“A Bíblia não é um livro que gera violência, e o que representa não pode suscitar este tipo de reação” – é a afirmação de Dom Rino Fisichella, presidente do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, falando sobre o assassinato de médicos cristãos ocidentais vistos como ‘espiões’ pelos talibãs porque possuíam Bíblias.
Em entrevista ao jornal italiano “Corriere della Será”, o arcebispo condenou o assassinato de dez membros da organização não-governamental cristã Missão de Assistência Internacional (IAM), no Afeganistão, assinalando que nunca pode existir uma justificação religiosa para a violência e conflitualidade.
O Arcebispo Fisichella avalia que existe uma guerra cujo fim não se entrevê, mas a Igreja continua a defender a força da razão, da razão que penetra na fé e aceita o relacionamento entre religiões diferentes, desde que baseado no respeito e conhecimento mútuos. “A paz precisa de reciprocidade; os Estados árabes também se devem esforçar para deter as alas fundamentalistas e colocar fim à violência” – declara.
Por sua vez, o diretor da IAM, Dirk Frans, garante que a ONG não pensa deixar o Afeganistão, apesar do massacre de 10 dos seus membros, oito deles estrangeiros.
Frans confirmou as identidades dos mortos, três dos quais mulheres, e suas nacionalidades: seis norte-americanos, um britânico, um alemão e dois afegãos.
O movimento talibã reivindicou o atentado alegando que os médicos, enfermeiros e colaboradores teriam consigo bíblias em dari, a língua local. Esta eventualidade é negada por Dirk Frans, que afirma também que o grupo nunca fez proselitismo.
Fonte: Rádio Vaticano
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