"A nova evangelização não é apenas da Europa, mas é uma questão que afeta o mundo inteiro”, afirmou monsenhor Rino Fisichella, na conclusão do Seminário sobre a Europa e a Nova Evangelização que se realizou em Roma na terça-feira 22 de Novembro.
A reunião teve a participação de um número significativo de cardeais, arcebispos, bispos, representando as dioceses européias, de Presidentes, Secretários e subsecretários da Cúria vaticana, de embaixadores junto à Santa Sé, e foi organizado pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), em conjunto com o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, com a intenção de comemorar os 40 anos de atividade à serviço da comunhão dos bispos na Europa.
Monsenhor Fisichella lembrou que a Nova Evangelização é necessária para responder à crise antropológica, ética e social causadas pela exclusão de Deus no mundo dos homens.
Segundo o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, o entusiasmo de uma fé razoável é a chave para fazer renascer em verdade e liberdade o mundo inteiro.
A este respeito, o cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado salientou que "aos batizados cuja fé foi extinta e que já não são praticantes, o evangelho deve ser pregado com novo ardor, novos métodos e novas expressões".
"A nova evangelização - disse o cardeal – não é apenas uma 'corrida para os reparos', mas uma" nova primavera ", um meio para valorizar os novos rebentos que brotam em uma antiga floresta".
Para o secretário de Estado é tempo para redescobrir o "primeiro amor" aquele "reflexo do amor imenso que Deus Pai tem demonstrado por nós, dando-nos o seu Filho", porque aquele "primeiro amor" é a força que move o coração e os passos de tantos novos evangelizadores: pessoas, famílias, comunidades, movimentos eclesiais, como constatado também no encontro do 15 de Outubro no Vaticano.
O cardeal Péter Erdő, presidente da CCEE, observou que, embora a secularização pareça prevalecer "através de seu ensino, arte e liturgia, a Igreja oferece ao mundo um olhar do mistério de Deus capaz de abrir o coração e a razão humana".
E acrescentou: "A evangelização passa sempre e necessariamente pela caridade vivida na vida diária", porque a caridade "é um sinal da presença e do amor de Cristo".
O presidente da CCEE concluiu afirmando que "os cristãos, no chamado para a Nova Evangelização, são desafiados por Jesus e pela Igreja e também pelo grito das pessoas que buscam um significado para as suas vidas, a se esforçarem para trazer alívio para aqueles que sofrem na ' alma ou no corpo. "
O prof Philippe Capelle-Dumont da Faculdade de Filosofia, do Institut Catholique de Paris, realizou uma longa e douta palestra sobre o tema: "O contexto cultural da Europa de hoje e o Evangelho", explicando como tudo se move na busca de Deus.
Neste sentido o digníssimo Sr. Luca Volontè, parlamentar junto ao Conselho da Europa explicou que "neste longo período de crise geral devemos aproveitar as grandes oportunidades da Europa."
À Europa em crise de identidade e aos nossos concidadãos - disse - nós devemos dizer que é a urgência de Cristo que transforma as batalhas nacionais e européias da política e da sociedade. É necessário um grande apelo para a mobilização sábia para o crescimento do "neo-humanismo" que a Europa precisa urgentemente".
Fonte: Zenit.
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