Para combater o secularismo que se difunde cada vez mais, é fundamental que católicos e ortodoxos colaborem.
Foi o que afirmou Dom Giuseppe Pasotto, administrador apostólico do Cáucaso, à associação caritativa internacional Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), explicando como, para a Igreja Católica na Geórgia, é fundamental a promoção do ecumenismo no país.
“A missão fundamental da Igreja é trabalhar pelo ecumenismo e o entendimento com a Igreja Ortodoxa”, declarou. Apesar do bom relacionamento entre católicos e ortodoxos, o prelado reconheceu que pode haver tensões nas zonas rurais.
“Para a minoria católica há um conflito com a maioria ortodoxa. Os católicos não são tratados da mesma forma, tanto na escola como no ambiente de trabalho. O problema não é aberto, está oculto, mas é real”.
Nessa situação, algumas famílias católicas batizaram seus filhos segundo o rito ortodoxo para lhes dar mais oportunidades na vida. “O grande objetivo é a unidade baseada na fé”; “alcançar esse objetivo é só uma questão de tempo”, constatou o bispo.
Segundo o prelado, apesar da Geórgia ter sido um dos primeiros países a adotar o cristianismo, no século IV, os valores históricos poderiam agora ser corroídos.
“A Geórgia é muito consciente de sua herança cristã, porque a fé cristã está em seu coração”, observou. “Embora tenha havido um difícil período de domínio soviético, o povo permaneceu fiel à sua religião”. Mas hoje, existe “um grande perigo”, representado pela “mudança de mentalidade das pessoas para o materialismo, que é um problema que afeta católicos e ortodoxos”.
“A catequese será fundamental para ajudar as pessoas a conhecer mais sua fé”, afirmou Dom Pasotto. Por isso, “uma grande tarefa da Igreja” é precisamente a de “criar uma boa base através da catequese”, porque as pessoas “necessitam conhecer mais sobre a fé e a Bíblia”.
“Queremos ver a fé baseada mais no coração do povo”, comentou. “Queremos que as pessoas sejam mais conscientes dos valores morais e que os vivam na vida cotidiana”.
Neville Kyrke-Smith, diretor nacional da AIS Grã-Bretanha, que visitou as comunidades cristãs na Geórgia, afirmou que “a Geórgia é fundamental, em âmbitos políticos e religiosos. Esta região deve evitar ser fragmentada e destruída pelo nacionalismo ou pela intervenção pós-soviética”.
Fonte: Zenit.
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