Incerto até o último momento, em determinados momentos dado por excluído, o encontro entre o Papa Bento XVI e o ex-líder cubano Fidel Castro, por fim, aconteceu. Os dois se encontraram por volta das 12:30, hora de Cuba, na Nunciatura Apostólica da Havana e sua conversa durou por volta de meia hora. O colóquio foi definido pelo porta-voz Vaticano, padre Federico Lombardi, "cordial, animado, alegre e intenso”.
Quase da mesma idade (85 anos do Papa e 86 do ex-líder máximo), ironizaram sobre a idade avançada. O Santo Padre, em particular, disse: "Sou ancião, mas ainda posso fazer o meu dever".
Bento XVI expressou ao seu interlocutor a própria alegria pela recepção calorosa no solo cubano, e à pergunta: "O que faz um Papa?", respondeu: "Está ao serviço da Igreja universal". Fidel disse ter seguido todos os momentos da visita pastoral na televisão.
Castro dirigiu ao Pontífice algumas perguntas sobre mudanças na liturgia da Igreja e lhe expressou a sua própria preocupação sobre os problemas da humanidade. O ex-presidente cubano também afirmou ter desejado de coração as beatificações de Madre Teresa de Calcutá - grande benfeitora de Cuba - e de João Paulo II, que ele conheceu, em 1996 no Vaticano e em 1998 na Havana.
Diante dos discursos de Bento XVI sobre o problema da “essência de Deus” e sobre a relação entre ciência e fé, Castro pediu ao Santo Padre para envir-lhe alguns livros sobre o tema. “Tenho que pensar em quais títulos enviar-lhe”, respondeu o Papa. Durante a conversa estava presente a mulher do ex-líder cubano, Dalia. Na conclusão do encontro Castro apresentou ao Papa dois dos seus filhos.
O encontro entre Bento XVI e Fidel Castro foi a última etapa da visita pastoral do Papa a Cuba, antes do transferimento para o aeroporto "José Martí" da Havana. O retorno a Roma do vôo Alitalia levando a bordo o Santo Padre está previsto para as 10 da manhã, do dia 29 de março, quinta-feira.
Fonte: Zenit.
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