quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Ser Catequista é um chamado de Deus

O mês de agosto é tradicionalmente conhecido como o mês das vocações sacerdotais e religiosas, mas ele é também o mês da vocação matrimonial e laical. E neste mês, no último domingo de agosto, estaremos celebrando, com alegria e gratidão, o dia do(a) Catequista. Você se lembra da sua catequista?





Da minha catequese eu tenho uma imagem e um sentimento que jamais esquecerei nem sairá do meu coração. Lembro que eu e meus irmãos (Osmar e Márcia) íamos não para a igreja, mas para a casa de uma senhora que sempre nos recebia depois do almoço e, quando chegávamos um pouco mais cedo, ela ainda estava terminando de lavar as louças.





Entrávamos pelo corredor lateral da casa e no quintal, numa pequena escada que chegava até a cozinha e debaixo de uma mangueira, esperávamos que tudo terminasse e ali mesmo acontecia a nossa catequese.





Na sua simplicidade e grande sabedoria, nossa catequista contava histórias, lia a Bíblia e nos ensinava as coisas de Deus. Lembro tudo isso com saudades e jamais esquecerei aquela que primeiro me levou até o altar do Senhor para receber a Eucaristia.





É bom lembrar uma verdade, o (a) catequista é uma pessoa que fala de Deus, em nome da Igreja e é enviado por ela para exercer sua missão.





A Igreja "existe para evangelizar", isto é, "para levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, em qualquer meio e latitude, e pelo seu influxo transformá-las a partir de dentro e tornar nova a própria humanidade", conforme nos ensina o Papa Paulo VI na Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi (EN 14).





Afirma o Diretório Geral para a Catequese que “a vocação do leigo à catequese tem origem no sacramento do Batismo e se fortalece pela Confirmação, sacramentos mediante os quais ele participa do ministério sacerdotal, profético e real de Cristo. Além da vocação comum ao apostolado, alguns leigos sentem-se chamados interiormente por Deus, a assumirem a tarefa de catequistas. A Igreja suscita e distingue esta vocação divina, e confere a missão de catequizar. Dessa forma, o Senhor Jesus convida homens e mulheres, de uma maneira especial, a segui-Lo, mestre e formador dos discípulos. Este chamado pessoal de Jesus Cristo e a relação com Ele, é o verdadeiro motor da ação do catequista. É deste conhecimento amoroso de Cristo que jorra o desejo de anunciá-Lo, de evangelizar, e de levar outros ao « sim » da fé em Jesus Cristo" (DGC 231).





Ser catequista é uma vocação! É um chamado da parte de Deus para uma missão. O catequista, ao sentir esse chamado verifica que necessita compreender melhor seu trabalho missionário. E você meu irmão, minha irmã: já pensou na sua vocação? Está ouvindo o chamado de Deus?





Vivemos num momento social, político e cultural que afeta em muito a nossa vivência da fé. Perguntas não nos faltam: Como se deve catequizar na sociedade globalizada e pluralista que vivemos hoje? A nossa mensagem tem valor e consegue atingir a criança e o jovem? A religião está desaparecendo com as gerações mais antigas? Cadê as famílias das novas gerações?





Temos que tomar consciência de que a distância está cada vez maior entre os valores fundamentais do Evangelho e o resto do mundo social e cultural em que vivemos.





Mas é certo que não nos desanimamos diante da realidade presente, mas antes de tudo precisamos ter a certeza do chamamento (vocação) ao anúncio de Jesus Cristo, que é esperança, coragem, testemunho e fé no Amor de Deus por toda a humanidade.







Lembremos que todos nós, sacerdotes, consagrados e leigos, somos povo de Deus, chamados a Evangelizar. E de mãos dadas na solidariedade trabalhemos pelo bem, pela justiça e pela paz no mundo.





Senhor Jesus, obrigado pela catequista que levou-me até o altar e hoje, como teu sacerdote, posso consagrar e partilhar o Seu Corpo e Sangue.





Parabéns Catequistas do mundo todo.





Pe. Oswaldo Gerolin Filho

Nenhum comentário:

Postar um comentário