O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, afirmou hoje que o diálogo com diferentes setores para solucionar a crise política no país já começou.
"Hoje, teve início (o diálogo), e, claro que sim, é positivo", declarou ao canal de TV local "36".
À emissora, Zelaya, tirado do poder em 28 de junho, disse que planeja se reunir com representantes de diferentes setores hondurenhos. Porém, não quis dar detalhes sobre quais seriam.
"Não posso dar os nomes das pessoas que virão, se é significativo o que está sendo feito com o setor privado, com setores religiosos, com a imprensa e com o setor político", declarou.
Antes de conversar com a imprensa, o presidente deposto recebeu o bispo auxiliar de Tegucigalpa, Juan José Pineda, na embaixada do Brasil, onde está hospedado desde segunda-feira.
Ao deixar a representação diplomática, o bispo afirmou que "todos" passaram todo "este tempo falando de diálogo". Mas "ninguém deu o primeiro passo, ninguém quis se expor", acrescentou.
"Eu, como filho deste país, como filho desta Igreja, como bispo da Igreja Católica, quis assumir a responsabilidade de dar o primeiro passo e abrir essa porta, abrir as janelas do meu país para que haja um diálogo", disse.
Já o candidato presidencial do Partido Liberal nas eleições de novembro, Elvin Santos, anunciou que os outros concorrentes ao cargo também se reunirão com Zelaya ainda hoje, depois do encontro com o presidente de fato, Roberto Micheletti.
"Assim que sairmos daqui, vamos nos reunir com Zelaya", disse Santos aos jornalistas quando entrava na sede da Presidência.
Santos acrescentou que os candidatos ao pleito de novembro dirão a Zelaya o mesmo vão expor a Micheletti: que eles são os candidatos à Presidência e "o futuro do país".
"Somos a institucionalidade democrática do país, apesar de não sermos aqueles que, neste momento, têm o poder. Mas queremos que Honduras consiga viver em paz e em tranquilidade", disse.
Nesta quinta-feira, após três dias de um quase contínuo toque de recolher, os aeroportos internacionais voltaram a funcionar. Porém, só puderam decolar voos privados para fora de Honduras.
O Ministério Público, por sua vez, confirmou que um jovem morreu baleado por um policial ao não atender uma ordem para parar. Com este óbito, já são duas as pessoas que perderam a vida no país desde o retorno de Zelaya.
Também hoje, a Chancelaria do Governo de fato anunciou que uma missão integrada pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, visitará Honduras para dialogar sobre a crise política.
Em nota, o Governo informou que Micheletti conversou na noite de ontem com o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, a quem manifestou sua disposição de conversar com "qualquer visitante".
O dia em Tegucigalpa também foi de protestos. Pela primeira vez desde segunda-feira, milhares de hondurenhos contrários a Zelaya se reuniram em frente à embaixada das Nações Unidas para repreender a comunidade internacional.
Com cartazes com mensagens como "Honduras mais independente que nunca", "Não temos medo" e "Eleições", os manifestantes começaram a mobilização por volta das 13h de Brasília. A embaixada dos Estados Unidos foi um dos pontos por onde a marcha passou.
"Estamos em conformidade com o Governo que temos", disse à Agência Efe Gladys Hernández, uma advogada de 45 anos, ao assegurar que Honduras tem uma Constituição "que permite que um presidente corrupto" seja tirado do poder.
Hernández aconselhou Zelaya a "esperar deitado (na embaixada brasileira), já que o povo não o quer no poder".
Os seguidores de Zelaya, em contrapartida, se reuniram no centro de operações da Universidade Nacional Autônoma. De lá, marcharam pelos distritos da cidade, em vez de se reunirem no centro de Tegucigalpa.
"Hoje, teve início (o diálogo), e, claro que sim, é positivo", declarou ao canal de TV local "36".
À emissora, Zelaya, tirado do poder em 28 de junho, disse que planeja se reunir com representantes de diferentes setores hondurenhos. Porém, não quis dar detalhes sobre quais seriam.
"Não posso dar os nomes das pessoas que virão, se é significativo o que está sendo feito com o setor privado, com setores religiosos, com a imprensa e com o setor político", declarou.
Antes de conversar com a imprensa, o presidente deposto recebeu o bispo auxiliar de Tegucigalpa, Juan José Pineda, na embaixada do Brasil, onde está hospedado desde segunda-feira.
Ao deixar a representação diplomática, o bispo afirmou que "todos" passaram todo "este tempo falando de diálogo". Mas "ninguém deu o primeiro passo, ninguém quis se expor", acrescentou.
"Eu, como filho deste país, como filho desta Igreja, como bispo da Igreja Católica, quis assumir a responsabilidade de dar o primeiro passo e abrir essa porta, abrir as janelas do meu país para que haja um diálogo", disse.
Já o candidato presidencial do Partido Liberal nas eleições de novembro, Elvin Santos, anunciou que os outros concorrentes ao cargo também se reunirão com Zelaya ainda hoje, depois do encontro com o presidente de fato, Roberto Micheletti.
"Assim que sairmos daqui, vamos nos reunir com Zelaya", disse Santos aos jornalistas quando entrava na sede da Presidência.
Santos acrescentou que os candidatos ao pleito de novembro dirão a Zelaya o mesmo vão expor a Micheletti: que eles são os candidatos à Presidência e "o futuro do país".
"Somos a institucionalidade democrática do país, apesar de não sermos aqueles que, neste momento, têm o poder. Mas queremos que Honduras consiga viver em paz e em tranquilidade", disse.
Nesta quinta-feira, após três dias de um quase contínuo toque de recolher, os aeroportos internacionais voltaram a funcionar. Porém, só puderam decolar voos privados para fora de Honduras.
O Ministério Público, por sua vez, confirmou que um jovem morreu baleado por um policial ao não atender uma ordem para parar. Com este óbito, já são duas as pessoas que perderam a vida no país desde o retorno de Zelaya.
Também hoje, a Chancelaria do Governo de fato anunciou que uma missão integrada pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, visitará Honduras para dialogar sobre a crise política.
Em nota, o Governo informou que Micheletti conversou na noite de ontem com o ex-presidente dos EUA Jimmy Carter, a quem manifestou sua disposição de conversar com "qualquer visitante".
O dia em Tegucigalpa também foi de protestos. Pela primeira vez desde segunda-feira, milhares de hondurenhos contrários a Zelaya se reuniram em frente à embaixada das Nações Unidas para repreender a comunidade internacional.
Com cartazes com mensagens como "Honduras mais independente que nunca", "Não temos medo" e "Eleições", os manifestantes começaram a mobilização por volta das 13h de Brasília. A embaixada dos Estados Unidos foi um dos pontos por onde a marcha passou.
"Estamos em conformidade com o Governo que temos", disse à Agência Efe Gladys Hernández, uma advogada de 45 anos, ao assegurar que Honduras tem uma Constituição "que permite que um presidente corrupto" seja tirado do poder.
Hernández aconselhou Zelaya a "esperar deitado (na embaixada brasileira), já que o povo não o quer no poder".
Os seguidores de Zelaya, em contrapartida, se reuniram no centro de operações da Universidade Nacional Autônoma. De lá, marcharam pelos distritos da cidade, em vez de se reunirem no centro de Tegucigalpa.
EFE - G1.com.br
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