Apresentamos uma breve biografia, difundida por Rádio Vaticano, de cada um dos novos santos canonizados por Bento XVI na manhã deste domingo.
1 – Beato Guido Maria Conforti: nasceu em Ravadasc, diocese de Parma, no dia 30 de março de 1865 e foi batizado no mesmo dia com os nomes de Guido, José e Maria. Entrou no Seminário e foi ordenado sacerdote no dia 22 de setembro de 1888.
Como por questão de saúde, não pode seguir a vocação missionária à qual se sentia chamado, fundou a Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missões Exteriores (Missionários Xaverianos), a qual dirigiu por muitos anos e animou com fervor, enviando alguns de seus membros à China.
Feito Arcebispo de Ravena, conduziu a Diocese por um biênio, dando-lhe suas melhores energias, mas foi constrangido a renunciar por graves motivos de saúde. Curado, tempos depois, foi feito Bispo da Diocese de Parma, onde permaneceu por vinte e quatro anos, promovendo a instrução religiosa de seu povo.
Enfrentou inúmeros cansaços e dificuldades, realizou quatro vezes a visita pastoral e a quinta foi interrompida com sua morte. Convocou dois sínodos diocesanos, instituiu e promoveu a Ação Católica, cuidou de modo singular da formação do clero nos Seminários, contribuiu para a formação da União Missionária do Clero, da qual foi o primeiro Presidente, tornando-se assim um dos mais valorosos animadores da cooperação missionária na Itália e no mundo.
No dia 5 de novembro de 1931, sobrecarregado por cansaços e por atividades, cheio de virtudes e de méritos, adormeceu no Senhor, em odor de santidade. O Sumo Pontífice João Paulo II o inscreveu no número dos beatos em 1996.
2 – Beato Luís Guanella: nasceu em Frascio, distrito do município de Campodolcino, diocese de Como, no dia 19 de dezembro de 1824. Entrou adolescente no Seminário Diocesano e, completando a formação, foi ordenado sacerdote no dia 26 de maio de 1866.
Sempre se distinguiu no ministério pastoral pelo zêlo e caridade apostólicas. Feito pároco de Pianello Lario, herdou e valorizou a experiência de um grupo de moças congregadas para assistência aos necessitados. Foi o primeiro núcleo das Filhas de Santa Maria da Providência. Além da Congregação feminina, Padre Guanella reuniu também um grupo de sacerdotes que denominou “Servos da Caridade”.
Em Roma, construiu uma igreja, a qual quis ligar à Pia União do Trânsito de São José, na qual São Pio X desejou ser o primeiro inscrito.
Com a idade de setenta anos, Pe. Guanella embarcou para os Estados Unidos, com o objetivo de ajudar os imigrantes, e, em seguida, pessoalmente se prodigalizou na ajuda às vítimas do terremoto na região de Abruzzo.
A velhice, o ingresso da Itália na Primeira Guerra Mundial e a preocupação com alguns confrades no front militar minaram a saúde do Beato, que, no dia 27 de setembro de 1915, foi atingido por paralisia e, no 24 de outubro seguinte, adormeceu no Senhor. Toda a sua vida, generosamente dedicada ao serviço dos pequenos, foi um constante e glorioso anúncio da paternidade de Deus. O Sumo Pontífice Paulo VI o proclamou Beato em 1964.
3 – Beata Bonifácia Rodriguez de Castro: nasceu em Salamanca, na Espanha, no dia 6 de junho de 1837, em uma família profundamente cristã. Durante a juventude, fez trabalhos artesanais e deu início a uma atividade própria. Seu testemunho de vida simples e laboriosa exerceu uma forte atração sobre várias moças, que desejavam passar com ela os dias de festa.
Gradualmente, sua casa-laboratório se transformou em um incipiente centro de prevenção em prol da mulher trabalhadora. Este grupo de moças deu origem à Associação Josefina, na qual floresceram numerosas vocações à vida religiosa.
No dia 10 de janeiro de 1874, a Beata Bonifácia fundou, em Salamanca, a Congregação das Servas de São José, um projeto inédito de vida consagrada feminina inserida no mundo do trabalho, à luz da Família de Nazaré. Nos seus “Laboratórios de Nazaré”, as Servas de São José proporcionavam trabalho a numerosas mulheres pobres, evitando de tal modo os perigos de perder a própria dignidade no contexto difícil dos inícios da revolução industrial espanhola, quando a mulher começou a oferecer sua força de trabalho fora dos muros domésticos.
Em meio a muitas dificuldades, Bonifácia aceitou com admirável simplicidade e mansidão toda uma série de injustiças, humilhações e calúnias, sem jamais se lamentar, sem reivindicar nem protestar.
Cheia de fé e esperança em Deus, inspirou seu comportamento no de Jesus, em sua paixão, e perdoou todos com grande generosidade. Apagou-se piedosamente em Zamora, circundada por uma grande fama de santidade, no dia 8 de agosto de 1905. O Sumo Pontífice João Paulo II a beatificou em 2003.
Fonte: Zenit.
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