“As pessoas têm confiança em nós porque sabem o quanto a Igreja é importante para o desenvolvimento do país”. Em visita à sede internacional da Ajuda à Igreja que Sofre, Dom Alexander Pyone Cho, bispo de Pyay, ilustra o aumento das responsabilidades da Igreja Católica em Mianmar, antiga Birmânia.
"Nosso compromisso não é estritamente reservado aos fiéis. Os representantes do clero são um ponto de referência para todos os cidadãos". Os católicos birmaneses são apenas 25 mil, ou 3% da população, e, portanto, é especialmente a maioria budista que se beneficia do apoio dos sacerdotes.
Em outubro de 2010, um ciclone tropical devastou as regiões costeiras do oeste do país, na fronteira com Bangladesh, matando 160 pessoas e deixando mais de 70 mil sem casa. Nos meses seguintes, a contribuição da Igreja foi decisiva. A partir desse momento, os birmaneses depositaram confiança crescente na comunidade católica.
"Nossa ajuda após o ciclone abriu as portas de cada aldeia". Dom Pyone recorda o relato do diretor da Caritas diocesana, que tem ajudado as famílias das vítimas e as pessoas desabrigadas, fornecendo alimentos e itens de primeira necessidade.
"A ajuda foi oferecida a todos os residentes das áreas afetadas, de qualquer credo".
Em Mianmar, no entanto, os cristãos ainda são marginalizados por causa da identificação generalizada do cristianismo com o Ocidente, "cuja influência é tão temida". "Nossa religião é considerada estrangeira, mas a Igreja é uma parte integrante da história do país. Isso é mostrado pelos 34 sacerdotes birmaneses que trabalham só em nossa diocese".
O próprio Pyone é da região de Yangon, onde fica Pyay. A diocese, que se estende a oeste até o Golfo de Bengala, é a segunda mais pobre do país, mas tem uma crescente comunidade católica. Em fevereiro passado, quando assumiu o cargo, Dom Pyone identificou dois principais objetivos da pastoral: a educação dos fiéis e a formação dos padres. "Evangelização exige fé forte e conhecimento aprofundado".
Em 2010, a Ajuda à Igreja que Sofre doou à Igreja na Birmânia mais de um milhão de euros. Após o ciclone, a associação contribuiu significativamente para a reconstrução de igrejas e edifícios destruídos e tem financiado vários projetos pastorais.
São muitas as construções e reconstruções, incluindo a da Capela do Sagrado Coração de Jesus, em Yihku Manhkam, na diocese de Banmaw, e a construção de uma estrutura para o novo seminário menor dos missionários Little Way, de Santa Teresa, em Chaungkhua, além de uma nova paróquia em Cowbuk, na diocese de Hakha.
Quanto à formação, são oferecidos cursos de planejamento familiar, seminários sobre a pastoral bíblica e formação para as Irmãs da Reparação. Também foram comprados carros para facilitar a pastoral, bem como máquinas agrícolas.
Fonte: Zenit.
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