Na Jornada dos missionários mártires de 24 de março, a RAI (televisão pública italiana), a TV2000 (emissora do episcopado italiano) e a prefeitura de Roma se uniram nesta segunda-feira em uma transmissão sem precedentes, para recordar um grupo de católicos que morreram pela fé em Cristo e no serviço à Igreja.
Um dos objetivos da Jornada é “evitar que o seu testemunho fique nas catacumbas”, disse a ZENIT o bispo de Terni, dom Vicenzo Paglia.
No famoso teatro Argentina de Roma, centenas de religiosos e leigos provenientes de vários continentes de missão participaram de um moderno espetáculo com vídeos exclusivos, declamações, relatos e testemunhos de quem conheceu e conviveu com os novos mártires. Era, para eles, como ver em perspectiva o que poderia acontecer com quem decidisse “ir até onde ninguém quer ir e ficar quando todos querem sair”: os territórios de perseguição e hostilidade contra os cristãos.
Centenas de cristãos e católicos foram assassinados nos últimos anos. A eles devem juntar-se os 26 registrados pela Igreja em 2011.
A homenagem a esses “cascos azuis” da fé se concentrou nos padres Fausto Tenorio (Filipinas, 2011), Rageed Ganni (Iraque, 2007), Andrea Santoro (Turquia, 2006), Raffaele Di Bari (Uganda, 2000); nas religiosas Dorothy Stang (Brasil, 2005) e Gina Simionato (Burundi, 2000), e na voluntária Annalena Toneli (Somália, 2003); assim como nos 19 leigos crucificados no Sudão (2009), no ministro paquistanês Shahbaz Bhatti (2011) e no arcebispo Oscar Romero (1980).
Dom Vicenzo Paglia, relator da causa do ex-arcebispo salvadorenho, trazendo ao peito a cruz de Romero, deu seu depoimento junto com irmã do padre Santoro e outros convidados. Todos compartilharam a experiência de ter conhecido e convivido com um mártir, inclusive nos momentos em que eram conscientes da sua morte iminente, da qual nunca fugiram.
Em breve diálogo com ZENIT, dom Paglia recordou que as perseguições continuam no mundo, algumas culminando na morte de católicos, como no Egito, Nigéria, Índia, Paquistão e América Latina, onde o fato da falta de liberdade para expressar a fé já é um tipo de martírio. E observou também que há outras perseguições mais sutis “e psicológicas” em alguns países ocidentais.
Fonte: Zenit.
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