O Papa retomou hoje a reflexão à volta do Jubileu da Misericórdia, destacando a importância dos cristãos peregrinarem até às "Portas Santas" das suas dioceses e o que isso representa em termos de mudança para as suas vidas.
" Ao chegar à ‘Porta Santa’ todos trazem a sua vida com alegrias e sofrimentos, projetos e fracassos, dúvidas e medos para apresenta-los ao Senhor Misericordioso”, frisou Francisco durante a audiência pública semanal de hoje, no Vaticano.
Aos peregrinos reunidos na Sala Paulo VI, o Papa sublinhou que cada um quando chega à Porta Santa está confiante que o “Senhor está próximo” para o atender, para “oferecer a Sua poderosa palavra consoladora”: “Não chorem.”
Neste sentido, o pontífice disse que a Porta Santa da Misericórdia é o ponto de encontro entre “a dor da humanidade e compaixão de Deus” e depois de atravessada dá-se a peregrinação na misericórdia de Deus.
“A poderosa palavra de Jesus pode levantar-nos e também realiza em nós a passagem da morte para a vida. Sua palavra faz-nos reviver, dá esperança, reavivando corações cansados, abre para uma visão do mundo e da vida que vai além do sofrimento e da morte”, desenvolveu.
A reflexão desta quarta-feira do Papa foi inspirada na passagem do Evangelho de São Lucas (7,11-17), sobre a viuva de Naim e o seu filho.
Francisco apontou que a “ternura” de Jesus para com a viúva de Naim é mais importante que a ressurreição do seu filho e incentivou os peregrinos a lembrarem-se dessa narração quando atravessarem a Porta Santa da Misericórdia.
O Papa argentino comentou ainda que Jesus ao ressuscitar o filho da viúva de Naim e ao restituí-lo à sua mãe, torna-a mãe “pela segunda vez” e ambos “experimentam a misericórdia concreta do Senhor”.
Este milagre de Jesus “não foi uma ação de salvação” destinada apenas à viúva e ao seu filho ou um gesto de bondade limitada à cidade de Naim.
“No resgate misericordioso de Jesus, Deus vai ao encontro do seu povo, aparece nele e continuam a aparecer para a humanidade toda a graça de Deus.”, salientou.
O Papa comentou ainda que ao celebrar o Jubileu da Misericórdia desejava tê-lo “vivido em todas as Igrejas particulares e não apenas em Roma”, é como se a Igreja, em todo o mundo, se juntasse “à música de louvor ao Senhor”.
No final da audiência, o Papa saudou os peregrinos das diversas nacionalidades que encheram a Sala Paulo VI e de língua portuguesa, dirigiu-se especialmente aos de Portugal e do Brasil.
“Queridos amigos, a experiência da compaixão de misericordiosa de Deus deve levar-nos a trazer outros ao encontro com Jesus que espera cada homem e mulher na Porta da Misericórdia de todas as Igrejas particulares do mundo. Deus vos abençoe!”, disse Francisco.
CB/JCP - Agência Ecclesia.
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