Bento XVI visitou na tarde deste domingo a igreja evangélico-luterana de Roma para seguir impulsionando a unidade de maneira que católicos e filhos da Reforma deem testemunho comum de Cristo.
“Escutamos tantas queixas pelo fato de que não se dão novos desenvolvimentos no ecumenismo, mas temos de dizer – e podemos dizer com muita gratidão – que já se dão muitos elementos de unidade”, afirmou o Papa, em um discurso que pronunciou em alemão, deixando de lado os papéis.
O pontífice convidou a dar graças pelo fato “de que estamos aqui presentes, por exemplo, neste domingo, porque cantamos juntos porque escutamos a Palavra de Deus, porque nos escutamos uns aos outros, olhando todos juntos para Cristo, e deste modo damos testemunho do único Cristo”.
A presidente da comunidade evangélico-luterana de Roma, que conta com 350 membros, a senhora Doris Esch, em sua saudação de boas-vindas em italiano e alemão, recordou que já em 1983, João Paulo II tinha visitado essa igreja, com motivo do quinto centenário do nascimento de Lutero.
O jovem pastor da comunidade, Jens-Martin Kruse, reconheceu que era “verdadeiramente um dia de alegria”.
O Papa, em seu discurso, reconheceu que “certamente não temos de nos contentar com as êxitos do ecumenismo dos últimos anos, pois não podemos beber do mesmo cálice, nem podemos estar juntos ao redor do mesmo altar”.
“Isso nos tem de entristecer, pois é uma situação pecaminosa, mas a unidade não pode ser fruto dos homens, temos de nos encomendar ao Senhor, pois Ele é o único que pode nos dar a unidade. Esperamos que Ele nos leve a esta unidade”, disse.
Citando as palavras do pastor Kruse, o Santo Padre reconheceu que o primeiro ponto de encontro entre luteranos e católicos “deve ser a alegria e a esperança que já vivemos, e a esperança de que esta unidade possa ser mais profunda”.
Após o serviço dominical, o Papa participou de um encontro de fraternidade com a comunidade e com seu pastor.
A construção da igreja evangélico-luterana, obra de Franz Schwechten, arquiteto da corte do imperador alemão Guillermo IV, foi concluída em 1922.
(Jesús Colina) - Fonte: Zenit.
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