sexta-feira, 30 de março de 2012

O quarto do papa em El Cobre: exemplo de simplicidade

Uma cama sem cabeceira, com um cobertor bege, um crucifixo na parede, uma cômoda com uma lâmpada e uma mesinha para o telefone. Este é o mobiliário do quarto em que o papa Bento XVI dormiu durante sua estada na Casa do Sacerdote, adjunta ao Santuário do Cobre, em Cuba. O cômodo climatizado e com uma janela com cortinas verde e bege.

Saindo do quarto, Bento XVI encontrava um corredor com acesso a um pequeno pátio interior, iluminado de cima por uma grande janela que recebe a luz natural, dando-lhe tons esverdeados.

À direita do corredor, a entrada principal se abre para uma pequena sala com um sofá e três poltronas de cor clara. À direita da entrada, a sala de jantar para os hóspedes, que acomoda até vinte pessoas.

Na parte posterior da casa está situada a sala de jantar privada, outros quatro quartos e uma cozinha. Dois dias antes da chegada do papa, freiras canadenses revisaram os utensílios da cozinha.

A Irmã Patricia já cozinhou para João Paulo II durante sua visita histórica a Cuba em 1998. Ela preparou também o jantar de despedida para 85 pessoas. Diz que a sua experiência na nunciatura ajuda na tarefa: ela dirigiu a cozinha durante o Encontro Nacional Eclesial de Cuba em 1986, do qual participaram representantes de toda a ilha naquela que atualmente é a Casa do Sacerdote "Félix Varela", em Havana.

Quem a auxilia na cozinha é a Irmã Rodrigue Colette. A capela usada pelo Santo Padre é a mesma da Casa de Reuniões, o antigo seminário de São Basílio. Foram restauradas as estações da via-crúcis, as janelas e o teto, pintados os bancos e polido o chão da capela. Os quartos também foram renovados.

Toda vez que vai do quarto à capela, o papa pode contemplar ao fundo o Santuário de El Cobre, onde rezou a sós na manhã do dia 27.

A casa que hospedou o Santo Padre faz parte da reestruturação do Santuário e dos seus anexos, incluindo esse edifício destinado aos padres anciãos.

O projeto foi realizado como parte das celebrações que marcam os 400 anos da descoberta da imagem da Virgem da Caridade, e é anterior ao anúncio da visita do papa ao santuário como Peregrino da Caridade.

Fausto Veloz García é o responsável pelo investimento da Arquidiocese de Santiago de Cuba e liderou os trabalhos. "Para mim é uma honra e um orgulho, e me dá muita alegria ter trabalhado no prédio que ofereceu ao papa uma estada feliz aqui em El Cobre", disse ele, enquanto mostrava as unidades em construção.

Julio César, um dos trabalhadores do projeto, manifestou satisfação por ter participado nos trabalhos "para acolher o papa Bento XVI e deixar mais bonito o santuário de El Cobre". Seu companheiro de equipe, Danny, espera ver o papa durante a visita.

Além da Casa do Sacerdote, já concluída, o projeto inclui uma série de mais onze casas, um centro multicultural e uma capela, todos com capacidade para 120 pessoas. Também foi construído um edifício que servirá como base logística. Os trabalhos devem ser concluídos antes do final do Ano Jubilar Mariano.

Fonte: Zenit.

A luz de Nossa Senhora da Caridade do Cobre

Bento XVI acendeu uma vela nesta terça-feira diante da imagem de Nossa Senhora da Caridade do Cobre, da qual Cuba está comemorando os 400 anos.

A imagem da Virgem do Cobre, vestindo uma túnica e um manto com bordas de ouro, foi descoberta em 1612 por Rodrigo e Juan de Hoyos, índios, e por Juan Moreno, escravo de origem africana. A imagem de madeira foi achada sobre uma placa flutuante na baía de Nipe, a nordeste da ilha, com a inscrição "Eu sou a Virgem da Caridade".

A imagem foi levada para a mina de El Cobre, lugar onde o primeiro santuário foi construído em 1684.

A Virgem da Caridade do Cobre é também chamada de Virgen Mambisa, termo que originalmente era pejorativo e usado pelos conquistadores para se referir à população local. Os patriotas combatentes da independência de Cuba chamavam a si próprios de mambises.

O santuário de El Cobre é profundamente ligado à história de Cuba. Em 1801, foi lido nele o "Manifesto pela liberdade dos escravos das minas de El Cobre", fruto dos esforços do capelão do santuário, padre Alejandro Escanio, defensor da libertação dos escravos.

Em 1868, um abolicionista e defensor da independência foi em peregrinação ao santuário para rezar pela liberdade de Cuba. Em 12 de julho de 1898, a missa de ação de graças pela independência da ilha foi celebrada em El Cobre . Em 1916, a Virgem da Caridade foi proclamada padroeira de Cuba pelo papa Bento XV. Em 8 de setembro de 1927 foi inaugurado o santuário atual.

Tal como no ano jubilar atual, também em 1952 a Virgem de El Cobre foi levada em peregrinação ao redor da ilha toda. Em 1959, durante o Congresso Nacional Católico, a imagem esteve presente na missa celebrada na Praça da Revolução. Em 1977, o papa Paulo VI concedeu ao Santuário de El Cobre o título de Basílica Menor.


Fonte: Zenit.

Delegação de universitários espanhóis em Cuba

Uma delegação da Universidade Católica San Antonio (UCAM), de Murcia, Espanha, acompanhou Bento XVI na viagem apostólica a Cuba. A delegação estava encabeçada pelo presidente da Universidade, José Luis Mendoza, e pelo vice-reitor de Extensão Universitária, Antonio Alcaraz, que também é diretor do Instituto Internacional de Caridade e Voluntariado (IICV) João Paulo II.

Os peregrinos tiveram um intenso programa de atividades, incluindo a participação no encontro ocorrido com o papa nesta segunda-feira (26), juntamente com peregrinos de diversos países, e na missa oficiada pelo pontífice no Santuário da Virgem da Caridade do Cobre, em Santiago de Cuba. No dia 27 eles assistiram à missa do papa na Praça da Revolução, em Havana, e no dia 28 à celebração com o prefeito da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos, cardeal Antonio Cañizares.

Fonte: Zenit.

A história tem sentido na páscoa

Se a Páscoa marca a libertação do homem de toda escravidão do pecado e da morte, o pentecostes representa o recebimento de toda a energia espiritual capaz de combater o mal que ameaça o coração do homem e do mundo.

Ou se reina com Cristo na terra, com a vitória de Cristo e com o poder do seu Espírito, "não deixando que o mal vença, mas vencendo o mal com o bem" (cf. Rom, 12, 21), ou o reino de Satanás avançará sempre mais dolorosamente. A páscoa, com a ressurreição de Jesus, abre as portas do céu, do reino de justiça e de paz, da casa de Deus onde não haverá morte nem pranto, nem clamor, nem dor (cf. Ap 21, 3-4).

Desde que o homem deixou de acreditar no céu, transformou sua vida em algo que se assemelha a um inferno. O inferno na terra é, acima de tudo, a ausência da páscoa de Jesus, uma ausência que é rejeição do amor. Já é o inferno viver sem saber dar nem receber amor. Dizer-se cristão é fácil; ser cristão no generoso serviço à verdade e à atualidade dos mandamentos do amor de Deus é o grande desafio.

A páscoa significa, hoje, dar um rosto ressuscitado, um rosto de amor aos mandamentos de Deus, que não são uma sequência de imperativos negativos, mas um pedido de compromisso, um chamado a construir uma civilização do amor.

Assim, "não matar" significa proteger a vida, e desde o ventre materno. “Honra teu pai e tua mãe” é um apelo a defender a família natural. “Não levantarás falso testemunho” é a celebração da verdade e a defesa da dignidade humana.

Quem vai ensinar às futuras gerações a arte de viver, se somos os primeiros a parar de construir com esperança? Estamos aceitando passivamente que o reino do subjetivismo exasperado continue a produzir e a justificar a proliferação da crueldade e da violência.

Sim, porque o egoísmo é uma escola de crueldade. Particularmente notável, então, é esta nossa humanidade que vira as costas para o amor e que chora por abrir à sua frente um cenário de tristeza e de desolação.

A Paz: uma pessoa que se dá

É cada vez mais urgente achar as razões determinantes da reconciliação e do perdão, para inspirar a paz entre os homens, para criar uma cultura de paz que supere o ódio escondido no coração do homem. Jesus é o "Príncipe da Paz" (cf. Is 9, 6).

Deixemo-nos desarmar pelo seu amor, porque é inútil falar de paz se os nossos corações aninham ódio, orgulho, indiferença.

Jesus nos diz: "Ouvi-me todos e entendei: não há nada fora do homem que, entrando nele, possa contaminá-lo. É o que sai do homem que o contamina. De dentro do coração do homem é que vêm as más intenções, roubos, assassinatos, maldade, engano, soberba, estultícia... "(Mc 7, 14-15.21-23).

Como cristãos, temos sempre diante dos nossos olhos os apelos de Cristo no Sermão da Montanha: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Pois se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? E se saudardes somente os vossos irmãos, o que fazeis que os outros não façam? Acaso não fazem o mesmo os pagãos? Sede, pois, perfeitos, como o vosso Pai celestial é perfeito"(Mt 5, 43-48).

A paz não é algo que se quer ou se tem, mas é Alguém, é Jesus, que nos quer, nos tem e se mantém fiel a nós.

"Eu vos dou a minha paz, não como o mundo a dá" (Jo 14, 27). O mundo procura soluções pacíficas e crê ​​que homens iluminados podem garanti-la, mas nada de bom será conseguido sem Jesus, que, através da cruz e não de bandeiras multicoloridas, "destruiu em si mesmo a hostilidade" (Ef 2, 16-17).

Que Jesus ressuscite vencedor da morte e libertador de todos os males: o tempo atual não pode prescindir do poder do seu nome. Invoquemo-lo, esperemo-lo, vivo e eficaz, para celebrá-lo como único Senhor e Salvador do mundo.

Fonte: Zenit.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Fidel Castro: Desejei a beatificação de João Paulo II

Incerto até o último momento, em determinados momentos dado por excluído, o encontro entre o Papa Bento XVI e o ex-líder cubano Fidel Castro, por fim, aconteceu. Os dois se encontraram por volta das 12:30, hora de Cuba, na Nunciatura Apostólica da Havana e sua conversa durou por volta de meia hora. O colóquio foi definido pelo porta-voz Vaticano, padre Federico Lombardi, "cordial, animado, alegre e intenso”.

Quase da mesma idade (85 anos do Papa e 86 do ex-líder máximo), ironizaram sobre a idade avançada. O Santo Padre, em particular, disse: "Sou ancião, mas ainda posso fazer o meu dever".

Bento XVI expressou ao seu interlocutor a própria alegria pela recepção calorosa no solo cubano, e à pergunta: "O que faz um Papa?", respondeu: "Está ao serviço da Igreja universal". Fidel disse ter seguido todos os momentos da visita pastoral na televisão.

Castro dirigiu ao Pontífice algumas perguntas sobre mudanças na liturgia da Igreja e lhe expressou a sua própria preocupação sobre os problemas da humanidade. O ex-presidente cubano também afirmou ter desejado de coração as beatificações de Madre Teresa de Calcutá - grande benfeitora de Cuba - e de João Paulo II, que ele conheceu, em 1996 no Vaticano e em 1998 na Havana.

Diante dos discursos de Bento XVI sobre o problema da “essência de Deus” e sobre a relação entre ciência e fé, Castro pediu ao Santo Padre para envir-lhe alguns livros sobre o tema. “Tenho que pensar em quais títulos enviar-lhe”, respondeu o Papa. Durante a conversa estava presente a mulher do ex-líder cubano, Dalia. Na conclusão do encontro Castro apresentou ao Papa dois dos seus filhos.

O encontro entre Bento XVI e Fidel Castro foi a última etapa da visita pastoral do Papa a Cuba, antes do transferimento para o aeroporto "José Martí" da Havana. O retorno a Roma do vôo Alitalia levando a bordo o Santo Padre está previsto para as 10 da manhã, do dia 29 de março, quinta-feira.

Fonte: Zenit.

Bento XVI: Em Cuba deram-se passos para que a Igreja cumpra a sua Missão

O Papa Bento XVI presidiu a última celebração da sua visita de três dias em Cuba com uma missa que teve a participação de milhares de pessoas.

O Papa chegou na praça da Revolução José Martí da Havana no papamóvel e passou recebendo aplausos, aclamações e cânticos dos presentes. Os assistentes diziam em coro: “Benedicto, Benedicto confírmanos en Cristo” ou “Viva el Papa”.

Participou da missa o presidente Raúl Castro com uma guayabera branca.

O cardeal Jaime Ortega Alamino, no discurso de boas-vindas disse que o povo cubano espera “a benção” do pontífice, “um papa que traz a ternura, a doçura, a misericórdia de Deus e promove a reconciliação entre todos”. Oferecemos o texto da homilia do Papa na missa.

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Amados irmãos e irmãs!

«Bendito sejais, Senhor, Deus dos nossos pais (...). Bendito o vosso nome glorioso e santo» (Dn 3, 52). Este hino de bênção do livro de Daniel ressoa hoje na nossa liturgia, convidando-nos repetidamente a bendizer e louvar a Deus. Somos parte da multidão daquele coro que celebra o Senhor sem cessar. Unimo-nos a este concerto de ação de graças, oferecendo a nossa voz jubilosa e confiante, que procura fundar no amor e na verdade o caminho da fé.

«Bendito seja Deus» que nos reúne nesta praça emblemática, para mergulharmos mais profundamente na sua vida. Sinto uma grande alegria por estar hoje no vosso meio e presidir a Santa Missa no coração deste Ano Jubilar dedicado à Virgem da Caridade do Cobre.

Saúdo cordialmente o Cardeal Jaime Ortega y Alamino, Arcebispo de Havana, e agradeço-lhe as amáveis palavras que me dirigiu em nome de todos. Estendo a minha saudação aos Senhores Cardeais, aos meus irmãos Bispos de Cuba e doutros países que quiseram participar nesta solene celebração. Saúdo também os sacerdotes, os seminaristas, os religiosos e todos os fiéis aqui reunidos, bem como as autoridades que nos acompanham.

Na primeira leitura que foi proclamada, os três jovens, perseguidos pelo soberano babilonense, antes preferem morrer queimados pelo fogo que trair a sua consciência e a sua fé. Eles encontraram a força de «louvar, glorificar e bendizer a Deus» na convicção de que o Senhor do universo e da história não os abandonaria à morte e ao nada. De fato, Deus nunca abandona os seus filhos, nunca os esquece. Está acima de nós e é capaz de nos salvar com o seu poder; ao mesmo tempo, está perto do seu povo e, por meio do seu Filho Jesus Cristo, quis habitar entre nós.

«Se permanecerdes na minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará» (Jo 8, 31). No texto do Evangelho que foi proclamado, Jesus revela-Se como o Filho de Deus Pai, o Salvador, o único que pode mostrar a verdade e dar a verdadeira liberdade. Mas o seu ensinamento gera resistência e inquietação entre os seus interlocutores, e Ele acusa-os de procurarem a sua morte, aludindo ao supremo sacrifício da Cruz, já próximo. Ainda assim, exorta-os a acreditar, a permanecer na sua Palavra para conhecerem a verdade que redime e dignifica.

Com efeito, a verdade é um anseio do ser humano, e procurá-la supõe sempre um exercício de liberdade autêntica. Muitos, todavia, preferem os atalhos e procuram evitar essa tarefa. Alguns, como Pôncio Pilatos, ironizam sobre a possibilidade de conhecer a verdade (cf. Jo18, 38), proclamando a incapacidade do homem de alcançá-la ou negando que exista uma verdade para todos. Esta atitude, como no caso do ceticismo e do relativismo, produz uma transformação no coração, tornando as pessoas frias, vacilantes, distantes dos demais e fechadas em si mesmas. São pessoas que lavam as mãos, como o governador romano, e deixam correr o rio da história sem se comprometer.

Entretanto há outros que interpretam mal esta busca da verdade, levando-os à irracionalidade e ao fanatismo, pelo que se fecham na «sua verdade» e tentam impô-la aos outros. São como aqueles legalistas obcecados que, ao verem Jesus ferido e ensanguentado, exclamam enfurecidos: «Crucifica-o!» (cf. Jo 19, 6). Na realidade, quem age irracionalmente não pode chegar a ser discípulo de Jesus. Fé e razão são necessárias e complementares na busca da verdade. Deus criou o homem com uma vocação inata para a verdade e, por isso, dotou-o de razão. Certamente não é a irracionalidade que promove a fé cristã, mas a ânsia da verdade. Todo o ser humano deve perscrutar a verdade e optar por ela quando a encontra, mesmo correndo o risco de enfrentar sacrifícios.

Além disso, a verdade sobre o homem é um pressuposto imprescindível para alcançar a liberdade, porque nela descobrimos os fundamentos duma ética com que todos se podem confrontar, e que contém formulações claras e precisas sobre a vida e a morte, os deveres e direitos, o matrimônio, a família e a sociedade, enfim sobre a dignidade inviolável do ser humano. É este patrimônio ético que pode aproximar todas as culturas, povos e religiões, as autoridades e os cidadãos, os cidadãos entre si, os crentes em Cristo com aqueles que não crêem n’Ele.

Ao ressaltar os valores que sustentam a ética, o cristianismo não impõe mas propõe o convite de Cristo para conhecer a verdade que nos torna livres. O fiel é chamado a dirigir este convite aos seus contemporâneos, como fez o Senhor, mesmo perante o sombrio presságio da rejeição e da Cruz. O encontro pessoal com Aquele que é a verdade em pessoa impele-nos a partilhar este tesouro com os outros, especialmente através do testemunho.

Queridos amigos, não hesiteis em seguir Jesus Cristo. N’Ele encontramos a verdade sobre Deus e sobre o homem. Ajuda-nos a superar os nossos egoísmos, a sair das nossas ambições e a vencer o que nos oprime. Aquele que pratica o mal, aquele que comete pecado é escravo do pecado e nunca alcançará a liberdade (cf. Jo 8, 34). Somente renunciando ao ódio e ao nosso coração endurecido e cego é que seremos livres, e uma vida nova germinará em nós.

Com a firme convicção de que a verdadeira medida do homem é Cristo e sabendo que n’Ele se encontra a força necessária para enfrentar toda a provação, desejo anunciar-vos abertamente o Senhor Jesus como Caminho, Verdade e Vida. N’Ele todos encontrarão a liberdade plena, a luz para compreender profundamente a realidade e transformá-la com o poder renovador do amor.

A Igreja vive para partilhar com os outros a única coisa que possui: o próprio Cristo, esperança da glória (cf. Col 1, 27). Para realizar esta tarefa, é essencial que ela possa contar com a liberdade religiosa, que consiste em poder proclamar e celebrar mesmo publicamente a fé, comunicando a mensagem de amor, reconciliação e paz que Jesus trouxe ao mundo. Há que reconhecer, com alegria, os passos que se têm realizado em Cuba para que a Igreja cumpra a sua irrenunciável missão de anunciar, publica e abertamente, a sua fé. Mas é preciso avançar ulteriormente. E desejo encorajar as instâncias governamentais da Nação a reforçarem aquilo que já foi alcançado e a prosseguirem por este caminho de genuíno serviço ao bem comum de toda a sociedade cubana.

O direito à liberdade religiosa, tanto na sua dimensão individual como comunitária, manifesta a unidade da pessoa humana, que é simultaneamente cidadão e crente, e legitima também que os crentes prestem a sua contribuição para a construção da sociedade. O seu reforço consolida a convivência, alimenta a esperança de um mundo melhor, cria condições favoráveis para a paz e o desenvolvimento harmonioso, e ao mesmo tempo estabelece bases firmes para garantir os direitos das gerações futuras.

Quando a Igreja põe em relevo este direito, não está a reclamar qualquer privilégio. Pretende apenas ser fiel ao mandato do seu Fundador divino, consciente de que, onde se torna presente Cristo, o homem cresce em humanidade e encontra a sua consistência. Por isso, a Igreja procura dar este testemunho na sua pregação e no seu ensino, tanto na catequese como nos ambientes formativos e universitários. Esperemos que também aqui chegue brevemente o momento em que a Igreja possa levar aos diversos campos do saber os benefícios da missão que o seu Senhor lhe confiou e que ela não pode jamais negligenciar.

Ínclito exemplo deste trabalho foi o insigne sacerdote Félix Varela, educador e professor, filho ilustre desta cidade de Havana, que passou à história de Cuba como o primeiro que ensinou o seu povo a pensar. O padre Varela indica-nos o caminho para uma verdadeira transformação social: formar homens virtuosos para forjar uma nação digna e livre, já que esta transformação dependerá da vida espiritual do homem; de fato, «não há pátria sem virtude» (Cartas a Elpídio, carta sexta, Madrid 1836, 220). Cuba e o mundo precisam de mudanças, mas estas só terão lugar se cada um estiver em condições de se interrogar acerca da verdade e se decidir a enveredar pelo caminho do amor, semeando reconciliação e fraternidade.

Invocando a proteção maternal de Maria Santíssima, peçamos que, participando regularmente na Eucaristia, nos tornemos também testemunhas da caridade que responde ao mal com o bem (cf. Rm 12, 21), oferecendo-nos como hóstia viva a Quem amorosamente Se entregou por nós. Caminhemos na luz de Cristo, que pode dissipar as trevas do erro. Supliquemos-Lhe que, com o valor e o vigor dos santos, cheguemos a dar uma resposta livre, generosa e coerente a Deus, sem medos nem rancores. Amém.

Fonte: Zenit.

Caridade e humildade são as razões da nossa fé

A caridade é o "coração da experiência cristã" e a humildade é "a virtude do seguimento de Cristo", afirmou o cardeal Angelo Bagnasco, em Roma, durante a abertura do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), nesta segunda-feira (26).

"Nos desertos da vida, entre amargura e vazio, presos num materialismo que tem seu próprio contraponto nas dificuldades de uma crise incontrolável, nós e as nossas comunidades tentamos transformar este contexto em um tempo de graça".

"A quaresma é um ícone da vida e uma escola para aprendermos a viver como Jesus, sem subterfúgios: ou o poder e seus derivados, ou a cruz e a ressurreição".

Diante da indiferença e do desinteresse que surgem do egoísmo disfarçado de respeito à privacidade, o arcebispo de Gênova indica a Carta aos Hebreus: "Prestamos atenção ao outro para nos estimular mutuamente à caridade e às boas obras" (10,24).

"Graças à Eucaristia, estamos imbuídos de Cristo e comprometidos entre nós: a nossa existência é correlacionada com a do outro. Tanto o pecado quanto as obras do amor têm uma dimensão social".

Citando Bento XVI, o presidente da CEI disse que "a humildade é, acima de tudo, a verdade; é viver na verdade, aprender a verdade, saber que a minha pequenez é a grandeza".

Neste sentido, o papa acrescentou: "Eu acho que as humilhações pequenas que vivemos dia a dia são saudáveis, ​​porque ajudam todos nós a reconhecer a nossa verdade, para sermos livres da vanglória, que é contra a verdade e que não pode nos fazer felizes".

O cardeal precisou que, enquanto para o homem "a autoridade significa posse, poder, dominação, sucesso", para Deus ela é "serviço, humildade, amor", e significa "entrar na mente de Jesus, que lava os pés dos seus discípulos".

"Só no testemunho concreto da humildade é que a fé pode criar raízes e voltar a brilhar". Por isto o santo padre convocou o Ano da Fé, que o presidente da CEI considera "um questionamento profundo sobre o que Jesus Cristo é para nós". "Temos que resgatar a transcendência para os nossos contemporâneos, convidando-os a desenvolver novamente a capacidade de perceber Deus".

Ainda sobre o Ano da Fé, o arcebispo de Gênova destacou o quinquagésimo aniversário do Concílio Vaticano II, que "deve ser vivido principalmente numa perspectiva cristológica: Jesus no centro da Igreja e no centro das nossas vidas".

Quanto ao medo que as pessoas sentem na situação de crise que o mundo enfrenta, Bagnasco garantiu que podemos emergir "mais fortes e mais preparados espiritual e humanamente", alterando os nossos hábitos e a nossa maneira de pensar.

E concluiu: "Só uma conversão geral de mentalidade, que traga consequências vinculativas, como no âmbito dos impostos, de um salário mínimo, de um bem-estar compartilhado, de um crédito acessível, de uma responsabilidade cívica, pode recriar a atmosfera de confiança que agora parece dissolvida. Um clima que motive e inste à confiança mútua".

Fonte: Zenit.

250.000 terços para Cuba

A Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) doou 250.000 terços ao povo de Cuba durante a visita do papa Bento XVI à ilha, que começou ontem, 26 de março.

A organização caritativa baseada em Königstein, na Alemanha, distribuiu também 250.000 panfletos que explicam como rezar o terço, 15.000 cartilhas sobre o terço para crianças e 10.000 “caixas de oração”, kits com rosário de anel, um pequeno recipiente com água benta, um crucifixo e o texto com as orações básicas.

Reafirmando a importância de apoiar a evangelização católica na ilha, o coordenador da AIS para a América Latina, Ulrich Kny, disse que a Igreja ainda se recupera das décadas em que os cidadãos cubanos não eram livres para praticar a fé.

Kny lembrou que, em 1960 o regime de Fidel Castro confiscou igrejas católicas, escolas, hospitais e outros edifícios, e centenas de sacerdotes e religiosos foram expulsos. "A Igreja em Cuba ainda está sofrendo as conseqüências dessa experiência dolorosa. Por esta razão, Cuba continua a ser uma prioridade para a AIS", disse ele.

A visita de Bento XVI coincide com as celebrações dos 400 anos do achado da imagem de Nossa Senhora da Caridade do Cobre. A imagem da Virgem Maria com o Menino Jesus nos braços foi encontrada em 1612 por três mineradores do sal na baía de Nipe, no extremo nordeste da ilha, e trazida para El Cobre, de onde a devoção se espalhou por toda a ilha. A Virgen de la Caridad del Cobre é venerada hoje como a padroeira do país caribenho.

Dos 250.000 terços doados pela AIS, todos com a imagem de Nossa Senhora do Cobre, 100.000 foram para a arquidiocese de Santiago de Cuba, que abriga o santuário de El Cobre. Outros 60.000 rosários foram dados à arquidiocese de Havana, onde o Santo Padre celebrará a missa de encerramento da visita-peregrinação. Os restantes 90.000 foram distribuídos em nove outras dioceses cubanas.

Os terços são vendidos a um preço simbólico, tanto no santuário quanto nas paróquias. O dinheiro arrecadado será usado na reestruturação e na ampliação do centro de peregrinação e do santuário de Nossa Senhora da Caridade do Cobre.

Todos os anos, cerca de 500.000 pessoas visitam o centro de peregrinação de El Cobre. Cuba tem uma população de 11,2 milhões de habitantes, dos quais mais de 60% são católicos, embora sejam praticantes irregulares.

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Não há liberdade de escolha quando a escolha é matar o indefeso.

A discussão sobre o aborto assume grande relevo porque necessariamente diz com o tipo de sociedade em que almejamos viver: a sociedade amorosa, fraterna, solidária ou a sociedade do egoísmo, do abandono, da violência. E, porque a discussão é assim posta, assim devendo ser, efetivamente, o Estado, como a sociedade politicamente organizada, tem que enfrentar a questão e não, cinicamente, reduzi-la à esfera de opção individual.

A mulher e o embrião, ou o feto, se já alcançado estágio posterior na gestação, que está em seu ventre, são as grandes vítimas do cinismo estatal.

A mulher porque ou por todos abandonada – seu homem, sua família, seus amigos – ou porque, e o que é pior por assim caracterizar um estado de coisas, teme venha a ser abandonada pelo homem, pela família, pelos amigos.

A mulher porque incentivada, e estimulada, pela propaganda oficial e privada a desfazer-se da vida, presente em seu ser, como se a vida fosse um estorvo, um empecilho, um obstáculo que deve ser eliminado em nome, hipocritamente do direito à liberdade de escolha.

Não há liberdade de escolha quando a escolha é matar o indefeso.

O embrião, ou o feto, porque vida em gestação, mas, repito, vida-presente não se lhes permite a interação amorosa, já plenamente, ainda que no espaço intra-uterino, com sua mãe, e com os demais, caso esses não adotem a covarde conduta do abandono da mulher.

O Estado brasileiro consolidou em seu ordenamento jurídico “mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher”, editando a lei nº. 11.340/06, conhecida como a lei “Maria da Penha”.

Vamos ler alguns artigos dessa importante lei:

- “Poderá o Juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento (art. 23, I);

- Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessário: fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, e adotar, de imediato, as medidas administrativas ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades constatadas (art. 26, II);

- A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios poderão criar e promover, no limite das respectivas competências: centros de atendimento integral e multidisciplinar para mulheres e respectivos dependentes em situação de violência doméstica e familiar; casas-abrigos para mulheres e respectivos dependentes menores em situação de violência doméstica e familiar; programas e campanhas de enfrentamento da violência doméstica e familiar (art. 35, I, II e IV)”

Ora, se assim o é, justamente para que a integridade física da mulher seja protegida, por que, cinicamente, o Estado brasileiro detém-se aqui e, em relação à mulher, que está grávida, que acolhe em si a vida, estimula-a a matar, também a abandonando?

Por que o Estado brasileiro, repito cínico, pela omissão e pela frouxa, errônea e irresponsável justificativa de inserir-se o tema na órbita privada, não tira, como tirou o tema da violência doméstica, portanto também privada, dessa estrita órbita e à mulher gestante não lhe oferece todos os mecanismos oferecidos à mulher fisicamente agredida, para que, assim claramente amparada, a mulher, em ambas as situações, tenha o direito de viver e fazer viver a vida que consigo traz?

Aguarda-se o governante municipal, estadual e federal que tenha coragem de defender a vida-mulher e a vida-embrião, ou a vida-feto, que a

primeira acolhe em seu ventre.

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Claudio Fontelles, foi Subprocurador-geral da República, grau mais alto da carreira, atuou no Supremo Tribunal Federal na área criminal. Coordenou a Câmara Criminal (1991) e a antiga Secretaria de Defesa dos Direitos Individuais e Interesses Difusos - Secodid (1987). Escolhido pelo Presidente Luis Inácio Lula Procurador Geral da República dos anos 2003-2005. Lecionou Direito Penal e Direito Processual Penal. Recentemente graduou-se em Teologia pelo Instituto S. Boaventura dos Frades Menores Conventuais. É professor de Doutrina Social da Igreja no Curso Superior de Teologia da Arquidiocese de Brasília. Aposentou-se do cargo de subprocurador-geral da Repúbica em 15 de agosto de 2008. http://www.claudiofonteles.blogspot.com/

Portas Abertas

“Levantai, ó portas, os vossos frontões, erguei-vos, portas antigas, para que entre o rei da glória. Quem é este rei da glória? É o Senhor forte e poderoso, o Senhor poderoso no combate. Levantai, ó portas, os vossos frontões, erguei-vos, portas antigas, para que entre o rei da glória. Quem é este rei da glória? O Senhor dos exércitos – é ele o rei da glória” (Sl 23, 7-10).

Nós te oferecemos, Senhor Jesus Cristo, Redentor do mundo, as chaves de nossa cidade e de nossos corações. Não fazemos mais do que retribuir-te, pois as chaves da inteligência e da vontade nos foram outorgadas pela benevolência com que fomos criados. Feitos para Deus e para olhar para o alto e para frente, queremos recuperar hoje nossa dignidade e dizer-te que és bem vindo. Bendito o que vem em nome do Senhor!

Vem falar em nossas praças, Senhor Jesus Cristo, proclamando presente o Reino de Deus. Faze-nos entender seus mistérios, pois ele chega como luz, sal, fermento, semente que morre para se multiplicar! Ajuda-nos a vê-lo, cidade construída num lugar alto! Ensina-nos de novo que o Reino está no meio de nós. Grita de novo, Senhor Jesus, o apelo à conversão. Muda nossa mentalidade, Senhor, para te acolhermos de coração sincero.

Vem entre nós, Jesus Salvador, novo Moisés, proclamar a carta do Reino, o Sermão da Montanha. Vence nossas resistências para acolher a novidade que trazes. Vem fazer-nos pobres em espírito, para acolhermos o Reino. Vem fazer-nos chorar com os que choram. Vence nossas agitações com tua mansidão, que faz vir a terra em herança para teus amados. Dá-nos fome e sede de justiça. Dá-nos pureza de coração, para ver a Deus! Faze-nos promover a paz, pois nos chamaste a sermos filhos de Deus.

Recebe, Senhor Jesus, as cândidas aclamações de nossas crianças. Dá-nos preservar nelas a simplicidade e a pureza. Faze com que se transformem em multidão de hosanas. Venha qual rio em tempo de cheia a torrente esperançosa de nossos jovens inquietos. Que eles te busquem e te recebam, Senhor! Vem ao encontro do desejo do bem que existe em seus corações. Faze-os superar a avalanche da maldade e do egoísmo que pretende engolir suas boas intenções!

Entra em nossas casas Senhor, como entraste na casa de Simão Pedro, para levar a cura! Vem tomar refeição em nossa casa, para pôr às claras nossos julgamentos, como fizeste na casa de outro Simão. Deixa-nos abrir os telhados para que te encontrem os paralíticos de todas as doenças do corpo e da alma. Vem para a mesa da amizade, na Betânia de nossas famílias, e faze-nos Marta e Maria para achegar-nos a ti. Vem transformar, em nossas famílias, a água no vinho novo da festa do Reino de Deus, como em Caná!

Vem encontrar, Senhor Jesus Cristo, as pessoas inquietas que a portas entreabertas te querem conhecer e suplicam que alguém as conduza a saudar-te e ouvir-te dizer “Ninguém te condenou? Nem eu te condeno! Vai e não peques mais!” Seja-lhes concedido superar a vergonha pelos pecados cometidos, para a festa do abraço da misericórdia.

Vem, Senhor, percorrer nossas ruas, para encontrar os andarilhos e aqueles que dormem às portas de nossas casas comerciais. Ensina-nos a dizer-te com eles que somos cegos à beira do caminho e queremos ver-te. Convence-nos, Jesus de bondade, a deixar-nos lavar da sujidade de nossas misérias na piscina de tua bondade infinita, que nos leva a tomar nas mãos, um dia depois do outro, os leitos em que jazemos. Lava todas as maldades de nossa terra, Senhor Jesus!

Vem, ó Filho de Davi, realizar as esperanças dos séculos que te aguardaram e preparam teus caminhos. Glória, louvor e honra a ti, Cristo Rei, redentor. Sobe a ti nosso piedoso Hosana e o clamor dos pequenos. Veio a ti o povo hebreu, com seus ramos e suas palmas. Avance pelas nossas ruas o cortejo daqueles que te celebram, trazendo os hinos e aclamações (Cf. Liturgia do Domingo de Ramos).

Vem tomar posse de nossa terra, para que te pertençam o povo e as casas, os palácios e os casebres! Sejam iluminados os meandros mais escuros de nossas almas, para que tudo seja dia, como naquela Jerusalém celeste, onde tu serás a luz verdadeira. Nela não entrará nada de impuro, nem alguém que pratique a mentira, mas somente os que estão inscritos no livro do Cordeiro (Cf. Ap 21,22-27).

Vem, Senhor Jesus! Vem, Jerusalém do alto, esposa do Cordeiro! Venha o que é novo, Venha o Senhor, Salvador e Redentor! Bendito o que vem em nome do Senhor!

*

Dom Alberto Taveira é Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará e acumula também essas outras funções na Igreja: Bispo Assistente Nacional da Renovação Carismática Católica; Por nomeação da Santa Sé é Assistente Internacional das “Comunidades Novas nascidas da Renovação Carismática Católica; membro do Conselho Administrativo da Fundação “Populorum Progressio”; Presidente da Fundação Nazaré de Comunicação; preside anualmente o “Círio de Nazaré” e é membro da Comissão Episcopal para os Textos Litúrgicos.

Visita de cortesia de Bento XVI ao Presidente Raul Castro

No final da sua visita ao Santuário de Nossa Senhora da Caridade de El Cobre, o Papa Bento XVI viajou para o aeroporto de Santiago de Cuba, de onde, às 10h e 30min, partiu em avião para a Havana. Chegou ao aeroporto internacional José Martí às 12hs e foi para a Nunciatura Apostólica da Havana.

Às 17h30min estava planejado fazer uma visita de cortesia ao Presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros da República Raúl Modesto Castro Ruz, no Palácio da Revolução da Havana.

Após a apresentação das delegações, estava previsto um encontro privado e depois a apresentação dos familiares e uma troca de presentes.

No final, estava previsto que o papa e o presidente se aproximassem da entrada principal para cumprimentar aos representantes da mídia.

Em seu retorno à Nunciatura Apostólica, depois da visita de cortesia ao presidente, o santo padre tinha agendado encontrar-se com os bispos cubanos e jantar com eles.

Fonte: Zenit.

Sejam missionários da alegria

A Santa Sé publicou nesta terça-feira a Mensagem de Bento XVI para a XXVII Jornada Mundial da Juventude, que se celebra no próximo Domingo de Ramos, com o lema: Alegrai-vos sempre no Senhor!".

Na sua mensagem, Bento XVI diz lembrar a JMJ de Madrid. "Foi um tempo extraordinário de graça, durante o qual o Senhor abençoou os jovens presentes ali, vindos do mundo inteiro", disse.

Comentando o lema deste dia, o papa disse que "a alegria é um elemento central da experiência cristã”. “Vemos a força de atração que ela tem: num mundo marcado muitas vezes pela tristeza e pela ansiedade, a alegria é um testemunho importante da beleza e confiabilidade da fé cristã."

A mensagem do papa se divide em vários pontos: Nosso coração está feito para a alegria; Deus é a fonte da verdadeira alegria; conservar no coração a alegria cristã; a alegria do amor; a alegria da conversão; a alegria nas provas; Testemunhas da alegria.

O Papa encoraja os jovens “a serem missionários da alegria". “Não é possível ser feliz se os outros não o são – acrescenta -. Por isso, é necessário compartilhar a alegria. Ide contar aos outros jovens vossa alegria de ter encontrado aquele tesouro precioso que é o mesmo Jesus. Não podemos conservar para nós a alegria da fé; para que esta possa permanecer em nós, temos que transmití-la. São João afirma: ‘o que vimos e ouvimos vo-lo anunciamos para que estejais também em comunhão conosco... E isto vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa’ (1 Jo 1, 3-4).”

E conclui: "Que a Virgem Maria vos acompanhe neste caminho. Ela acolheu o Senhor dentro de si e o anunciou com um canto de louvor e alegria, o Magnificat:" A minha alma engrandece ao Senhor, meu espírito se alegra em Deus meu Salvador "(Lc 1,46-47). Maria respondeu plenamente ao amor de Deus dedicando a Ele a sua vida num serviço humilde e total. Justamente é chamada ‘causa da nossa alegria’ porque nos deu a Jesus. Que Ela vos introduza naquela alegria que ninguém vos poderá tirar”.

Fonte: Zenit.

terça-feira, 27 de março de 2012

"Alegrai-vos no Senhor"

A Comissão Pastoral Episcopal para a Juventude, da CNBB, acaba de lançar o segundo volume da série de subsídios para as Jornadas Diocesanas da Juventude (JDJ).

O material contém sugestões práticas para que a juventude das comunidades e das diversas expressões juvenis possa conhecer a profundidade da mensagem bíblica da XXVII Jornada Mundial da Juventude e testemunhar a alegria de viver em Cristo. Nesse sentido, é um auxílio para a reflexão do tema proposto pelo papa e para a organização da Jornada Diocesana da Juventude 2012, cujo lema é "Alegrai-vos sempre no Senhor" (Fil 4,4).

Na mensagem inicial escrita por Dom Eduardo Pinheiro da Silva, sdb, Bispo Auxiliar de Campo Grande – MS, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude e Padre Antonio Ramos do Prado, sdb, Assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude foram apresentadas algumas propostas práticas deste material.

Dentre as propostas destacamos o estímulo para que a juventude conheça a dinâmica das JMJ, organize espaços de comunhão na diocese e conduza outros/as jovens à vivência do ser Igreja, com diferentes características, partilhando experiências e celebrando a unidade; e a utilização deste como guia para que a juventude que está distante da Igreja possa ser estimulada a reencontrar ou encontrar o caminho de Cristo através das celebrações festivas promovidas pelo/as jovens.

O objetivo é estimular a juventude a conhecer a dinâmica das JMJ, organizar espaços de comunhão na diocese e conduzir outros/as jovens à vivência do ser Igreja, com diferentes características, partilhando experiências e celebrando a unidade. O material também é um guia para que a juventude que está distante da Igreja possa ser incentivada a reencontrar ou encontrar o caminho de Cristo através das celebrações festivas promovidas pelo/as jovens.

Maria Emília Marega
Fonte: Zenit.

Adeus, fiquem com Deus!

A visita pastoral de Bento XVI ao México foi concluída. Às 8 da manhã, o Santo Padre fez seu discurso de despedida no aeroporto internacional de Guanajuato, na presença do presidente mexicano, Felipe Calderón, e outras autoridades civis, políticas e eclesiásticas, e muitos fiéis.

O Papa definiu a sua visita breve mas intensa e a sua conclusão não é o fim do meu afeto e da minha proximidade a um país que levo no íntimo de mim mesmo. Agradeço a todos que a acolheram nestes três dias e que fizeram possível este evento; Bento XVI pediu ao Senhor para que tantos esforços não tenham sido em vão e que com sua ajuda produzam abundantes e duradouros frutos na vida de fé, esperança e caridade de León e Guanajuato, do México e dos países irmãos da América Latina e do Caribe.

Diante da fé em Jesus Cristo e da devoção afetuosa a Maria Santíssima, particularmente venerada no México, o Papa renovou o convite aos mexicanos para serem fiéis a si mesmos e não deixarem se intimidar pela força do mal, para serem corajosos e trabalharem a fim que a seiva de suas raízes cristãs façam florescer o presente e o futuro.

Quanto à problemática antiga e recente do país centro americano, o Santo Padre afirmou que compartilha seja a alegria, seja a dor dos irmãos mexicanos e que os coloca aos pés da Cruz, no coração de Cristo, do qual jorrou a água e o sangue redentor.

A exortação de Bento XVI aos fiéis mexicanos foi a de não ceder à mentalidade utilitarista, que termina sempre com o sacrifício dos mais fracos e indefesos, fazendo um esforço solidário que permita à sociedade, renovar suas bases para alcançar uma vida digna, justa e em paz para todos.

A contribuição ao bem comum, prosseguiu o Papa, é também uma exigência de dimensão essencial do Evangelho que é a promoção humana e uma altíssima expressão da caridade.

E por fim o Santo Padre dirigiu aos mexicanos seu Adios! No verdadeiro sentido da tradicional expressão hispânica: fiquem com Deus! Sempre no amor de Cristo, onde todos nos encontramos e nos encontraremos.

No momento de deixar o território mexicano, a bordo de um B777 da Alitalia, direto para o aeroporto de Santiago de Cuba, Bento XVI dirigiu um telegrama ao presidente Calderón, agradecendo a hospitalidade recebida durante os três dias da visita pastoral.

O Papa confiou os mexicanos e seus governantes à amorosa proteção de Nossa Senhora de Guadalupe, para que coerentemente com a vigorosa raiz cristã do país, prossigam cultivando por toda parte os valores morais e civis, para que se consolide a vida social por caminhos de paz, de concórdia e solidariedade.

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Cuba: centenas de jovens se preparam para acolher o Papa em Santiago

A menos de dois dias da chegada do Papa a Cuba, a Casa de Pastoral João Paulo II da Arquidiocese de Santiago de Cuba está com muita atividade. Grupos de jovens católicos colaboram na preparação de cartazes de boas-vindas e organizam a distribuição das credenciais, das camisetas e bonés que identificarão centenas de voluntários para a acolhida.

"Estamos trabalhando nos aspectos logísticos da Missa papal em Santiago", explica o diácono Humberto Gonzalez, que lidera a Comissão Diocesana das Missões. Gonzalez ressalta que na praça Antonio Maceo, onde se terá a Eucaristia do dia 26, se repartirão 41.320 folhetos e o mesmo número de programas para a liturgia, com as orações e com os cantos.

O folheto é o mesmo que circulou por todas as comunidades católicas de Cuba desde a quarta-feira de cinzas com o título “Dê a mão ao seu irmão”. Nele se convida ao povo para viver e realizar gestos de misericórdia durante o tempo da Quaresma.

Centenas de voluntários, identificados com uma camiseta e boné branco formarão os cordões de ordem durante a celebração.

As camisetas mostram o logótipo com a imagem da Virgem em azul e o lema "A caridade nos une" e a mensagem “Peregrino da caridade”.

No sábado 24, na Casa de Pastoral, Julita Soler recortava as credenciais com um grupo de jovens. Pertence a vários grupos da pastoral diocesana e diz que é algo que "nos enriquece." Com poucos anos de casamento, pensa que pertencer a um grupo de casais é muito importante. "A vida em torno de nós muitas vezes não está de acordo com os nossos ideais de matrimônio mas o grupo sim. Há casais com mais experiência que te ajudam".

A religiosa claretiana Beatriz Cecilia Medina passa o dia com os jovens voluntários. É Coordenadora da Pastoral Juvenil na Diocese e observou que no sábado, 24, deviam terminar esta tarefa, porque a partir do 25 os jovens se dedicarão a receber aqueles que vão chegando de trêm e nos comboios, que chegam antes para cuidar que a Missa esteja bonita”.

O jovem Luis Javier Mediaceja não pode colaborar tão diretamente nos preparativos quando João Paulo II visitou Cuba: "Eu era muito jovem, mas agora tenho mais senso de responsabilidade", comentou. Batizado desde pequeno e membro da paróquia Santa Teresinha, em Santiago, diz que é importante para os jovens participarem assim porque nos motiva como cristãos e como católicos para que nos integremos mais na nossa igreja”. Ele acredita que a visita do Papa mudará as expectativas dos jovens.

Camilo Fabra trabalhou por dez anos com a pastoral da juventude e agora trabalha na formação e na cultura com os Irmãos de La Salle. Em 1998, trabalhou na comissão de acolhida de João Paulo II e agora repete para acolher a Bento XVI. Diz que se vive a mesma alegria e motivação daquela vez, ao receber o Santo padre. “Desejamos que o povo expresse a sua fé e que nós possamos brindar um pouquinho da fé que temos com todos aqueles que queiram”.

Fonte: Zenit.

Um programa musical Cubano para o Papa

No dia 26 de março, Bento XVI será recebido na praça Antonio Maceo com o tema Bem-vindo, Santo Padre, de Marcos Paneque e Jesus Estrada, estreiado e interpretado pelo grupo Kerigma na mesma praça do dia 24 de janeiro de 1998.

A imagem da Virgem, procedente do Santuário de El Cobre, será recebida ao som Peregrino da Caridade, de Jesús Bermejo e Jorge Catasús, composo para este momento.

O padre Catasús explicou que as obras e os autores que integram o programa musical da Eucaristia foram escolhidos entre os mais significativos do repertório que se canta nas comunidades cristãs de Cuba.

Durante a visita ao Santuário no dia 27, o programa inclui Ave Maris Stela, do sacerdote e compositor cubano Esteban Salas, Salve Regina, gregoriano y o Hino à Nossa Senhora da Caridade, de Francisco Rafols, com estréia no Congresso Católico Nacional de 1959.

Fonte: Zenit.

domingo, 25 de março de 2012

O Coração e o grão de Trigo

Eis que dias virão – Oráculo do Senhor – em que concluirei com a casa de Israel (e com a casa de Judá) uma aliança nova (...): Porei minha lei no fundo de seu ser e a escreverei em seu coração. Então serei seu Deus e eles serão meu povo”. (Jer 31, 31-34).

“Cristo, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte; e foi atendido por causa da sua submissão.

E embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento; e levado à perfeição, se tornou para todos os que lhe obedecem princípio de salvação eterna.” (Hb 5, 7-9).

“Naquele tempo, ... Jesus lhes respondeu: “É chegada a hora em que será glorificado o Filho do Homem. Em verdade, em verdade, vos digo: Se o grão de Trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, produzirá muito fruto. Quem ama sua vida a perde e quem odeia sua vida neste mundo guardá-la-á para a vida eterna. Se alguém quer servir-me, siga-me; e onde estou eu, aí também estará o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. (...) e, quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim”. (Jo 12, 20-33).

“Porei minha lei no fundo de seu ser,...” (Jer 31,33): a maravilhosa promessa da “nova aliança” parece já aludir ao destino do grão de Trigo, que o camponês lança no campo e enterra para que possa germinar e dar fruto.

Começando por Moisés, os profetas continuavam a chamar os Israelitas para a fidelidade à aliança do Senhor: “Oxalá ouvísseis hoje a sua voz! Não endureçais vossos corações...” (Sl 95, 7-8), mas o grito deles permanecia sem escuta todas as vezes.

E eis que Jeremias anuncia algo impensável, absolutamente novo: acabará a obediência impossível, muito difícil; não será mais necessário se esforçar para praticar a Lei de Deus, e não só não se rebelarão contra ela, mas a obedecerão com todo o coração.

Então todo mandamento divino suscitará uma resposta dócil, fácil, espontânea; cada Palavra da Lei será escutada com prazer, porque coincidirá com o desejo do nosso mesmo coração: “...Porei minha lei no fundo de seu ser e a escreverei em seu coração” (Jer 31,33).

Busquemos atualizar tudo isso.

Então: nós queremos ser pessoas novas, capazes de amar a Deus e ao próximo como Jesus, com o seu mesmo sentir, a sua compaixão, a sua mansidão e humildade, a sua maravilhosa generosidade. Conhecemos o bem que devemos fazer e nos fascina a beleza e a pureza do amor verdadeiro. Sabemos que isso é a alegria e a energia da vida, a sua vitalidade irresistível, como testemunham sem parar o prodígio do útero e a explosão da primavera.

Mas infelizmente a nossa natureza – o coração, a vontade prática, a liberdade – ferida pelo pecado, se comporta quase sempre como uma semente refratária para entrar na terra, com a amargurada existencia do egoísmo, muitas vezes experimentado.

Esta lacuna entre o ideal e a prática do amor, está tão enraizada nos comportamentos, também nas pequenas coisas, que não raramente, nos encontramos resignados dizendo: “não há nada a fazer, sou assim”.

Então, a fé nos ensina que o homem não é capaz, sozinho, de viver radicalmente o Evangelho do amor. Jesus de fato declarou: “ Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, leva muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer!” (Jo 15, 5).

Estas palavras não se referem à circunstância concreta na qual somos desafiados pelo amor, mas principalmente à eficácia redentora da paixão, morte e ressurreição do Senhor em ordem ao mandamento novo do amor.

É Ele o “grão de trigo” primogênito, do qual descende e depende a intrínseca vocação de cada cristão para ser o que é em virtude do Batismo: um grão de trigo predestinado a morrer em Cristo para levar muito fruto.

Jesus foi o primeiro que conheceu a relutância inata da natureza humana para amar “até o fim” (Jo 13,1). E Ele “… aprendeu a obediência pelo sofrimento; e levado à perfeição, se tornou para todos os que lhe obedecem princípio de salvação eterna” (Hb 5, 7-9). Era a nossa natureza humana que aprendia em Jesus, e se tornou finalmente capaz de vencer aquele amor próprio que nos separa de Deus e da sua vida eterna.

Na fragilidade da nossa natureza assumida, também Jesus não era perfeito e, ainda querendo ser obediente até a morte, no horto das Oliveiras não conseguiu sozinho vencer o instinto de sobrevivência: “Pai, se queres, afasta de mim este cálice!” (Lc 22, 42). Aprendeu a obediência prática do que sofreu, e se tornou dessa forma perfeito na vontade humana.

Sofreu o que não queria, sofreu o que não queria sofrer. Era o grão de trigo obediente que não conseguia entregar-se à morte; por isso “apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte; e foi atendido por causa da sua submissão” (Hb 5, 7-9).

Tendo rezado intensamente, recebeu a força de aceitar e cumprir a vontade do Pai, e a transmitiu para cada um de nós por meio da comum natureza humana por Ele assumida.

Transmitiu assim à humanidade a lei do grão de trigo, a lei pascal: vence-se perdendo, conquista-se doando, vive-se morrendo, ama-se sofrendo.

Para que o amor puro substitua o amor próprio no coração do homem é necessário o trabalho, aparentemente mortal, do parto.

“Mais uma vida está assinalada pelo amor por este desprezo de si, das próprias forças, das próprias energias, mais está caracterizada pelo morrer, mais a vida é levada a esse rebento novo, incorruptível” (M. I. Rupnik, Le bende della carità, em Anche se muore vivrà”).

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* Padre Angelo del Favero, cardiólogo, em 1978 co-funfou um dos primeiros Centros de Ajuda à Vida junto à Catedral de Trento. Tornou-se carmelita em 1987. Foi ordenado sacerdote em 1991 e esteve como conselheiro spiritual no santuário de Tombetta, perto de Verona. Atualmente se dedica à espiritualidade da vida no convento Carmelita de Bolzano, junto à paróquia Madonna del Carmine.

Fonte: Zenit.

Da Clausura ao mundo

Dada a abertura do Processo de Canonização de Madre Tereza do Coração de Jesus, "Nossa Mãe", do Carmelo de Três Pontas, Minas Gerais, a Irmã Maria Elisabeth da Trindade enviou para ZENIT algumas reflexões para que os nossos leitores conheçam cada vez mais a espiritualidade dessa nossa candidata aos altares da Igreja no Brasil.

Nossa Mãe, Madre Tereza do Coração de Maria, Carmelita Descalça, viveu sua vida contemplativa numa intensa comunhão com Jesus.

O mais belo de sua espiritualidade é que mesmo estando na clausura, vivendo intensamente a vida regular de um Mosteiro, Nossa Mãe conseguiu atingir tantas pessoas, conseguiu fazer o bem e levar tantas almas para Deus, sem sair do Carmelo.

Sua vida foi fecunda. Seu amor era tão intenso e verdadeiro que não se restringiu a quatro paredes, mas extrapolou os muros, expandindo-se cada vez mais.

Seu jeito simples e alegre atraia pessoas de todas as idades. Ela irradiava uma luz, uma bondade e ternura, cuja fonte era o próprio Deus que nela habitava.

Muitas pessoas a procuravam para pedir conselhos, orações, uma palavra de conforto, de consolo, e eram sempre acolhidas com carinho e paciência. Segurava forte na mão da pessoa e dizia que ia rezar e que confiasse em Deus, que é só misericórdia e amor.

Queria e pedia a Jesus, que aqueles que se aproximassem do Carmelo sentissem o quanto o jugo do Senhor é suave e seu fardo leve. Queria que as pessoas encontrassem no Carmelo a paz e o repouso para suas almas. E, graças a Deus, isso sempre aconteceu e acontece.

Sentia compaixão dos pobres, doentes e aflitos que vinham bater à porta do Carmelo, sentia com a família das Irmãs, sentia o sofrimento do mundo, e dizia: “O pecado do mundo é muito grande. O sofrimento de uma carmelita não pode ser em vão.”

Nossa Mãe não vivia para si mesma. Vivia para o próximo, para o irmão, não importava como ele se apresentava: “Tirai-me de mim mesma e lançai-me em Vós. Que Jesus viva em mim e que eu morra Nele”.

Era uma oração viva. Tudo nela resplandecia sua união com Jesus: “Nosso coração é feito para amar. E nosso amor se transforma em oração”.

“Entra-se no Carmelo para subir até Deus”. Ela subiu, subiu tão alto, que agora está junto de Deus intercedendo por seus filhos queridos que tanto ela amou nessa terra.

*

O horário para visitação à Capelinha de Nossa Mãe: todos os dias a partir das 6h:30min até às 17h. Graças alcançadas por intercessão de Nossa Mãe devem ser comunicadas ao Carmelo São José (Rua Amazonas, 40. Bairro Santa Inês. CEP: 37.190-000 Três Pontas/MG – E-mail: carmelo3pontas@tpnet.psi.br).

sexta-feira, 23 de março de 2012

Filme Cristiada é apresentado em Roma

Três dias antes da viagem apostólica do papa a Cuba e ao México, foi apresentado no dia (21), em Roma, o filme mexicano Cristiada, que narra os terríveis eventos da guerra civil mexicana (1929–1929), conhecida como guerra cristera, entre cujos personagens há vários que foram canonizados por João Paulo II ou beatificados por Bento XVI.

Num auditório do Instituto Patrístico Agustinianum, situado ao lado das colunas de Bernini da Praça de São Pedro, os convidados, em sua maioria jornalistas e pessoas do mundo da comunicação e dos espetáculos, assistiram à pré-estreia em evento organizado pela agência H2O e apresentado pelo mexicano Pablo José Barroso, produtor do filme, e por Jesús Colina, diretor de Aleteia.org.

O produtor destacou: “Neste domingo, o santo padre celebrará a missa aos pés do Cerro Cubilete, onde está a imagem de Cristo Rei, centro geográfico e espiritual do México. Significa um reconhecimento a todos os nossos mártires que lutaram pela fé e pela liberdade de religião”.

O produtor recordou que, entre os personagens, um dos protagonistas é um menino, “o beato José Sánchez del Río, martirizado quando tinha 14 anos e beatificado por Bento XVI, junto com Anacleto González Flores, Miguel Gómez Loza e os irmãos Vargas”.

“Vocês conhecerão a história deles, como a de Cristóbal Magallanes, interpretado por Peter O'Toole, e a do padre José María Robles, canonizados por João Paulo II”.

No Cerro Cubilete, há 90 anos, o delegado apostólico Ernesto Filippi consagrou a primeira pedra do monumento a Cristo Rei, o que lhe valeu a deportação. O papa celebrará ali a santa missa com mais de quatrocentas mil pessoas.

“Com Cristiada, nós queremos que o mundo saiba e nunca se esqueça das pessoas que morreram por Jesus, pela fé e para defender a sua liberdade de religião. Sempre com as palavras Viva Cristo Rey y la Virgen de Guadalupe!” E terminou pedindo “o apoio de vocês e de todas as pessoas que acreditam na liberdade para continuarmos nos cinemas”.

O filme será apresentado nas salas do México em 20 de abril, nos Estados Unidos em 1º de junho e na Espanha em setembro. É a mais recente produção mexicana capaz de competir com as melhores do mundo. No elenco, nomes de fama mundial como Andy García e Peter O’Toole. O diretor é Dean Wright, cujos efeitos especiais foram vistos em Titanic, O Senhor dos Anéis e As Crônicas de Nárnia. O roteiro é de Michael Love, baseado em eventos históricos. O filme foi rodado em inglês.

“Planejamos o filme há três anos. Quem diria que o papa iria para o México e, mais ainda, para o Cubilete, e celebraria uma missa lá! Tudo isso vem do céu!”, comemora Barroso.

“Nós, da Dos Corazones Films, fizemos outros três filmes e vemos que as pessoas querem histórias com valores positivos. Primeiro fizemos um sobre a história da Virgem de Guadalupe, depois um sobre A Lenda do Sol, e depois O Grande Milagre, que ficou em primeiro lugar nas bilheterias do México durante cinco semanas. Eu não queria fazer mais filmes, mas quando Deus quer alguma coisa, ele é mais insistente do que ninguém. E aconteceu. Ele mesmo nos inspirou e guiou, achamos ótimos atores e o resultado superou as minhas expectativas”.

“Os cristeros são importantes para o México e para todo o continente, são pessoas que se entregaram pelas suas crenças e, graças a eles, conseguimos a liberdade de religião que temos hoje, e até uma viagem de um papa ao México”.

Baseado nos fatos reais da guerra cristera, o filme começa com a proibição de culto imposta pelo presidente Plutarco Calles. Um milhão de assinaturas foram apresentadas em protesto e rejeitadas pelo governo, que adotou uma série de intimidações, interrompendo missas e chegando a fuzilar sacerdotes, num crescendo de violência que levou as pessoas simples das áreas rurais a empunhar as armas. Grande número de católicos aderiu, outros não apoiaram e muitos não participaram, mas ajudaram os cristeros com armas e apoio logístico. Começou também um boicote econômico popular, evitando qualquer consumo.

O filme, que conta uma guerra de três anos através de uma rica série de personagens e efeitos especiais, recorda que não faltaram brutalidades como a queima de 51 pessoas dentro de um trem por causa de um ataque cristero. Os rebeldes recebem a ajuda de um general, Enrique Gorostieta, se disciplinam e dão corpo ao levantamento, colocando em sérias dificuldades o governo de Calles. A mediação de Roma para dar fim ao conflito não é aceita.

O filme é pródigo em detalhes importantes que mostram a transformação interior dos personagens, partindo do general Gorostieta, que aceita comandar as tropas em defesa da liberdade religiosa, mesmo não acreditando na Igreja. Mas o suceder-se dos fatos prepara a sua conversão. É determinante o papel do menino José, um dos principais personagens, que é assassinado depois de ser torturado por não renegar a fé, preferindo proclamar “Viva Cristo Rei!”.

Para ver o trailer: http://www.cristiadafilm.com.

Fonte: Zenit.

Congresso nacional carmelitano é anunciado na Espanha

A Comissão da Coroação Canônica da Virgem do Carmo de San Cayetano apresentou nesta quarta-feira, em coletiva de imprensa, o próximo Congresso Nacional Carmelitano, em Córdoba, Espanha.

Durante os dias 24 e 25 de março, o Convento de São José (San Cayetano) acolherá um Congresso Nacional Carmelitano, como um dos atos centrais da próxima Coroação Canônica da Virgem do Carmo de San Cayetano, junto com a exposição "Tesouros Marianos", aberta desde 24 de fevereiro.

Trata-se de um ciclo de conferências que abordam a devoção do Carmo a partir de diversas perspectivas, de acordo com as informações do padre Juan Dobado, OCD.

O presidente da comissão, Juan José Cas, agradeceu a colaboração do professor Juan Aranda Doncel e do padre Juan Dobado, organizadores do congresso.

Os próximos atos anunciados incluem o pregão de coroação, em 5 de maio, em San Cayetano; o tríduo de coroação na paróquia de Santa Marina, nos dias 8, 9 e 10 de maio, com pregação de dom Juan José Asenjo, Santiago Gómez e outros bispos da ordem dos Carmelitas Descalços; a procissão levando Nossa Senhora até a catedral, no dia 10, e a vigília de oração dos jovens no templo principal da diocese, na noite prévia à coroação.

Fonte: Zenit.

Beatificação do cardeal Van Thuan pode ocorrer em breve

A Igreja no Vietnã manifestou a esperança de que em breve aconteça a beatificação do cardeal Van Thuan.

“Os bispos, os fiéis e toda a Igreja do Vietnã têm grandes esperanças no sucesso do processo de beatificação do nosso querido cardeal Xavier Van Thuan. Ele era uma pessoa especial, que viveu o evangelho como o único critério da sua vida”. Quem fala é Paul Nguyen Thai Hop, OP, bispo de Vinh e presidente da Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal do Vietnã, na véspera da chegada de uma delegação vaticana do Conselho Pontifício para a Justiça e a Paz.

A delegação permanecerá no Vietnã de 23 de março a 9 de abril, coletando testemunhos sobre a vida e a obra do cardeal Francis Xavier Nguyen Van Thuan, que deverão ser úteis para a causa de beatificação.

Dom Paul Nguyen Thai Hop declarou à Fides: “Os fiéis vivem a visita da delegação do Vaticano com grande alegria e esperança, com a certeza de que o caminho para a beatificação do cardeal chegará a bom termo. O cardeal Van Thuan é uma figura muito amada. Sua história e testemunho são muito importantes para os fiéis vietnamitas. Bispos, sacerdotes, religiosas, leigos: uma grande lista de pessoas serão recebidas pela delegação vaticana. A comunidade católica vive com grande expectativa, emoção e entusiasmo esta histórica visita”.

O bispo fala ainda sobre o cardeal: “Quando eu era professor no Angelicum de Roma, o encontrava muito. Era uma pessoa especial, muito humilde, um homem que tinha como único critério de vida o evangelho. Ao lembrar dos dias escuros de cativeiro, ele não sentia ódio, mas falava com amor dos inimigos e perseguidores”.

Entre os testemunhos que a delegação escutará, tem destaque especial o do atual arcebispo de Hue, Stephen Nguyen Nhu Thê, amigo pessoal do cardeal. A delegação visitará Saigon, no sul do Vietnã, onde Van Thuan foi arcebispo coadjutor, e continuará o trabalho na diocese de Nha Trang, onde o cardeal foi bispo em 1967, aos 39 anos. Depois, partirá para Hue, cidade natal do cardeal, onde ele foi ordenado sacerdote e vigário geral antes de continuar os estudos em Roma. A pesquisa terminará em Hanói, onde o cardeal ficou tanto na cadeia quanto em prisão domiciliar.

A causa de beatificação foi aberta em 22 de outubro de 2010, por proposta do Conselho Pontifício para a Justiça e a Paz, do qual Van Thuan foi presidente. O prelado tinha sido preso sem julgamento e passou treze anos no campo de prisioneiros. Exilado em Roma, foi ordenado cardeal um ano antes da morte, em 2002.

Atualmente, um Observatório sobre a Doutrina Social da Igreja traz o seu nome: http://www.vanthuanobservatory.org.


Fonte: Zenit.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Vietnã: muitos anos de prisão para dois católicos acusados de propaganda antigovernamental

Dois católicos da diocese de Vinh, no Vietnã, foram presos por propaganda antigovernamental e condenados a anos de prisão.

Conforme informa Eglises d'Asie, a agência das Missões Estrangeiras de Paris, "Às 17 ou 18 prisões de jovens católicos da região central do Vietnã feitas a partir de finais de Julho de 2011", acrescenta-se a condenação de outras duas pessoas detidas.

A notícia foi espalhada por blogs e sites independentes. Mas seu processo, coletado pela imprensa oficial, ocorreu no passado dia 6 de março, perante o Tribunal Popular da província de Nghê An.

São a Sra. Vo Thi Thuy, de 50 anos, originária de Dong Hoi (Quang Binh), condenada a cinco anos de prisão, e de Nguyen Van Thanh, de 28 anos, do município de Nghi Diên (Nghê An), condenado a três anos por "propaganda antigovernamental".

A agência informa que houve um "processo estranho" que amalgamou duas questões: "De acordo com a ata da acusação, o sacerdote dissidente Nguyen Van Ly, agora preso por "propaganda antigovernamental", teria financiado a Sra. Vo Thi Thuy para que imprimisse e divulgasse documentos "contra o governo e contra o Partido". Mas ele nunca foi chamado para depor.

A repreensão feita à acusada foi sobre a sua atitude no momento do conflito entre a paróquia de Tam Toa e as autoridades locais sobre a igreja paroquial, de julho de 2009. Ela era então vice-presidente do conselhor paroquial e prestou numerosos serviços. O pároco de Tam Toa elogiou sua dedicação.

O segundo condenado foi preso no dia 7 de fevereiro de 2011 "por pancadas e feridas”. Esta acusação foi "abandonada e substituída no momento do processo", diz a agência. "Ele foi então acusado de ter documentos que se opõem ao Estado e Partido."

Fonte: Zenit.

Peregrino da Caridade

Bento XVI escolheu Cuba como um dos destinos da visita pastoral à América Latina. A chegada é prevista para a tarde da próxima segunda-feira, 26 de março, no Aeroporto Internacional Antonio Maceo, em Santiago de Cuba. Logo depois, o papa celebrará uma missa pelos 400 anos da descoberta da imagem da Virgen de la Caridad del Cobre, a devoção mariana da ilha.

O jornal Granma publicou em seu editorial de 12 de março: "Nosso país terá a honra de acolher o Santo Padre com grande hospitalidade para mostrar a cultura, o patriotismo e o espírito de solidariedade e humanismo dos cubanos, que são revelados na história e na unidade da nação".

O jornal, conhecido por ser o órgão oficial do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba, também declarou: "Vamos receber da mesma maneira, com a amizade que nos caracteriza, todos os milhares de peregrinos que estarão conosco naqueles dias certamente memoráveis".

Lembrando depois a histórica visita de João Paulo II a Cuba, há 14 anos, Granma prossegue: "Recebemos com os mesmos sentimentos o papa João Paulo II, que, antes de partir, falou do profundo impacto que experimentou naquela visita e agradeceu pela calorosa hospitalidade, expressão autêntica da alma cubana".

Alma cubana que revela todo o seu amor por aquela que é chamada de “Mambisa”, porque invocada pelos soldados “mambises” durante a guerra da independência, ou de “Cachita”, carinhoso diminutivo de “caridade”.

Esta devoção a Maria, Mãe de Cristo, na sua invocação como Virgem da Caridade do Cobre, é parte essencial da peregrinação do Santo Padre à ilha.

O cardeal Jaime Ortega, arcebispo de Havana, falando ao povo de Cuba em mensagem transmitida em rede nacional, disse sobre a visita de João Paulo II: "Ele foi muito aguardado, porque foi a primeira vez que um papa visitou Cuba. As condições especiais do nosso país eram tais que os olhos do mundo se concentraram naquela visita. Depois das declarações da Santa Sé, as apreciações da igreja em Roma foram positivas e amplamente discutidas, inclusive pelo então cardeal Ratzinger, que, evidentemente, sentiu o eco daquela viagem do papa a Cuba, guardando algo em seu coração".

Ortega explicou ainda por que Cuba foi incluída nesta viagem: "O papa quis incluir esta fase porque sempre teve no coração o desejo de visitar Cuba. Agora ele teve uma oportunidade única: as comemorações dos 400 anos da descoberta da imagem da Virgem da Caridade do Cobre. Em Cuba é um Ano Jubilar: os cubanos estão peregrinando ao santuário de El Cobre para visitar a padroeira. E o papa também quis vir como peregrino. É por isso que foi escolhido o lema Peregrino da Caridade para esta visita".

O cardeal de Havana acrescentou: "Milhares e milhares de cubanos, talvez milhões, foram encontrar Nossa Senhora. Não é o número o que nos impacta, mas os sinais da religiosidade deste povo: ver os cubanos na rua fazendo o sinal da cruz ou se ajoelhando à passagem da Virgem, ou levantando os braços durante as orações. O Papa vem reafirmar os valores que a fé cristã plantou no nosso país".

A Virgem da Caridade do Cobre, Padroeira de Cuba, foi encontrada boiando no mar, quatrocentos anos atrás, por três escravos das minas de cobre, que a levaram para o continente. A imagem de Maria, que depois se tornou a mãe do povo cubano e viajou por todo o país na companhia de crentes e de não crentes, receberá neste 26 de março o Peregrino da Caridade.

Fonte: Zenit.

México: Somos abençoados por Deus

O secretário geral da Conferência Episcopal do México e bispo auxiliar de Texcoco, dom Víctor René Rodríguez Gómez, divulgou uma declaração neste 19 de março sobre a visita de Bento XVI ao país.

Nós, bispos do México, agradecidos por esta bênção para a Igreja, que é a Primeira Visita Apostólica de Sua Santidade Bento XVI à América, nos sentimos abençoados porque o Vigário de Cristo logo estará entre nós.

A Igreja no México se preparou, através das paróquias, para receber o papa e celebrar uma festa espiritual em que a fé em Cristo seja favorecida e fortalecida na alegria, na cordialidade, na paz e na esperança.

Foram pouco mais de três meses de árduo trabalho na organização deste acontecimento. Hoje, temos centenas de pessoas que ofereceram seu tempo e colaboração nas comissões de preparação para a Visita Apostólica. Tudo está pronto para darmos especiais boas-vindas ao sucessor de São Pedro em Guanajuato.

Os ingressos para a Celebração Eucarística foram distribuídos nas 91 dioceses do país. As delegações diocesanas estão se mobilizando para vir ao encontro do Santo Padre.

Confirmaram sua participação os cardeais, arcebispos e bispos do México e do continente; contaremos com a presença de um número amplo de sacerdotes, diáconos, religiosos e seminaristas, além de convidados especiais e da participação dos representantes dos meios de comunicação.

Cabe destacar que o ingresso traz os elementos de segurança necessários para não permitir sua falsificação. No verso de cada ingresso, lêem-se as seguintes recomendações:

• Portar identificação oficial.

• Usar veste adequada conforme as condições do clima.

• Não esquecer o local de estacionamento do automóvel ou do ônibus.

• Usar chapéu, boné, bloqueador ou protetor solar.

• Não usar sombrinhas, guarda-chuvas, objetos pesados, volumosos, pontiagudos ou cortantes.

• Manter-se hidratados e consumir alimentos preparados em lugares higiênicos.

• Localizar o pessoal de segurança e de atendimento a emergências em seus módulos.

• Não subir às cercas nem às cadeiras, mantendo a ordem.

• Respeitar os bloqueios do pessoal de segurança e dos voluntários.

• Localizar os acessos, rotas de evacuação e saídas de emergência.

• Em caso de emergência, manter a calma e seguir as indicações das equipes de segurança e de proteção civil.

O ingresso recorda ainda as medidas básicas de segurança: não correr, não gritar e não empurrar.

No documento de Aparecida, publicado pela V Conferência Geral dos Bispos da América Latina e do Caribe, somos chamados a ser discípulos missionários de Jesus Cristo para que todos os nossos povos tenham vida, e, no contexto da Missão Continental na América, esta visita ao nosso México representa para a Igreja um chamado à conversão e à renovação dos nossos corações, das nossas estruturas e dos nossos atos. O papa vem nos confirmar na fé e avivar os processos de evangelização, que são caminho da paz, da justiça e da esperança em nossa sociedade.

Entregamos os nossos trabalhos ao amparo de Nossa Senhora de Guadalupe e da Luz.

Fonte: Zenit.

Uma viagem para incentivar os mexicanos, especialmente os jovens

O papa Bento XVI viaja para o México, do 23 ao 26 de Março para encorajar os mexicanos, especialmente os jovens, observou o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado vaticano.

O cardeal Bertone concedeu uma entrevista à televisão mexicana Televisa e ao jornal El Sol do México, que Radio Vaticana publica o texto.

O papa traz, disse, "uma mensagem de encorajamento", "principalmente para os jovens, para que não se desanimem, não se deixem escravizar por objetivos fáceis ou carreirismo, mas se comprometam com a construção de uma sociedade solidária, uma sociedade honesta, uma sociedade onde cada um tenha o seu lugar, o seu reconhecimento. Uma mensagem de amor e de grande coragem e por tanto de otimismo".

Para o que é o desafio da sociedade mexicana, o cardeal italiano sugere que o papa possa pedir o fim da violência, a proteção da vida humana, a promoção da família.

Bento XVI conhece de fato a situação de um país marcado pelos desafios "da violência, da corrupção, do tráfico de droga", que envolve o compromisso "de todos”, de forças tanto religiosas como sociais, para " refundar "o México sobre estes valores cristãos que estão escritos" no seu DNA": coexistência pacífica, fraternidade, solidariedade e honestidade.

Congratula-se com a fé dos mexicanos: "sólida e não superficial", e observa que para superar os desafios do momento, "precisamos da ajuda do alto", uma "fé mais enraizada", “mais oração", e “um compromisso pessoal maior".

Quanto ao projeto sobre liberdade religiosa, o Cardeal Bertone assinala que "se o direito à liberdade religiosa é forte, os outros direitos serão igualmente protegidos. Se o direito à liberdade religião desmorona, já que é fundamental, os demais direitos também caem".

Fonte: Zenit.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Aumenta a intolerância para com os cristãos no velho continente

O Observatório da Intolerância e Discriminação contra os Cristãos na Europa (OIDCE, no acrônimo em inglês) é uma organização não governamental com sede em Viena, Áustria, afiliada à Agência Europeia dos Direitos Fundamentais. Seu relatório 2011 indica que os casos de intolerância e discriminação contra os cristãos vêm aumentando no continente.

“[Intolerância e discriminação] são os termos que nós usamos para descrever a negação de direitos iguais e a marginalização social dos cristãos”, explicita a ONG no documento, falando da situação na Europa e no mundo ocidental. O documento evita expressamente a palavra “perseguição”.

As estatísticas disponíveis são claras e mostram a amplitude do problema. Numa pesquisa feita no Reino Unido, 74% dos entrevistados consideram que “há mais discriminação negativa contra os cristãos do que contra pessoas de outros credos”. É um aumento de 8% em comparação com a mesma pesquisa feita em novembro de 2009 (66%).

Ainda mais eloquentes são os dados de um estudo do governo escocês, publicado em novembro passado, de acordo com o qual 95% da “violência religiosamente motivada” tem como alvo os cristãos. O fenômeno, em aumento, golpeia em mais da metade dos casos o catolicismo e a comunidade católica da região (58%).

Na vizinha França, os dados dos serviços de segurança e inteligência, os Renseignements Généraux, apontam na mesma direção. Dos atos de vandalismo no país, 84% são contra os lugares de culto cristãos. O fenômeno em 2010 atingiu 522 lugares, aumento de 34% sobre o ano anterior (389), que já apresentara aumento de 46% sobre 2008 (266).

O novo relatório do OIDCE subdivide os casos em categorias ou formas de discriminação e de intolerância. A primeira categoria abrange os direitos negados com base na fé cristã das pessoas envolvidas e tem as seguintes subcategorias: violação da liberdade de religião (1.1), liberdade de expressão (1.2), liberdade de consciência (1.3) e atos discriminatórios no âmbito da igualdade (1.4).

A categoria número 2 aborda os casos de intolerância, em que cristãos e expressões do cristianismo são marginalizadas, em particular a exclusão da vida social e pública (2.1), a rejeição de símbolos religiosos (2.2) e o insulto, a difamação e os estereótipos negativos (2.3).

Um terceiro e último grupo trata dos “incidentes de ódio”, que abrange, além dos próprios incidentes motivados pelo ódio (3.1), também o vandalismo contra o sacro (3.2) e os crimes contra indivíduos (3.3).

Apesar do panorama preocupante revelado pelo informe, há progressos, como a crescente atenção da mídia. A diretora da ONG, Gudrun Kugler, observa que o primeiro relatório, publicado em dezembro de 2010 cobrindo o período 2005-2010, suscitou uma resposta “imensa”, não só da mídia, mas também de intelectuais, políticos e instituições.

“Começaram a notar”, afirma Kugler, “que a marginalização e a restrição dos direitos e das liberdades dos cristãos na Europa são motivo de preocupação e merecem a nossa atenção”.

Kugler considera positivos dois eventos de 2011: a resolução da assembleia parlamentar da Organização pela Segurança e Cooperação na Europa (OCSE) sobre a luta contra a intolerância e contra a discriminação dos cristãos, assim como a sentença definitiva da Corte Europeia dos Direitos Humanos no caso Lautsi x Itália, sobre a presença do crucifixo nas salas de aula italianas, que foi reconhecida como “não contrária aos direitos fundamentais”.

Fonte: Zenit.

A pessoa no centro da neurobioética

Em entrevista o jovem professor Alberto Carrara, LC, doutor em Biotecnologia Médica na Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade dos Estudos de Pádua e assistente na Faculdade de Filosofia do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, de Roma. Carrara é membro do Grupo de Neurobioética (GdN) desde 2009 e da Neuroethics Society desde 2010.

O religioso criou no ano passado o blog Neuroetica e neuroscienze, em italiano. Em fevereiro, participou do XX Encontro de Filosofia na Pontifícia Universidade da Santa Cruz em Roma com a relação “Consciência e neuro-liberdade: a contribuição da antropologia tomista”.

Ir. Alberto, o que é a neurobioética? E por que tanto interesse hoje pelo assunto?

Podemos dizer que a neuroética nasceu em 1965, quando o doutor Delgado implantou eletrodos no cérebro de um touro para controlar o seu comportamento. O primeiro a definir a nova disciplina foi William Saffire, em 2002, em San Francisco, durante o primeiro encontro internacional da matéria. A neuroética tem duas acepções: a ética das neurociências, que tem a ver com o lícito ou ilícito dos tratamentos neurológicos; e as neurociências da ética, de onde veio a “neuromania”: a tentativa das neurociências de explicar o agir do homem no econômico, moral, jurídico, filosófico, teológico, social, procurando a causa de toda ação humana nos mecanismos de funcionamento do cérebro.

O que você leciona?

No primeiro semestre, dei um seminário sobre a relação mente-cérebro, que foi enriquecedor tanto para mim, que pude aprofundar a temática da minha tese de filosofia, como para os alunos, que se mostraram participativos e ativos.

Durante este segundo semestre, estou ajudando num “seminário de síntese”, para os alunos do segundo ano de filosofia, que os prepara para o exame final do bacharelado.

Como você combina a sua atividade de professor com a de estudante?

É simples: as duas atividades são complementares. Para ser um bom professor, é importante ser um aluno diligente, apaixonado pelo estudo e constante no compromisso, para transmitir coisas úteis para os outros, não só em conteúdos, mas pensando na vida concreta.

***

Para os interessados em neurobioética, a faculdade de Bioética do Ateneu Pontifício Regina Apostolorum, em colaboração com a cátedra UNESCO de Bioética e Direitos Humanos, organiza o Curso Estivo de Atualização em Bioética, de 2 a 13 de julho, em Roma.

Fonte: Zenit.

Um lugar especial para Cristo Rei

A criação deste lugar especial, começou com uma missa em 1919. Com 53 anos, dia 25 de março de 2012 o Papa Bento XVI irá reafirmar a mesma fé que consagrou a construção deste monumento de mais de 20 metros de altura. A história de “cubilete” é, certamente, uma história de obstáculos, mas também de perseverança.

Em novembro de 1919, o bispo de León Guanajuato José Guadalupe Albino Emeterio Valverde Tellez, realizou uma visita pastoral a Silao, Guanajuato, e estando hospedado no templo do Senhor do Perdão - administrado pelos Carmelitas, olhou para o monte “El Cubilete”. Lá, ele sentiu o desejo de celebrar uma missa no topo. Estavam se aproximando as festas da "Vigilia de Espigas" - que é muito tradicional em Adoração noturna, era o momento ideal.

Uma vez que o bispo Valverde Telles celebrou a missa, o padre Eleuterio de Maria Santíssima Ferrer - sacerdote carmelita e diretor espiritual dos adoradores, propôs a colocação de uma lapide comemorativa. Em resposta, o presidente da seção Felipe Bravo Araujo disse que seria melhor fazer um monumento , mas sobre ele, a imagem do Sagrado Coração de Jesus. A idéia foi comunicada ao bispo Valverde, que com satisfação aceitou e quis que tivesse o caráter diocesano; colocou a primeira pedra em 12 de Março e em 11 de abril de 1920 fez a sua dedicação.

Os bispos fizeram dele um monumento nacional e solicitou que fosse substituído por um maior, o que foi aprovado em 10 de outubro de 1920, dia que é comemorado no México o Jubileu de Prata da Coroação da Virgem de Guadalupe. Além disso, tornou-se votiva, porque assim o Episcopado cumpriria o voto feito ao Sagrado Coração em 11 de junho de 1914 de erguer um templo nacional.

Note-se que o morro do “cubilete” está localizado a 2.579 metros acima do nível do mar e marca exatamente o centro geográfico do México.

Os trabalhos do segundo monumento começaram em 1923, mas a contrução foi impedida de continuar. Era uma época dificil de perseguições cristãs. O ato de erguer uma estátua em homenagem a Cristo Rei foi então considerado um ato inconstitucional e um desafio para o governo. Em 30 de janeiro de 1928 o local foi explodido.

Depois de várias tentativas, lutas contínuas e momentos de desespero, em 11 de dezembro de 1944, o bispo Valverde abençoou e colocou a pedra fundamental do então, quinto monumento. Naquele mesmo dia, abençoou a Hermitage Expiatória - que foi construída no lugar onde a primeira estátua foi explodida, para pedir perdão pelo sacrilégio do atentado.

O monumento a Cristo Rei tem duas partes: uma basílica-esfera, simbolizando o universo e sobre ela a estátua do Cristo Rei com dois anjos que oferecem duas coroas: a do mártirio e a da realeza. A estátua, de estilo helenístico, obra do escultor Fídias, simboliza a realeza divina de Cristo, o Senhor do universo.

Quando o bispo Valverde faleceu (1948), o trabalho estava bem avançado e o Bispo Manuel Martin del Campo Padilla continuou as obras. Em 11 de dezembro de 1950 abençoou a estátua em nome de Sua Santidade Pio XII. Naquele dia completava 25 anos da encíclica Quas Primas , de Pio XI, que estabeleceu a festa universal de Cristo-Rei.

A bênção de custódia monumental, verdadeiro trono de Cristo Rei Eucarístico, foi realizada em 20 de abril de 1960.

Foi um caminho difícil, como o caminho que muitos peregrinos tiveram que percorrer entre lacunas estreitas e cheias de pedras antes que o acesso a este santuário tivesse as características de hoje.

Podemos constatar com a história, que este é um lugar especial para Cristo Rei. Com os braços estendidos, desde o alto, com a sua sombra que abrigará o sucessor de São Pedro e os milhares de pessoas de boa vontade que receberão o mensageiro da paz, Bento XVI.

Fonte: Zenit.

terça-feira, 20 de março de 2012

Um lugar especial para Cristo Rei

A criação deste lugar especial, começou com uma missa em 1919. Com 53 anos, dia 25 de março de 2012 o Papa Bento XVI irá reafirmar a mesma fé que consagrou a construção deste monumento de mais de 20 metros de altura. A história de “cubilete” é, certamente, uma história de obstáculos, mas também de perseverança.

Em novembro de 1919, o bispo de León Guanajuato José Guadalupe Albino Emeterio Valverde Tellez, realizou uma visita pastoral a Silao, Guanajuato, e estando hospedado no templo do Senhor do Perdão - administrado pelos Carmelitas, olhou para o monte “El Cubilete”. Lá, ele sentiu o desejo de celebrar uma missa no topo. Estavam se aproximando as festas da "Vigilia de Espigas" - que é muito tradicional em Adoração noturna, era o momento ideal.

Uma vez que o bispo Valverde Telles celebrou a missa, o padre Eleuterio de Maria Santíssima Ferrer - sacerdote carmelita e diretor espiritual dos adoradores, propôs a colocação de uma lapide comemorativa. Em resposta, o presidente da seção Felipe Bravo Araujo disse que seria melhor fazer um monumento , mas sobre ele, a imagem do Sagrado Coração de Jesus. A idéia foi comunicada ao bispo Valverde, que com satisfação aceitou e quis que tivesse o caráter diocesano; colocou a primeira pedra em 12 de Março e em 11 de abril de 1920 fez a sua dedicação.

Os bispos fizeram dele um monumento nacional e solicitou que fosse substituído por um maior, o que foi aprovado em 10 de outubro de 1920, dia que é comemorado no México o Jubileu de Prata da Coroação da Virgem de Guadalupe. Além disso, tornou-se votiva, porque assim o Episcopado cumpriria o voto feito ao Sagrado Coração em 11 de junho de 1914 de erguer um templo nacional.

Note-se que o morro do “cubilete” está localizado a 2.579 metros acima do nível do mar e marca exatamente o centro geográfico do México.

Os trabalhos do segundo monumento começaram em 1923, mas a contrução foi impedida de continuar. Era uma época dificil de perseguições cristãs. O ato de erguer uma estátua em homenagem a Cristo Rei foi então considerado um ato inconstitucional e um desafio para o governo. Em 30 de janeiro de 1928 o local foi explodido.

Depois de várias tentativas, lutas contínuas e momentos de desespero, em 11 de dezembro de 1944, o bispo Valverde abençoou e colocou a pedra fundamental do então, quinto monumento. Naquele mesmo dia, abençoou a Hermitage Expiatória - que foi construída no lugar onde a primeira estátua foi explodida, para pedir perdão pelo sacrilégio do atentado.

O monumento a Cristo Rei tem duas partes: uma basílica-esfera, simbolizando o universo e sobre ela a estátua do Cristo Rei com dois anjos que oferecem duas coroas: a do mártirio e a da realeza. A estátua, de estilo helenístico, obra do escultor Fídias, simboliza a realeza divina de Cristo, o Senhor do universo.

Quando o bispo Valverde faleceu (1948), o trabalho estava bem avançado e o Bispo Manuel Martin del Campo Padilla continuou as obras. Em 11 de dezembro de 1950 abençoou a estátua em nome de Sua Santidade Pio XII. Naquele dia completava 25 anos da encíclica Quas Primas , de Pio XI, que estabeleceu a festa universal de Cristo-Rei.

A bênção de custódia monumental, verdadeiro trono de Cristo Rei Eucarístico, foi realizada em 20 de abril de 1960.

Foi um caminho difícil, como o caminho que muitos peregrinos tiveram que percorrer entre lacunas estreitas e cheias de pedras antes que o acesso a este santuário tivesse as características de hoje.

Podemos constatar com a história, que este é um lugar especial para Cristo Rei. Com os braços estendidos, desde o alto, com a sua sombra que abrigará o sucessor de São Pedro e os milhares de pessoas de boa vontade que receberão o mensageiro da paz, Bento XVI.

Fonte: Zenit.

Vídeo promocional de Bento XVI

Os agostinianos recoletos do México depois de preparar 29 cápsulas informativas sobre o pensamento, a vida e a obra de Bento XVI, para preparar a sua viagem ao México, ilustraram a canção que moldou essas cápsulas.

Os primeiros materiais que vieram à luz do público foram 15 cápsulas de 30 segundos, nas quais a agência informativa: www.anunciacion.com.mx, à pedido da Ordem dos Agostinianos Recoletos, entrevistou pessoas de vários tipos sobre Bento XVI.

O vídeo pode ser visto em: http://youtu.be/X-wbbERLHms.

Fonte: Zenit.

Um pai de família é um colaborador de Deus

"São José é um verdadeiro pai e senhor que protege e acompanha no caminho terreno aqueles que o veneram, como protegeu e acompanhou Jesus que crescia e se tornava adulto”.

Assim escreveu São Josemaria Escrivá, explicando como este "homem comum, pai de família, trabalhador que ganhou a vida com o esforço das suas mãos”, ajude a conhecer a Humanidade de Cristo, porque foi eleito por Deus para ser seu pai na terra.

São José é, portanto, um exemplo para todos os pais que hoje comemoram o seu dia: modelo de pai ideal que ensina a aceitar esta tarefa como uma eleição, mais do que uma missão.

E numa época em que a figura do pai foi tão desvalorizada ao ponto de ser considerada não necessária ou secundária e onde a mesma paternidade é considerada muitas vezes um “obstáculo”, ainda existem pessoas que quiseram concretizar o que São José ensinou dizendo incondicionalmente sim à vontade de Deus. É a história de Paulo, 57 anos, casado há 34, pai de 10 filhos, seis homens e 4 mulheres, que mantém tudo com um único salário de freelancer.

Não um herói, nem um santo ou um fanático, mas um homem qualquer que experimenta a cada dia a providência de Deus na sua família e que nesta entrevista ao ZENIT quis contar a alegria da paternidade celeste”.


Paulo, desde o 68 até hoje assistiu a uma rejeição gradual de certos valores, incluindo, em particular, a figura do pai, compreendido como principal referência de autoridade. Como vives esse papel, sobretudo sendo o pai de uma família tão numerosa?

Paulo: A realidade mostra que as pessoas nascem, geralmente, por meio de um pai e de uma mãe e crescem de modo harmonioso e satisfatório - poderíamos dizer integrado – quanto mais essas pessoas, pai, e mãe, desempenham o seu papel de acordo com características específicas e, especialmente, em comunhão uns com os outros.

Não tenho portanto dúvidas particulares sobre a validez, e mais, sobre a absoluta necessidade de uma figura paterna respeitável e reconhecida. O fato de existirem fortes correntes e influências culturais e sociais contrárias, mais que um obstáculo são um estímulo. O problema é corrigir em si mesmo aquelas fragilidades e debilidades que tendem a estragar e impedir o exercício da paternidade...

Você se refere ao que?
Paulo: À incapacidade de amar inerente na natureza humana, que às vezes te empurra ou até mesmo te obriga a tomar dos filhos a vida para ti ao invés de doar a tua para eles.

Dar a vida, às vezes, também pode significar dizer não e sem dúvida quer dizer responsabilizar-se de todo o peso material, moral e espiritual que a relação com outro diferente de ti e dependente de ti corresponde. Para responder a pergunta mais diretamente em primeiro lugar posso dizer que vivo o meu papel de pai com temor e tremor, em constante luta com a minha inadequação que é, no entanto, apoiada pela graça do matrimônio.

Você já teve dificuldade para exercer plenamente a tua autoridade de pai?
Paulo: As principais dificuldades não vieram de fora. Deixando de lado momentos particulares, nunca desejei uma aceitação da minha autoridade fácil, talvez ditada pelo hábito, pelo conformismo ou pelo medo.

As verdadeiras dificuldades sempre vieram da minha inclinação para transformar a autoridade em autoritarismo com a consequente pretensão de obediência onde ela não era causada por uma verdadeira autoridade.

Também diante dos fracassos que existem – um filho que desobedece, ou cai em sérias dificuldades, ou se revolta ou toma um rumo errado, etc. – A soberba te empurra a deixar tudo e a fechar-te em ti mesmo, enquanto que a humildade te ajuda a aceitar a correção do Senhor por meio da história e a recomeçar a cada dia de novo.

Ter muitos filhos é, certamente, uma graça e um dom do Senhor, mas muitas vezes é também fonte de preocupação ou problemas, como podem ser aqueles econômicos, do trabalho ou até mesmo do juízo dos outros ou da mesma família de origem. Deste ponto de vista qual tem sido a tua experiência?

Paulo: Os problemas, as preocupações não faltam nestes anos e continuam, junto com grandes alegrias e satisfações. A subsistência material causou certamente angústias, mas também nos permitiu experimentar a providência de forma multifacetada e, por vezes, emocionante.
Tenho que dizer então que a dialética seja com as famílias de origem, seja com o ambiente ao redor, em certos períodos apertado, eu e minha mulher não o vivemos como um limite, mas como uma ocasião para aprofundar e testemunhar na possibilidade de uma vida mais rica e mais plena. O dado fundamental para gerar os filhos foi o reconhecimento de um poder superior e de uma eleição: Deus é o autor da vida (eterna), nos ama e nos elege como seus colaboradores para transmitir a vida (eterna) para a nossa felicidade, de pais e filhos. Tudo isso se realiza no combate da fé e na liberdade, nossa e dos filhos.

De quem e como fostes ajudados em tudo isso e de que modo vistes a atuação do Senhor na tua vida?

Paulo: Fui ajudado pela Igreja por meio de um caminho de iniciação cristã vivido numa comunidade de irmãos. O Senhor se manifestou de muitos modos, mas sobretudo me permitiu exercitar “indignamente” o papel de Catequista para adultos, presenteando-me uma pregação que me moveu a reconhecer-me pecador, fazendo-me experimentar o perdão e a misericórida, a reconciliação e a comunhão com Deus, com os irmãos, com minha mulher e com os filhos, sempre com percursos de “morte e ressurreição, desolação e consolo”

Como já mencionado também do ponto de vista material, o Senhor sempre proveu trabalho e recursos, educando-me e levando-me ao conhecimento de mim mesmo para ensinar-me a misericórdia e o amor pelos outros.

Devo dizer honestamente que eu me esforço para arruinar a Sua obra, até hoje, toda vez que me foi concedido confiar Nele eu não me decepcionei.

Fonte: Zenit.

segunda-feira, 19 de março de 2012

13 Anos Evangelizando

Uma alma toda de Deus

Publicamos a seguir um texto de espiritualidade escrito pela irmã Maria Elisabeth da Trindade, do Carmelo de Três Pontas, MG, e enviado para os leitores do Zenit. O artigo nos apresenta a vida da Serva de Deus, Tereza Margarida do Coração de Maria, que começou recentemente o processo de Canonização, no dia 4 de Março deste ano (Cfr. Notícia Zenit 04 de Março de 2012).


Irmã Maria Elisabeth da Trindade

“Ele quer viver em nós, e em nós irradiar bondade, paz, amor. Deixemo-Lo tomar conta de nosso ser, pelo Espírito Santo, com Maria, para a alegria, a glória do Pai”. (Nossa Mãe)

Assim que eu vejo a Nossa Mãe, como uma alma toda de Deus.

Nossa Mãe, assim a chamávamos, por ser a fundadora do Carmelo São José, na cidade de Três Pontas, e por ter assumido de fato uma maternidade espiritual não somente junto às suas filhas do Carmelo, mas também junto a todo o povo que encontrava nela o carinho, o apoio, a ternura de uma verdadeira mãe.

Madre Tereza Margarida do Coração de Maria, cujo nome de batismo era Maria Luíza Resende Marques, nasceu em 24 de dezembro de 1915 na cidade de Borda da Mata, no estado de Minas Gerais. Foi batizada na igreja de Nossa Senhora do Carmo, desta cidade, em 10 de fevereiro de 1916.

Nossa Mãe sempre dizia que a maioria das vocações que entram para o Carmelo, são atraídas por Santa Teresinha. Ela, ao contrário, conheceu o Carmelo lendo as “Memórias da Beata Elisabeth da Trindade.” Sentiu no seu coração o desejo de viver uma vida escondida em Deus, na oração e silêncio. Só depois conheceu Santa Teresinha, lendo a “História de uma alma.” Que foi também sua “Irmãzinha”, que a acompanhou durante toda a sua vida.

Aos 21 anos ingressou no Carmelo de Mogi das Cruzes-SP. Naquele tempo a vida no Carmelo era marcada pela austeridade e penitência. Nossa Mãe, de saúde frágil, mas de espírito firme, tudo suportou por amor a Jesus. Com apenas vinte dias de sua entrada no Carmelo, foi atingida por uma forte dor pela morte de seu pai. Sentiu muito, pois naquele tempo não era permitida a saída da clausura. Deixara em casa irmãos ainda pequenos. Mas abraçou tudo com espírito de fé.

O Carmelo de Mogi era uma casa improvisada, adaptou-se para isso uma antiga Igreja do lugar, porém as celas das Irmãs ficaram mal instaladas, de sorte que não recebiam muita luz solar, estando sempre a casa úmida. Isso prejudicava a saúde das Irmãs.

Mas, Nossa Mãe vivia feliz, cumprindo com amor suas obrigações e ofícios.

Pensou-se então na construção de um novo Mosteiro na cidade de Aparecida do Norte. O Carmelo de Mogi das Cruzes mudou-se para Aparecida em 1952.

No Carmelo de Aparecida Nossa Mãe foi Sub-Priora e Mestra de Noviças.

Um dia, quando menos esperava, sua Madre aproximou-se dela dizendo que a Diocese de Campanha, pedia a fundação de um Carmelo, e achava que a única pessoa que poderia assumi-lo seria ela – Nossa Mãe. Ela respondeu-lhe: “Três tentações nunca tive na vida: contra minha fé, minha vocação e o desejo de ter algum cargo importante. Mas farei o que a obediência mandar”.

Uma vez decidida, e ao saber, que o novo Carmelo seria de São José, ela disse: “Para São José, eu nada posso recusar, porque Ele nunca me recusou nada”.

Tudo se realizou conforme os desígnios de Deus. E no dia 16 de julho de 1962 nascia o Carmelo São José, na cidade de Três Pontas. Viveu nesse Carmelo durante 43 anos.

Atendia a todos os que dela se aproximavam, e tinha sempre uma palavra amiga, um gesto de carinho, de atenção, de ternura e bondade.

Nós também na Comunidade experimentávamos isso. Tive a graça de conviver com ela e experimentar seu carinho de mãe. Era sempre muito preocupada com cada filha.

Como mestra, ensinava não tanto com as palavras, mas com o exemplo. Era uma alma de oração, de silêncio. Corrigia-nos com firmeza, mas ao mesmo tempo com doçura. Era simples e alegre.

Repetia sempre: “Nunca nos cansemos de procurar crescer no amor e no zelo para salvar almas. Estamos aqui no Carmelo para isto.”

Nossa Mãe partiu para Deus no dia 14 de novembro de 2005.

Tão cedo, o povo já a aclama como Santa. A Abertura do Processo de Beatificação teve início no dia 4 de março de 2012.

Rezamos pedindo pela sua Beatificação e que ela do céu interceda por todos nós!




Oração pela Beatificação da Serva de Deus

Madre Tereza Margarida, “Nossa Mãe”

Trindade Santa, vós ornastes vossa serva,

Madre Tereza Margarida do Coração de Maria, Nossa Mãe,

com inúmeras virtudes. Nutria profundo amor a Vós e ao próximo,

acolhia e escutava a todos que a ela acorriam

e, sorrindo, procurava fazer o bem.

Confiando em sua intercessão, peço-vos a graça de que necessito (...)

E se for para vossa glória e o bem da Igreja,

suplico-vos que ela seja elevada à honra dos altares.

Por Cristo Nosso Senhor. Amém!

Glória ao Pai... (3X)

O horário para visitação à Capelinha de Nossa Mãe: todos os dias a partir das 6h:30min até às 17h.

Graças alcançadas por intercessão de Nossa Mãe devem ser comunicadas ao Carmelo São José (Rua Amazonas, 40. Bairro Santa Inês. CEP: 37.190-000 Três Pontas/MG – E-mail: carmelo3pontas@tpnet.psi.br).