O arcebispo emérito do Rio de Janeiro, cardeal Eugenio Sales, considera que “o tratamento do problema da violência requer uma perspectiva de Fé”, pois “ele não pode ser resolvido dentro de uma visão meramente humana, temporal”.
Em artigo difundido hoje no portal da arquidiocese do Rio, Dom Eugenio Sales assinala primeiramente, ao abordar o tema da violência, o “princípio fundamental” do “primado da Justiça e do Direito”.
“Qualquer transgressão à Lei, venha de onde vier, constitui um germe nocivo, que prejudica o combate a essa chaga que tanto nos aflige. Ferida em sua dignidade é a criatura assaltada na via pública ou em outras tantas situações.”
O crime – afirma o cardeal – tem de ser “punido com severidade, mas não à revelia do Juiz”.
“Todo criminoso deve pagar por sua dívida para com a comunidade e fazê-lo de tal maneira que, com sua soltura, possa ser reintegrado. A crença em Jesus Cristo nos leva a aceitar a possibilidade de recuperação.”Dom Eugenio considera que uma “adequada ação repressiva se impõe”. Entretanto, “só ela não é suficiente”.
“Na raiz desse mal está o progresso material sem o espiritual. Pautado pela busca indefinida do bem-estar, conduz à valorização indiscriminada do prazer, abrindo de par em par as portas da libertinagem.”Na origem de toda violência – assinala o arcebispo emérito – está “a opção que se faz entre valores e contra-valores”.
“Empregam-se meios ilícitos para atender a desejos, sem submetê-los ao crivo da ética e do bem comum. Além do mais, o flagelo da violência social envereda com frequência pela falta de diálogo por dilacerantes desigualdades econômicas, por graves negligências e deficiências no campo da saúde, pelo consumo e tráfico de drogas ou pela corrupção.”O cardeal afirma que ir às causas do combate à violência “é valorizar a vida e exaltar sua dignidade”.
À medida que cresce o respeito à vida, “cria-se um ambiente que dificulta a agressão ao próximo, seja pelo roubo seja pela violação física de toda espécie ou assassinato. Surge, então, uma força contrária que age no interior de qualquer criatura, mesmo empedernida pelas práticas delituosas”.“Essa concepção supõe, em seu fundamento, os princípios religiosos, pois existem valores e direitos essenciais, relacionados à dignidade e o destino supremo da pessoa humana, a começar pelo direito primário à vida, que devem ser respeitados.”“O Evangelho é exigente, mas ele é o caminho para alcançar a vitória sobre a violência. A procura de remédios para a correção de uma situação intolerável em nosso meio deve sempre ter em consideração o ensinamento do Salvador”, afirma Dom Eugenio Sales.
Em artigo difundido hoje no portal da arquidiocese do Rio, Dom Eugenio Sales assinala primeiramente, ao abordar o tema da violência, o “princípio fundamental” do “primado da Justiça e do Direito”.
“Qualquer transgressão à Lei, venha de onde vier, constitui um germe nocivo, que prejudica o combate a essa chaga que tanto nos aflige. Ferida em sua dignidade é a criatura assaltada na via pública ou em outras tantas situações.”
O crime – afirma o cardeal – tem de ser “punido com severidade, mas não à revelia do Juiz”.
“Todo criminoso deve pagar por sua dívida para com a comunidade e fazê-lo de tal maneira que, com sua soltura, possa ser reintegrado. A crença em Jesus Cristo nos leva a aceitar a possibilidade de recuperação.”Dom Eugenio considera que uma “adequada ação repressiva se impõe”. Entretanto, “só ela não é suficiente”.
“Na raiz desse mal está o progresso material sem o espiritual. Pautado pela busca indefinida do bem-estar, conduz à valorização indiscriminada do prazer, abrindo de par em par as portas da libertinagem.”Na origem de toda violência – assinala o arcebispo emérito – está “a opção que se faz entre valores e contra-valores”.
“Empregam-se meios ilícitos para atender a desejos, sem submetê-los ao crivo da ética e do bem comum. Além do mais, o flagelo da violência social envereda com frequência pela falta de diálogo por dilacerantes desigualdades econômicas, por graves negligências e deficiências no campo da saúde, pelo consumo e tráfico de drogas ou pela corrupção.”O cardeal afirma que ir às causas do combate à violência “é valorizar a vida e exaltar sua dignidade”.
À medida que cresce o respeito à vida, “cria-se um ambiente que dificulta a agressão ao próximo, seja pelo roubo seja pela violação física de toda espécie ou assassinato. Surge, então, uma força contrária que age no interior de qualquer criatura, mesmo empedernida pelas práticas delituosas”.“Essa concepção supõe, em seu fundamento, os princípios religiosos, pois existem valores e direitos essenciais, relacionados à dignidade e o destino supremo da pessoa humana, a começar pelo direito primário à vida, que devem ser respeitados.”“O Evangelho é exigente, mas ele é o caminho para alcançar a vitória sobre a violência. A procura de remédios para a correção de uma situação intolerável em nosso meio deve sempre ter em consideração o ensinamento do Salvador”, afirma Dom Eugenio Sales.
(Alexandre Ribeiro)
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