Recebeu o prêmio Nobel da Paz
A fé católica era o segredo da grandeza de espírito de Kim Dae-Jung, ex-presidente da Coreia do Sul, Prêmio Nobel da Paz, falecido nesta terça-feira em um hospital de Seúl, considera L’Osservatore Romano.
O jornal vaticano o qualifica como “figura de primeiro nível na luta pela democracia” e rende homenagem a “seus intentos de reconciliação com a Coreia do Norte”.
Hospitalizado em 13 de julho passado, faleceu por causa de uma pneumonia aos 85 anos. Havia sido presidente do país asiático de 1998 a 2003.
“A luta pelos valores democráticos fez de Kim o líder das batalhas contra o regime, até o ponto de que o poder tentou detê-lo com todos os meios”, afirma o jornal vaticano.
“Durante o regime militar foi encarcerado, torturado e condenado à morte e duas vezes expulso ao exílio. A fé católica, dizia, o ajudou e apoiou nesses momentos difíceis”, continua dizendo L’Osservatore Romano.
“Após sobreviver a vários atentados, inspirou a ‘Sunshine policy’, a chamada política do raio de sol para com o irmão norte-coreano para favorecer uma atividade favorável ao diálogo, que no ano 2000 levou à distensão nas relações entre Coreia do Norte e Coreia do Sul”, recorda o jornal vaticano.
Esse novo ambiente foi selado com a histórica reunião de Pyongyang, de 14 de junho daquele ano, entre o próprio Kim Dae-jung, primeiro expoente do partido da oposição eleito chefe de Estado, e o líder comunista norte-coreano, Kim Jong-il.
Foi o primeiro encontro entre as duas Coreias desde a guerra de 1950-1953. Meses depois recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Depois de ter recebido este reconhecimento, Kim declarou: “Durante toda minha vida vivi com a convicção de que a justiça vence. A justiça pode fracassar uma vez na vida, mas ao final sempre triunfa no transcurso da história”.
Fonte: Zenit.
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