Agora, dois símbolos do Nordeste estão nas entradas da feira: Padre Cícero e Luiz Gonzaga, recepcionando visitantesRio de Janeiro. O maior ponto de encontro dos nordestinos no Rio de Janeiro já tem seu cantinho místico. Uma estátua com a imagem do Padre Cícero foi instalada, ontem, na entrada 2 do Pavilhão de São Cristóvão. Um presente da Rádio Tamoio 900 AM Khz - filiada do Grupo Edson Queiroz - pelos 64 anos da Feira de São Cristóvão."Isso aqui vai virar um santuário, um ponto de romeiros. Essa era uma reivindicação antiga da feira, que agora homenageia, em seus portões de entrada, dois símbolos do Nordeste: o músico Luiz Gonzaga e o Padre Cícero", disse o presidente da Feira de São Cristóvão, Alex Araújo. Ele agradeceu o apoio de todas as empresas do Grupo Edson Queiroz, com destaque para a Rádio Tamoio, representada na solenidade por Robson Barbosa, do Departamento de Publicidade.A inauguração da estátua foi festiva, com apresentação de bumba-meu-boi e repentistas, além da bênção do padre José Honorato da Cunha. "A presença de Padre Cícero diante da feira é uma chamada para vivenciarmos seus ensinamentos, imitar sua dedicação e amor a Cristo. O Padre Cícero deixou obras importantes que devemos levar adiante", disse o sacerdote.A área em torno do Pavilhão de São Cristóvão começou a ser tomada por vendedores de alimentos e produtos nordestinos há 64 anos, quando ônibus que vinham do Nordeste faziam o ponto final naquela região. A chegada dos migrantes era saudada com música, o que dava um aspecto festivo à feira, que, em 2005, foi abrigada no interior do Pavilhão, que se chama Centro Municipal Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas.O gerente do Centro, Marcos Lucenna, lembrou que a estátua do Padre Cícero era uma antiga reivindicação dos feirantes. "Reverenciar Padre Cícero é comum a todos os nordestinos, pois o homem foi alçado à condição de santo em vida pelas massas oprimidas do Nordeste. A estátua é uma doação carinhosa do Grupo Edson Queiroz, através da Rádio Tamoio, cuja programação voltada para a comunidade nordestina no Rio contribui para que essa cultura sobreviva", comentou Lucenna.Também compareceram à cerimônia Carlos Fernando Andrade, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro, e Mônica Costa, assessora de Patrimônio Imaterial da Instituição. Há oito meses, a Associação de Feirantes pediu o registro da Feira de São Cristóvão como Patrimônio Cultural Imaterial. "Estamos na segunda etapa de análise de documentação dessa manifestação ", disse Carlos Fernando Andrade.Confeccionada em madeira por artesãos do Cariri, a estátua, de 1,60m, foi encomendada em Juazeiro do Norte pelo Grupo Edson Queiroz há cerca de 50 dias. "Quisemos atender a um pedido da Associação de Feirantes do Pavilhão, que já tinha homenageado o ídolo Luiz Gonzaga com outra estátua. A música de Luiz Gonzaga e a fé no Padre Cícero são naturais do povo do Nordeste. Quando estivemos na Feira para mostrar o Tamoio Notícias, um veículo que veio dar visibilidade maior à Rádio Tamoio, e divulgar entre os que vieram do Nordeste os casos de nordestinos valorosos e bem-sucedidos no Rio de Janeiro, ouvimos essa solicitação dos lojistas. Como o Pavilhão é âncora para os nordestinos que vivem no Rio, consideramos esse pleito com um carinho imenso", contou o diretor comercial do Diário do Nordeste e do Tamoio Notícias, Francisco José Ribeiro.
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Fonte: Diário do Nordeste.
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