sexta-feira, 27 de abril de 2012

Pesquisa sobre as sequelas psicológicas em crianças que venceram o câncer

A Universidade Pontifícia de Comillas e a Asion, associação espanhola de pais de crianças com câncer, firmaram um convênio de colaboração para desenvolver o projeto de pesquisa “Transtorno e sintomas de estresse pós-traumático em sobreviventes de câncer pediátrico”, cujo principal responsável é Carlos Pitillas Salvá, do Instituto Universitário da Família, da mesma universidade. O acordo foi assinado por Teresa González Herradas, presidente da Asion, e José Ramón Busto, SJ, reitor da universidade. O objetivo da pesquisa é conhecer com mais precisão as sequelas psicológicas do câncer pediátrico nas crianças tratadas contra essa doença. Em contraste com a evolução clínica da oncologia pediátrica, ainda são desconhecidos os mecanismos que levam alguns destes pacientes a superar com mais dificuldades a experiência da doença. A pergunta básica a ser respondida é: por que algumas crianças se tornam adultos sadios dos pontos de vista médico, psicológico e social e outras não? A metodologia usada será a de enquetes, para explorar a experiência da criança e dos seus responsáveis, assim como a relação entre esta experiência e as sequelas psicológicas no longo prazo. A tese central do projeto é que uma parte importante da qualidade de vida e do ajuste psicológico na sobrevivência responde aos intercâmbios emocionais em família durante o tratamento. A premissa da tese é um dos princípios básicos da psicologia do desenvolvimento: a criança extrai informação sobre o significado de uma experiência através das respostas e das expressões de quem cuida dela. O Instituto Universitário da Família é um centro orientado à pesquisa dos fenômenos sociais, psicológicos e de saúde que afetam a família e a infância. Desde a fundação, procura atender uma quantidade cada vez maior de pessoas em risco de exclusão social ou em situações adversas, como a doença. Recentemente, o instituto abriu uma linha de pesquisa focada na família que enfrenta a enfermidade, contexto em que se desenvolve este estudo. A Asion colaborará com o Instituto Universitário da Família distribuindo a enquete entre os afiliados e pacientes da sua base, com a certeza de que o estudo proporcionará uma série de diretrizes para pais e responsáveis, as quais facilitarão a volta à normalidade para as crianças que superaram a doença. A Asion é uma associação sem fins de lucro, nascida em 1989 por iniciativa de um pequeno grupo de pais que passaram pela cruel experiência de ter um filho atingido pelo câncer. O grupo cresceu com os anos até se tornar uma organização de utilidade pública reconhecida pelo governo espanhol, em 1995. O objetivo prioritário é ajudar crianças com câncer e suas famílias a enfrentarem os problemas que surgem a partir do diagnóstico. A associação trabalha com doentes de zero a 18 anos diagnosticados ou tratados na Comunidade de Madri, bem como com qualquer membro da família que precise da sua ajuda. Em 2010, foi lançado o programa “La Hucha de Tomás” [O cofrinho de Tomás, ndr], da área científica da Asion, com o objetivo de apoiar as pesquisas em oncologia pediátrica. Esta iniciativa levou à parceria com a Universidade Pontifícia de Comillas. Mais informação: www.asion.org. Fonte: Zenit.

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