“Como um país não é mais ou menos importante em relação a seu tamanho, uma Igreja minoritária também não é menos importante”.
Assim afirmou o Primeiro Ministro da República da Moldova, Vlad Filat, ao intervir durante o encontro de Conferências Episcopais do sudeste Europeu, que foi celebrado nesse fim de semana em Quichinau, capital da República de Moldova.
“Os problemas na República de Moldova são numerosos, mas a origem de todos é a crise moral, admitiu. Por isso devemos retornar à raiz dos problemas. Só sabendo de onde viemos, vamos saber para onde ir. A Igreja deve ter um papel decisivo no caminho da Europa”.
“Somos conscientes do trabalho que devemos fazer e esperamos que a Igreja se empenhe no apoio à formação de um povo que tenha em sua base os melhores princípios morais sobre como construir uma nova sociedade”, disse o dignatário, segundo um comunicado do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE).
O bispo de Quichinau, monsenhor Anton Cosa, afirmou sobre isso: “Nos sentimos parte viva dessa terra por que cada dia que passa consumimos nossos recursos de fé e de caridade, para que o povo moldávio possa crescer e voltar a encontrar na solidariedade do mundo católico, motivo de grande esperança”.
“A Igreja, através de suas estruturas, continuará fazendo o necessário para que se supere toda situação de mal-estar social”, dando “sua contribuição determinante à construção de uma sociedade reconciliadora e solidária, capaz de lidar com o processo de secularização”.
Luzes e sombras
Em uma entrevista concedida à agência italiana SIR, monsenhor Cosa afirmou que a República da Moldova passa por uma fase de crise, como grande parte dos países europeus.
Embora a economia local tenha força pelas remessas de emigrantes - um quarto da população está no exterior - “isso não ajudou a diminuir a pobreza, que submete uma outra quarta parte do país em condições em forte desconforto social”.
“Sementes que morrem”
Os católicos na República da Moldova representam apenas 1% da população de 4 milhões de habitantes, mas essa condição de minoria “é também uma grande oportunidade e certamente um grande dom de Deus, porque educa a humanidade da pastoral, onde a eficácia da ação é dada pela capacidade de fazer valer a credibilidade pessoal”, afirma o bispo.
“Quem vai para a Igreja Católica, e talvez, optar em ser parte dela, o faz pela novidade da proposta, realização do compromisso e pela coerência que se conjuga com as eleições evangélicas”.
“Não devemos ter medo de ser minoria, porque esse é um grande dom que Deus nos deu, mas devemos ter medo de não ser a “semente que morre”, assim como não dar ao povo moldávio o que é justo que recebam de nós, para crescer na dimensão humana e cristã”, observou.
A Igreja está oficialmente na República da Moldova desde 1993 e tem seu bispo desde 2000. Os católicos estão organizados em 17 paróquias e, uma eficiente “pastoral de rua” feita da disponibilidade para os necessitados, serviços de assistência social competentes e diálogos com pessoas comuns.
Os fiéis são assistidos por 18 sacerdotes diocesanos e 16 sacerdotes religiosos.
Fonte: Zenit.
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