro (MG), começam a viajar pelo País. O medo é repetir 2006, quando o então candidato a presidente, Geraldo Alckmin, ficou praticamente sem campanha nos Estados.
À época, o receio de perder votos fez com que candidatos a governador evitassem fazer oposição à reeleição de Lula. "É melhor um palanque menor, mas que seja fiel ao nosso candidato a presidente. Dessa vez, não vamos admitir os erros de 2006", declarou Rodrigo de Castro. "Na campanha passada, tivemos palanque demais e campanha de menos", disse Guerra.
O Rio é o principal motivo de dor de cabeça no PSDB. Havia dois anos que se apostava no palanque com Fernando Gabeira (PV). O deputado, no entanto, prefere o Senado. Tucanos agora se dividem entre fabricar a candidatura de um parlamentar - Marcelo Itagiba, Otávio Leite ou Índio da Costa, este do DEM - ou convencer o ex-prefeito César Maia (DEM), que também quer o Senado e resiste a "ir para o sacrifício". O PT enfrenta o problema contrário. Além do governador Sérgio Cabral (PMDB), apoiado por Lula, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), colocou o nome no páreo para o governo.
Ação cobra R$ 960 mil de Fundação Sarney
A Fundação José Sarney, que abriga o acervo do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), é alvo de um ação civil movida pelo Ministério Público Estadual pelo uso indevido de R$ 960 mil. Dinheiro repassado pelo governo do Estado do Maranhão, em 2004.
No processo que corre na 5ª Vara da Fazenda Pública de São Luís, os promotores alegam que a fundação recebeu dinheiro da Gerência de Estado da Cultura para "conservação, divulgação e exposição pública do acervo bibliográfico, documental, textual e museológico". Porém, usou os recursos exclusivamente para custear despesas administrativas, entre elas pagamento de pessoal e manutenção da entidade.
O Ministério Público quer a devolução desse dinheiro e pediu na ação a indisponibilidade dos bens da fundação para cobrir o rombo. Os promotores querem com isso, evitar a extinção da entidade, o que dificultaria o ressarcimento.
São alvo da ação de improbidade administrativa a Fundação José Sarney, seu presidente, José Carlos Sousa e Silva, sua diretora executiva, Maria das Graças Monteiro Fontoura, e a Associação dos Amigos do Bom Menino da Mercês (ABOM).
Os promotores afirmam que dos R$ 960 mil repassados, mais de um terço (R$ 386 mil) foi gasto com remuneração de pessoal e que uma quantia de R$ 270 mil foi utilizada para custear o pagamento de empregados da Escola de Música, sob responsabilidade da ABOM.
"Além de manter sua estrutura pessoal durante o ano de 2004, a fundação ainda sustentou desde dezembro de 2003 até o fim de 2004, os empregados da escola de música de outra entidade que não tinha qualquer relação com o objeto do convênio", afirmam os promotores, na ação.
Outro pagamento irregular teria sido o de contas de telefone, água e energia elétrica, que consumiram R$ 211 mil. "Um claro desvio de finalidade dos recursos destinados pelo convênio", afirmam os promotores de Justiça Marcos Valentim Pinheiro Paixão e João Leonardo Sousa Pires Leal.
Os diretores da fundação foram procurados mas não comentaram a ação.
Hélio Costa é ''plano B'' para compor a chapa de Dilma
A hipótese de uma chapa presidencial do PSDB formada por José Serra e Aécio Neves faz crescer no PMDB a ideia de o ministro das Comunicações, Hélio Costa, ser o vice da pré-candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff. Na visão dos peemedebistas, Costa, mineiro como Aécio, ajudaria a atrair votos do Estado, segundo maior eleitorado do País. Como o discurso de Aécio no momento é de negar qualquer chance de ser vice de Serra, o PMDB mantém o esforço pela candidatura de Costa ao governo mineiro.
O ministro é o plano B, na hipótese de o vice de Dilma não ser o presidente da Câmara e presidente licenciado do PMDB, Michel Temer (SP). Líderes da sigla rejeitam a possibilidade de candidatura do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, recém-filiado à sigla. Em tom de brincadeira, mas falando muito sério, dizem que Meirelles "acabou de subir no ônibus, não vai sentar logo na janela". Apesar das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que o vice deveria ser escolhido em lista tríplice, peemedebistas mantêm Temer como primeira opção.
Para concorrer à sucessão de Aécio, Costa poderia se aproximar do PT ou do PSDB. Mas, se as duas siglas insistirem em candidaturas próprias, ele não entrará na disputa com o petista Fernando Pimentel e o tucano Antonio Anastasia, vice de Aécio. Restaria a ele disputar o Senado ou a vice-presidência.
Garotinho reclama de Lula
Aliado de primeira hora da pré-campanha à Presidência da ministra Dilma Rousseff, Anthony Garotinho (PR) não gostou das declarações de apoio do presidente Lula à reeleição do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Garotinho, que virou inimigo de Cabral e quer voltar ao Palácio Guanabara, desdenhou do apoio de Lula, afirmando que ele não tem domicílio no Estado e que seu compromisso é com Dilma.
"O presidente Lula não tem seu domicílio eleitoral do Rio. Portanto, ele falou em tese. Quem vai decidir o próximo governador do Rio é o povo. Não vou brigar com ele. Dilma é minha amiga há muitos anos, desde os nossos tempos de militância no PDT. Meu compromisso é com ela", disse Garotinho, ressaltando que não apoiará Dilma se ela e o PT fizerem campanha em favor de Cabral. "Se a Dilma não quiser meu apoio, não sou obrigado a apoiar quem não me quer. Não existe neutralidade em eleição."
Desempenho em SP traz alívio à oposição
As pesquisas de intenção de voto mostram que a liderança do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na corrida presidencial e a vantagem de Geraldo Alckmin (PSDB) na sucessão de São Paulo estão salvando a oposição de fechar o ano com um cenário eleitoral nebuloso. Segundo os levantamentos dos institutos de pesquisa, entre os maiores oito colégios eleitorais do País, os partidos de oposição aparecem em primeiro lugar apenas em São Paulo e estão em empate técnico com os governistas no Paraná.
Nos outros seis maiores Estados, porém, a oposição (PSDB, DEM e PPS) vê seus candidatos perderem ou nem sequer definiu o nome para disputar a eleição. É o caso de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Ceará.
A eventual vitória em São Paulo salva a pele da oposição, uma vez que o Estado reúne 29,4 milhões de eleitores, mais que o dobro do total de eleitores do segundo maior, que é Minas Gerais. Nessa disputa Alckmin tem uma diferença consistente sobre Ciro Gomes, do PSB. Segundo o Datafolha, essa vantagem seria de 50% contra 14%.
O problema mais grave acontece no Rio. Levantamento feito pelo Datafolha, divulgado no dia 21, mostra o atual governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) em primeiro, com 38%, seguido por Anthony Garotinho (PR), com 23%. Ambos apoiam a candidatura presidencial da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT).
O melhor resultado de um candidato ligado à oposição é o do deputado Fernando Gabeira (PV), que aparece em terceiro com 14%. No partido da senadora e pré-candidata Marina Silva (AC), Gabeira tem proximidade política com a campanha de Serra. Ainda assim, após a divulgação da pesquisa, insistiu que será candidato ao Senado.
No Rio Grande do Sul, a situação é semelhante. A disputa está se polarizando entre o ministro da Justiça, Tarso Genro (PT), e o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça (PMDB), enquanto a candidatura da oposição é representada pela governadora Yeda Crusius (PSDB). Segundo o Datafolha, Tarso e Fogaça lideram com 30%.
Em Minas, o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), é o primeiro, com 31%. Antônio Anastasia, vice-governador de Aécio Neves (PSDB), surge apenas em terceiro, com 10%, batido pelo petista Fernando Pimentel, que soma 19%.
Comércio de Albina já sente efeito do ataque
Os comerciantes de Albina, cidade a 150 km da capital do Suriname, começam a sentir os efeitos do ataque a brasileiros no último dia 24 por quilombolas. O movimento na cidade diminuiu substancialmente com a saída dos garimpeiros brasileiros. Algumas lojas fecharam as portas. Mesmo os compradores que saíam da Guiana Francesa em busca de produtos mais baratos em Albina preferem não aparecer na cidade. O movimento nas lojas, que aumenta na região nesta época do ano, é agora comparado às vendas de um dia comum.
De acordo com moradores de Albina, três postos de gasolina fecharam após os ataques. E aqueles que permanecem abertos estão com movimento reduzido. Os brasileiros que fugiram da região contam que a economia na cidade vivia basicamente do dinheiro dos garimpeiros.
Era a compra de alimentos, bebida, gás, gasolina e outros produtos levados para dentro dos garimpos que movimentava a economia local. Sem os garimpeiros brasileiros, resta aos comerciantes vender apenas para os quilombolas que vivem na área. "Os pretos (quilombolas) compravam meio quilo de carne no açougue. Os brasileiros compravam logo dois bois para levar para dentro do garimpo", afirma Deniclea Furtado, que vivia da venda de produtos nos garimpos. "Eu não sei como eles vão fazer sem o dinheiro dos brasileiros", diz José Ribamar Tavares, que também revendia mantimentos aos garimpeiros.
PPS entrega comando do partido a ''Cristo''
Durante dez anos, Cláudio Abrantes subiu o morro da Capelinha, tradicional local de encenação da Via Sacra, na Semana Santa no Distrito Federal, carregando uma cruz. No último mês, depois do escândalo do esquema de suposto pagamento de propina em Brasília, detonado pela operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, o "Cristo" foi chamado para comandar o PPS, cuja cúpula local foi flagrada como personagem desse enredo policial.
Conhecido pelo papel que desempenhou por uma década em Planaltina, cidade distante 38 quilômetros do Plano Piloto, Cláudio Abrantes, secretário-geral do PPS tem como uma das missões resgatar a credibilidade do partido. Seus principais dirigentes, o deputado federal Augusto Carvalho e o deputado distrital Alírio Neto, ocupavam secretarias do governador José Roberto Arruda e foram citados pelo ex-secretário de Relações Institucionais do DF Durval Barbosa como envolvidos no suposto "mensalão". O então presidente do PPS, Fernando Antunes, sub de Augusto Carvalho na Secretaria da Saúde, também mencionado nas denúncias, teve de se afastar da direção.
Todos negam qualquer envolvimento no esquema.
"O importante é que, nesse momento o partido está se reinventando, buscando resgatar sua identidade, sua trajetória de luta histórica que vem muito antes de se chamar PPS, quando ainda era o antigo Partidão", disse o católico Abrantes, referindo-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB), origem do PPS, depois do fim do modelo comunista internacional simbolicamente representado pela queda do muro de Berlim.
Nesse momento, o secretário-geral prepara uma conferência política do PPS para o final de fevereiro, quando serão discutidos os rumos do partido na sucessão no Distrito Federal, ao mesmo tempo em que procura outros parceiros para fechar alianças eleitorais. Com o escândalo do mensalão do DEM no Distrito Federal e o consequente afastamento de Arruda da disputa de 2010, o PPS ficou sem seu candidato natural.
Então vale a frase, chamaram um Cristo para salvar o PPS? "Não tenho esse poder todo de salvação não", responde o político e ator. "O PPS vai se salvar por si só. Ele tem muita história, tem excelentes quadros", diz.
Lula diz que 2010 será um ano de 'muita política'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou ontem pela manhã na Base Naval de Aratu, na Praia de Inema, em Salvador, onde passa o feriado de fim de ano. Ele afirmou que quer estar descansado para 2010 - um ano de "muita política".
Lula e a família devem ficar na Bahia até o dia 6. Ele só volta a trabalhar, porém, no dia 11.
"Quero descansar esses dez dias porque 2010, além de ser um ano muito bom para o Brasil, vai ser um ano de muita política. E quero participar", afirmou o presidente, ao desembarcar em Salvador.
Lula foi recebido no aeroporto da capital baiana pelo governador, Jaques Wagner (PT), e seguiu até a base naval de helicóptero.
Aos jornalistas, Lula disse que confia no bom desempenho do Brasil em 2010. "Não tenho dúvidas que vai ser um dos melhores anos da história deste País", afirmou. "Queria pedir ao povo baiano, que retrata ao povo brasileiro pela sua alegria, para festejar muito esta noite. É para festejar, mesmo."
Jornal do Brasil
A última dor de cabeça de Lula
A reunião foi tensa entre Edison Lobão (Minas e Energia) e Carlos Minc (Meio Ambiente). No gabinete, Lula ouviu cada um sobre o que vetar ou não em dez itens. Minc levou a melhor: 7 aprovações contra 3 vetos propostos por Lobão. O mais polêmico foi a criação de unidades de conservação e ampliação das atuais. Lobão teme que elas cubram reservas de minério e região para hidrelétricas, e insistiu no veto. Minc, que ganhou a causa, disse que a expansão seria “correta”, sem atrapalhar os setores.
Troféu Os Melhores (e Piores) de 2009 Numa breve retrospectiva, a coluna preparou uma lista de nomes que se destacaram ano passado, pelo que fizeram (ou não) em suas áreas, e concede os troféus:
Homem do Ano O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, por ter governado o país e segurado a economia.
Mulher do Ano A estudante Geisy Arruda, por ter peito (e pernas) para encarar os trogloditas da Uniban.
Mala do Ano Durval Barbosa, de Brasília.
Sem concorrentes.
Tela Quente O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.
Forrest Gump O ministro da Fazenda, Guido Mantega, que acreditou em grande elevação do PIB para 2009.
Mágico Senador José Sarney. Só sendo um para ficar no cargo depois de tantas denúncias.
Governo começa o ano com o PAC da Mobilidade
O governo federal vai começar a investir em infraestrutura já no primeiro trimestre desse ano, com o PAC da Mobilidade, para obras nas 12 cidades sedes da Copa de 2014. O objetivo será melhorias no trânsito das capitais e obras de ampliação do metrô.
Os dois principais coordenadores do PAC da Mobilidade são os ministros Marcio Fortes, das Cidades, e Orlando Silva, do Esporte, sob coordenação da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Hotelaria Segundo o ministro do Esporte, o governo federal fará também investimentos nos setores de hotelaria e infraestrutura aeroportuária.
– A infraestrutura brasileira será melhorada, sobretudo o sistema aeroportuário, que é fundamental para o sucesso da Copa. Teremos um impacto importantíssimo no transporte coletivo nas cidades que sediarão a Copa do Mundo – afirma o ministro.
Ele acredita que os eventos esportivos vão alavancar o turismo.
– O Brasil vive um momento mágico do ponto de vista internacional e dos grandes eventos esportivos.
A Copa e as Olimpíadas (de 2016) vão fazer com que o esporte e turismo contribuam para o desenvolvimento do nosso país – diz Orlando Silva.
Depois de crise, Haddad quer Enem mais forte
Em 2010, um dos principais desafios do Ministério da Educação será conseguir fazer uma edição menos turbulenta do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O que começou em maio com uma ideia do ministro Fernando Haddad de unificar os vestibulares do país terminou com o roubo da prova e a consequente saída do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes.
Depois que as provas do Enem foram roubadas e o exame remarcado, Haddad defendeu que grandes avaliações deveriam estar livres da lei de licitações. Segundo ele, esse foi o motivo para que um consórcio que não tinha a experiência necessária ficasse à frente do exame.
O ministro prevê para este ano mudanças nas operações em torno desta elaboração da prova, e, conforme adiantou em entrevista ao JB, estuda-se promover dois Enem’s a partir de agora, com notas, inclusive, valendo para dois anos – atualmente o Enem é realizado apenas uma vez por ano, com nota válida para o ano da prova.


(Com ABr) - Datafolha.

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