Diante dos que consideram um ato de intolerância apresentar Cristo como a Verdade, Bento XVI respondeu que a verdade não se impõe, ela só pode ser acolhida na liberdade.
O pontífice respondeu à pergunta dos jornalistas que, no avião que os levavam de Roma a Madri, o questionaram se não era um problema apresentar as jovens na JMJ Cristo como a Verdade.
Antes de tudo, constatou que “a relação entre verdade e intolerância, monoteísmo e incapacidade de diálogo com os outros, é um tema que com frequência volta ao debate sobre o cristianismo de hoje”.
Abusos no passado
“Naturalmente, é verdade que, na história, também houve abusos, tanto do conceito de verdade como do conceito de monoteísmo. Houve abusos, mas a realidade é totalmente diferente, pois a verdade só é acessível na liberdade”, disse.
O pontífice recordou que “é possível impor, com a violência, os comportamentos, observâncias, atividades, mas não a verdade. A verdade se abre somente ao consentimento livre e, por este motivo, liberdade e verdade estão intimamente unidas, uma é condição da outra”.
“A verdade como tal é dialogante”
Por este motivo, advertiu contra o atual perigo de deixar que os que detêm o poder imponham de diferentes maneiras os valores dominantes.
“Isso significa expor o homem ao arbítrio dos que detêm o poder”, sublinhou. “Temos que nos colocar sempre em busca da verdade, dos valores, temos direitos humanos fundamentais. Os direitos fundamentais são conhecidos e reconhecidos e precisamente por isso nos colocam em diálogo uns com os outros”, indicou.
“A verdade como tal é dialogante, pois busca conhecer melhor, compreender melhor, e o faz em diálogo com os outros. Dessa maneira, buscar a verdade e a dignidade do homem é a melhor defesa da liberdade”, concluiu.
Fonte: Zenit.
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