O tema da jornada por parte dos católicos italianos é “Cuidar da criação para cultivar a paz”. Para os ortodoxos, este dia 1 de setembro, além do evento em favor do meio ambiente – que se celebra há 20 anos – marca também o início do ano eclesiástico.
Bento XVI afirmou que se trata de um evento “já habitual, importante também no plano ecumênico”, que “este ano nos recorda que não pode haver paz sem respeito pelo meio ambiente”.
“Temos, de fato, o dever de entregar a terra às novas gerações em um estado tal que também elas possam habitá-la dignamente e conservá-la ulteriormente. Que o Senhor nos ajude nesta tarefa”, disse o Papa.
Por sua parte, o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, divulgou uma mensagem – reproduzida por L'Osservatore Romano nesse domingo – em que recorda a importância da tutela do meio ambiente.
Para a Igreja ortodoxa, afirma o Patriarca, a proteção do meio ambiente “constitui uma grande responsabilidade de toda pessoa humana, independentemente dos resultados materiais e financeiros”.
“A correlação direta entre a missão divina de ‘trabalhar e preservar’ e todos os aspectos da vida contemporânea constitui a única perspectiva de uma coexistência harmoniosa com cada um dos elementos da criação e com o conjunto do mundo natural em geral”.
Bartolomeu I convida os fiéis ortodoxos a “tomarem parte nesta luta titânica e justa com o objetivo de atenuar a crise ambiental e prevenir os impactos ainda piores que se poderiam derivar dela”.
Já os bispos italianos, que novamente convocam o evento em coincidência com os ortodoxos, reconhecem que “o meio ambiente é submetido a uma exploração tão intensa que se produzem situações de forte degradação, que ameaçam a habitabilidade da terra para a geração presente e ainda mais para as futuras”.
Não só as dioceses italianas organizam, em muitos casos, em união com paróquias e comunidades ortodoxas, atos para este dia. Também haverá a “peregrinação verde”, convocada pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que, de 1 a 5 de setembro, parte de Esztergom (Hungria) até o santuário mariano de Mariazell (Áustria) passando por Bratislava (Eslováquia).
Os peregrinos europeus refletirão sobre a Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial da Paz deste ano, que discute a promoção da paz e a proteção da criação.
O motivo desta peregrinação, explica a CCEE, é mostrar “um caminho espiritual e de conversão”. A crise ecológica “que a Europa atravessa hoje não está dissociada da atual crise moral do continente, mas uma influi na outra”.
Fonte: Zenit.
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