O Papa Bento XVI quis dedicar sua habitual introdução à oração do Ângelus - com os peregrinos reunidos no interior do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo - à virtude da humildade.
Refletindo sobre a passagem do Evangelho do dia, sobre os convidados a um casamento que buscavam os primeiros lugares, o Papa afirmou aos presentes que é Jesus quem "ocupou o último lugar" por cada um de nós.
Quando Jesus aconselha a buscar os últimos lugares, explicou o Pontífice, "não pretende dar uma lição sobre etiqueta nem sobre a hierarquia entre as diferentes autoridades", mas insiste "em um ponto decisivo, que é o da humildade".
"Esta parábola, em um significado mais profundo, faz pensar também na posição do homem em relação a Deus - acrescentou o Papa. O ‘último lugar' pode representar, de fato, a condição da humanidade degradada pelo pecado"; por isso, o próprio Cristo "ocupou o último lugar no mundo - a cruz - e, precisamente com esta humildade radical, nos redimiu e ajuda sem cessar".
No final da parábola, prossegue o Papa, "Jesus sugere ao chefe dos fariseus que convide à sua mesa não seus amigos, parentes ou vizinhos ricos, mas as pessoas mais pobres e marginalizadas, que não têm como devolver o favor".
"Mais uma vez, portanto, vemos Cristo como modelo de humildade e gratuidade: d'Ele aprendemos a paciência nas tentações, a mansidão nas ofensas, a obediência a Deus na dor, a espera de que Aquele que nos convidou dos diga: ‘Amigo, vem mais para cima'."
Neste sentido, quis recordar o exemplo de São Luís, rei da França, cuja memória foi celebrada no dia 25 de agosto.
Este rei, afirmou, "pôs em prática o que está escrito no livro do Eclesiástico: ‘Na medida em que fores grande, humilha-te em tudo e assim encontrarás graça diante de Deus' (3, 20)".
Fonte: Zenit.
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