Não é uma novidade que o Norte de Minas Gerais pode ser considerado um complemento do Estado da Bahia. A Santa Casa de Montes Claros é a maior prova disso, pois atende pacientes da região norte-mineira e do sul baiano. A região dos Gerais se desenvolveu mais pelos lados baianos e geraizeiros do que pelos lados das minas, o que, hoje em dia, com a maior conscientização das pessoas, está mudando gradativamente. Os Gerais também se desenvolvem, e com a ajuda de muita fé.
Grazielle Azevedo, 17 anos, é baiana de Pindaí. Mora temporariamente em Montes Claros. Veio para estudar e foi uma das centenas de pessoas que presenciaram o fato histórico da chegada à cidade dos símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ): a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora. “Não há palavras para descrever o sentimento e a sensação de realização por estar presente em uma celebração tão linda, tão grandiosa e especial para receber a cruz e o ícone de Nossa Senhora nesta noite tão abençoada”, na Praça da Catedral, em uma noite de "terra da garoa" e chuva em MOC.
O momento então é de revelar, mais do que nunca, a sua história de vida na Igreja. “Tenho uma vida religiosa muito marcada desde criança na igreja. Sempre frequentei grupos de oração e ajudei como pude nas celebrações da igreja de minha cidade”, conta a estudante Grazielle e continua o seu relato. “Antes de vim para Montes Claros, coordenava o grupo de crianças da Infância Missionária e participava do grupo da Juventude Missionária da Paróquia São João Batista de Pindaí, Diocese de Caetité”.
Para Grazielle, a participação nesta acolhida aos símbolos da JMJ a faz amadurecer para a vida. “Acredito que não foi por acaso Deus ter tocado o meu coração para estar presente lá... O arrepio ao ver [os símbolos] talvez seja uma forma concreta do quanto é verdadeiro o sentir e o agir de Deus em nosso meio. O que vou levar de experiência, de palavras e exemplo de força... fé... é enorme. A cruz nos mostra e nos transmite significados profundos de missão e salvação!”, declara Grazielle e reza para todos.
“Que a cruz e o ícone de Nossa Senhora não tenham tocados só a mim, mas sim continuem tocando o coração de muitos jovens por onde passarem”, deseja a estudante, ainda mais em uma cidade em que o número de assassinatos em 2011 está perto da marca de 100, a maioria vítimas jovens aliciadas para o tráfico de drogas, em virtude da falta de políticas públicas para a área.
Outro baiano de Pindaí é Nadson Silva. Trabalha na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Talvez tenha sido a primeira pessoa a postar imagens e comentários nas redes sociais sobre a chegada dos símbolos da JMJ ao município norte-mineiro. “Ela está aqui!!!! A Cruz peregrina chegou na Arquidiocese de Montes Claros e, com ela, veio uma alegria enorme de receber um dos maiores presentes do Beato João Paulo II e de Bento XVI!!! Agora é só esperar 2013!!!!”, anunciou, motivado, ao informar também que tocou os símbolos da JMJ. Na próxima quarta-feira (09/11), às 10h, a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora visitam a Unimontes. Antes, às 7h, marcam presença no Centro Socioeducativo Nossa Senhora Aparecida (Cesensa).
Fonte: Diocese de Montes Claros
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