O cardeal Kurt Koch pediu para "recuperar a seriedade da fé cristã".
O presidente do Pontifício Conselho para a promoção da unidade dos cristão presidiu uma missa domingo 13 de novembro na Catedral de Minsk, capital da Bielorrússia, onde, a convite do Patriarcado de Moscou, participou de uma conferência ecumênica. O encontro, que reuniu cristãos da Europa do Leste e do Oeste, se concluiu terça-feira à noite.
O tema da conferência foi: o diálogo católico-ortodoxo e os valores éticos cristãos como uma contribuição para a vida social da Europa. De acordo com a Rádio Vaticano, o evento confirma a aproximação em curso entre Roma e Moscou, um processo em que há "progressos constantes."
No programa da conferência tinha-se argumentos tais como: o mundo contemporâneo e a resposta da Igreja em têrmos de ética social; a crise econômica global e a crise de fé, os valores cristãos em um mundo pluralista; os valores cristãos e economia social de mercado em um momento de crise global .
O cardeal Koch concentrou a sua homilia sobre o Julgamento de Deus, “hoje rejeitado em tantos ambientes e muitas vezes calado", "mesmo a nível teológico."
No entanto, "Deus, quando julga, está interessado pelo homem", disse o cardeal, e o seu juízo não é um ato de condenação pela humanidade, como "um ato de graça, terapêutico e rico de misericórdia".
Devemos, concluiu Koch, "redescobrir a seriedade da fé cristã", e dar-nos conta de que se, na nossa vida de cada dia, “vemos no juíz divino a medida do nosso viver e do nosso agir”, a “alegria” não desaparece nunca da nossa vida”.
Segunda-feira de manhã, 14 de novembro, o cardeal se reuniu com o presidente bielorrusso Aleksandr Lukashenko, que "tentou obter o apoio da Santa Sé, enquanto está sendo altamente isolado no palco europeu, exposto à críticas dos EUA e diante de uma crise sócio-econômica sem precedentes ".
Recebendo o Cardeal Koch, que foi acompanhado pelo metropolita ortodoxo Filaret de Minsk, o presidente bielorrusso "deixou claro que esperava mais da Igreja Católica" como referido por uma fonte à Rádio Vaticano.
A Rádio Vaticano disse que "Alexander Lukashenko, que fortaleceu mais ainda as restrições contra a liberdade de expressão e a repressão da oposição, afirmou, segundo a mídia russa, que a atual política da Europa com relação ao seu país foi inaceitável e que esperava que a Igreja Católica tivesse tomado a sua defesa". Durante uma turnê européia em 2009, o presidente bielorrusso foi recebido também no vaticano por Bento XVI.
I.C., com Rádio Vaticano
Fonte: Zenit.
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