A Cáritas Europa publicou uma mensagem para o Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro) em que defende medidas “urgentes” e de “longo prazo” contra o flagelo da fome, que ameaça “800 milhões de pessoas”.
No texto, enviado à Agência ECCLESIA, a organização católica realça que “uma em cada nove pessoas em todo o mundo sofrem de subnutrição crónica”, um flagelo quase exclusivamente concentrado “nos países em vias de desenvolvimento”.
A “fome e a pobreza são atualmente as causas principais da imigração forçada e dos fluxos de deslocados”, que “ao longo do último ano atingiram o valor recorde de 65 milhões de pessoas”.
A Cáritas Europa recorda que na agenda adotada pelos líderes mundiais até 2030, no âmbito do Desenvolvimento Sustentável, está previsto como objetivo “o fim da fome, garantir a segurança alimentar e a nutrição e promover a agricultura sustentável”.
O organismo destaca a necessidade “da União Europeia e dos seus Estados-membros aumentarem o seu apoio ao desenvolvimento (…) assegurando assim que o comércio europeu, e as políticas ligadas à agricultura, à energia e à indústria vão ao encontro dos objetivos traçados contra a fome, a desigualdade e a pobreza”.
“No Dia Mundial da Alimentação, queremos prestar tributo a todos quantos perderam as suas vidas ou meios de subsistência na luta contra a fome e a subnutrição”, refere a Cáritas Europa, recordando também os “pequenos agricultores” que no seu quotidiano veem muitas vezes negado o acesso a um mercado “justo” e a um “rendimento digno”.
Ficando assim muitas vezes impedidos de “produzir o suficiente para alimentar as suas famílias”, acrescenta a Cáritas Europa.
A organização católica liga depois a questão do desenvolvimento sustentável à luta contra “as alterações climáticas, cujo impacto nas regiões mais desfavorecida é catastrófico”.
Só a “falta de chuva ou um tempo incerto são suficientes para tornar infrutífero o esforço incansável” de um agricultor que apenas quer “produzir o suficiente para a sua sobrevivência, ou retirar “um rendimento suficiente para pagar e educação dos filhos ou cuidados de saúde essenciais”, recorda a Cáritas Europa.
JCP - Agência Ecclesia.
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