A polícia da província italiana de Brescia prendeu seis marroquinos que supostamente planejavam um ataque contra o papa Bento XVI.
Os seis são integrantes do movimento fundamentalista islâmico marroquino Adl Wal Ihsane.
Na Itália, o grupo criou uma organização que tinha como objetivo difundir a discriminação, o ódio racial e religioso, assim como a violência e a "jihad", de acordo com as investigações, iniciadas há um ano.
A polícia informou que, no bolso da jaqueta de um dos marroquinos, foi encontrado um bloco de anotações, no qual havia descrições do Pontífice e informações sobre o que era discutido nas reuniões do grupo.
Segundo os agentes de segurança, é possível que o grupo planejasse um ataque contra Bento XVI, como forma de "puni-lo" pela conversão ao cristianismo do jornalista Magdi Allam.
Allam, que também é vice-diretor do periódico italiano "Corriere della Sera" e eurodeputado, tem origem egípcia e era muçulmano.
Fonte: ANSA
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
AIDS no Quênia: amar os afetados e os infectados
A Igreja não julga os infectados pela aids. Antes, procura ser companheira, transformando-se assim em "afetada" através da "condolência".
Esta é a reflexão de Dom Alfred Kipkoech Arap Rotich, bispo castrense do Quênia, nesta entrevista em que considera as diversas faces do problema da aids no país.
Seu nome é Rotich, que lembra um nome alemão. O que ele significa?
Dom Rotich: Na minha família, Rotich significa que o meu pai nasceu na hora em que as vacas estavam prontas para ser ordenhadas, ou seja, às 3 da tarde. São as últimas seis letras do nome do meu pai. Fui batizado como Arap, o filho de Rotich - basicamente significa o pastor que conduz uma procissão, e acabou acontecendo que agora eu conduzo a procissão na Igreja.
Sua Excelência também é coronel nas forças armadas do Quênia. Como é isso?
Dom Rotich: Sim, como ministro da Igreja. Faz parte do nosso trabalho pastoral no país dar uma oportunidade às forças armadas, dar uma razão para a fé deles, e proporcionar a eles capelães nativos. Depois de dez anos como capelão, eu fui consagrado bispo.
O Quênia é um dos motores da África, mas, ao mesmo tempo, uma grande maioria da população vive abaixo da linha da pobreza. Por que existe essa disparidade entre riqueza e pobreza no Quênia?
Dom Rotich: Quando as pessoas são egoístas e é preciso compartilhar, elas querem ter o melhor para elas mesmas. Mas eu acho que isso criou a oportunidade de refletirmos e discernirmos como isto ocorre. Quando existe um nível de corrupção, quando existe um nível de egoísmo, já há uma demarcação; já existe uma linha que divide ricos e pobres. A riqueza pode ser superficial, porque a riqueza de um país é dar oportunidade às pessoas para partilharem o bem presente na sociedade. É um desafio. E eu tenho certeza de que todos os líderes estão tentando captar essa idéia.
O que a conferência episcopal está fazendo para combater a pobreza e a disparidade de riqueza?
Dom Rotich: Os bispos publicaram cartas pastorais convocando a sociedade, especialmente os líderes, mas todas as pessoas do país, para olharem para a pessoa humana - a pessoa humana tem que ser o centro do desenvolvimento, a dignidade do indivíduo. E por isso, se o meu irmão ou a minha irmã está sofrendo, todos os olhos têm que se voltar para eles; e essa preocupação então se torna um problema nosso.
Está havendo um debate e um diálogo a respeito da aids, que golpeou a África com particular dureza. É o continente mais afetado, inclusive. Morrem cerca de 300 quenianos por dia por causa da aids. Por que a doença se estendeu tanto neste país?
Dom Rotich: São muitas razões. Mas tanto o governo e a sociedade civil quanto as igrejas têm tomado medidas para encarar este assunto. Não queremos julgar a pessoa afetada, mas ser companheiros fiéis dos afetados, e, sendo companheiros fiéis dos infectados, nos tornamos afetados, porque isso atrai a nossa condolência. Temos que nos aproximar deles, em primeiro lugar, para garantir que não está tudo perdido.
Li que no Quênia muitas mulheres têm medo de ser diagnosticadas com aids porque, se o marido descobre, e o marido é o único que traz o pão para casa, ele pode abandoná-las. Esse aspecto do acompanhamento por parte da Igreja, então, eu posso imaginar que é muito importante.
Dom Rotich: Sim, existem projetos e iniciativas que foram colocados em prática pela Igreja. Se você for à cidade de Nairóbi, lá tem um programa nos bairros da zona leste, patrocinado por grupos infantis como o Maryknoll, com a supervisão de sacerdotes e de agentes de saúde, e você vê que a Igreja está lá e fala para as pessoas não terem medo e fazerem os testes. Como se trata de uma doença que é associada a relações extraconjugais, é claro que as pessoas não vão dizer abertamente que têm aids porque seriam julgadas pela sociedade. Mas pouco a pouco isso está mudando. Nós pedimos para as pessoas fazerem os testes inclusive nos cursos pré-matrimoniais. Durante toda a série de sessões, a Igreja garante para eles que esta situação não significa o fim da vida deles (...). Claro, existem situações em que o marido mandou a mulher embora, mas há serviços assistenciais quando isso acontece. Dá uma mostra de compreensão e de empatia pela outra pessoa.
Um dos grandes problemas da aids é o dos infectados que têm filhos. Muitas dessas crianças acabam virando chefes de família.
Dom Rotich: Isso para nós é um grande desafio. Mas, de novo, na sociedade africana nós somos mais ou menos uma comunidade. Se alguém foi afetado - perdeu o pai ou a mãe ou os dois - a sociedade vai acolhê-lo; mas você deve ter notado que está acontecendo uma grande migração para as cidades. Então, algumas vezes, quando acontece isto, os filhos ficam sozinhos.
Este aspecto comunitário se perde nas cidades?
Dom Rotich: Se perde. E este é um dos valores que nós gostaríamos que voltassem: insistir no fato de que somos uma família. Sempre que existem órfãos nessas comunidades, a Igreja tenta fazer o máximo que pode, usando todos os recursos. O recurso mais rápido é a empatia. Temos congregações de irmãs que vão todo dia enfrentar esta situação e pedem o esforço da comunidade para tentar ajudar as crianças.
Esta é a resposta da Igreja, mas há também a resposta do mundo, que chegou com a solução do preservativo. Vocês protestaram contra a distribuição de preservativos no Quênia.
Dom Rotich: Sim, vimos que não é a solução. Convidamos os jovens a que não escutem os que distribuem preservativos, porque vimos que tentavam educar as pessoas para fazer sexo com uma idade muito jovem. Víamos que a moralidade do país estava afundando. É necessária uma ajuda educativa, especialmente dos pastores, para falar contra isso e promover a abstinência, que é agora o programa que levamos às escolas.
Agora o governo, o ministério da educação, está escutando isso porque diz que o preservativo não é a solução. Mas um sistema baseado em valores proporcionará a força interna para sair com valentia e dizer: para isso posso esperar. Há tempo para tudo e há tempo de esperar pelo momento em que estejam na vida matrimonial.
Começamos com as crianças, dado que são as que foram afetadas. Não nos deem um mapa para suprir coisas que são alheias a nossa cultura, estranhas ao nosso senso de valores.
Fonte: Zenit.
Esta é a reflexão de Dom Alfred Kipkoech Arap Rotich, bispo castrense do Quênia, nesta entrevista em que considera as diversas faces do problema da aids no país.
Seu nome é Rotich, que lembra um nome alemão. O que ele significa?
Dom Rotich: Na minha família, Rotich significa que o meu pai nasceu na hora em que as vacas estavam prontas para ser ordenhadas, ou seja, às 3 da tarde. São as últimas seis letras do nome do meu pai. Fui batizado como Arap, o filho de Rotich - basicamente significa o pastor que conduz uma procissão, e acabou acontecendo que agora eu conduzo a procissão na Igreja.
Sua Excelência também é coronel nas forças armadas do Quênia. Como é isso?
Dom Rotich: Sim, como ministro da Igreja. Faz parte do nosso trabalho pastoral no país dar uma oportunidade às forças armadas, dar uma razão para a fé deles, e proporcionar a eles capelães nativos. Depois de dez anos como capelão, eu fui consagrado bispo.
O Quênia é um dos motores da África, mas, ao mesmo tempo, uma grande maioria da população vive abaixo da linha da pobreza. Por que existe essa disparidade entre riqueza e pobreza no Quênia?
Dom Rotich: Quando as pessoas são egoístas e é preciso compartilhar, elas querem ter o melhor para elas mesmas. Mas eu acho que isso criou a oportunidade de refletirmos e discernirmos como isto ocorre. Quando existe um nível de corrupção, quando existe um nível de egoísmo, já há uma demarcação; já existe uma linha que divide ricos e pobres. A riqueza pode ser superficial, porque a riqueza de um país é dar oportunidade às pessoas para partilharem o bem presente na sociedade. É um desafio. E eu tenho certeza de que todos os líderes estão tentando captar essa idéia.
O que a conferência episcopal está fazendo para combater a pobreza e a disparidade de riqueza?
Dom Rotich: Os bispos publicaram cartas pastorais convocando a sociedade, especialmente os líderes, mas todas as pessoas do país, para olharem para a pessoa humana - a pessoa humana tem que ser o centro do desenvolvimento, a dignidade do indivíduo. E por isso, se o meu irmão ou a minha irmã está sofrendo, todos os olhos têm que se voltar para eles; e essa preocupação então se torna um problema nosso.
Está havendo um debate e um diálogo a respeito da aids, que golpeou a África com particular dureza. É o continente mais afetado, inclusive. Morrem cerca de 300 quenianos por dia por causa da aids. Por que a doença se estendeu tanto neste país?
Dom Rotich: São muitas razões. Mas tanto o governo e a sociedade civil quanto as igrejas têm tomado medidas para encarar este assunto. Não queremos julgar a pessoa afetada, mas ser companheiros fiéis dos afetados, e, sendo companheiros fiéis dos infectados, nos tornamos afetados, porque isso atrai a nossa condolência. Temos que nos aproximar deles, em primeiro lugar, para garantir que não está tudo perdido.
Li que no Quênia muitas mulheres têm medo de ser diagnosticadas com aids porque, se o marido descobre, e o marido é o único que traz o pão para casa, ele pode abandoná-las. Esse aspecto do acompanhamento por parte da Igreja, então, eu posso imaginar que é muito importante.
Dom Rotich: Sim, existem projetos e iniciativas que foram colocados em prática pela Igreja. Se você for à cidade de Nairóbi, lá tem um programa nos bairros da zona leste, patrocinado por grupos infantis como o Maryknoll, com a supervisão de sacerdotes e de agentes de saúde, e você vê que a Igreja está lá e fala para as pessoas não terem medo e fazerem os testes. Como se trata de uma doença que é associada a relações extraconjugais, é claro que as pessoas não vão dizer abertamente que têm aids porque seriam julgadas pela sociedade. Mas pouco a pouco isso está mudando. Nós pedimos para as pessoas fazerem os testes inclusive nos cursos pré-matrimoniais. Durante toda a série de sessões, a Igreja garante para eles que esta situação não significa o fim da vida deles (...). Claro, existem situações em que o marido mandou a mulher embora, mas há serviços assistenciais quando isso acontece. Dá uma mostra de compreensão e de empatia pela outra pessoa.
Um dos grandes problemas da aids é o dos infectados que têm filhos. Muitas dessas crianças acabam virando chefes de família.
Dom Rotich: Isso para nós é um grande desafio. Mas, de novo, na sociedade africana nós somos mais ou menos uma comunidade. Se alguém foi afetado - perdeu o pai ou a mãe ou os dois - a sociedade vai acolhê-lo; mas você deve ter notado que está acontecendo uma grande migração para as cidades. Então, algumas vezes, quando acontece isto, os filhos ficam sozinhos.
Este aspecto comunitário se perde nas cidades?
Dom Rotich: Se perde. E este é um dos valores que nós gostaríamos que voltassem: insistir no fato de que somos uma família. Sempre que existem órfãos nessas comunidades, a Igreja tenta fazer o máximo que pode, usando todos os recursos. O recurso mais rápido é a empatia. Temos congregações de irmãs que vão todo dia enfrentar esta situação e pedem o esforço da comunidade para tentar ajudar as crianças.
Esta é a resposta da Igreja, mas há também a resposta do mundo, que chegou com a solução do preservativo. Vocês protestaram contra a distribuição de preservativos no Quênia.
Dom Rotich: Sim, vimos que não é a solução. Convidamos os jovens a que não escutem os que distribuem preservativos, porque vimos que tentavam educar as pessoas para fazer sexo com uma idade muito jovem. Víamos que a moralidade do país estava afundando. É necessária uma ajuda educativa, especialmente dos pastores, para falar contra isso e promover a abstinência, que é agora o programa que levamos às escolas.
Agora o governo, o ministério da educação, está escutando isso porque diz que o preservativo não é a solução. Mas um sistema baseado em valores proporcionará a força interna para sair com valentia e dizer: para isso posso esperar. Há tempo para tudo e há tempo de esperar pelo momento em que estejam na vida matrimonial.
Começamos com as crianças, dado que são as que foram afetadas. Não nos deem um mapa para suprir coisas que são alheias a nossa cultura, estranhas ao nosso senso de valores.
Fonte: Zenit.
300 mil jovens conhecerão Igreja espanhola por dentro
Os preparativos para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Madri 2011 continuam em bom ritmo. Já se sabe que pelo menos 300 mil jovens, de todo o mundo, estarão em Espanha nos dias anteriores à chegada de Bento XVI, convivendo com outros jovens e suas famílias, e conhecendo por dentro a Igreja do país que sedia o evento, em várias dioceses.
De 11 a 15 de agosto de 2011, 63 dioceses espanholas oferecerão aos jovens do exterior, participantes do encontro, a oportunidade de passar um tempo de convivência com outros jovens, em preparação para a Jornada Mundial da Juventude.
Estima-se que participarão do programa "Dias na Diocese" (DED - www.dedmadrid11.com) cerca de 300 mil jovens espalhados por toda a geografia espanhola. Já se inscreveram mais de 150 mil participantes, de 137 países. Doze das 63 dioceses previstas já ofereceram todos os lugares cobertos.
O programa para esses dias varia de lugar para lugar: atividades culturais, visitas históricas, momentos de festa, tempos de oração e celebração nos locais sagrados que compõem a identidade religiosa local, e muito mais.
Os jovens provenientes de países com maiores dificuldades econômicas participarão gratuitamente deste programa. Este é o caso de Ciudad Real, diocese à qual chegarão 260 haitianos que fazem parte dos 2 mil estudantes estrangeiros que participarão do programa em La Mancha.
Além desta iniciativa, os organizadores da JMJ anunciaram um novo concurso online para a JMJ. "En vídeo Madrid" pretende recolher propostas de jovens do mundo inteiro, que são convidados a enviar vídeos curtos para animar os tempos de espera dos principais eventos da JMJ. Os vídeos enviados para o concurso serão submetidos à votação popular em www.envideomadrid.org.
Para saber mais: www.dedmadrid1.com.
Para fazer downloads de vídeos: http://madrid11.com/es/oficina-de-prensa/descargas.
Fonte: Zenit.
De 11 a 15 de agosto de 2011, 63 dioceses espanholas oferecerão aos jovens do exterior, participantes do encontro, a oportunidade de passar um tempo de convivência com outros jovens, em preparação para a Jornada Mundial da Juventude.
Estima-se que participarão do programa "Dias na Diocese" (DED - www.dedmadrid11.com) cerca de 300 mil jovens espalhados por toda a geografia espanhola. Já se inscreveram mais de 150 mil participantes, de 137 países. Doze das 63 dioceses previstas já ofereceram todos os lugares cobertos.
O programa para esses dias varia de lugar para lugar: atividades culturais, visitas históricas, momentos de festa, tempos de oração e celebração nos locais sagrados que compõem a identidade religiosa local, e muito mais.
Os jovens provenientes de países com maiores dificuldades econômicas participarão gratuitamente deste programa. Este é o caso de Ciudad Real, diocese à qual chegarão 260 haitianos que fazem parte dos 2 mil estudantes estrangeiros que participarão do programa em La Mancha.
Além desta iniciativa, os organizadores da JMJ anunciaram um novo concurso online para a JMJ. "En vídeo Madrid" pretende recolher propostas de jovens do mundo inteiro, que são convidados a enviar vídeos curtos para animar os tempos de espera dos principais eventos da JMJ. Os vídeos enviados para o concurso serão submetidos à votação popular em www.envideomadrid.org.
Para saber mais: www.dedmadrid1.com.
Para fazer downloads de vídeos: http://madrid11.com/es/oficina-de-prensa/descargas.
Fonte: Zenit.
Bento XVI é atacado porque luta contra o relativismo
O livro "A Verdade Sobre o Papa. Por que o atacam e por que ele tem de ser ouvido", escrito pelo jornalista do Vaticano, Aldo Maria Valli, do principal noticiário da emissora italiana RAI, foi apresentado esta semana no Instituto Don Nicola Mazza, em Roma.
O evento foi moderado pelo jornalista Lorenzo Fazzini e ilustrado pelo autor e pelo presidente do Instituto de Obras Religiosas (IOR), Ettore Gotti Tedeschi.
"Por que o Papa atual é o homem público mais atacado de todos? Por que suas palavras são objeto de tanta manipulação? - perguntou-se Valli. Porque, no centro do seu magistério - respondeu -, há uma batalha contra o relativismo, uma batalha feita com tom tranquilo e gentil, mas que se centra no problema do homem atual. É uma convergência de interesses e pessoas que não querem que o homem levante a questão da verdade para que, assim, possa ser facilmente manipulado."
Este foi o tema central do livro, ilustrado com diversos exemplos da experiência, em primeira pessoa, do jornalista.
Este Papa "conquistou-me com sua racionalidade e simplicidade", indicou, ao apresentar "a questão mais profunda de temas cruciais como a liberdade e a verdade, e porque nos convidou a interrogar-nos sobre essas grandes questões".
Valli disse que "os ataques ao Papa se devem ao fato de que ele levanta diversas perguntas, nas quais o problema da verdade é absolutamente central, porque é uma autêntica batalha contra o relativismo".
Isso acontece, acrescentou, "porque o que permeia nossa cultura e mentalidade atuais é que a verdade não existe e que, ao limite, é possível aproximar-se em maior ou menor grau, dependendo das experiências vividas."
"Com grande simplicidade - prosseguiu -, o nosso Papa indica que a verdade existe e que, se ela não for buscada, não é possível ser plenamente humano. Ensina que o homem tem esse anseio e que, se este lhe for negado, uma parte do seu ser será amputada". E assim, "se não se identifica este problema de fundo, não é possível compreender seu pontificado", disse ele.
Economia
O moderador disse que, quando a Caritas in Veritate foi apresentada a portas fechadas, pelo professor Stefano Zamagni, a um grupo de banqueiros da City, alguém disse: "Nós aceitamos tudo, exceto que o Papa se intrometa em nossos negócios" e que, após esta encíclica, os ataques aumentaram.
O presidente do IOR, respondendo à pergunta, lembrou que, "na introdução e no capítulo VI, a Caritas in Veritate diz que o niilismo não é bom para o homem, pois o leva a perder o sentido da vida e que, então, já não consegue mais distinguir entre meios e fins. E, portanto, os instrumentos econômicos perdem autonomia moral e não servem para mais nada".
E afirmou: "Na encíclica, não se culpa os banqueiros da City", porque "o Papa explicou que a crise atual é de caráter moral".
Valli recordou, assim, a importância de recristianizar a Europa, "que está paganizada, mas que ainda é forte na cultura e nas ideias, depois de três mil anos de civilização".
Fonte: Zenit.
O evento foi moderado pelo jornalista Lorenzo Fazzini e ilustrado pelo autor e pelo presidente do Instituto de Obras Religiosas (IOR), Ettore Gotti Tedeschi.
"Por que o Papa atual é o homem público mais atacado de todos? Por que suas palavras são objeto de tanta manipulação? - perguntou-se Valli. Porque, no centro do seu magistério - respondeu -, há uma batalha contra o relativismo, uma batalha feita com tom tranquilo e gentil, mas que se centra no problema do homem atual. É uma convergência de interesses e pessoas que não querem que o homem levante a questão da verdade para que, assim, possa ser facilmente manipulado."
Este foi o tema central do livro, ilustrado com diversos exemplos da experiência, em primeira pessoa, do jornalista.
Este Papa "conquistou-me com sua racionalidade e simplicidade", indicou, ao apresentar "a questão mais profunda de temas cruciais como a liberdade e a verdade, e porque nos convidou a interrogar-nos sobre essas grandes questões".
Valli disse que "os ataques ao Papa se devem ao fato de que ele levanta diversas perguntas, nas quais o problema da verdade é absolutamente central, porque é uma autêntica batalha contra o relativismo".
Isso acontece, acrescentou, "porque o que permeia nossa cultura e mentalidade atuais é que a verdade não existe e que, ao limite, é possível aproximar-se em maior ou menor grau, dependendo das experiências vividas."
"Com grande simplicidade - prosseguiu -, o nosso Papa indica que a verdade existe e que, se ela não for buscada, não é possível ser plenamente humano. Ensina que o homem tem esse anseio e que, se este lhe for negado, uma parte do seu ser será amputada". E assim, "se não se identifica este problema de fundo, não é possível compreender seu pontificado", disse ele.
Economia
O moderador disse que, quando a Caritas in Veritate foi apresentada a portas fechadas, pelo professor Stefano Zamagni, a um grupo de banqueiros da City, alguém disse: "Nós aceitamos tudo, exceto que o Papa se intrometa em nossos negócios" e que, após esta encíclica, os ataques aumentaram.
O presidente do IOR, respondendo à pergunta, lembrou que, "na introdução e no capítulo VI, a Caritas in Veritate diz que o niilismo não é bom para o homem, pois o leva a perder o sentido da vida e que, então, já não consegue mais distinguir entre meios e fins. E, portanto, os instrumentos econômicos perdem autonomia moral e não servem para mais nada".
E afirmou: "Na encíclica, não se culpa os banqueiros da City", porque "o Papa explicou que a crise atual é de caráter moral".
Valli recordou, assim, a importância de recristianizar a Europa, "que está paganizada, mas que ainda é forte na cultura e nas ideias, depois de três mil anos de civilização".
Fonte: Zenit.
Papa convida à vida sóbria e respeitosa da criação
Neste domingo, Bento XVI convidou a viver a fé em Deus seguindo um estilo de vida desapegado dos bens terrenos e respeitoso da criação.
Este foi o conselho do Santo Padre aos milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para rezar a oração do Ângelus, ao meio-dia.
Falando da janela dos seus aposentos, desejou "que todos possam aprender a viver seguindo um estilo simples e sóbrio na vida cotidiana e no respeito pela criação, que Deus confiou à nossa guarda".
O Pontífice comentou duas passagens da Bíblia que, segundo confessou, o impressionam particularmente. A primeira é a frase de Isaías em que Deus, em palavras do profeta, pergunta: "Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno, a ponto de não ter pena do fruto de seu ventre? Se ela se esquecer, eu, porém, não me esquecerei de ti!". E a passagem de São Mateus, na qual Jesus convida "à confiança na Providência do Pai celestial, que alimenta os pássaros do céu, veste os lírios do campo e conhece todas as nossas necessidades".
"Diante da situação de muitas pessoas, próximas ou distantes, que vivem na pobreza, estas palavras de Jesus podem parecer irrealistas, ou melhor, evasivas", reconheceu o Papa.
"Na verdade, o Senhor quer dar a entender claramente que não se pode servir a dois senhores: Deus e a riqueza. Quem crê em Deus, Pai cheio de amor por seus filhos, coloca em primeiro lugar a busca do seu Reino, da sua vontade. É o oposto do fatalismo ou do ingênuo irenismo", afirmou.
Segundo Bento XVI, "a fé na Providência, de fato, não exime da luta por uma vida digna, mas sim liberta da preocupação com as coisas e do medo do amanhã".
Está claro, reconheceu o Bispo de Roma, que esta verdade é vivida de maneiras diferentes, segundo as diversas vocações: "um frade franciscano pode segui-lo de maneira mais radical, enquanto um pai de família deverá considerar seus deveres para com sua esposa e filhos. Mas em todos os casos, o cristão se distingue pela sua confiança absoluta no Pai celestial, como Jesus".
"Jesus nos demonstrou o que significa viver com os pés firmemente plantados na terra, atentos às situações concretas do próximo, e, ao mesmo tempo, tendo o coração no céu, imerso na misericórdia de Deus", concluiu.
Fonte: Zenit.
Este foi o conselho do Santo Padre aos milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para rezar a oração do Ângelus, ao meio-dia.
Falando da janela dos seus aposentos, desejou "que todos possam aprender a viver seguindo um estilo simples e sóbrio na vida cotidiana e no respeito pela criação, que Deus confiou à nossa guarda".
O Pontífice comentou duas passagens da Bíblia que, segundo confessou, o impressionam particularmente. A primeira é a frase de Isaías em que Deus, em palavras do profeta, pergunta: "Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno, a ponto de não ter pena do fruto de seu ventre? Se ela se esquecer, eu, porém, não me esquecerei de ti!". E a passagem de São Mateus, na qual Jesus convida "à confiança na Providência do Pai celestial, que alimenta os pássaros do céu, veste os lírios do campo e conhece todas as nossas necessidades".
"Diante da situação de muitas pessoas, próximas ou distantes, que vivem na pobreza, estas palavras de Jesus podem parecer irrealistas, ou melhor, evasivas", reconheceu o Papa.
"Na verdade, o Senhor quer dar a entender claramente que não se pode servir a dois senhores: Deus e a riqueza. Quem crê em Deus, Pai cheio de amor por seus filhos, coloca em primeiro lugar a busca do seu Reino, da sua vontade. É o oposto do fatalismo ou do ingênuo irenismo", afirmou.
Segundo Bento XVI, "a fé na Providência, de fato, não exime da luta por uma vida digna, mas sim liberta da preocupação com as coisas e do medo do amanhã".
Está claro, reconheceu o Bispo de Roma, que esta verdade é vivida de maneiras diferentes, segundo as diversas vocações: "um frade franciscano pode segui-lo de maneira mais radical, enquanto um pai de família deverá considerar seus deveres para com sua esposa e filhos. Mas em todos os casos, o cristão se distingue pela sua confiança absoluta no Pai celestial, como Jesus".
"Jesus nos demonstrou o que significa viver com os pés firmemente plantados na terra, atentos às situações concretas do próximo, e, ao mesmo tempo, tendo o coração no céu, imerso na misericórdia de Deus", concluiu.
Fonte: Zenit.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
A real história do Cristo de Lula
Ao longo dos oito anos que passou na Presidência, Lula ganhou 8.500 presentes. Findo seu mandato, um deles tornou-se fonte de anedotas e constrangimentos. Um Cristo morto e crucificado, talhado em cerca de 1,50 metro de madeira de tília, usada em esculturas sacras europeias do século XVI e XVII, tornou-se o protagonista de uma via-crúcis de boatos e desmentidos. O objeto esteve pendurado no gabinete presidencial entre 2003 e 2010. Sua retirada, em 2011, provocou uma controvérsia que começou nos primeiros dias de Dilma Rousseff na cadeira presidencial e sobrevive até hoje na internet. Tão logo foi percebida, a ausência do crucifixo levantou dúvidas sobre um suposto ateísmo da presidenta e jogou suspeitas sobre o comportamento do ex-presidente Lula. Em vários blogs, Lula passou a ser acusado de ter surrupiado patrimônio público do Palácio do Planalto ao levar para casa o Cristo.
Saiba mais
»Os tesouros esquecidos do Palácio do Planalto
»O que Lula vai levar na mudança
A ministra Helena Chagas, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, justificou a retirada da peça por meio do microblog Twitter. Invocou o direito do ex-presidente de levar na mudança todos os presentes que lhe foram dados e disse que esse era o caso do crucifixo. Ainda assim um grupo de internautas pegou Lula para Cristo e começou uma campanha com o bordão “Devolve, Lula”. Eles afirmam em seus blogs que o crucifixo estava no Planalto havia décadas, desde que Lula era ainda um estreante em disputas eleitorais. Como prova, publicam e republicam uma foto do ex-presidente Itamar Franco, que governou o Brasil entre 1992 e 1994, instalado em uma poltrona vermelha, no gabinete presidencial, tendo ao fundo o crucifixo. Instado a esclarecer a polêmica, Itamar fez chacota. “O crucifixo era do Palácio. É melhor fazer um (exame de) DNA no crucifixo”, disse. Assessores de Lula e da Presidência, no entanto, não acharam a menor graça na situação. Claudio Soares, diretor da documentação histórica da Presidência, reafirmou que o crucifixo “foi presente pessoal de um amigo ao Presidente Lula” e disse que a imagem de Itamar que circula na internet “trata-se de edição grosseira. O presidente Itamar nunca se sentou naquela poltrona enquanto aquela peça esteve naquela parede”. Segundo ÉPOCA apurou, Soares tem razão sobre a procedência da peça. Mas a foto de Itamar não é uma falsificação. Explica-se.
O crucifixo pertencia a Dom Mauro Morelli, bispo de Duque de Caxias, que ganhara a peça de um amigo médico. No fim de 2002, o bispo viu-se obrigado a vender o Cristo. “Coloquei-o à venda para atender a necessidades pessoais e familiares com problemas financeiros decorrentes de enfermidades”, diz Dom Mauro. Naquele momento, o bispo participava de discussões sobre o programa Fome Zero no Instituto da Cidadania, criado por Lula antes de ser eleito para a Presidência em 2002. Entre uma discussão e outra acerca da pobreza nacional, Dom Mauro encontrou comprador para seu Cristo. Era um amigo de Lula, José Alberto de Camargo, diretor da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), empresa da família Moreira Salles. Em janeiro de 2003, com Lula recém-empossado, Camargo, por meio da Fundação Djalma Guimarães, braço cultural da CBMM, pagou R$ 60 mil a Dom Mauro pelo crucifixo. “Não sabia o que fazer com a obra e aceitei a sugestão de Frei Betto de dá-la ao Lula”, diz Camargo.
“Quando chegou aqui, o crucifixo parecia três pedaços de carvão”, diz Soares, da documentação histórica do Planalto. O objeto foi enviado, em seguida, ao Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis, da Universidade Federal de Minas Gerais, que, durante mais de três meses, trabalhou na limpeza e recuperação da peça. Enquanto isso, no Planalto, deliberava-se sobre qual seria o destino do Cristo. “O Frei Betto pressionou para colocar na sala de Lula, embora a Clara (Ant, assessora do presidente) fizesse questão de lembrar que o Estado é laico”, diz Camargo. Lula, católico, optou por instalar a imagem em seu gabinete. Sobre o episódio, Clara Ant, judia, afirma: “Na época, apenas comentei que o Estado é laico. Isso também foi uma bobagem, pois a presença do Cristo em nada altera a natureza do Estado. Na verdade, cada um coloca em seu ambiente de trabalho os objetos ou ícones com os quais se identifica. Aliás, Lula manteve também uma hamsa (amuleto em forma de mão) presenteada por um rabino em sua sala”. Depois de instalado o crucifixo, Frei Betto comandou uma cerimônia religiosa de cerca de dez minutos para dar bênção ao gabinete. E puxou um pai-nosso para pedir a Deus que olhasse pelo governo petista.
Pregado na parede de Lula, o Cristo foi testemunha de uma reunião, em maio de 2006, entre o ex-presidente Itamar Franco e o então presidente da República em exercício, senador Renan Calheiros. O assunto era a disputa presidencial que aconteceria naquele ano. Itamar disse a Renan que não aceitaria a vice na chapa de Lula. Queria ser o candidato ao Planalto pelo PMDB. Durante a conversa, Itamar sentou-se na poltrona preferida de Lula, onde foi fotografado. Quase cinco anos depois, essa imagem alimentou a boataria na internet de que Lula teria roubado o Cristo.
No governo, o crucifixo acompanhou Lula onde quer que ele se instalasse, inclusive no gabinete provisório no Centro Cultural Banco do Brasil. Em janeiro de 2011, foi trazido a São Paulo em um avião da Força Aérea Brasileira. O destino definitivo da peça não foi divulgado. Mas é certo que ele não será devolvido ao Planalto. Na internet, no entanto, há quem se anime a perguntar: “Se Lula voltar ao poder, em 2015, o crucifixo virá com ele?”.
Fonte: Mariana Sanches - Revista Epoca.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Comunidade luterana entra em comunhão com Igreja Católica
A Igreja Anglo-Luterana Católica, uma comunidade que se separou da Igreja Luterana em 1997 e desde então iniciou um processo de aproximação à doutrina católica, anunciou publicamente que vai entrar em comunhão com Roma, tirando proveito da constituição apostólica Anglicanorum Coetibus.
A constituição apostólica estabelece a criação de ordinariatos pessoais, equivalentes a dioceses não geográficas, como as que existem para as forças armadas, para acolher fiéis da comunhão anglicana que queiram entrar em comunhão com a Igreja Católica, mantendo todavia as suas tradições e o seu património litúrgico e espiritual.
A proposta já foi aceite por vários indivíduos e comunidades que pertenciam à Comunhão Anglicana, mas também pela Igreja Anglicana Tradicional, uma comunidade que rompeu com a Comunhão Anglicana em 1991. Um ordinariato já foi estabelecido em Inglaterra, com outros agendados para a Austrália, Canadá e Estados Unidos.
Contudo, esta é a primeira ocasião em que uma comunidade de tradição luterana anuncia a intenção de aderir. O líder da Igreja Anglo-Luterana Católica explica que submeteram um pedido de união com Roma já em 2009, mas que por não serem anglicanos não lhes ocorreu que pudessem ser abrangidos pelo Anglicanorum Coetibus. Mas depois da publicação do documento as autoridades católicas informaram-lhes que podiam aproveitar a mesma estrutura, juntando-se aos ordinariatos criados nos seus respectivos países.
A Igreja Anglo-Luterana Católica serve cerca de 11 mil pessoas, inclui cinco arcebispos e três bispos e tem paróquias em vários países, incluindo o Canadá, Alemanha, Sudão, Uganda e Quénia, mas sobretudo nos Estados Unidos.
Fonte: Rádio Renascença - Portugal.
Mulheres que frequentam Igreja são mais felizes
Um estudo recente mostra que as mulheres que frequentam regularmente a Igreja são mais imunes aos altos e baixos da vida, e geralmente são mais felizes.
Alexander Ross, do Instituto de Ciências Psicológicas, é o autor da pesquisa, que teve como objetivo investigar o grau de felicidade das mulheres americanas nos últimos 36 anos.
Ross descobriu que ir regularmente à igreja é um fator significativo na felicidade das mulheres. Verificou-se, de fato, que uma inflexão desta frequência no período 1972-2008 teve um impacto direto sobre a felicidade das mulheres que participaram do estudo.
"A queda da frequência ao longo do tempo, um comportamento associado a uma menor felicidade geral, explica, em parte, o declínio da felicidade das mulheres", sublinhou Ross.
Mudanças sociais
Da mesma forma, as mulheres que afirmam frequentar regularmente a igreja parecem mais imunes aos elementos que causaram o declínio geral da felicidade.
"Dado que as mudanças que a nossa sociedade tem sofrido nas últimas décadas têm tido um impacto negativo sobre a felicidade das mulheres - disse Ross -, a análise permite concluir que as mulheres que frequentam a Igreja são menos sensíveis a este impacto."
O estudo, publicado no último volume da Interdisciplinary Journal of Research on Religion, também mostra uma diminuição na prática religiosa dos homens, no mesmo período, mas que não corresponde a um declínio significativo na felicidade masculina.
Ross explicou que isso poderia ser devido ao fato de que as mulheres mudaram seus hábitos sobre a prática religiosa ao longo dos anos, muito mais drasticamente do que os homens. Essa diminuição na frequência da participação nas igrejas nas mulheres também é mais consistente do que a os homens.
O especialista também destacou que, "embora as expectativas sobre os papéis entre homens e mulheres tenham mudado nas últimas décadas, pode-se dizer que mudaram mais radicalmente para as mulheres".
"No contexto de uma maior sensação de desintegração social, talvez as mulheres tenham se beneficiado mais do que os homens da influência estabilizadora de uma visita regular à igreja."
"Santo Agostinho não ficaria surpreso com o que descobrimos, porque ele ensinou que o maior bem para a humanidade é Deus", concluiu Ross.
Fonte: Zenit.
Alexander Ross, do Instituto de Ciências Psicológicas, é o autor da pesquisa, que teve como objetivo investigar o grau de felicidade das mulheres americanas nos últimos 36 anos.
Ross descobriu que ir regularmente à igreja é um fator significativo na felicidade das mulheres. Verificou-se, de fato, que uma inflexão desta frequência no período 1972-2008 teve um impacto direto sobre a felicidade das mulheres que participaram do estudo.
"A queda da frequência ao longo do tempo, um comportamento associado a uma menor felicidade geral, explica, em parte, o declínio da felicidade das mulheres", sublinhou Ross.
Mudanças sociais
Da mesma forma, as mulheres que afirmam frequentar regularmente a igreja parecem mais imunes aos elementos que causaram o declínio geral da felicidade.
"Dado que as mudanças que a nossa sociedade tem sofrido nas últimas décadas têm tido um impacto negativo sobre a felicidade das mulheres - disse Ross -, a análise permite concluir que as mulheres que frequentam a Igreja são menos sensíveis a este impacto."
O estudo, publicado no último volume da Interdisciplinary Journal of Research on Religion, também mostra uma diminuição na prática religiosa dos homens, no mesmo período, mas que não corresponde a um declínio significativo na felicidade masculina.
Ross explicou que isso poderia ser devido ao fato de que as mulheres mudaram seus hábitos sobre a prática religiosa ao longo dos anos, muito mais drasticamente do que os homens. Essa diminuição na frequência da participação nas igrejas nas mulheres também é mais consistente do que a os homens.
O especialista também destacou que, "embora as expectativas sobre os papéis entre homens e mulheres tenham mudado nas últimas décadas, pode-se dizer que mudaram mais radicalmente para as mulheres".
"No contexto de uma maior sensação de desintegração social, talvez as mulheres tenham se beneficiado mais do que os homens da influência estabilizadora de uma visita regular à igreja."
"Santo Agostinho não ficaria surpreso com o que descobrimos, porque ele ensinou que o maior bem para a humanidade é Deus", concluiu Ross.
Fonte: Zenit.
Doutrina social da Igreja é resposta à crise econômica
A crise econômica e suas raízes, a lei natural ignorada, a criação de um bem-estar somente material: estes foram alguns dos problemas relacionados à encíclica Caritas in Veritare que estiveram no centro de uma conferência, ontem, do presidente do Instituto para Obras Religiosas (IOR), Ettore Gotti Tedeschi, no final do seminário "Economia social de mercado: uma nova visão", em uma das sedes da Câmara dos Deputados, em Roma.
O orador recordou que a economia de mercado foi definida pelo economista italiano Luigi Einaudi como "uma terceira via entre o capitalismo e o socialismo, que garante a liberdade individual freando seu instinto egoísta, através de critérios de subsidiariedade e de solidariedade. Nem estatismo nem capitalismo exagerado".
"Entretanto, para que funcione - esta é a minha opinião -, tem que ser baseada na doutrina social da Igreja, porque ela tem experiência e valor", disse ele.
O banqueiro lembrou que "a doutrina social da Igreja foi a forma mais eficaz de tornar o amor efetivo, apesar de que, como diz Bento XVI na encíclica, a caridade desvinculada da verdade não pode subsistir".
No entanto, existem algumas condições: "A doutrina da Igreja, para poder funcionar, requer duas colunas: ensinar, porque a Igreja é mestra, e um Estado que não seja ávido".
O presidente do IOR explicou que "a economia social de mercado, como primeiro objetivo, deve usar os recursos disponíveis de maneira eficiente e obter resultados mais eficazes. O segundo objetivo tem de assegurar o progresso integral, tendo presente a unidade corpo-alma do homem. E, finalmente, precisa distribuir a riqueza criada, não só por caridade, mas também por sustentabilidade".
Crise de sentido
"A encíclica diz que, se a liberdade vem antes da verdade, o homem imaturo raramente chegará à verdade e, portanto, não saberá distinguir entre meios e fins e confundirá o uso dos instrumentos."
"E os instrumentos são neutros. Não existe banco ético nem finanças éticas; existe o homem ético, que faz as finanças de maneira ética e moral, ou seja, dando sentido às suas ações."
"Na introdução da encíclica, o Papa diz que, se o homem começa a refletir e dar sentido à sua vida, os instrumentos, a política, a medicina adquirirão independência e autonomia moral. Mas o instrumento não pode ter autonomia moral. É o homem que dá sentido ao uso dos instrumentos."
"E Bento XVI, na Caritas in veritate, lembra o que Paulo VI disse na Humanae Vitae e na Populorum progressio: não se pode prescindir das ações humanas e do pleno respeito pela vida e não se pode fazer um plano de desenvolvimento econômico se o progresso é apenas material, porque o homem não é apenas um animal material."
Eutanásia e orçamento
Gotti Tedeschi lembrou que "temos negado a dignidade da vida e estamos fazendo progressos apenas materiais. E agora está em discussão a lei sobre a eutanásia. Para provocar, direi: é uma lei econômica, porque não se podem manter os velhos, que custam muito quando não nascem crianças; é uma questão de orçamento".
"A questão - continuou ele - é que os Estados Unidos e a Europa representam, há 30 anos, um bilhão de pessoas. A diferença é a idade delas. Há 25 anos, 25% das pessoas eram menores de 25 anos. Hoje, são 10%. E os de 65 representavam 15%, e hoje são 65% da população."
"Quando as pessoas saem do ciclo de produção, geram gastos de saúde e aposentadoria. O que acontece em uma sociedade que não tem nenhuma mudança geracional? Se a estrutura permanece a mesma, o que é feito para aumentar o PIB?"
"Tudo isso está contido na encíclica - reiterou Gotti Tedeschi. E, no começo, ela afirma que negamos a vida e o desenvolvimento integral."
Redução da dívida
"É possível reduzir a dívida?", perguntou-se Gotti Tedeschi. E lembrou que os três sistemas são: um default, como o argentino; a inflação, uma nova bolha; e que o Papa ensina: a austeridade.
"É preciso voltar a economizar para formar a base monetária e construir - disse. Além disso, 60% das coisas que são consumidas não geram mão de obra."
Do ponto de vista econômico, "o homem tem três dimensões: produtor, consumidor e economizador. Há 20 anos, as dimensões eram coerentes. Agora, porém, eu trabalho e produzo um produto, mas compro um similar feito na Ásia, melhor e que custa menos. Depois de três anos, a minha empresa, que produzia esse mesmo produto, vai falir e, portanto, não gastarei mais".
"Este é o paradoxo da globalização consumista. É o que o Papa chamou de ‘desenvolvimento econômico não-integrado'. Porque o homem se esqueceu de que tem uma alma; considera somente um corpo, pela influência do niilismo e do relativismo."
"Como dizia um ex-ministro italiano da Saúde, Umberto Veronesi, ‘é inútil pensar que o homem tem uma faísca do divino quando o homem é apenas um animal inteligente. Comem e se divertem, mas depois reclamam se alguém faz isso demais'."
Fonte: Zenit.
O orador recordou que a economia de mercado foi definida pelo economista italiano Luigi Einaudi como "uma terceira via entre o capitalismo e o socialismo, que garante a liberdade individual freando seu instinto egoísta, através de critérios de subsidiariedade e de solidariedade. Nem estatismo nem capitalismo exagerado".
"Entretanto, para que funcione - esta é a minha opinião -, tem que ser baseada na doutrina social da Igreja, porque ela tem experiência e valor", disse ele.
O banqueiro lembrou que "a doutrina social da Igreja foi a forma mais eficaz de tornar o amor efetivo, apesar de que, como diz Bento XVI na encíclica, a caridade desvinculada da verdade não pode subsistir".
No entanto, existem algumas condições: "A doutrina da Igreja, para poder funcionar, requer duas colunas: ensinar, porque a Igreja é mestra, e um Estado que não seja ávido".
O presidente do IOR explicou que "a economia social de mercado, como primeiro objetivo, deve usar os recursos disponíveis de maneira eficiente e obter resultados mais eficazes. O segundo objetivo tem de assegurar o progresso integral, tendo presente a unidade corpo-alma do homem. E, finalmente, precisa distribuir a riqueza criada, não só por caridade, mas também por sustentabilidade".
Crise de sentido
"A encíclica diz que, se a liberdade vem antes da verdade, o homem imaturo raramente chegará à verdade e, portanto, não saberá distinguir entre meios e fins e confundirá o uso dos instrumentos."
"E os instrumentos são neutros. Não existe banco ético nem finanças éticas; existe o homem ético, que faz as finanças de maneira ética e moral, ou seja, dando sentido às suas ações."
"Na introdução da encíclica, o Papa diz que, se o homem começa a refletir e dar sentido à sua vida, os instrumentos, a política, a medicina adquirirão independência e autonomia moral. Mas o instrumento não pode ter autonomia moral. É o homem que dá sentido ao uso dos instrumentos."
"E Bento XVI, na Caritas in veritate, lembra o que Paulo VI disse na Humanae Vitae e na Populorum progressio: não se pode prescindir das ações humanas e do pleno respeito pela vida e não se pode fazer um plano de desenvolvimento econômico se o progresso é apenas material, porque o homem não é apenas um animal material."
Eutanásia e orçamento
Gotti Tedeschi lembrou que "temos negado a dignidade da vida e estamos fazendo progressos apenas materiais. E agora está em discussão a lei sobre a eutanásia. Para provocar, direi: é uma lei econômica, porque não se podem manter os velhos, que custam muito quando não nascem crianças; é uma questão de orçamento".
"A questão - continuou ele - é que os Estados Unidos e a Europa representam, há 30 anos, um bilhão de pessoas. A diferença é a idade delas. Há 25 anos, 25% das pessoas eram menores de 25 anos. Hoje, são 10%. E os de 65 representavam 15%, e hoje são 65% da população."
"Quando as pessoas saem do ciclo de produção, geram gastos de saúde e aposentadoria. O que acontece em uma sociedade que não tem nenhuma mudança geracional? Se a estrutura permanece a mesma, o que é feito para aumentar o PIB?"
"Tudo isso está contido na encíclica - reiterou Gotti Tedeschi. E, no começo, ela afirma que negamos a vida e o desenvolvimento integral."
Redução da dívida
"É possível reduzir a dívida?", perguntou-se Gotti Tedeschi. E lembrou que os três sistemas são: um default, como o argentino; a inflação, uma nova bolha; e que o Papa ensina: a austeridade.
"É preciso voltar a economizar para formar a base monetária e construir - disse. Além disso, 60% das coisas que são consumidas não geram mão de obra."
Do ponto de vista econômico, "o homem tem três dimensões: produtor, consumidor e economizador. Há 20 anos, as dimensões eram coerentes. Agora, porém, eu trabalho e produzo um produto, mas compro um similar feito na Ásia, melhor e que custa menos. Depois de três anos, a minha empresa, que produzia esse mesmo produto, vai falir e, portanto, não gastarei mais".
"Este é o paradoxo da globalização consumista. É o que o Papa chamou de ‘desenvolvimento econômico não-integrado'. Porque o homem se esqueceu de que tem uma alma; considera somente um corpo, pela influência do niilismo e do relativismo."
"Como dizia um ex-ministro italiano da Saúde, Umberto Veronesi, ‘é inútil pensar que o homem tem uma faísca do divino quando o homem é apenas um animal inteligente. Comem e se divertem, mas depois reclamam se alguém faz isso demais'."
Fonte: Zenit.
México: assassinato de sacerdote, reflexo da violência
O assassinato de um pároco mexicano registrado esta semana é “um reflexo da corrupção, da mentira e da situação social imoral que gera violência”.
Foi o que afirmou o bispo de Tuxpan Veracruz, Dom Juan Navarro Castellanos, em uma nota à agência vaticana Fides, em que comenta o homicídio do padre Santos Sánchez Hernández, 43, cujo corpo foi encontrado na casa paroquial.
O assassinato ocorreu na noite de 21 para 22 de fevereiro, na comunidade paroquial de Mecapalapa, no estado mexicano de Puebla.
Para Dom Navarro Castellanos, tudo indica que alguém entrou na casa do padre para roubar. Ao ser descoberto, o bandido agrediu gravemente o sacerdote, que não resistiu aos ferimentos.
O bispo condenou o clima de violência e insegurança no México, definindo o assassinato do pároco como “reflexo da situação imoral das instituições” e da “desordem ética e social”.
Fonte: Zenit.
Foi o que afirmou o bispo de Tuxpan Veracruz, Dom Juan Navarro Castellanos, em uma nota à agência vaticana Fides, em que comenta o homicídio do padre Santos Sánchez Hernández, 43, cujo corpo foi encontrado na casa paroquial.
O assassinato ocorreu na noite de 21 para 22 de fevereiro, na comunidade paroquial de Mecapalapa, no estado mexicano de Puebla.
Para Dom Navarro Castellanos, tudo indica que alguém entrou na casa do padre para roubar. Ao ser descoberto, o bandido agrediu gravemente o sacerdote, que não resistiu aos ferimentos.
O bispo condenou o clima de violência e insegurança no México, definindo o assassinato do pároco como “reflexo da situação imoral das instituições” e da “desordem ética e social”.
Fonte: Zenit.
Padre português, melhor futebolista
O padre português Marco Gil foi considerado o melhor jogador da Champions Clerum – torneio europeu de futsal para sacerdotes católicos – que terminou nesta quinta-feira, em Kielce (Polônia).
Em declarações à Agência Ecclesia, o padre e capitão da seleção portuguesa afirmou que trocava o troféu individual “pela final” do torneio.
Depois de ganharem os cinco primeiros jogos que realizaram no campeonato, os padres portugueses escorregaram ante a anfitriã Polônia (campeã do evento). Na disputa do terceiro lugar, foram derrotados ainda pela Bósnia-Herzegovina.
Naqueles jogos “as coisas não correram como esperávamos” e “cometemos erros atrás de erros”, disse o padre Marco Gil.
A Liga dos Campeões de Futsal para padres católicos teve lugar na cidade de Kielce, na Polónia (21 a 24 de Fìfevereiro) depois da edição anterior se ter realizado em Portugal. O próximo mundial realiza-se na Hungria.
A seleção portuguesa era constituída por 13 padres de cinco dioceses nortenhas (Braga, Lamego, Porto, Viana do Castelo e Vila Real).
Fonte: Zenit.
Em declarações à Agência Ecclesia, o padre e capitão da seleção portuguesa afirmou que trocava o troféu individual “pela final” do torneio.
Depois de ganharem os cinco primeiros jogos que realizaram no campeonato, os padres portugueses escorregaram ante a anfitriã Polônia (campeã do evento). Na disputa do terceiro lugar, foram derrotados ainda pela Bósnia-Herzegovina.
Naqueles jogos “as coisas não correram como esperávamos” e “cometemos erros atrás de erros”, disse o padre Marco Gil.
A Liga dos Campeões de Futsal para padres católicos teve lugar na cidade de Kielce, na Polónia (21 a 24 de Fìfevereiro) depois da edição anterior se ter realizado em Portugal. O próximo mundial realiza-se na Hungria.
A seleção portuguesa era constituída por 13 padres de cinco dioceses nortenhas (Braga, Lamego, Porto, Viana do Castelo e Vila Real).
Fonte: Zenit.
Liberdade e autonomia não podem prescindir do exercício dos valores morais
Diante de quadros de corrupção e desonestidade, deve-se recuperar e promover o sentido da moralidade como valor base, considera o arcebispo de Belo Horizonte.
“A sociedade está povoada de notícias que comprovam o quanto a corrupção e a desonestidade estão corroendo relações, provocando prejuízos irreversíveis na vida de cidadãos e de famílias, com sérios comprometimentos sociopolíticos”, afirma Dom Walmor Oliveira de Azevedo, em artigo difundido à imprensa nesta sexta-feira.
Segundo o arcebispo, “as providências que governos, instituições e outras instâncias da sociedade precisam e devem tomar diante de fatos graves no tecido social e cultural não podem retardar mais a consideração da moralidade como ouro na história de todos”.
“Esse cenário com suas violências, desmandos, corrupções, tráficos e outras condutas imorais, é origem de tudo o que esgarça o tecido moral da cidadania. Valor que é a base para vencer seduções e ter força para permanecer do lado do bem, com gosto pela justiça e fecundo espírito de solidariedade.”
Dom Walmor considera que “é imprescindível redobrar a atenção quanto à moralidade que baliza a vida de cada indivíduo e regula suas relações”.
“É urgente e necessário avaliar o quanto o relativismo tem emoldurado critérios na emissão de juízos, na formatação de discernimentos, trazendo direções equivocadas e prejudiciais nas escolhas, tanto no âmbito privado quanto no exercício da profissão, da política e de outras ocupações na sociedade.”
Dom Walmor assinala que a decomposição das relações familiares “configura o paradigma da perda da moralidade, considerando a família com seu insubstituível papel de formadora de consciência”.
O arcebispo cita ainda o âmbito dos meios de comunicação, que tantas vezes “estão a serviço de programas que atentam contra a dignidade humana”.
“Não se pode simplesmente ajuizar que os cidadãos são livres para escolher o que é de baixo nível moral. É melhor não produzi-los. Então, é preciso combatê-los, investindo na formação da consciência moral, com uma consistência tal que se rejeite com lealdade, os fascínios da celebridade fugaz, o gosto mórbido pelo dinheiro e pelo poder, e substituí-los pelo apreço ao bem, à verdade; criar o gosto pela transparência e pelo que é honesto.”
“As culturas, as sociedades não podem prescindir de investimentos, abordagens e compreensões da consciência na sua insubstituível e específica função de discernimento e juízo moral. É urgente superar considerações de que tratar e investir na moralidade é um viés antigo, e até superado”, afirma.
Segundo Dom Walmor, “a liberdade e a autonomia que caracterizam a sociedade contemporânea não podem prescindir do exercício dos valores morais sob pena de continuarmos a fabricar o precioso tempo do terceiro milênio como um tempo de abominação da desolação”.
Fonte: Zenit
“A sociedade está povoada de notícias que comprovam o quanto a corrupção e a desonestidade estão corroendo relações, provocando prejuízos irreversíveis na vida de cidadãos e de famílias, com sérios comprometimentos sociopolíticos”, afirma Dom Walmor Oliveira de Azevedo, em artigo difundido à imprensa nesta sexta-feira.
Segundo o arcebispo, “as providências que governos, instituições e outras instâncias da sociedade precisam e devem tomar diante de fatos graves no tecido social e cultural não podem retardar mais a consideração da moralidade como ouro na história de todos”.
“Esse cenário com suas violências, desmandos, corrupções, tráficos e outras condutas imorais, é origem de tudo o que esgarça o tecido moral da cidadania. Valor que é a base para vencer seduções e ter força para permanecer do lado do bem, com gosto pela justiça e fecundo espírito de solidariedade.”
Dom Walmor considera que “é imprescindível redobrar a atenção quanto à moralidade que baliza a vida de cada indivíduo e regula suas relações”.
“É urgente e necessário avaliar o quanto o relativismo tem emoldurado critérios na emissão de juízos, na formatação de discernimentos, trazendo direções equivocadas e prejudiciais nas escolhas, tanto no âmbito privado quanto no exercício da profissão, da política e de outras ocupações na sociedade.”
Dom Walmor assinala que a decomposição das relações familiares “configura o paradigma da perda da moralidade, considerando a família com seu insubstituível papel de formadora de consciência”.
O arcebispo cita ainda o âmbito dos meios de comunicação, que tantas vezes “estão a serviço de programas que atentam contra a dignidade humana”.
“Não se pode simplesmente ajuizar que os cidadãos são livres para escolher o que é de baixo nível moral. É melhor não produzi-los. Então, é preciso combatê-los, investindo na formação da consciência moral, com uma consistência tal que se rejeite com lealdade, os fascínios da celebridade fugaz, o gosto mórbido pelo dinheiro e pelo poder, e substituí-los pelo apreço ao bem, à verdade; criar o gosto pela transparência e pelo que é honesto.”
“As culturas, as sociedades não podem prescindir de investimentos, abordagens e compreensões da consciência na sua insubstituível e específica função de discernimento e juízo moral. É urgente superar considerações de que tratar e investir na moralidade é um viés antigo, e até superado”, afirma.
Segundo Dom Walmor, “a liberdade e a autonomia que caracterizam a sociedade contemporânea não podem prescindir do exercício dos valores morais sob pena de continuarmos a fabricar o precioso tempo do terceiro milênio como um tempo de abominação da desolação”.
Fonte: Zenit
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
Brasil: padre é assassinado em Montes Claros
Pe. Romeu Drago, 56, administrador da quase-paróquia de Nossa Senhora do Carmo
SÃO PAULO, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011 - Foi assassinado no sábado, dia 19, o padre Romeu Drago, de 56 anos, administrador da quase-paróquia de Nossa Senhora do Carmo, na arquidiocese de Montes Claros (Minas Gerais, sudeste do Brasil).
Segundo informa a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o corpo do religioso, que estava desaparecido desde sábado, foi encontrado carbonizado no domingo, às margens da rodovia estadual MG-122, a 25 quilômetros da cidade.
A polícia acredita que o sacerdote teria sido assassinado dentro de casa e depois levado até a rodovia pelos bandidos. Indícios apontam que o padre foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), já que seu automóvel foi levado, além de outros pertences.
Em nota, o arcebispo de Montes Claros, Dom José Alberto Moura, lamentou a morte do sacerdote e a falta de segurança nas cidades. “Lastimamos o fato e a situação de insegurança em que vivemos”, afirmou.
Os restos mortais do padre Romeu serão levados para sua terra natal, Marilândia, no Estado do Espírito Santo.
Fonte: Zenit.
SÃO PAULO, sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011 - Foi assassinado no sábado, dia 19, o padre Romeu Drago, de 56 anos, administrador da quase-paróquia de Nossa Senhora do Carmo, na arquidiocese de Montes Claros (Minas Gerais, sudeste do Brasil).
Segundo informa a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o corpo do religioso, que estava desaparecido desde sábado, foi encontrado carbonizado no domingo, às margens da rodovia estadual MG-122, a 25 quilômetros da cidade.
A polícia acredita que o sacerdote teria sido assassinado dentro de casa e depois levado até a rodovia pelos bandidos. Indícios apontam que o padre foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), já que seu automóvel foi levado, além de outros pertences.
Em nota, o arcebispo de Montes Claros, Dom José Alberto Moura, lamentou a morte do sacerdote e a falta de segurança nas cidades. “Lastimamos o fato e a situação de insegurança em que vivemos”, afirmou.
Os restos mortais do padre Romeu serão levados para sua terra natal, Marilândia, no Estado do Espírito Santo.
Fonte: Zenit.
Líbia, revolução inesperada também para cristãos
O balanço oficial do governo líbio, depois de nove dias de confrontos, é de 300 mortos. Seriam 10.000, segundo a Tv al-Arabiya, que cita a representante líbio do Tribunal Penal Internacional. Haveria ainda cerca de 50.000 feridos.
Essas são as cifras, contraditórias e provisórias, do drama na Líbia, enquanto crescem as pressões internacionais sobre o regime de Muamar al-Gadafi. Mas este não cede e ordena bombardear inclusive a mesquita de Al-Zawiyah, com o objetivo de minar os manifestantes.
A situação líbia preocupa sobretudo a Itália, país europeu mais próximo e mais ligado histórica e economicamente à Líbia.
“Em nenhuma das crises humanitários nem nos conflitos vividos nos últimos 20 anos – afirmou Vittorio Nozza, diretor da Cáritas Italiana – assistimos a uma violência tão estendida.”
“Também a surpresa dos países ocidentais – prossegue Nozza – a respeito da rápida evolução destas crises é sinal de uma preocupação difundida que partilhamos e sobre a qual pedimos a máxima atenção.”
Uma revolta – a do Norte da África – que não se pode explicar só pela pobreza, mas sobretudo pela negação das liberdades.
“Quando um povo é oprimido durante muito tempo por um regime que não respeita os direitos humanos – afirma o presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Angelo Bagnasco –, isso cedo ou tarde estoura.”
Dom Giovanni Martinelli, bispo de Trípoli, vê na revolta o desejo das novas gerações de ter a oportunidade de uma vida melhor.
“As pessoas – afirmou o prelado em entrevista a Radio 24 – pedem mais democracia. Há um salto de qualidade da população com o desejo dos jovens de desfrutar dos bens do país.”
O centro de atendimento da Cáritas, que fica a 10km de Trípoli, no momento está fechado.
“Estamos trancados em casa, como nos indicaram, e não podemos ir ao centro, onde estão os imigrantes que atendemos”, conta a Irmã Sherly Joseph, uma das três religiosas franciscanas que trabalham no centro de acolhida.
Ao Avvenire, jornal da CEI, Alan Arcebuche – diretor da Cáritas Líbia – explicou que para os trabalhadores cristãos estrangeiros não regularizados a situação é muito pior que a de outros cristãos “regularizados”, pois estes podem contar com as embaixadas de seus países.
Os irregulares, em contrapartida, “são sobretudo africanos subsaarianos, barrados na Líbia na tentativa de chegar à Europa após o fechamento das rotas mediterrâneas”.
Sua situação é muito difícil porque “não conseguem se colocar em contato com seus governos, os quais, por outro lado, não estão fazendo nada para ajudá-los”.
Algumas organizações definem a situação como “crime contra a humanidade”. Nesta sexta-feira, a França irá propor em Genebra uma resolução que expulse a Líbia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, enquanto se apela à justiça internacional.
(Com informação de Nieves San Martín e Marielena Finessi)
Fonte: Zenit.
Essas são as cifras, contraditórias e provisórias, do drama na Líbia, enquanto crescem as pressões internacionais sobre o regime de Muamar al-Gadafi. Mas este não cede e ordena bombardear inclusive a mesquita de Al-Zawiyah, com o objetivo de minar os manifestantes.
A situação líbia preocupa sobretudo a Itália, país europeu mais próximo e mais ligado histórica e economicamente à Líbia.
“Em nenhuma das crises humanitários nem nos conflitos vividos nos últimos 20 anos – afirmou Vittorio Nozza, diretor da Cáritas Italiana – assistimos a uma violência tão estendida.”
“Também a surpresa dos países ocidentais – prossegue Nozza – a respeito da rápida evolução destas crises é sinal de uma preocupação difundida que partilhamos e sobre a qual pedimos a máxima atenção.”
Uma revolta – a do Norte da África – que não se pode explicar só pela pobreza, mas sobretudo pela negação das liberdades.
“Quando um povo é oprimido durante muito tempo por um regime que não respeita os direitos humanos – afirma o presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Angelo Bagnasco –, isso cedo ou tarde estoura.”
Dom Giovanni Martinelli, bispo de Trípoli, vê na revolta o desejo das novas gerações de ter a oportunidade de uma vida melhor.
“As pessoas – afirmou o prelado em entrevista a Radio 24 – pedem mais democracia. Há um salto de qualidade da população com o desejo dos jovens de desfrutar dos bens do país.”
O centro de atendimento da Cáritas, que fica a 10km de Trípoli, no momento está fechado.
“Estamos trancados em casa, como nos indicaram, e não podemos ir ao centro, onde estão os imigrantes que atendemos”, conta a Irmã Sherly Joseph, uma das três religiosas franciscanas que trabalham no centro de acolhida.
Ao Avvenire, jornal da CEI, Alan Arcebuche – diretor da Cáritas Líbia – explicou que para os trabalhadores cristãos estrangeiros não regularizados a situação é muito pior que a de outros cristãos “regularizados”, pois estes podem contar com as embaixadas de seus países.
Os irregulares, em contrapartida, “são sobretudo africanos subsaarianos, barrados na Líbia na tentativa de chegar à Europa após o fechamento das rotas mediterrâneas”.
Sua situação é muito difícil porque “não conseguem se colocar em contato com seus governos, os quais, por outro lado, não estão fazendo nada para ajudá-los”.
Algumas organizações definem a situação como “crime contra a humanidade”. Nesta sexta-feira, a França irá propor em Genebra uma resolução que expulse a Líbia do Conselho de Direitos Humanos da ONU, enquanto se apela à justiça internacional.
(Com informação de Nieves San Martín e Marielena Finessi)
Fonte: Zenit.
Sustentar a família natural para derrotar a pobreza
“Para vencer a pobreza, as organizações internacionais, os governos e as ONGs podem e devem dar mais apoio à família. As famílias naturais são um componente social decisivo para erradicar a pobreza.”
É o que afirma Marijo Zivkovic, representante da Fundação pró-direitos da família, em um documento apresentado durante a sessão número 48 da Comissão da ONU para o Desenvolvimento Social (Nova York, 9 a 18 de fevereiro).
Marijo Zivkovic é médico, casado, tem seis filhos e 18 netos. Junto a sua mulher, foi membro do Pontifício Conselho para a Família e dirige o Family Center de Zagreb.
Entrevistado por ZENIT, explicou que “geralmente quando se fala da eliminação da pobreza, fala-se de transferência de dinheiro dos que têm para os que não têm. Mas é necessário ter em conta o fato de que a principal garantia para que os projetos de desenvolvimento se tornem realidade é o apoio às famílias naturais, que representam a essência do capital social”.
“Em uma palavra – sublinhou –, melhorar a qualidade da vida familiar é um modo de reduzir e eliminar a pobreza”, porque dentro da família “cumprem-se tantas ações de amor gratuito, cria-se um clima virtuoso de boas relações que geram confiança e esperança.”
“Do contrário – afirmou o doutor Zivkovic –, quando a família é monoparental, dividida, separada, é mais fácil que se desenvolvam fenômenos de negligência, frequentemente irracionais, promiscuidade, alcoolismo, vício de drogas e jogos, AIDS/SIDA. Criam-se desta maneira condições de sofrimento e desgosto que favorecem a pobreza.”
Onde se afirma a presença estável e duradoura de famílias naturais, a degradação moral é rejeitada e a qualidade de vida melhora. Por isso, a OMS sustenta que a melhor prevenção à AIDS/SIDA ou outras enfermidades de transmissão sexual é “a relação fiel de duas pessoas sadias”.
As famílias em que domina o respeito a si e o respeito aos demais, o afeto, a atenção e as relações de amor com todos os membros da família, fazem que fenômenos como o alcoolismo ou o vício de drogas sejam muito raros ou inexistentes.
Segundo o médico, o apoio às famílias é decisivo também para garantir sadios e generosos nascimentos.
“É evidente hoje para todos que a queda demográfica causa enormes danos econômicos sobretudo no campo do sistema de pensões”, disse.
Se o número de jovens for inferior ao de anciãos, será impossível garantir, no futuro, os fundos e pensões, comentou o médico.
“Do contrário, o crescimento demográfico, com mais crianças, mais jovens, mais casais, é uma garantis para sustentar o sistema de pensões. Nos países subdesenvolvidos, as famílias numerosas contribuem para ter uma vida melhor e ajudam a reduzir a pobreza dos anciãos.”
“Neste contexto – concluiu Marijo – a Igreja católica, as outras Igrejas cristãs, o Islã e outras comunidades religiosas estão fazendo muito para promover a qualidade da vida familiar e assim contribuir para a eliminação da pobreza.”
Fonte: Zenit - (Antonio Gaspari)
É o que afirma Marijo Zivkovic, representante da Fundação pró-direitos da família, em um documento apresentado durante a sessão número 48 da Comissão da ONU para o Desenvolvimento Social (Nova York, 9 a 18 de fevereiro).
Marijo Zivkovic é médico, casado, tem seis filhos e 18 netos. Junto a sua mulher, foi membro do Pontifício Conselho para a Família e dirige o Family Center de Zagreb.
Entrevistado por ZENIT, explicou que “geralmente quando se fala da eliminação da pobreza, fala-se de transferência de dinheiro dos que têm para os que não têm. Mas é necessário ter em conta o fato de que a principal garantia para que os projetos de desenvolvimento se tornem realidade é o apoio às famílias naturais, que representam a essência do capital social”.
“Em uma palavra – sublinhou –, melhorar a qualidade da vida familiar é um modo de reduzir e eliminar a pobreza”, porque dentro da família “cumprem-se tantas ações de amor gratuito, cria-se um clima virtuoso de boas relações que geram confiança e esperança.”
“Do contrário – afirmou o doutor Zivkovic –, quando a família é monoparental, dividida, separada, é mais fácil que se desenvolvam fenômenos de negligência, frequentemente irracionais, promiscuidade, alcoolismo, vício de drogas e jogos, AIDS/SIDA. Criam-se desta maneira condições de sofrimento e desgosto que favorecem a pobreza.”
Onde se afirma a presença estável e duradoura de famílias naturais, a degradação moral é rejeitada e a qualidade de vida melhora. Por isso, a OMS sustenta que a melhor prevenção à AIDS/SIDA ou outras enfermidades de transmissão sexual é “a relação fiel de duas pessoas sadias”.
As famílias em que domina o respeito a si e o respeito aos demais, o afeto, a atenção e as relações de amor com todos os membros da família, fazem que fenômenos como o alcoolismo ou o vício de drogas sejam muito raros ou inexistentes.
Segundo o médico, o apoio às famílias é decisivo também para garantir sadios e generosos nascimentos.
“É evidente hoje para todos que a queda demográfica causa enormes danos econômicos sobretudo no campo do sistema de pensões”, disse.
Se o número de jovens for inferior ao de anciãos, será impossível garantir, no futuro, os fundos e pensões, comentou o médico.
“Do contrário, o crescimento demográfico, com mais crianças, mais jovens, mais casais, é uma garantis para sustentar o sistema de pensões. Nos países subdesenvolvidos, as famílias numerosas contribuem para ter uma vida melhor e ajudam a reduzir a pobreza dos anciãos.”
“Neste contexto – concluiu Marijo – a Igreja católica, as outras Igrejas cristãs, o Islã e outras comunidades religiosas estão fazendo muito para promover a qualidade da vida familiar e assim contribuir para a eliminação da pobreza.”
Fonte: Zenit - (Antonio Gaspari)
Bento XVI: Líbano, mensagem de liberdade e convivência
Bento XVI recebeu nesta quinta-feira em audiência o presidente do Líbano, Michel Sleiman.
Uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé afirma que no encontro se sublinhou que o Líbano, em virtude da presença de diferentes comunidades cristãs e muçulmanas, “representa uma mensagem de liberdade e de convivência respeitosa não só para a região, mas para o mundo”.
No Líbano, de fato, uma pluralidade de religiões e de ritos convive em harmonia, desde que, sobretudo com a Constituição de 23 de maio de 1926 e o Pacto Nacional de 1943, instaurou-se um regime de democracia de consenso.
De fato, o Pacto Nacional sancionou uma subdivisão dos cargos públicos com base na pertença religiosa: o presidente da República deve ser cristão maronita, permanece no cargo por seis anos, e compartilha o poder executivo com o Conselho de Ministros, presidido por um muçulmano de confissão sunita.
Em particular, o artigo 9 da Constituição declara que “a liberdade de consciência é absoluta” e que “o Estado, rendendo homenagem ao Altíssimo, garante na mesma medida às populações, seja qual for o rito a que pertençam, o respeito de seu estatuto pessoal e de seus interesses religiosos”.
“Neste contexto – afirma a nota vaticana de hoje – a promoção da colaboração e do diálogo entre as confissões religiosas revela-se cada vez mais necessária.”
“Evidenciou-se – prossegue a nota – a importância do compromisso das autoridades civis e religiosas de educar as consciências para a paz e a reconciliação, e se desejou que a formação do novo governo favoreça a desejada estabilidade da nação, chamada a enfrentar importantes desafios internos e internacionais”.
Durante as conversas, tratou-se “sobre a situação do Oriente Médio, com particular referência aos recentes acontecimentos em alguns países árabes, e se expressou a convicção comum de que é urgente resolver os conflitos ainda abertos na região”.
“Por fim – destaca a nota –, dedicou-se particular atenção à situação dos cristãos em toda região e sua contribuição para o bem da sociedade.”
Fonte: Zenit.
Uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé afirma que no encontro se sublinhou que o Líbano, em virtude da presença de diferentes comunidades cristãs e muçulmanas, “representa uma mensagem de liberdade e de convivência respeitosa não só para a região, mas para o mundo”.
No Líbano, de fato, uma pluralidade de religiões e de ritos convive em harmonia, desde que, sobretudo com a Constituição de 23 de maio de 1926 e o Pacto Nacional de 1943, instaurou-se um regime de democracia de consenso.
De fato, o Pacto Nacional sancionou uma subdivisão dos cargos públicos com base na pertença religiosa: o presidente da República deve ser cristão maronita, permanece no cargo por seis anos, e compartilha o poder executivo com o Conselho de Ministros, presidido por um muçulmano de confissão sunita.
Em particular, o artigo 9 da Constituição declara que “a liberdade de consciência é absoluta” e que “o Estado, rendendo homenagem ao Altíssimo, garante na mesma medida às populações, seja qual for o rito a que pertençam, o respeito de seu estatuto pessoal e de seus interesses religiosos”.
“Neste contexto – afirma a nota vaticana de hoje – a promoção da colaboração e do diálogo entre as confissões religiosas revela-se cada vez mais necessária.”
“Evidenciou-se – prossegue a nota – a importância do compromisso das autoridades civis e religiosas de educar as consciências para a paz e a reconciliação, e se desejou que a formação do novo governo favoreça a desejada estabilidade da nação, chamada a enfrentar importantes desafios internos e internacionais”.
Durante as conversas, tratou-se “sobre a situação do Oriente Médio, com particular referência aos recentes acontecimentos em alguns países árabes, e se expressou a convicção comum de que é urgente resolver os conflitos ainda abertos na região”.
“Por fim – destaca a nota –, dedicou-se particular atenção à situação dos cristãos em toda região e sua contribuição para o bem da sociedade.”
Fonte: Zenit.
Experiência da Bélgica expõe os riscos da eutanásia
No início de março, o parlamento italiano deverá votar a proposta de lei sobre as chamadas “declarações antecipadas de tratamento”, ou DAT. O projeto relacionado com essas “vontades antecipadas” ou “testamentos vitalícios” fecha a porta para a eutanásia ativa e para a interrupção da alimentação e da hidratação artificiais.
Depois do caso de Eluana Englaro – a mulher de Lecco que ficou 17 anos em estado vegetativo e que morreu em 9 de fevereiro de 2009 após a suspensão da nutrição assistida, a pedido de seu pai, Beppe Englaro – o texto exclui também o recurso a orientações eventualmente manifestadas pelo paciente que estejam fora dos procedimentos legais.
Enquanto os partidários da “morte doce” e do suicídio assistido definem o projeto de lei sobre o biotestamento como “proibitivo”, “reacionário” e “liberticida”, chegam notícias chamativas de um dos poucos países europeus em que a eutanásia é legal: na Bélgica, alguns fatos relacionados à prática (legalizada em 2002) convidam a uma profunda reflexão e demonstram que o risco de abusos é muito alto.
No reino, que está sem governo há mais de 250 dias (um recorde mundial), a fórmula das “declarações antecipadas de eutanásia” não parece suscitar muito entusiasmo. O diário Le Soir de 19 de fevereiro informa que no fim de 2010 foram registradas pelas autoridades competentes – o ISPF (Serviço Público Federal de Saúde Pública) – 24.046 declarações, das quais três quartos procedentes de Flandres, a parte norte e mais populosa do país.
No decurso de 2010, foram registradas “só” 8.000 novas declarações, uma média semanal de 170, considerada muito baixa. Segundo o jornal de Bruxelas, com o intuito de limitar a divulgação da prática, é obrigatório dirigir-se aos serviços públicos acompanhado de duas testemunhas adultas; além disso, o documento deve ser renovado a cada cinco anos.
Um processo muito preocupante é exposto por Wesley J. Smith, ativo opositor da eutanásia e do suicídio assistido. Em seu blog Secondhand Smoke, no site da revista norte-americana First Things, Smith chama a atenção para um projeto apresentado em dezembro de 2010 por três peritos belgas em transplantes - os professores Dirk Ysebaert, da Universidade de Amberes, Dirk Van Raemdonck, da Universidade Católica de Louvain, e Michel Meurisse, da Universidade de Liège - durante um simpósio sobre a doação e o transplante de órgãos no país, organizado pela Real Academia de Medicina da Bélgica.
Em sua apresentação, chamada “Organ Donation after Euthanasia. Belgian experience: medical & practical aspects” (a apresentação pode ser baixada na internet em formato .ppt), os três médicos propuseram uma série de diretrizes sobre a extração de órgãos de pessoas mortas por eutanásia para serem usados em transplantes.
De acordo com os autores, 20% (ou 141 de 705) das pessoas que em 2008 optaram oficialmente pela eutanásia na Bélgica sofriam de transtornos neuromusculares. Já que se trata de pacientes com órgãos de qualidade relativamente “alta”, eles representam uma categoria de potenciais doadores que podem contribuir para combater a escassez de órgãos na Bélgica e em outros países membros da organização Eurotransplant.
Segundo os três acadêmicos belgas, que pedem “uma estreita separação” entre o pedido e o procedimento da eutanásia e depois a extração, “a doação de órgãos após a eutanásia é viável”. Além disso, “o forte desejo de doar de um paciente não pode ser negado”, afirmam.
A proposta dos três médicos não é uma hipótese, mas um estudo baseado numa prática já existente. A literatura científica menciona ao menos quatro casos de pacientes mortos por eutanásia na Bélgica dos quais foram extraídos órgãos para transplantes.
Um caso – citado por Wesley Smith na revista Transplantation – foi o de uma mulher em fase não terminal, mas em estado de “locked-in”, condição em que a pessoa é perfeitamente consciente e está acordada, mas é incapaz de se comunicar por estar completamente paralisada. Dez minutos depois da morte proporcionada à mulher, segundo a declaração de três médicos diferentes e em presença do marido, foram extraídos seu fígado e rins.
“É um terreno perigoso, piorado por médicos, cônjuges e por uma respeitada revista médica, já que corroboram a ideia de que é melhor estar morto do que inválido; e também a ideia de que pacientes vivos podem ser considerados, substancialmente, um recurso natural a matar e explorar”, observou Smith no blog.
Que o “modelo belga” está rumando para um terreno escorregadio também se observa a partir de outros dois estudos publicados no ano passado, o primeiro em maio no Canadian Medical Association Journal (CMAJ) e o segundo em outubro no British Medical Journal (BMJ).
O estudo publicado em maio revela que quase um terço (ou 32%) dos casos de “morte assistida” na região de Flandres é aplicada sem o pedido ou o consenso do paciente. Em mais da metade dos casos (52,7%), a pessoa submetida à eutanásia sem ter pedido tinha 80 anos ou mais.
O segundo estudo informa que apenas a metade (ou 52,8%) de todas as mortes por eutanásia em Flandres foi comunicada ao organismo competente, a Comissão Federal de Controle e de Avaliação, apesar de ser uma exigência legal. Chama a atenção também o fato de que quase na metade dos casos não comunicados (41,3%) o procedimento da eutanásia foi realizado por um enfermeiro em ausência de um médico. A lei belga prevê que só um médico pode aplicar a eutanásia.
Os partidários da eutanásia, no entanto, consideram que a atual lei belga ainda não é suficiente, embora considerem que ela “funciona bem”.
Existe o caso de um perito em tratamentos paliativos, professor Wim Distelmans, da Vrije Universiteit Brussel (VUB), que promove a criação de uma verdadeira “clínica da eutanásia” na Bélgica (De Morgen, 22 de janeiro). Também aumentam os pedidos para que a eutanásia seja estendida aos menores, legalizando assim uma prática já enraizada. Conforme estudo publicado em março de 2009 no American Journal of Critical Care (AJCC), em cinco das sete unidades de cuidados intensivos pediátricos, os casos chegaram ao menos a 76 durante os anos 2007-2008.
Fonte: Zenit.
Depois do caso de Eluana Englaro – a mulher de Lecco que ficou 17 anos em estado vegetativo e que morreu em 9 de fevereiro de 2009 após a suspensão da nutrição assistida, a pedido de seu pai, Beppe Englaro – o texto exclui também o recurso a orientações eventualmente manifestadas pelo paciente que estejam fora dos procedimentos legais.
Enquanto os partidários da “morte doce” e do suicídio assistido definem o projeto de lei sobre o biotestamento como “proibitivo”, “reacionário” e “liberticida”, chegam notícias chamativas de um dos poucos países europeus em que a eutanásia é legal: na Bélgica, alguns fatos relacionados à prática (legalizada em 2002) convidam a uma profunda reflexão e demonstram que o risco de abusos é muito alto.
No reino, que está sem governo há mais de 250 dias (um recorde mundial), a fórmula das “declarações antecipadas de eutanásia” não parece suscitar muito entusiasmo. O diário Le Soir de 19 de fevereiro informa que no fim de 2010 foram registradas pelas autoridades competentes – o ISPF (Serviço Público Federal de Saúde Pública) – 24.046 declarações, das quais três quartos procedentes de Flandres, a parte norte e mais populosa do país.
No decurso de 2010, foram registradas “só” 8.000 novas declarações, uma média semanal de 170, considerada muito baixa. Segundo o jornal de Bruxelas, com o intuito de limitar a divulgação da prática, é obrigatório dirigir-se aos serviços públicos acompanhado de duas testemunhas adultas; além disso, o documento deve ser renovado a cada cinco anos.
Um processo muito preocupante é exposto por Wesley J. Smith, ativo opositor da eutanásia e do suicídio assistido. Em seu blog Secondhand Smoke, no site da revista norte-americana First Things, Smith chama a atenção para um projeto apresentado em dezembro de 2010 por três peritos belgas em transplantes - os professores Dirk Ysebaert, da Universidade de Amberes, Dirk Van Raemdonck, da Universidade Católica de Louvain, e Michel Meurisse, da Universidade de Liège - durante um simpósio sobre a doação e o transplante de órgãos no país, organizado pela Real Academia de Medicina da Bélgica.
Em sua apresentação, chamada “Organ Donation after Euthanasia. Belgian experience: medical & practical aspects” (a apresentação pode ser baixada na internet em formato .ppt), os três médicos propuseram uma série de diretrizes sobre a extração de órgãos de pessoas mortas por eutanásia para serem usados em transplantes.
De acordo com os autores, 20% (ou 141 de 705) das pessoas que em 2008 optaram oficialmente pela eutanásia na Bélgica sofriam de transtornos neuromusculares. Já que se trata de pacientes com órgãos de qualidade relativamente “alta”, eles representam uma categoria de potenciais doadores que podem contribuir para combater a escassez de órgãos na Bélgica e em outros países membros da organização Eurotransplant.
Segundo os três acadêmicos belgas, que pedem “uma estreita separação” entre o pedido e o procedimento da eutanásia e depois a extração, “a doação de órgãos após a eutanásia é viável”. Além disso, “o forte desejo de doar de um paciente não pode ser negado”, afirmam.
A proposta dos três médicos não é uma hipótese, mas um estudo baseado numa prática já existente. A literatura científica menciona ao menos quatro casos de pacientes mortos por eutanásia na Bélgica dos quais foram extraídos órgãos para transplantes.
Um caso – citado por Wesley Smith na revista Transplantation – foi o de uma mulher em fase não terminal, mas em estado de “locked-in”, condição em que a pessoa é perfeitamente consciente e está acordada, mas é incapaz de se comunicar por estar completamente paralisada. Dez minutos depois da morte proporcionada à mulher, segundo a declaração de três médicos diferentes e em presença do marido, foram extraídos seu fígado e rins.
“É um terreno perigoso, piorado por médicos, cônjuges e por uma respeitada revista médica, já que corroboram a ideia de que é melhor estar morto do que inválido; e também a ideia de que pacientes vivos podem ser considerados, substancialmente, um recurso natural a matar e explorar”, observou Smith no blog.
Que o “modelo belga” está rumando para um terreno escorregadio também se observa a partir de outros dois estudos publicados no ano passado, o primeiro em maio no Canadian Medical Association Journal (CMAJ) e o segundo em outubro no British Medical Journal (BMJ).
O estudo publicado em maio revela que quase um terço (ou 32%) dos casos de “morte assistida” na região de Flandres é aplicada sem o pedido ou o consenso do paciente. Em mais da metade dos casos (52,7%), a pessoa submetida à eutanásia sem ter pedido tinha 80 anos ou mais.
O segundo estudo informa que apenas a metade (ou 52,8%) de todas as mortes por eutanásia em Flandres foi comunicada ao organismo competente, a Comissão Federal de Controle e de Avaliação, apesar de ser uma exigência legal. Chama a atenção também o fato de que quase na metade dos casos não comunicados (41,3%) o procedimento da eutanásia foi realizado por um enfermeiro em ausência de um médico. A lei belga prevê que só um médico pode aplicar a eutanásia.
Os partidários da eutanásia, no entanto, consideram que a atual lei belga ainda não é suficiente, embora considerem que ela “funciona bem”.
Existe o caso de um perito em tratamentos paliativos, professor Wim Distelmans, da Vrije Universiteit Brussel (VUB), que promove a criação de uma verdadeira “clínica da eutanásia” na Bélgica (De Morgen, 22 de janeiro). Também aumentam os pedidos para que a eutanásia seja estendida aos menores, legalizando assim uma prática já enraizada. Conforme estudo publicado em março de 2009 no American Journal of Critical Care (AJCC), em cinco das sete unidades de cuidados intensivos pediátricos, os casos chegaram ao menos a 76 durante os anos 2007-2008.
Fonte: Zenit.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Não há reforma da Igreja sem conversão
Apesar de ser o sobrinho de um papa e tendo vivido a maior parte de sua vida nos "ambientes mundanos" do governo e da diplomacia, o Papa não hesitou em propor hoje a figura de São Roberto Belarmino, como modelo de bispo "simples e cheio de zelo apostólico".
Deste santo, que escreveu várias obras de espiritualidade e doutrina, além de ter contribuído grandemente para a Igreja dos séculos XVI e XVII, o Papa quis destacar seu perfil como um homem de oração e contemplação.
"Belarmino ensina com muita clareza e com o exemplo de sua própria vida que não pode haver uma verdadeira reforma da Igreja, se antes não acontece nossa reforma pessoal e a conversão do nosso coração", sublinhou o Papa.
Roberto Belarmino (1542-1621) foi uma figura fundamental para a Igreja da Contrarreforma, ao sistematizar a concepção da Igreja, em resposta à crise provocada pela Reforma luterana.
Nascido em Montepulciano (Itália), entrou muito jovem na Companhia de Jesus. Primeiramente, foi professor de teologia em Lovaina e Roma, época em que elaborou uma de suas obras mais famosas, Controvérsia.
"O Concílio de Trento tinha terminado pouco tempo antes e, para a Igreja Católica, era necessário reforçar e confirmar sua identidade também no que diz respeito à Reforma Protestante. A ação de Belarmino se insere neste contexto", explicou o Pontífice.
Sua obra constitui, afirmou, "um ponto de referência, ainda válido para a eclesiologia católica, sobre as questões acerca da Revelação, da natureza da Igreja, dos sacramentos e da antropologia teológica".
"Nelas, acentua-se o aspecto institucional da Igreja, devido aos erros que estavam circulando sobre tais questões."
Nesta obra monumental, que tenta sistematizar as várias controvérsias teológicas da época, o santo "evita todo tom polêmico e agressivo com relação às ideias da Reforma, usando os argumentos da razão e da Tradição da Igreja para ilustrar de maneira clara e eficaz a doutrina católica", destacou o Papa.
Apesar de ser brilhante como teólogo, prosseguiu o Papa, seu legado "consiste na maneira como ele concebeu seu trabalho. Os trabalhos tediosos de governo não o impediram, de fato, de caminhar rumo à santidade, na fidelidade às exigências do seu próprio estado de religioso, sacerdote e bispo".
"Sendo - como sacerdote e bispo -, em primeiro lugar, um pastor de almas, ele sentiu o dever de pregar assiduamente", explicou.
"Sua pregação e suas catequeses têm esse mesmo caráter de simplicidade que ele recebeu da educação jesuíta, toda dirigida a concentrar as forças da alma em Jesus, profundamente conhecido, amado e imitado."
São Belarmino oferece "um modelo de oração, a alma de toda atividade: uma oração que escuta a Palavra do Senhor, que é preenchida com a contemplação da grandeza, que não se fecha em si mesma, que se alegra em abandonar-se nas mãos de Deus".
O santo, "que viveu na pomposa e muitas vezes insalubre sociedade dos últimos anos do século XVI e início do século XVII, esta contemplação inclui aplicações práticas e projeta a situação da Igreja do seu tempo com a corajosa inspiração pastoral".
Suas obras, concluiu o Papa, "nos lembram que o objetivo da vida é o Senhor, o Deus que se revelou em Jesus Cristo, em quem Ele continua nos chamando e prometendo-nos a comunhão com Ele".
"Elas nos recordam a importância de confiar no Senhor, de viver uma vida fiel ao Evangelho, de aceitar e iluminar, com a fé e a oração, toda circunstância e toda ação da nossa vida, sempre ansiando a união com Ele."
Fonte: Zenit.
Deste santo, que escreveu várias obras de espiritualidade e doutrina, além de ter contribuído grandemente para a Igreja dos séculos XVI e XVII, o Papa quis destacar seu perfil como um homem de oração e contemplação.
"Belarmino ensina com muita clareza e com o exemplo de sua própria vida que não pode haver uma verdadeira reforma da Igreja, se antes não acontece nossa reforma pessoal e a conversão do nosso coração", sublinhou o Papa.
Roberto Belarmino (1542-1621) foi uma figura fundamental para a Igreja da Contrarreforma, ao sistematizar a concepção da Igreja, em resposta à crise provocada pela Reforma luterana.
Nascido em Montepulciano (Itália), entrou muito jovem na Companhia de Jesus. Primeiramente, foi professor de teologia em Lovaina e Roma, época em que elaborou uma de suas obras mais famosas, Controvérsia.
"O Concílio de Trento tinha terminado pouco tempo antes e, para a Igreja Católica, era necessário reforçar e confirmar sua identidade também no que diz respeito à Reforma Protestante. A ação de Belarmino se insere neste contexto", explicou o Pontífice.
Sua obra constitui, afirmou, "um ponto de referência, ainda válido para a eclesiologia católica, sobre as questões acerca da Revelação, da natureza da Igreja, dos sacramentos e da antropologia teológica".
"Nelas, acentua-se o aspecto institucional da Igreja, devido aos erros que estavam circulando sobre tais questões."
Nesta obra monumental, que tenta sistematizar as várias controvérsias teológicas da época, o santo "evita todo tom polêmico e agressivo com relação às ideias da Reforma, usando os argumentos da razão e da Tradição da Igreja para ilustrar de maneira clara e eficaz a doutrina católica", destacou o Papa.
Apesar de ser brilhante como teólogo, prosseguiu o Papa, seu legado "consiste na maneira como ele concebeu seu trabalho. Os trabalhos tediosos de governo não o impediram, de fato, de caminhar rumo à santidade, na fidelidade às exigências do seu próprio estado de religioso, sacerdote e bispo".
"Sendo - como sacerdote e bispo -, em primeiro lugar, um pastor de almas, ele sentiu o dever de pregar assiduamente", explicou.
"Sua pregação e suas catequeses têm esse mesmo caráter de simplicidade que ele recebeu da educação jesuíta, toda dirigida a concentrar as forças da alma em Jesus, profundamente conhecido, amado e imitado."
São Belarmino oferece "um modelo de oração, a alma de toda atividade: uma oração que escuta a Palavra do Senhor, que é preenchida com a contemplação da grandeza, que não se fecha em si mesma, que se alegra em abandonar-se nas mãos de Deus".
O santo, "que viveu na pomposa e muitas vezes insalubre sociedade dos últimos anos do século XVI e início do século XVII, esta contemplação inclui aplicações práticas e projeta a situação da Igreja do seu tempo com a corajosa inspiração pastoral".
Suas obras, concluiu o Papa, "nos lembram que o objetivo da vida é o Senhor, o Deus que se revelou em Jesus Cristo, em quem Ele continua nos chamando e prometendo-nos a comunhão com Ele".
"Elas nos recordam a importância de confiar no Senhor, de viver uma vida fiel ao Evangelho, de aceitar e iluminar, com a fé e a oração, toda circunstância e toda ação da nossa vida, sempre ansiando a união com Ele."
Fonte: Zenit.
Papa abençoa tocha de São Bento
Na audiência geral desta quarta-feira com os peregrinos, Bento XVI abençoou a “chama beneditina” ou tocha de São Bento, a qual começa sua peregrinação anual por terras europeias.
Este ano, a peregrinação acontece na Grã-Bretanha e conclui dia 21 de março – festa de São Bento, padroeiro da Europa – nos lugares de nascimento e morte do santo: Núrsia e Monte Cassino (Itália).
A tocha chegará estes dias a Londres, onde será acesa na Abadia de Westminster, no dia 2 de março, durante uma celebração ecumênica.
Ao concluir a catequese de hoje na Sala Paulo VI, o Papa quis saudar a delegação de Núrsia e Monte Cassino – liderada por Dom Renato Boccardo, arcebispo de Spoleto-Norcia, e o abade de Monte Cassino, Pietro Vittorelli – que acompanhará a tocha em sua missão de paz e irmandade à capital da Inglaterra.
“Queridos amigos – disse o Papa –, ao agradecer-vos pela visita de hoje, desejo que a tradicional iniciativa contribua para reavivar a luz da fé, especialmente na Europa, e seja portadora de concórdia e reconciliação”.
A iniciativa da tocha nasceu em 1964, quando o Papa Paulo VI proclamou São Bento de Núrsia como padroeiro da Europa.
Fonte: Zenit.
Este ano, a peregrinação acontece na Grã-Bretanha e conclui dia 21 de março – festa de São Bento, padroeiro da Europa – nos lugares de nascimento e morte do santo: Núrsia e Monte Cassino (Itália).
A tocha chegará estes dias a Londres, onde será acesa na Abadia de Westminster, no dia 2 de março, durante uma celebração ecumênica.
Ao concluir a catequese de hoje na Sala Paulo VI, o Papa quis saudar a delegação de Núrsia e Monte Cassino – liderada por Dom Renato Boccardo, arcebispo de Spoleto-Norcia, e o abade de Monte Cassino, Pietro Vittorelli – que acompanhará a tocha em sua missão de paz e irmandade à capital da Inglaterra.
“Queridos amigos – disse o Papa –, ao agradecer-vos pela visita de hoje, desejo que a tradicional iniciativa contribua para reavivar a luz da fé, especialmente na Europa, e seja portadora de concórdia e reconciliação”.
A iniciativa da tocha nasceu em 1964, quando o Papa Paulo VI proclamou São Bento de Núrsia como padroeiro da Europa.
Fonte: Zenit.
Candidatos ao sacerdócio: fragilidade afetiva e direção espiritual
A formação nos seminários, com seus desafios e características atuais, a importância do acompanhamento espiritual e questões como a fragilidade física e afetiva estavam entre os temas discutidos durante o curso de La formazione spirituale nei seminari, realizado na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, de Roma, de 7 a 11 de fevereiro.
O bispo de Cuenca (Espanha), José María Yanguas, interveio neste evento acadêmico sobre o tema da fragilidade afetiva. Sobre este assunto, ZENIT o entrevistou.
ZENIT: Quais devem ser os pilares da formação espiritual, hoje, nos seminários?
Dom José María Yanguas: O candidato ao sacerdócio deve procurar adquirir virtudes como a sinceridade e a simplicidade, com uma rejeição instintiva da vida dupla, de tudo o que é falso, inautêntico, artificial; o espírito de trabalho; o sentido da amizade, sincera e aberta, generosa e sacrificada, chave para viver o sacerdócio e dentro de uma comunidade; o espírito de serviço, necessário para quem escolhe doar-se de forma incansável a todos; o vigor do ânimo e a capacidade de sofrimento, esse "aguentar", poderíamos dizer, para não se curvar diante das dificuldades e obstáculos, para saber trabalhar a longo prazo, sem esperar o sucesso fácil e imediato e não se desanimar diante de possíveis fracassos.
Também é claro que o candidato ao sacerdócio deve ter a necessária formação teológica e moral, canônica, litúrgica e pastoral; possuir uma experiência viva do Deus que se revela a nós em Cristo, experiência que se cultiva no diálogo vital da oração pessoal, pública ou privada; sentido sobrenatural, que leve a julgar tudo à luz de Deus; bondade e senso de paternidade, que leva a tratar todos com sincera e madura cordialidade; otimismo sobrenatural, que infunda nos fiéis a alegria e a confiança.
Além disso, também é necessário o sentido de responsabilidade, criatividade e espírito de liderança, de quem se esforça, de mil maneiras, em oferecer a Palavra de Deus aos seus irmãos, em aproximá-los das fontes da graça, que são os sacramentos, em guiá-los pelos caminhos de uma vida autenticamente cristã. Estas não são as únicas "virtude" da formação sacerdotal, pelas quais você me pergunta, mas estas não deveriam faltar.
ZENIT: Qual deve ser o papel do diretor espiritual durante a formação dos seminaristas?
Dom José María Yanguas: É um trabalho que toca o mais íntimo e pessoal do sujeito. Esta tarefa, portanto, requer extrema delicadeza, de modo que os candidatos se sintam acolhidos, compreendidos, valorizados; requer humildade e sentido de Igreja, para não formá-los à própria imagem e semelhança; exige o respeito às peculiaridades de cada um, com a segurança de que não existem duas almas iguais e de que não existem receitas de indiscriminada aplicação universal; fortaleza para corrigir, quando for necessário; ciência moral e conhecimento da vida espiritual; atenção ao que Deus pode pedir aos diversos candidatos; esmero em facilitar a sua sinceridade; prudência para conduzi-los por um caminho inclinado; a paciência para acompanhar os ritmos de crescimento, às vezes tão diferentes, de cada um...
ZENIT: E no que diz respeito à fragilidade emocional, sobre a qual o senhor falou no evento acadêmico da Universidade de Santa Cruz?
Dom José María Yanguas: Este assunto não é algo específico da formação sacerdotal. A fragilidade, imaturidade, inconsistência de ânimo estão presentes em muitos dos nossos jovens e adolescentes. Essa fragilidade se manifesta como falta de harmonia entre as esferas intelectual, volitiva e afetiva da pessoa, criando instabilidade, mudanças frequentes de humor, comportamentos guiados pelos "caprichos", incumprimento dos compromissos adquiridos, desilusões após entusiasmos repentinos, estados depressivos sem nenhuma razão além das pequenas e inevitáveis falhas, incapacidade de manter-se ou resistir diante de obstáculos, dificuldade em tomar decisões verdadeiras. As pessoas afetivamente frágeis precisam ser o centro das atenções, ser reconhecidas e valorizadas, e facilmente confundem sentimento com amor verdadeiro.
ZENIT: É apenas uma questão de sentimentos?
Dom José María Yanguas: Claro que não. Esta é a inadequada integração do mundo afetivo na pessoa como um todo, enquanto a maturidade pessoal, no entanto, é o resultado de um desenvolvimento harmonioso das capacidades propriamente humanas. A imaturidade afetiva não é apenas uma questão da esfera dos sentimentos; supõe certamente imaturidade intelectual e volitiva.
Se o variado mundo dos sentimentos e emoções, muitas vezes confuso, prevalece sobre o intelecto e a vontade, necessariamente se cai no sentimentalismo, permitindo que sejam os sentimentos que decidam sobre a verdade ou o erro e que sejam eles o único motor dos nossos atos. A razão perde a capacidade de discernimento e a vontade se enfraquece. A vida da pessoa fica, então, em poder dos sentimentos, variáveis, mutáveis, muitas vezes superficiais, sendo que o comportamento precisa ser dirigido pela inteligência e governado pela vontade.
Se o sentimentalismo permeia a vida de piedade, esta correrá um sério risco quando os sentimentos, experiências e emoções que a sustentam não estiverem presentes. Acaba-se confundindo a vida de piedade com o sentimento.
ZENIT: Que características da época atual podem levar a essa fragilidade afetiva que atinge os homens do nosso tempo?
Dom José María Yanguas: Essa fragilidade é facilitada por um ambiente que nega as verdades absolutas, os valores fortes, os modelos de conduta; um ambiente cultural em que a distinção entre o bem e o mal é incerta, em que o verdadeiro é confundido com o útil ou prático. Isso torna impossível uma autêntica educação ou formação; não existem modelos, falta uma ideia clara do que significa ser humano.
ZENIT: Esse fator certamente é um desafio para a formação dos seminaristas de hoje...
Dom José María Yanguas: Exatamente. Portanto, é necessário propor aos candidatos ao sacerdócio, com força renovada, o modelo de Cristo Sacerdote, Bom Pastor; motivá-los com essa imagem, de modo que, à sua luz, tudo tenha sentido: tanto sua formação como a construção da própria personalidade.
Fonte: Zenit - (Carmen Elena Villa)
O bispo de Cuenca (Espanha), José María Yanguas, interveio neste evento acadêmico sobre o tema da fragilidade afetiva. Sobre este assunto, ZENIT o entrevistou.
ZENIT: Quais devem ser os pilares da formação espiritual, hoje, nos seminários?
Dom José María Yanguas: O candidato ao sacerdócio deve procurar adquirir virtudes como a sinceridade e a simplicidade, com uma rejeição instintiva da vida dupla, de tudo o que é falso, inautêntico, artificial; o espírito de trabalho; o sentido da amizade, sincera e aberta, generosa e sacrificada, chave para viver o sacerdócio e dentro de uma comunidade; o espírito de serviço, necessário para quem escolhe doar-se de forma incansável a todos; o vigor do ânimo e a capacidade de sofrimento, esse "aguentar", poderíamos dizer, para não se curvar diante das dificuldades e obstáculos, para saber trabalhar a longo prazo, sem esperar o sucesso fácil e imediato e não se desanimar diante de possíveis fracassos.
Também é claro que o candidato ao sacerdócio deve ter a necessária formação teológica e moral, canônica, litúrgica e pastoral; possuir uma experiência viva do Deus que se revela a nós em Cristo, experiência que se cultiva no diálogo vital da oração pessoal, pública ou privada; sentido sobrenatural, que leve a julgar tudo à luz de Deus; bondade e senso de paternidade, que leva a tratar todos com sincera e madura cordialidade; otimismo sobrenatural, que infunda nos fiéis a alegria e a confiança.
Além disso, também é necessário o sentido de responsabilidade, criatividade e espírito de liderança, de quem se esforça, de mil maneiras, em oferecer a Palavra de Deus aos seus irmãos, em aproximá-los das fontes da graça, que são os sacramentos, em guiá-los pelos caminhos de uma vida autenticamente cristã. Estas não são as únicas "virtude" da formação sacerdotal, pelas quais você me pergunta, mas estas não deveriam faltar.
ZENIT: Qual deve ser o papel do diretor espiritual durante a formação dos seminaristas?
Dom José María Yanguas: É um trabalho que toca o mais íntimo e pessoal do sujeito. Esta tarefa, portanto, requer extrema delicadeza, de modo que os candidatos se sintam acolhidos, compreendidos, valorizados; requer humildade e sentido de Igreja, para não formá-los à própria imagem e semelhança; exige o respeito às peculiaridades de cada um, com a segurança de que não existem duas almas iguais e de que não existem receitas de indiscriminada aplicação universal; fortaleza para corrigir, quando for necessário; ciência moral e conhecimento da vida espiritual; atenção ao que Deus pode pedir aos diversos candidatos; esmero em facilitar a sua sinceridade; prudência para conduzi-los por um caminho inclinado; a paciência para acompanhar os ritmos de crescimento, às vezes tão diferentes, de cada um...
ZENIT: E no que diz respeito à fragilidade emocional, sobre a qual o senhor falou no evento acadêmico da Universidade de Santa Cruz?
Dom José María Yanguas: Este assunto não é algo específico da formação sacerdotal. A fragilidade, imaturidade, inconsistência de ânimo estão presentes em muitos dos nossos jovens e adolescentes. Essa fragilidade se manifesta como falta de harmonia entre as esferas intelectual, volitiva e afetiva da pessoa, criando instabilidade, mudanças frequentes de humor, comportamentos guiados pelos "caprichos", incumprimento dos compromissos adquiridos, desilusões após entusiasmos repentinos, estados depressivos sem nenhuma razão além das pequenas e inevitáveis falhas, incapacidade de manter-se ou resistir diante de obstáculos, dificuldade em tomar decisões verdadeiras. As pessoas afetivamente frágeis precisam ser o centro das atenções, ser reconhecidas e valorizadas, e facilmente confundem sentimento com amor verdadeiro.
ZENIT: É apenas uma questão de sentimentos?
Dom José María Yanguas: Claro que não. Esta é a inadequada integração do mundo afetivo na pessoa como um todo, enquanto a maturidade pessoal, no entanto, é o resultado de um desenvolvimento harmonioso das capacidades propriamente humanas. A imaturidade afetiva não é apenas uma questão da esfera dos sentimentos; supõe certamente imaturidade intelectual e volitiva.
Se o variado mundo dos sentimentos e emoções, muitas vezes confuso, prevalece sobre o intelecto e a vontade, necessariamente se cai no sentimentalismo, permitindo que sejam os sentimentos que decidam sobre a verdade ou o erro e que sejam eles o único motor dos nossos atos. A razão perde a capacidade de discernimento e a vontade se enfraquece. A vida da pessoa fica, então, em poder dos sentimentos, variáveis, mutáveis, muitas vezes superficiais, sendo que o comportamento precisa ser dirigido pela inteligência e governado pela vontade.
Se o sentimentalismo permeia a vida de piedade, esta correrá um sério risco quando os sentimentos, experiências e emoções que a sustentam não estiverem presentes. Acaba-se confundindo a vida de piedade com o sentimento.
ZENIT: Que características da época atual podem levar a essa fragilidade afetiva que atinge os homens do nosso tempo?
Dom José María Yanguas: Essa fragilidade é facilitada por um ambiente que nega as verdades absolutas, os valores fortes, os modelos de conduta; um ambiente cultural em que a distinção entre o bem e o mal é incerta, em que o verdadeiro é confundido com o útil ou prático. Isso torna impossível uma autêntica educação ou formação; não existem modelos, falta uma ideia clara do que significa ser humano.
ZENIT: Esse fator certamente é um desafio para a formação dos seminaristas de hoje...
Dom José María Yanguas: Exatamente. Portanto, é necessário propor aos candidatos ao sacerdócio, com força renovada, o modelo de Cristo Sacerdote, Bom Pastor; motivá-los com essa imagem, de modo que, à sua luz, tudo tenha sentido: tanto sua formação como a construção da própria personalidade.
Fonte: Zenit - (Carmen Elena Villa)
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
China e Santa Sé, sinais de reconciliação
Taiwan - O cardeal de Taiwan, Dom Paul Shan, que deve realizar uma viagem à China em junho, declarou hoje esperar que o Vaticano e Pequim possam reconciliar-se e minimizar suas diferenças.
Em entrevista ao jornal chinês South China Morning Post, e replicada pela Ansa,o cardeal afirmou que “será preciso tempo. O governo chinês tem sua jurisdição e o Vaticano também tem a sua. Deveriam respeitar-se reciprocamente”.
A Santa Sé e o governo de Pequim romperam as relações diplomáticas em 1951, quando o Estado católico reconheceu a independência de Taiwan, território reivindicado pela China.
A Igreja Patriótica da China, controlada pelo governo, não reconhece a autoridade do Papa e reprime a Igreja clandestina, que segue o Pontífice como única autoridade católica no mundo.
Nos últimos anos, os dois Estados reconheceram alguns sacerdotes e bispos, o que para o cardeal de Taiwan representa um primeiro sinal da possibilidade de uma futura retomada das relações.
No entanto, as ordenações de novos bispos sem o consenso do Vaticano e as eleições de líderes da Igreja Patriótica em 2010 reacenderam as tensões entre a Santa Sé e Pequim.
Existem na China cerca de cinco milhões de católicos fiéis da Igreja oficial e cerca de 11 milhões que aderem à “Igreja subterrânea”.
Dom Paul Shan foi nomeado cardeal pelo papa João Paulo II em 1998. Nasceu na China central e foi enviado para Taiwan em 1949. Em junho deve realizar uma viagem a Xangai, durante a qual celebrará uma missa com o bispo local, Dom Aloysius Jin Luxian.
Promotor de campanhas de luta contra o câncer, o cardeal também é ativo em causas de proteção do meio-ambiente e prevenção de desastres naturais.
Fonte: Rádio Vaticano
Em entrevista ao jornal chinês South China Morning Post, e replicada pela Ansa,o cardeal afirmou que “será preciso tempo. O governo chinês tem sua jurisdição e o Vaticano também tem a sua. Deveriam respeitar-se reciprocamente”.
A Santa Sé e o governo de Pequim romperam as relações diplomáticas em 1951, quando o Estado católico reconheceu a independência de Taiwan, território reivindicado pela China.
A Igreja Patriótica da China, controlada pelo governo, não reconhece a autoridade do Papa e reprime a Igreja clandestina, que segue o Pontífice como única autoridade católica no mundo.
Nos últimos anos, os dois Estados reconheceram alguns sacerdotes e bispos, o que para o cardeal de Taiwan representa um primeiro sinal da possibilidade de uma futura retomada das relações.
No entanto, as ordenações de novos bispos sem o consenso do Vaticano e as eleições de líderes da Igreja Patriótica em 2010 reacenderam as tensões entre a Santa Sé e Pequim.
Existem na China cerca de cinco milhões de católicos fiéis da Igreja oficial e cerca de 11 milhões que aderem à “Igreja subterrânea”.
Dom Paul Shan foi nomeado cardeal pelo papa João Paulo II em 1998. Nasceu na China central e foi enviado para Taiwan em 1949. Em junho deve realizar uma viagem a Xangai, durante a qual celebrará uma missa com o bispo local, Dom Aloysius Jin Luxian.
Promotor de campanhas de luta contra o câncer, o cardeal também é ativo em causas de proteção do meio-ambiente e prevenção de desastres naturais.
Fonte: Rádio Vaticano
Quaresma: tempo para redescobrir valor do Batismo
A Quaresma é uma oportunidade única para redescobrir o sentido e o valor do Batismo, segundo recordou o Papa Bento XVI em sua Mensagem para a Quaresma de 2011, divulgada hoje pela Santa Sé.
No texto, com o tema "Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes" (Col 2,12), o Pontífice nos convida a viver a Quaresma como um "caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor".
"Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Batismo", observou, destacando que o fato de que, na maior parte dos casos, este sacramento seja recebido por crianças "põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças".
"A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência os mesmos sentimentos de Jesus Cristo, é comunicada gratuitamente ao homem."
O Pontífice explicou que um nexo particular vincula o Batismo à Quaresma, "como momento favorável para experimentar a Graça que salva".
Neste sacramento, de fato, "realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos".
"Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã."
Caminho de virtude
"O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Batismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a ‘terra', que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo."
Através da práctica tradicional do jejum, da esmola e da oração, "expressões do empenho de conversão", a Quaresma nos ensina "a viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo".
O jejum tem, para o cristão, "um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas - e não só do supérfluo - aprendemos a desviar o olhar do nosso ‘eu', para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos".
"Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo."
Da mesma maneira, aprende-se a resistir "perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida".
"A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha."
"Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projetos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro?"
A práctica da esmola, portanto, "é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia".
Escuta da Palavra
"Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor - a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico - o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus?", pede o Papa em sua mensagem.
"Por isso - recordou -, a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é batizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele."
Meditando e interiorizando a Palavra de Deus, para vivê-la cotidianamente, "aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciamos no dia do Batismo".
A oração permite também "adquirir uma nova concepção do tempo".
De fato, "sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro", enquanto, na oração, "encontramos tempo para Deus, para conhecer que ‘as suas palavras não passarão' (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele ‘que ninguém nos poderá tirar' (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna".
Em resumo, constata Bento XVI, o itinerário quaresmal consiste em "fazer-se conformes com a morte de Cristo, para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela ação do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo".
"O período quaresmal - conclui - é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo."
Fonte: Zenit - (Roberta Sciamplicotti)
No texto, com o tema "Sepultados com Ele no batismo, foi também com Ele que ressuscitastes" (Col 2,12), o Pontífice nos convida a viver a Quaresma como um "caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor".
"Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Batismo", observou, destacando que o fato de que, na maior parte dos casos, este sacramento seja recebido por crianças "põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças".
"A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência os mesmos sentimentos de Jesus Cristo, é comunicada gratuitamente ao homem."
O Pontífice explicou que um nexo particular vincula o Batismo à Quaresma, "como momento favorável para experimentar a Graça que salva".
Neste sacramento, de fato, "realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos".
"Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã."
Caminho de virtude
"O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Batismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a ‘terra', que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo."
Através da práctica tradicional do jejum, da esmola e da oração, "expressões do empenho de conversão", a Quaresma nos ensina "a viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo".
O jejum tem, para o cristão, "um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas - e não só do supérfluo - aprendemos a desviar o olhar do nosso ‘eu', para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos".
"Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo."
Da mesma maneira, aprende-se a resistir "perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida".
"A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha."
"Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projetos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro?"
A práctica da esmola, portanto, "é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia".
Escuta da Palavra
"Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor - a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico - o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus?", pede o Papa em sua mensagem.
"Por isso - recordou -, a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é batizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele."
Meditando e interiorizando a Palavra de Deus, para vivê-la cotidianamente, "aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciamos no dia do Batismo".
A oração permite também "adquirir uma nova concepção do tempo".
De fato, "sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro", enquanto, na oração, "encontramos tempo para Deus, para conhecer que ‘as suas palavras não passarão' (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele ‘que ninguém nos poderá tirar' (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna".
Em resumo, constata Bento XVI, o itinerário quaresmal consiste em "fazer-se conformes com a morte de Cristo, para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela ação do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo".
"O período quaresmal - conclui - é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo."
Fonte: Zenit - (Roberta Sciamplicotti)
Europa condena violência terrorista contra cristãos
Os ministros de Relações Exteriores da União Europeia expressaram sua condenação dos "atos terroristas" contra as minorias cristãs e seus lugares de culto, bem como contra outras minorias religiosas, incluindo os muçulmanos, nas conclusões de uma reunião realizada ontem em Bruxelas.
No documento final da reunião, os ministros europeus afirmam que a Europa "continuará apoiando iniciativas no âmbito do diálogo intercultural e inter-religioso, em um espírito de abertura, participação e compreensão mútua".
Também reafirmaram "o forte compromisso da União Europeia (UE) na promoção e proteção da liberdade de religião ou credo, sem discriminação".
Neste sentido, pedem a Lady Catherine Ashton, Alta Representante para Assuntos Exteriores e de Segurança da UE, que apresente "propostas concretas de ação da UE neste sentido".
Afirmando sua vontade de cooperar "para promover a tolerância religiosa e proteger os direitos humanos", os ministros anunciaram que a Europa "estará mais envolvida ainda em todos os fóruns multinacionais, especialmente nas Nações Unidas, para unificar apoios em todas as regiões, na luta contra a intolerância religiosa".
O comunicado conclui afirmando o dever de proteger-se "daqueles que querem usar a religião como um instrumento de divisão, para incentivar o extremismo e a violência".
Esta decisão foi imediatamente elogiada pela Rádio Vaticano, que, em sua edição francesa, afirmou que a UE "fez um gesto em favor da liberdade religiosa".
A emissora vaticana coletou as primeiras declarações telefônicas do cardeal Jean-Pierre Ricard, arcebispo de Bordéus, na qual felicitava os ministros europeus por essa decisão.
O cardeal Ricard manifestou sua satisfação não apenas em nome dos representantes das conferências episcopais católicas da Europa, mas também dos representantes ortodoxos, protestantes, anglicanos, que se reuniram na sexta-feira passada em Belgrado e pediram, em uma carta, que os ministros de Assuntos Exteriores levassem em consideração a situação dos cristãos perseguidos.
Em particular, revelou o purpurado, pensavam nos cristãos do Iraque, Egito e Paquistão.
"Nossa posição não é partidária e não expressa somente a solidariedade com os cristãos, mas com todos os crentes. Mas, ao mesmo tempo, dissemos que, se não defendemos aqueles que hoje, no mundo, são talvez os mais atacados - os cristãos -, então, quem vai defendê-los?"
"Alegra-me saber que os ministros se manifestaram, apesar da relutância que houve dos ministros de cinco países", esclareceu.
"Teria sido catastrófico permanecer em uma espécie de silêncio, de incapacidade para tomar a palavra. Agora, houve uma declaração pública e espero que ela se traduza em iniciativas concretas neste campo. Mas acho bom que os ministros de Assuntos Exteriores tenham podido superar suas reticências e falar com uma só voz. Eu realmente estou feliz por isso", disse ele.
"Esperamos que as relações de alguns países da UE com os países em que há perseguição de minorias religiosas façam ouvir a sua voz e exerçam pressão, porque a tentação consiste em permanecer em um silêncio prudente, por razões comerciais e econômicas."
"Está em jogo a liberdade de consciência e o respeito à dignidade humana", sublinhou, considerando que, até agora, a Europa se deixou levar, neste campo, por interesses econômicos.
Fonte: Zenit.
No documento final da reunião, os ministros europeus afirmam que a Europa "continuará apoiando iniciativas no âmbito do diálogo intercultural e inter-religioso, em um espírito de abertura, participação e compreensão mútua".
Também reafirmaram "o forte compromisso da União Europeia (UE) na promoção e proteção da liberdade de religião ou credo, sem discriminação".
Neste sentido, pedem a Lady Catherine Ashton, Alta Representante para Assuntos Exteriores e de Segurança da UE, que apresente "propostas concretas de ação da UE neste sentido".
Afirmando sua vontade de cooperar "para promover a tolerância religiosa e proteger os direitos humanos", os ministros anunciaram que a Europa "estará mais envolvida ainda em todos os fóruns multinacionais, especialmente nas Nações Unidas, para unificar apoios em todas as regiões, na luta contra a intolerância religiosa".
O comunicado conclui afirmando o dever de proteger-se "daqueles que querem usar a religião como um instrumento de divisão, para incentivar o extremismo e a violência".
Esta decisão foi imediatamente elogiada pela Rádio Vaticano, que, em sua edição francesa, afirmou que a UE "fez um gesto em favor da liberdade religiosa".
A emissora vaticana coletou as primeiras declarações telefônicas do cardeal Jean-Pierre Ricard, arcebispo de Bordéus, na qual felicitava os ministros europeus por essa decisão.
O cardeal Ricard manifestou sua satisfação não apenas em nome dos representantes das conferências episcopais católicas da Europa, mas também dos representantes ortodoxos, protestantes, anglicanos, que se reuniram na sexta-feira passada em Belgrado e pediram, em uma carta, que os ministros de Assuntos Exteriores levassem em consideração a situação dos cristãos perseguidos.
Em particular, revelou o purpurado, pensavam nos cristãos do Iraque, Egito e Paquistão.
"Nossa posição não é partidária e não expressa somente a solidariedade com os cristãos, mas com todos os crentes. Mas, ao mesmo tempo, dissemos que, se não defendemos aqueles que hoje, no mundo, são talvez os mais atacados - os cristãos -, então, quem vai defendê-los?"
"Alegra-me saber que os ministros se manifestaram, apesar da relutância que houve dos ministros de cinco países", esclareceu.
"Teria sido catastrófico permanecer em uma espécie de silêncio, de incapacidade para tomar a palavra. Agora, houve uma declaração pública e espero que ela se traduza em iniciativas concretas neste campo. Mas acho bom que os ministros de Assuntos Exteriores tenham podido superar suas reticências e falar com uma só voz. Eu realmente estou feliz por isso", disse ele.
"Esperamos que as relações de alguns países da UE com os países em que há perseguição de minorias religiosas façam ouvir a sua voz e exerçam pressão, porque a tentação consiste em permanecer em um silêncio prudente, por razões comerciais e econômicas."
"Está em jogo a liberdade de consciência e o respeito à dignidade humana", sublinhou, considerando que, até agora, a Europa se deixou levar, neste campo, por interesses econômicos.
Fonte: Zenit.
Para que haja bons sacerdotes é preciso formar bons seminaristas
Como obter resultados positivos na formação espiritual dos seminaristas? Como fazer para que os candidatos ao sacerdócio tenham maior clareza vocacional? O subjetivismo e a secularização representam um desafio para as novas gerações de sacerdotes?
Estas e outras questões foram discutidas durante a semana de estudo La formazione spirituale personale nei seminari (A formação espiritual pessoal nos seminários), realizada de 7 a 11 de fevereiro, no centro de formação sacerdotal da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma.
O evento contou com a presença do cardeal Zenon Grocholewski, prefeito da Congregação para a Educação Católica, da Santa Sé.
Reitores de seminários, diretores espirituais e outros formadores, provenientes de diversas dioceses, contextos culturais e eclesiais puderam compartilhar ideias sobre como formar melhor aqueles que serão os sacerdotes das próximas gerações.
Algumas intervenções
Dom Francesco Cavina, da secretaria de Estado do Vaticano, em sua palestra sobre as primícias eclesiais nos candidatos para o sacerdócio, referiu-se aos novos desafios que os seminários de hoje enfrentam: enquanto, antigamente, muitos sacerdotes cresciam em famílias grandes, num ambiente católico, e descobriam sua vocação muito cedo, agora pertencem a famílias pequenas, muitas vezes de pais divorciados, nas quais não necessariamente receberam uma educação católica, e que fizeram sua opção em uma idade já madura.
O prelado apresentou algumas estatísticas que mostram como, hoje, muitos dos novos seminaristas provêm de grupos de jovens paroquiais e diocesanos, movimentos eclesiais, ou jornadas mundiais da juventude.
Por sua parte, Enrique da Lama, da Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, abordou o tema do acompanhamento espiritual, da necessidade da amizade, da consciência como esse sacrário interior da mente e do espírito.
Ele também se referiu ao tema da solidão em que o homem de hoje vive e alertou sobre o perigo de confundir a direção espiritual com uma consulta psicológica. Esclareceu que é essencial ver o homem em sua unidade biopsicoespiritual.
Da Lama disse que a direção espiritual deve centrar-se "no valor da amizade, no respeito à soberania da própria consciência e na ação do Espírito Santo", ao invés de limitar-se apenas a um simples acompanhamento ou aconselhamento esporádico.
Para Paul O' Callaghan, professor de teologia dogmática na Universidade da Santa Cruz, a vida espiritual do sacerdote é forjada especialmente no seminário.
Meios para a formação
Os oradores salientaram a necessidade de recorrer a documentos como a Pastores dabo vobis, do Papa João Paulo II, e a Carta aos seminaristas, de Bento XVI.
Os participantes tiveram a oportunidade de discutir a questão da relação com os superiores ou formadores, a quem decidiram chamar de "educadores", esclarecendo que quem forma é o Espírito Santo.
Disseram que o principal inimigo da vocação ao sacerdócio, mais que os pontos de discordância com as autoridades, é a vida dupla ou a hipocrisia.
Direção espiritual e fragilidade humana
O curso também abordou o tema da fragilidade emocional e psicológica, com duas intervenções: de Dom José María Yanguas, bispo de Cuenca (Espanha), e do psiquiatra Franco Poterzio.
Ambos se referiram à questão do desafio da imaturidade dos adolescentes e jovens (narcisistas, fracos, tristes e instáveis), que se prolonga em adultos inconstantes e dependentes. Estes são tópicos que devem ser abordados com frequência nos seminários.
A maneira de quebrar este círculo é procurar nos candidatos ao sacerdócio "a harmonia interna e externa do homem que integrou razão, vontade, sentimentos e instintos", sem descuidar da correção, quando necessário.
O último dia do curso foi dedicado ao tema da formação da plena maturidade espiritual; os assistentes e expositores puderam concluir que alguns meios para responder a este desafio são a oração e a caridade pastoral, que ajudam a construir personalidades "estruturadas em torno do sentido oblativo da vida, praticando constantemente as virtudes, através de critérios claros e com um coração felizmente centrado em Cristo".
Fonte: Zenit - (Carmen Elena Villa)
Estas e outras questões foram discutidas durante a semana de estudo La formazione spirituale personale nei seminari (A formação espiritual pessoal nos seminários), realizada de 7 a 11 de fevereiro, no centro de formação sacerdotal da Pontifícia Universidade da Santa Cruz, em Roma.
O evento contou com a presença do cardeal Zenon Grocholewski, prefeito da Congregação para a Educação Católica, da Santa Sé.
Reitores de seminários, diretores espirituais e outros formadores, provenientes de diversas dioceses, contextos culturais e eclesiais puderam compartilhar ideias sobre como formar melhor aqueles que serão os sacerdotes das próximas gerações.
Algumas intervenções
Dom Francesco Cavina, da secretaria de Estado do Vaticano, em sua palestra sobre as primícias eclesiais nos candidatos para o sacerdócio, referiu-se aos novos desafios que os seminários de hoje enfrentam: enquanto, antigamente, muitos sacerdotes cresciam em famílias grandes, num ambiente católico, e descobriam sua vocação muito cedo, agora pertencem a famílias pequenas, muitas vezes de pais divorciados, nas quais não necessariamente receberam uma educação católica, e que fizeram sua opção em uma idade já madura.
O prelado apresentou algumas estatísticas que mostram como, hoje, muitos dos novos seminaristas provêm de grupos de jovens paroquiais e diocesanos, movimentos eclesiais, ou jornadas mundiais da juventude.
Por sua parte, Enrique da Lama, da Faculdade de Teologia da Universidade de Navarra, abordou o tema do acompanhamento espiritual, da necessidade da amizade, da consciência como esse sacrário interior da mente e do espírito.
Ele também se referiu ao tema da solidão em que o homem de hoje vive e alertou sobre o perigo de confundir a direção espiritual com uma consulta psicológica. Esclareceu que é essencial ver o homem em sua unidade biopsicoespiritual.
Da Lama disse que a direção espiritual deve centrar-se "no valor da amizade, no respeito à soberania da própria consciência e na ação do Espírito Santo", ao invés de limitar-se apenas a um simples acompanhamento ou aconselhamento esporádico.
Para Paul O' Callaghan, professor de teologia dogmática na Universidade da Santa Cruz, a vida espiritual do sacerdote é forjada especialmente no seminário.
Meios para a formação
Os oradores salientaram a necessidade de recorrer a documentos como a Pastores dabo vobis, do Papa João Paulo II, e a Carta aos seminaristas, de Bento XVI.
Os participantes tiveram a oportunidade de discutir a questão da relação com os superiores ou formadores, a quem decidiram chamar de "educadores", esclarecendo que quem forma é o Espírito Santo.
Disseram que o principal inimigo da vocação ao sacerdócio, mais que os pontos de discordância com as autoridades, é a vida dupla ou a hipocrisia.
Direção espiritual e fragilidade humana
O curso também abordou o tema da fragilidade emocional e psicológica, com duas intervenções: de Dom José María Yanguas, bispo de Cuenca (Espanha), e do psiquiatra Franco Poterzio.
Ambos se referiram à questão do desafio da imaturidade dos adolescentes e jovens (narcisistas, fracos, tristes e instáveis), que se prolonga em adultos inconstantes e dependentes. Estes são tópicos que devem ser abordados com frequência nos seminários.
A maneira de quebrar este círculo é procurar nos candidatos ao sacerdócio "a harmonia interna e externa do homem que integrou razão, vontade, sentimentos e instintos", sem descuidar da correção, quando necessário.
O último dia do curso foi dedicado ao tema da formação da plena maturidade espiritual; os assistentes e expositores puderam concluir que alguns meios para responder a este desafio são a oração e a caridade pastoral, que ajudam a construir personalidades "estruturadas em torno do sentido oblativo da vida, praticando constantemente as virtudes, através de critérios claros e com um coração felizmente centrado em Cristo".
Fonte: Zenit - (Carmen Elena Villa)
Aumenta número de seminaristas no mundo, diminui o de religiosas
Aumenta o número de batizados no mundo (cerca da metade dos católicos vive no continente americano), assim como o de sacerdotes e seminaristas, enquanto se registra uma ligeira diminuição no número de religiosas.
Esta é a informação geral oferecida pelo Anuário Pontifício 2011, apresentado no último sábado a Bento XVI pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado vaticano, e pelo arcebispo Fernando Filoni, substituto da Secretaria de Estado para Assuntos Gerais.
As estatísticas de 2009 oferecem uma visão sintética das principais dinâmicas da Igreja Católica nas 2.956 circunscrições eclesiásticas do mundo: os fiéis batizados no mundo passaram de 1.166 bilhão, em 2008, para 1.181 bilhão, em 2009, com um aumento absoluto de 15 milhões de fiéis e um percentual de 1,3%.
A distribuição de católicos entre os continentes é muito diferente da distribuição da população.
A América, de 2008 a 2009, manteve na população uma incidência constante no total global semelhante a 13,6%, enquanto os católicos (na América) alcançaram, em dois anos, 49,9% do número de católicos no mundo.
Na Ásia, o aumento foi de aproximadamente 10,6%, mas este é significativamente menor que o do continente no que se refere à população mundial (60,7%).
A Europa tem um peso de população inferior de três pontos percentuais da dos EUA, mas sua incidência no mundo católico é de 24%, ou seja, quase a metade da dos países americanos.
Tanto para os países africanos como para os da Oceania, o peso da população com relação ao total é um pouco diferente da dos católicos (15,2 e 0,8%, respectivamente, para a África e a Oceania).
O número de bispos no mundo passou, de 2008 a 2009, de 5.002 a 5.065, com um aumento de 1,3%.
O continente mais dinâmico é o africano (1,8%), seguido pela Oceania (1,5%), enquanto abaixo da média como um todo está a Ásia (0,8%) e a América (1,2%). Na Europa, o aumento foi de cerca de 1,3%.
A população sacerdotal mantém uma taxa de crescimento moderado, inaugurado em 2000, após um longo período de resultados decepcionantes.
O número de sacerdotes, tanto diocesanos como religiosos, aumentou durante os últimos dez anos 1,34% em todo o mundo, passando de 405.178, em 2000, para 410.593, em 2009.
Em especial, em 2009, o número de sacerdotes aumentou 0,34% em relação a 2008.
Este aumento segue uma queda de 0,08% do clero religioso e o aumento de 0,56% do diocesano. A queda percentual afetou apenas a Europa (0,82% para os diocesanos e 0,99% para os religiosos), visto que, em outros continentes, o número de sacerdotes, em geral, aumentou.
Com exceção da Ásia e da África, o clero religioso diminuiu em todos os lugares.
Os diáconos permanentes aumentaram mais de 2,5%, passando de 37.203, em 2008, para 38.155, em 2009.
A presença dos diáconos melhora na Oceania e na Ásia, com ritmos elevados: na Oceania, os diáconos não atingem ainda 1% do total, com 346 unidades, em 2009, e na Ásia registram um aumento de 16%.
Os diáconos também aumentaram em áreas onde sua presença é mais importante quantitativamente. Nos Estados Unidos e na Europa, onde, em 2009, residia cerca de 98% da população total, os diáconos cresceram, respectivamente, de 2,3 a 2,6%.
No entanto, houve uma diminuição entre as religiosas professas. Em 2008, elas eram 739.068 em todo o mundo, reduzindo-se, em 2009, para 729.371.
A crise, portanto, permanece, apesar da África e da Ásia, onde há um aumento.
O número de candidatos ao sacerdócio no mundo subiu 0,82%, passando de 117.024 unidades, em 2008, para 117.978, em 2009. Grande parte do aumento é atribuído à Ásia e à África, com taxas de crescimento de 2,39% e 2,20%, respectivamente. A Europa e a América registraram uma contradição, respectivamente, de 1,64 e 0,17%, no mesmo período.
Fonte: Zenit.
Esta é a informação geral oferecida pelo Anuário Pontifício 2011, apresentado no último sábado a Bento XVI pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado vaticano, e pelo arcebispo Fernando Filoni, substituto da Secretaria de Estado para Assuntos Gerais.
As estatísticas de 2009 oferecem uma visão sintética das principais dinâmicas da Igreja Católica nas 2.956 circunscrições eclesiásticas do mundo: os fiéis batizados no mundo passaram de 1.166 bilhão, em 2008, para 1.181 bilhão, em 2009, com um aumento absoluto de 15 milhões de fiéis e um percentual de 1,3%.
A distribuição de católicos entre os continentes é muito diferente da distribuição da população.
A América, de 2008 a 2009, manteve na população uma incidência constante no total global semelhante a 13,6%, enquanto os católicos (na América) alcançaram, em dois anos, 49,9% do número de católicos no mundo.
Na Ásia, o aumento foi de aproximadamente 10,6%, mas este é significativamente menor que o do continente no que se refere à população mundial (60,7%).
A Europa tem um peso de população inferior de três pontos percentuais da dos EUA, mas sua incidência no mundo católico é de 24%, ou seja, quase a metade da dos países americanos.
Tanto para os países africanos como para os da Oceania, o peso da população com relação ao total é um pouco diferente da dos católicos (15,2 e 0,8%, respectivamente, para a África e a Oceania).
O número de bispos no mundo passou, de 2008 a 2009, de 5.002 a 5.065, com um aumento de 1,3%.
O continente mais dinâmico é o africano (1,8%), seguido pela Oceania (1,5%), enquanto abaixo da média como um todo está a Ásia (0,8%) e a América (1,2%). Na Europa, o aumento foi de cerca de 1,3%.
A população sacerdotal mantém uma taxa de crescimento moderado, inaugurado em 2000, após um longo período de resultados decepcionantes.
O número de sacerdotes, tanto diocesanos como religiosos, aumentou durante os últimos dez anos 1,34% em todo o mundo, passando de 405.178, em 2000, para 410.593, em 2009.
Em especial, em 2009, o número de sacerdotes aumentou 0,34% em relação a 2008.
Este aumento segue uma queda de 0,08% do clero religioso e o aumento de 0,56% do diocesano. A queda percentual afetou apenas a Europa (0,82% para os diocesanos e 0,99% para os religiosos), visto que, em outros continentes, o número de sacerdotes, em geral, aumentou.
Com exceção da Ásia e da África, o clero religioso diminuiu em todos os lugares.
Os diáconos permanentes aumentaram mais de 2,5%, passando de 37.203, em 2008, para 38.155, em 2009.
A presença dos diáconos melhora na Oceania e na Ásia, com ritmos elevados: na Oceania, os diáconos não atingem ainda 1% do total, com 346 unidades, em 2009, e na Ásia registram um aumento de 16%.
Os diáconos também aumentaram em áreas onde sua presença é mais importante quantitativamente. Nos Estados Unidos e na Europa, onde, em 2009, residia cerca de 98% da população total, os diáconos cresceram, respectivamente, de 2,3 a 2,6%.
No entanto, houve uma diminuição entre as religiosas professas. Em 2008, elas eram 739.068 em todo o mundo, reduzindo-se, em 2009, para 729.371.
A crise, portanto, permanece, apesar da África e da Ásia, onde há um aumento.
O número de candidatos ao sacerdócio no mundo subiu 0,82%, passando de 117.024 unidades, em 2008, para 117.978, em 2009. Grande parte do aumento é atribuído à Ásia e à África, com taxas de crescimento de 2,39% e 2,20%, respectivamente. A Europa e a América registraram uma contradição, respectivamente, de 1,64 e 0,17%, no mesmo período.
Fonte: Zenit.
Paróquias precisam adotar nova atitude e preocupação, diz cardeal
As paróquias “precisam fazer, como pede a Igreja, uma decidida ‘conversão pastoral e missionária’ de suas pessoas, organizações e estruturas pastorais”, afirma o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer.
A arquidiocese de São Paulo divulga estes dias entre os fiéis a Carta Pastoral “Paróquia, torna-te o que tu és”, assinada por Dom Odilo e entregue ao clero no dia 15 de fevereiro. Ela trata do destaque pastoral para 2011 na arquidiocese.
“Queremos perguntar-nos sobre como está a nossa paróquia e o que pode ser feito para que ela seja uma verdadeira comunidade de discípulos missionários de Jesus Cristo na cidade de São Paulo”, afirma Dom Odilo, em artigo veiculado no jornal O São Paulo.
“A paróquia é, na expressão local e concreta, aquilo que a Igreja é no seu todo. Na paróquia, a Igreja manifesta, de maneira próxima e perceptível, a sua vida e sua missão.”
“Ela é uma comunidade organizada de batizados, de bens espirituais, simbólicos e materiais, de organizações e iniciativas, que fazem a Igreja acontecer num determinado espaço e contexto”, explica o arcebispo.
Se a paróquia vai bem – prossegue o cardeal Scherer –, “a Igreja ali também vai bem; e se a paróquia vai mal, ali a Igreja vai mal. A Igreja poderia ficar reduzida a uma série de estruturas, instituições e organizações, sem chegar às pessoas concretas se as paróquias não vivessem bem sua identidade e sua missão, como comunidades vivas e dinâmicas”.
Dom Odilo considera que a renovação da paróquia “é essencial para que nossa arquidiocese”. Primeiramente, propõe-se “uma profunda tomada de consciência daquilo que dá sentido à existência da paróquia e o que ela é chamada a ser. Se for vista com os olhos da fé eclesial, a paróquia é uma realidade bonita, abençoada e preciosa”.
Hoje – assinala o arcebispo – “precisamos fazer alguns passos para ir além da preocupação com a conservação daquilo que somos e temos”.
As paróquias “precisam fazer, como pede a Igreja, uma decidida ‘conversão pastoral e missionária’”. “É necessário adotar uma nova atitude e preocupação, que traduza um claro objetivo missionário”.
Bem mais que uma realidade jurídica e burocrática, apenas – afirma Dom Odilo –, a paróquia “é o rosto mais visível e concreto do Mistério da Igreja, ‘sacramento da salvação’ no mundo; é uma comunidade de fiéis congregados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, vivendo a fé, a esperança e a caridade”.
“Ela está unida em torno de Cristo, presente sacramentalmente na Eucaristia e nos demais sacramentos, na Palavra de Deus proclamada e acolhida com fé, nos pobres, doentes, sofredores e toda pessoa servida com amor, em nome de Cristo.”
A assembleia eucarística “é a expressão mais visível da Igreja, reunida ainda hoje em torno de Jesus Cristo Salvador, Senhor e Pastor da Igreja, representado pelo ministro ordenado, que está no meio dela e à sua frente para servi-la e conduzi-la na caridade”.
Na paróquia – afirma o cardeal –, “a Igreja inteira se expressa e realiza a missão recebida de Cristo: anunciar e acolher a Palavra de Deus; testemunhar a vida nova recebida no Batismo, buscando a santidade; viver a caridade pastoral, a exemplo e em nome de Jesus, Bom Pastor”.
A paróquia “é a ‘comunidade missionária dos discípulos de Cristo’ no meio do mundo. É comunidade de pequenas comunidades, famílias, pessoas, grupos, organizações e instituições, que testemunham a variedade, a riqueza e a beleza dos dons de Deus e estão a serviço da missão recebida de Cristo”.
A paróquia – destaca Dom Odilo – “é a Igreja ‘na base’, célula viva do Corpo de Cristo, onde a maioria dos batizados tem a possibilidade de fazer uma experiência concreta do encontro com Cristo e da comunhão eclesial”.
Fonte: Zenit.
A arquidiocese de São Paulo divulga estes dias entre os fiéis a Carta Pastoral “Paróquia, torna-te o que tu és”, assinada por Dom Odilo e entregue ao clero no dia 15 de fevereiro. Ela trata do destaque pastoral para 2011 na arquidiocese.
“Queremos perguntar-nos sobre como está a nossa paróquia e o que pode ser feito para que ela seja uma verdadeira comunidade de discípulos missionários de Jesus Cristo na cidade de São Paulo”, afirma Dom Odilo, em artigo veiculado no jornal O São Paulo.
“A paróquia é, na expressão local e concreta, aquilo que a Igreja é no seu todo. Na paróquia, a Igreja manifesta, de maneira próxima e perceptível, a sua vida e sua missão.”
“Ela é uma comunidade organizada de batizados, de bens espirituais, simbólicos e materiais, de organizações e iniciativas, que fazem a Igreja acontecer num determinado espaço e contexto”, explica o arcebispo.
Se a paróquia vai bem – prossegue o cardeal Scherer –, “a Igreja ali também vai bem; e se a paróquia vai mal, ali a Igreja vai mal. A Igreja poderia ficar reduzida a uma série de estruturas, instituições e organizações, sem chegar às pessoas concretas se as paróquias não vivessem bem sua identidade e sua missão, como comunidades vivas e dinâmicas”.
Dom Odilo considera que a renovação da paróquia “é essencial para que nossa arquidiocese”. Primeiramente, propõe-se “uma profunda tomada de consciência daquilo que dá sentido à existência da paróquia e o que ela é chamada a ser. Se for vista com os olhos da fé eclesial, a paróquia é uma realidade bonita, abençoada e preciosa”.
Hoje – assinala o arcebispo – “precisamos fazer alguns passos para ir além da preocupação com a conservação daquilo que somos e temos”.
As paróquias “precisam fazer, como pede a Igreja, uma decidida ‘conversão pastoral e missionária’”. “É necessário adotar uma nova atitude e preocupação, que traduza um claro objetivo missionário”.
Bem mais que uma realidade jurídica e burocrática, apenas – afirma Dom Odilo –, a paróquia “é o rosto mais visível e concreto do Mistério da Igreja, ‘sacramento da salvação’ no mundo; é uma comunidade de fiéis congregados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, vivendo a fé, a esperança e a caridade”.
“Ela está unida em torno de Cristo, presente sacramentalmente na Eucaristia e nos demais sacramentos, na Palavra de Deus proclamada e acolhida com fé, nos pobres, doentes, sofredores e toda pessoa servida com amor, em nome de Cristo.”
A assembleia eucarística “é a expressão mais visível da Igreja, reunida ainda hoje em torno de Jesus Cristo Salvador, Senhor e Pastor da Igreja, representado pelo ministro ordenado, que está no meio dela e à sua frente para servi-la e conduzi-la na caridade”.
Na paróquia – afirma o cardeal –, “a Igreja inteira se expressa e realiza a missão recebida de Cristo: anunciar e acolher a Palavra de Deus; testemunhar a vida nova recebida no Batismo, buscando a santidade; viver a caridade pastoral, a exemplo e em nome de Jesus, Bom Pastor”.
A paróquia “é a ‘comunidade missionária dos discípulos de Cristo’ no meio do mundo. É comunidade de pequenas comunidades, famílias, pessoas, grupos, organizações e instituições, que testemunham a variedade, a riqueza e a beleza dos dons de Deus e estão a serviço da missão recebida de Cristo”.
A paróquia – destaca Dom Odilo – “é a Igreja ‘na base’, célula viva do Corpo de Cristo, onde a maioria dos batizados tem a possibilidade de fazer uma experiência concreta do encontro com Cristo e da comunhão eclesial”.
Fonte: Zenit.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
É hora de conhecer Itália, Espanha e Portugal
Itália, Espanha e Portugal
Saída prevista
08 de Maio de 2011 - 14 Dias
Orientador Espiritual
Pe. Manoel Silva Filho
Rádio Colméia de Maringá: Tel.: (44) 3246.4987
Condições gerais
Clique aqui e conheça as condições gerais
Cia. aérea
Tap Portugal
O RoteiroPreços e itens inclusosInscrições e pagamentosFotosFicha de Inscrição
O Roteiro
08 Maio (Dom) - MARINGÁ / RIO DE JANEIRO / LISBOA / ROMA
Apresentação no aeroporto para embarque em vôo com destino a Roma. Conexão no Rio de Janeiro e Lisboa.
09 Maio (Seg) - ROMA
Chegada no aeroporto de Roma, recepção e traslado ao hotel para acomodação. Restante do dia livre para descanso ou atividades pessoais. Jantar e pernoite no hotel.
10 Maio (Ter) - ROMA
Café da manhã no hotel e saída para visitar o Museu Vaticano e a Capela Sistina. À tarde, visita panorâmica da cidade passando pelo Coliseu (parada para visita externa), Fórum Romano, Circo Massimo, Termas de Caracalla, Arco de Constantino, Collina Palatina (uma das sete colinas de Roma), Carcere Mamertino, Ilha Tiberina, Castelo Santo Angelo, Piazza Venezia, etc. Na continuação, visita às Basílicas de Santa Maria Maior e São João de Latrão. Retorno ao hotel, jantar pernoite.
11 Maio (Qua) - ROMA
Café da manhã no hotel e saída para Audiência Papal na Praça de São Pedro (salvo que o Papa não esteja em Roma ou impossibilitado de realizar a celebração). Na continuação, visita as Basílicas de São Pedro, São Paulo Fora dos Muros e visita às Catacumbas de Santa Domitilla. Retorno ao hotel, jantar e pernoite.
12 Maio (Qui) - ROMA / ASSIS / ROMA
Após café da manhã, saída para Assis. Chegada e visita à Basílica e Túmulo de São Francisco, a Basílica de Santa Clara e Basílica de Santa Maria degli Angeli, onde está a Porciúncula, com Missa). Visita à a Capela do Trânsito e retorno ao hotel em Roma. Jantar e pernoite.
13 Maio (Sex) - ROMA
Café da manhã no hotel e saída para tour Roma Barroca passando pela Fontana de Trevi, Pantheon e Praça Navona, etc. Tarde livre para compras ou atividades pessoais. Jantar e pernoite no hotel.
14 Maio (Sab) - ROMA / LISBOA / PORTO / SANTIAGO DE COMPOSTELA
Café da manhã no hotel e traslado ao aeroporto para embarque em vôo com destino a Porto. Conexão em Lisboa. Chegada, recepção e traslado ao hotel em Santiago de Compostela. Acomodação, jantar e pernoite.
15 Maio (Dom) - SANTIAGO DE COMPOSTELA / SALAMANCA
Café da manhã no hotel e saída para visita panorâmica passando pela Praça do Obradoiro, onde ficam o edifício do Colégio San Jerônimo, o Palácio Rexoi, o Palácio Jelmirez, o Parador de Los Reyes Católicos e a Catedral de Santiago, onde chegam diariamente inúmeros peregrinos vindos das famosas peregrinações do caminho de Santiago. Ao meio dia participaremos da Missa do Peregrino, na Catedral. Na continuação, saída para Salamanca. Chegada, acomodação e jantar no hotel.
16 Maio (Seg) - SANTIAGO DE COMPOSTELA / VIANA DO CASTELO / BRAGA / GUIMARÃES
Café da manhã no hotel e saída para Viana do Castelo, banhada pelo rio Lima e coroada pelo Monte de Santa Luzia. Chegada e visita aos principais pontos turísticos, incluindo a Citânia de Santa Luzia, Igreja Matriz, Igreja Nossa Senhora da Agonia, Paços do Conselho e Basílica do Monte de Santa Luzia. Continuação para a cidade dos arcebispos e capital do Minho: Braga. Chegada e visita ao Santuário do Sameiro, construído em honra da Imaculada Conceição de Maria. Continuação para a cidade de Guimarães, cidade berço da nacionalidade portuguesa. Chegada e visita ao centro histórico, onde poderemos admirar as velhas muralhas, ruas estreitas, casas palacianas, o Castelo e a estátua do fundador D. Afonso Henriques. Visita ao interior do Paço dos Duques de Bragança e traslado ao hotel para acomodação e jantar.
17 Maio (Ter) - GUIMARÃES / PORTO
Café da manhã no hotel e saída para Porto. Chegada e visita panorâmica começando pelo bairro da Ribeira, onde veremos um belo conjunto arquitetônico de sobrados azulejados, tombado pela
Unesco como Patrimônio da Humanidade. Continuaremos pela Praça da Liberdade, onde fica a escultura de D. Pedro IV de Portugal, o D. Pedro I do Brasil. Visitaremos a Sé Catedral do século XII e passaremos pelo Palácio da Bolsa de Valores (visita externa), construído pelos comerciantes da região. Seguimos para a Vila Nova de Gaia, onde ficam as mais famosas caves de vinho do Porto e onde poderemos fazer uma degustação desse maravilhoso vinho. Traslado ao hotel e acomodação. Restante do dia livre para descanso ou atividades pessoais. Jantar e pernoite.
OBS: Para o tempo livre sugerimos fazer um passeio de barco pelo Rio Douro ou caminhar pela principal rua de comércio, a Rua Santa Catarina.
18 Maio (Qua) - PORTO / COIMBRA / FÁTIMA
Café da manhã no hotel e saída para Coimbra, onde visitaremos a famosa Universidade de Coimbra. Breve visita panorâmica da cidade e continuação para Fátima. Chegada e visita ao Santuário, local das aparições da Mãe de Jesus a 3 pastorinhas em 1917. Visita à Capela das Aparições e visita à Basílica. Em seguida, visita a Aljustrel e Valinhos. Traslado ao hotel para jantar e acomodação. À noite, possibilidade de participar da Reza do Terço e Procissão das Velas.
19 Maio (Qui) - FÁTIMA / BATALHA / NAZARÉ / OBIDOS / LISBOA
Café da manhã no hotel e saída para Batalha, onde visitaremos o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, considerado uma das mais belas obras arquitetônicas da Europa. Continuação para Nazaré, vila piscatória, constituída pelo Sítio (zona mais antiga) e a zona moderna. O colorido da cidade está presente nos trajes regionais, as mulheres usam 7 saias de várias cores e bonitos aventais
bordados. Os homens usam calças e camisas de xadrez. O folclore regional é o “Vira da Nazaré”, dançado descalço. Visitas e continuação para Óbidos, símbolo medieval de ruas estreitas e muralhas. Visitas e continuação para Lisboa. Chegada, acomodação no hotel e jantar.
20 Maio (Sex) - LISBOA
Café da manhã no hotel e saída para visita panorâmica da cidade. Início no bairro da Baixa, reconstruído após o grande terremoto de 1755. Apreciaremos a Praça do Rossio, o Teatro Nacional, a Estação de Comboios, além de restaurantes, tradicionais cafés e a Augusta, rua de pedestres, que liga a praça ao imponente Paço Imperial. Em Alfama, apreciaremos antigas construções como a Igreja de Santo Antônio de Lisboa. No famoso bairro de Belém, ponto de onde partiam as caravelas, encontraremos a Torre de Belém (visita externa) e o Padrão dos Descobrimentos (Monumento Infante D. Henrique), homenagem aos heróis da navegação portuguesa. Passaremos pelo Mosteiro do Jerônimo (visita externa) e pela Ponte 25 de Abril. Terminaremos na famosa Casa do Pastel de Belém, com tempo livre para os que desejarem tomar um café acompanhado desta iguaria. Tarde livre. Aproveite para conhecer os Shoppings da cidade (Colombo, Amoreiras, Vasco da Gama...). Jantar e pernoite no hotel. Opcional: Jantar típico com show de Fado.
21 Maio (Sab) - LISBOA / RIO DE JANEIRO / MARINGÁ
Café da manhã no hotel e traslado ao aeroporto para embarque em vôo com destino ao Rio de Janeiro. Chegada e reembarque em vôo para Maringá. Agradecemos por escolher a Mark Tur e aguardamos você para a realização do seu próximo sonho.
Saída prevista
08 de Maio de 2011 - 14 Dias
Orientador Espiritual
Pe. Manoel Silva Filho
Rádio Colméia de Maringá: Tel.: (44) 3246.4987
Condições gerais
Clique aqui e conheça as condições gerais
Cia. aérea
Tap Portugal
O RoteiroPreços e itens inclusosInscrições e pagamentosFotosFicha de Inscrição
O Roteiro
08 Maio (Dom) - MARINGÁ / RIO DE JANEIRO / LISBOA / ROMA
Apresentação no aeroporto para embarque em vôo com destino a Roma. Conexão no Rio de Janeiro e Lisboa.
09 Maio (Seg) - ROMA
Chegada no aeroporto de Roma, recepção e traslado ao hotel para acomodação. Restante do dia livre para descanso ou atividades pessoais. Jantar e pernoite no hotel.
10 Maio (Ter) - ROMA
Café da manhã no hotel e saída para visitar o Museu Vaticano e a Capela Sistina. À tarde, visita panorâmica da cidade passando pelo Coliseu (parada para visita externa), Fórum Romano, Circo Massimo, Termas de Caracalla, Arco de Constantino, Collina Palatina (uma das sete colinas de Roma), Carcere Mamertino, Ilha Tiberina, Castelo Santo Angelo, Piazza Venezia, etc. Na continuação, visita às Basílicas de Santa Maria Maior e São João de Latrão. Retorno ao hotel, jantar pernoite.
11 Maio (Qua) - ROMA
Café da manhã no hotel e saída para Audiência Papal na Praça de São Pedro (salvo que o Papa não esteja em Roma ou impossibilitado de realizar a celebração). Na continuação, visita as Basílicas de São Pedro, São Paulo Fora dos Muros e visita às Catacumbas de Santa Domitilla. Retorno ao hotel, jantar e pernoite.
12 Maio (Qui) - ROMA / ASSIS / ROMA
Após café da manhã, saída para Assis. Chegada e visita à Basílica e Túmulo de São Francisco, a Basílica de Santa Clara e Basílica de Santa Maria degli Angeli, onde está a Porciúncula, com Missa). Visita à a Capela do Trânsito e retorno ao hotel em Roma. Jantar e pernoite.
13 Maio (Sex) - ROMA
Café da manhã no hotel e saída para tour Roma Barroca passando pela Fontana de Trevi, Pantheon e Praça Navona, etc. Tarde livre para compras ou atividades pessoais. Jantar e pernoite no hotel.
14 Maio (Sab) - ROMA / LISBOA / PORTO / SANTIAGO DE COMPOSTELA
Café da manhã no hotel e traslado ao aeroporto para embarque em vôo com destino a Porto. Conexão em Lisboa. Chegada, recepção e traslado ao hotel em Santiago de Compostela. Acomodação, jantar e pernoite.
15 Maio (Dom) - SANTIAGO DE COMPOSTELA / SALAMANCA
Café da manhã no hotel e saída para visita panorâmica passando pela Praça do Obradoiro, onde ficam o edifício do Colégio San Jerônimo, o Palácio Rexoi, o Palácio Jelmirez, o Parador de Los Reyes Católicos e a Catedral de Santiago, onde chegam diariamente inúmeros peregrinos vindos das famosas peregrinações do caminho de Santiago. Ao meio dia participaremos da Missa do Peregrino, na Catedral. Na continuação, saída para Salamanca. Chegada, acomodação e jantar no hotel.
16 Maio (Seg) - SANTIAGO DE COMPOSTELA / VIANA DO CASTELO / BRAGA / GUIMARÃES
Café da manhã no hotel e saída para Viana do Castelo, banhada pelo rio Lima e coroada pelo Monte de Santa Luzia. Chegada e visita aos principais pontos turísticos, incluindo a Citânia de Santa Luzia, Igreja Matriz, Igreja Nossa Senhora da Agonia, Paços do Conselho e Basílica do Monte de Santa Luzia. Continuação para a cidade dos arcebispos e capital do Minho: Braga. Chegada e visita ao Santuário do Sameiro, construído em honra da Imaculada Conceição de Maria. Continuação para a cidade de Guimarães, cidade berço da nacionalidade portuguesa. Chegada e visita ao centro histórico, onde poderemos admirar as velhas muralhas, ruas estreitas, casas palacianas, o Castelo e a estátua do fundador D. Afonso Henriques. Visita ao interior do Paço dos Duques de Bragança e traslado ao hotel para acomodação e jantar.
17 Maio (Ter) - GUIMARÃES / PORTO
Café da manhã no hotel e saída para Porto. Chegada e visita panorâmica começando pelo bairro da Ribeira, onde veremos um belo conjunto arquitetônico de sobrados azulejados, tombado pela
Unesco como Patrimônio da Humanidade. Continuaremos pela Praça da Liberdade, onde fica a escultura de D. Pedro IV de Portugal, o D. Pedro I do Brasil. Visitaremos a Sé Catedral do século XII e passaremos pelo Palácio da Bolsa de Valores (visita externa), construído pelos comerciantes da região. Seguimos para a Vila Nova de Gaia, onde ficam as mais famosas caves de vinho do Porto e onde poderemos fazer uma degustação desse maravilhoso vinho. Traslado ao hotel e acomodação. Restante do dia livre para descanso ou atividades pessoais. Jantar e pernoite.
OBS: Para o tempo livre sugerimos fazer um passeio de barco pelo Rio Douro ou caminhar pela principal rua de comércio, a Rua Santa Catarina.
18 Maio (Qua) - PORTO / COIMBRA / FÁTIMA
Café da manhã no hotel e saída para Coimbra, onde visitaremos a famosa Universidade de Coimbra. Breve visita panorâmica da cidade e continuação para Fátima. Chegada e visita ao Santuário, local das aparições da Mãe de Jesus a 3 pastorinhas em 1917. Visita à Capela das Aparições e visita à Basílica. Em seguida, visita a Aljustrel e Valinhos. Traslado ao hotel para jantar e acomodação. À noite, possibilidade de participar da Reza do Terço e Procissão das Velas.
19 Maio (Qui) - FÁTIMA / BATALHA / NAZARÉ / OBIDOS / LISBOA
Café da manhã no hotel e saída para Batalha, onde visitaremos o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, considerado uma das mais belas obras arquitetônicas da Europa. Continuação para Nazaré, vila piscatória, constituída pelo Sítio (zona mais antiga) e a zona moderna. O colorido da cidade está presente nos trajes regionais, as mulheres usam 7 saias de várias cores e bonitos aventais
bordados. Os homens usam calças e camisas de xadrez. O folclore regional é o “Vira da Nazaré”, dançado descalço. Visitas e continuação para Óbidos, símbolo medieval de ruas estreitas e muralhas. Visitas e continuação para Lisboa. Chegada, acomodação no hotel e jantar.
20 Maio (Sex) - LISBOA
Café da manhã no hotel e saída para visita panorâmica da cidade. Início no bairro da Baixa, reconstruído após o grande terremoto de 1755. Apreciaremos a Praça do Rossio, o Teatro Nacional, a Estação de Comboios, além de restaurantes, tradicionais cafés e a Augusta, rua de pedestres, que liga a praça ao imponente Paço Imperial. Em Alfama, apreciaremos antigas construções como a Igreja de Santo Antônio de Lisboa. No famoso bairro de Belém, ponto de onde partiam as caravelas, encontraremos a Torre de Belém (visita externa) e o Padrão dos Descobrimentos (Monumento Infante D. Henrique), homenagem aos heróis da navegação portuguesa. Passaremos pelo Mosteiro do Jerônimo (visita externa) e pela Ponte 25 de Abril. Terminaremos na famosa Casa do Pastel de Belém, com tempo livre para os que desejarem tomar um café acompanhado desta iguaria. Tarde livre. Aproveite para conhecer os Shoppings da cidade (Colombo, Amoreiras, Vasco da Gama...). Jantar e pernoite no hotel. Opcional: Jantar típico com show de Fado.
21 Maio (Sab) - LISBOA / RIO DE JANEIRO / MARINGÁ
Café da manhã no hotel e traslado ao aeroporto para embarque em vôo com destino ao Rio de Janeiro. Chegada e reembarque em vôo para Maringá. Agradecemos por escolher a Mark Tur e aguardamos você para a realização do seu próximo sonho.
Três fundadores serão canonizados em 23 de outubro
A espanhola Bonifacia Rodríguez de Castro e os italianos Luigi Guanella e Guido Maria Conforti serão canonizados no dia 23 de outubro.
Esta foi informação divulgada pela Santa Sé hoje, após a realização do Consistório Ordinário Público, presidido pelo Papa, no qual foi votada e definida a data da inscrição dos beatos na lista dos santos.
No Consistório, participaram 47 cardeais, incluindo o decano do Colégio, cardeal Angelo Sodano, e o secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone.
Os três futuros santos são contemporâneos uns dos outros, entre a metade do século XIX e começo do século XX, e fundadores de várias ordens religiosas, dedicadas à evangelização e à ação social.
Guido Maria Conforti (1865-1931) foi arcebispo de Parma. É o fundador da Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões Exteriores (conhecida como Missionários Xaverianos).
Luigi Guanella (1842-1915), sacerdote, fundou duas congregações, ambas para ajudar os marginalizados durante a revolução industrial: os Servos da Caridade e o Instituto das Filhas de Santa Maria da Providência.
Bonifacia Rodríguez de Castro (1837-1905) é a fundadora da Congregação das Servas de São José, para a promoção social e cristã das mulheres operárias.
Fonte: Zenit.
Esta foi informação divulgada pela Santa Sé hoje, após a realização do Consistório Ordinário Público, presidido pelo Papa, no qual foi votada e definida a data da inscrição dos beatos na lista dos santos.
No Consistório, participaram 47 cardeais, incluindo o decano do Colégio, cardeal Angelo Sodano, e o secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone.
Os três futuros santos são contemporâneos uns dos outros, entre a metade do século XIX e começo do século XX, e fundadores de várias ordens religiosas, dedicadas à evangelização e à ação social.
Guido Maria Conforti (1865-1931) foi arcebispo de Parma. É o fundador da Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões Exteriores (conhecida como Missionários Xaverianos).
Luigi Guanella (1842-1915), sacerdote, fundou duas congregações, ambas para ajudar os marginalizados durante a revolução industrial: os Servos da Caridade e o Instituto das Filhas de Santa Maria da Providência.
Bonifacia Rodríguez de Castro (1837-1905) é a fundadora da Congregação das Servas de São José, para a promoção social e cristã das mulheres operárias.
Fonte: Zenit.
Futuro precisa de sacerdotes preparados e intrépidos
A Igreja precisa de sacerdotes bem preparados - não só do ponto de vista acadêmico - para enfrentar os desafios do futuro.
Esta foi a mensagem de Bento XVI na audiência, no último sábado, no Vaticano, com a comunidade do Colégio Pontifício Filipino, por ocasião do quinquagésimo aniversário da sua fundação, por obra de João XXIII, em 7 de outubro de 1961.
Em seu discurso, o Papa se deteve nos aspectos mais importantes que devem caracterizar os anos de formação de jovens sacerdotes e os encorajou a "crescer na fé", a "lutar pela excelência em vossos estudos" e a aproveitar "cada oportunidade que vos é oferecida para alcançar a maturidade espiritual e teológica, de modo que estejais equipados, treinados e sejais corajosos para enfrentar o que vos espera no futuro".
"Como sabeis - continuou -, uma formação completa para o sacerdócio inclui não apenas o lado acadêmico: muito além do componente intelectual que vos é oferecido aqui, os estudantes do Colégio Filipino também são formados espiritualmente, através da história viva da Igreja de Roma e do brilhante exemplo dos seus mártires, cujo sacrifício os configura perfeitamente com a pessoa do próprio Jesus Cristo."
"Neste período de vossa permanência em Roma - disse o Santo Padre -, não vos esqueçais das necessidades dos membros da comunidade filipina, fazendo que exista sempre um equilíbrio saudável entre as necessidades da pastoral local e os requisitos acadêmicos da vossa estadia aqui, em benefício de todos."
Em seu discurso de saudação ao Papa, o reitor, Pe. Gregory Ramon Gaston, constatou o esforço do seu Colégio por "extrair o máximo da nossa estadia em Roma", e se referiu ao que foi escrito por Bento XVI na exortação pós-sinodal Verbum Domini: "Cada um dos nossos dias seja plasmado pelo encontro renovado com Cristo, Verbo do Pai feito carne".
"Que o Espírito Santo - concluiu - continue nos guiando e reforçando para que sejamos ministros cada vez mais eficazes da Palavra de Deus."
Fonte: Zenit.
Esta foi a mensagem de Bento XVI na audiência, no último sábado, no Vaticano, com a comunidade do Colégio Pontifício Filipino, por ocasião do quinquagésimo aniversário da sua fundação, por obra de João XXIII, em 7 de outubro de 1961.
Em seu discurso, o Papa se deteve nos aspectos mais importantes que devem caracterizar os anos de formação de jovens sacerdotes e os encorajou a "crescer na fé", a "lutar pela excelência em vossos estudos" e a aproveitar "cada oportunidade que vos é oferecida para alcançar a maturidade espiritual e teológica, de modo que estejais equipados, treinados e sejais corajosos para enfrentar o que vos espera no futuro".
"Como sabeis - continuou -, uma formação completa para o sacerdócio inclui não apenas o lado acadêmico: muito além do componente intelectual que vos é oferecido aqui, os estudantes do Colégio Filipino também são formados espiritualmente, através da história viva da Igreja de Roma e do brilhante exemplo dos seus mártires, cujo sacrifício os configura perfeitamente com a pessoa do próprio Jesus Cristo."
"Neste período de vossa permanência em Roma - disse o Santo Padre -, não vos esqueçais das necessidades dos membros da comunidade filipina, fazendo que exista sempre um equilíbrio saudável entre as necessidades da pastoral local e os requisitos acadêmicos da vossa estadia aqui, em benefício de todos."
Em seu discurso de saudação ao Papa, o reitor, Pe. Gregory Ramon Gaston, constatou o esforço do seu Colégio por "extrair o máximo da nossa estadia em Roma", e se referiu ao que foi escrito por Bento XVI na exortação pós-sinodal Verbum Domini: "Cada um dos nossos dias seja plasmado pelo encontro renovado com Cristo, Verbo do Pai feito carne".
"Que o Espírito Santo - concluiu - continue nos guiando e reforçando para que sejamos ministros cada vez mais eficazes da Palavra de Deus."
Fonte: Zenit.
Europa deve se mobilizar contra discriminação de cristãos
"Um exame de consciência coletivo, para uma aproximação exigente da Europa ao problema da proteção das minorias cristãs em vários países" é a proposta de Massimo Introvigne frente ao o drama da discriminação e perseguição de cristãos no mundo.
Introvigne, representante, desde 5 de janeiro, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para combater o racismo, a xenofobia, a discriminação e a intolerância contra os cristãos e membros de outras religiões, interveio, na última sexta-feira, na reunião anual do Comitê Misto da Conferência das Igrejas Europeias (KEK) e do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que terminou ontem em Belgrado (Sérvia).
Em seu discurso, destacou as dificuldades na aplicação da liberdade religiosa, com base em duas intervenções do Papa Bento XVI: a Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2011 e o último discurso ao Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé.
Dirigindo-se aos embaixadores, explicou Introvigne, o Papa apontou várias ameaças à liberdade religiosa, entre as quais se destaca a "cristianofobia", que invadiu o Ocidente e que leva a "pretender que os cristãos, no exercício da sua profissão, ajam sem referência às suas convicções religiosas e morais, e até mesmo em contradição com elas, como, por exemplo, onde estão em vigor leis que limitam o direito à objeção de consciência dos profissionais de saúde ou de certos agentes da lei, especialmente em questões como o aborto".
A "cristianofobia", continuou Introvigne, "manifesta-se também em ameaças à liberdade de educação e na aversão administrativa a escolas cristãs", ou na imposição da participação na educação sexual ou civil que, como disse o Papa, "transmitem concepções da pessoa e da vida supostamente neutras, mas na verdade refletem uma antropologia contrária à fé e reta razão".
Outros desafios
O especialista recordou também outras ameaças à liberdade religiosa, começando pelo fato de que esta "é muitas vezes confundida com o relativismo, isto é, com a tese de que não existe uma verdade religiosa e de que a escolha de uma religião ou de outra seja mais grave ou menos indiferente", bem como o desejo de "confinar a religião a uma dimensão puramente privada".
Outro risco "é o fundamentalismo islâmico", além dos "ataques contra cristãos por parte de fundamentalistas hindus ou budistas", acrescentou.
Finalmente, "existem ainda os regimes comunistas, no sentido mais estrito e duro do termo".
Da reunião em Belgrado, surgiu uma carta à Lady Catherine Ashton, representante para a Política Externa da União Europeia, assinada pelas igrejas participantes, na qual se lamenta a impossibilidade encontrada até agora na União Europeia de aprovar uma resolução contra as perseguições dos cristãos no mundo, que mencione explicitamente a palavra "cristãos"; na carta, também se pede que tal resolução seja aprovada na cúpula europeia de 21 de fevereiro.
Fonte: Zenit - (Roberta Sciamplicotti)
Introvigne, representante, desde 5 de janeiro, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) para combater o racismo, a xenofobia, a discriminação e a intolerância contra os cristãos e membros de outras religiões, interveio, na última sexta-feira, na reunião anual do Comitê Misto da Conferência das Igrejas Europeias (KEK) e do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que terminou ontem em Belgrado (Sérvia).
Em seu discurso, destacou as dificuldades na aplicação da liberdade religiosa, com base em duas intervenções do Papa Bento XVI: a Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2011 e o último discurso ao Corpo Diplomático acreditado junto à Santa Sé.
Dirigindo-se aos embaixadores, explicou Introvigne, o Papa apontou várias ameaças à liberdade religiosa, entre as quais se destaca a "cristianofobia", que invadiu o Ocidente e que leva a "pretender que os cristãos, no exercício da sua profissão, ajam sem referência às suas convicções religiosas e morais, e até mesmo em contradição com elas, como, por exemplo, onde estão em vigor leis que limitam o direito à objeção de consciência dos profissionais de saúde ou de certos agentes da lei, especialmente em questões como o aborto".
A "cristianofobia", continuou Introvigne, "manifesta-se também em ameaças à liberdade de educação e na aversão administrativa a escolas cristãs", ou na imposição da participação na educação sexual ou civil que, como disse o Papa, "transmitem concepções da pessoa e da vida supostamente neutras, mas na verdade refletem uma antropologia contrária à fé e reta razão".
Outros desafios
O especialista recordou também outras ameaças à liberdade religiosa, começando pelo fato de que esta "é muitas vezes confundida com o relativismo, isto é, com a tese de que não existe uma verdade religiosa e de que a escolha de uma religião ou de outra seja mais grave ou menos indiferente", bem como o desejo de "confinar a religião a uma dimensão puramente privada".
Outro risco "é o fundamentalismo islâmico", além dos "ataques contra cristãos por parte de fundamentalistas hindus ou budistas", acrescentou.
Finalmente, "existem ainda os regimes comunistas, no sentido mais estrito e duro do termo".
Da reunião em Belgrado, surgiu uma carta à Lady Catherine Ashton, representante para a Política Externa da União Europeia, assinada pelas igrejas participantes, na qual se lamenta a impossibilidade encontrada até agora na União Europeia de aprovar uma resolução contra as perseguições dos cristãos no mundo, que mencione explicitamente a palavra "cristãos"; na carta, também se pede que tal resolução seja aprovada na cúpula europeia de 21 de fevereiro.
Fonte: Zenit - (Roberta Sciamplicotti)
Assinar:
Postagens (Atom)