O Papa Francisco lembrou aos participantes do Congresso da Misericórdia, a decorrer em Bogotá, Colômbia, que na vida dos povos “existe muito sofrimento”, o que exige união na Igreja.
“Já existe muito sofrimento na vida dos nossos povos para que ainda acrescentemos mais ou um pouco mais. Aprender a lidar com a misericórdia é aprender com o mestre para tornarmo-nos próximos, sem medo daqueles que foram descartados e estão ‘contaminados’ e marcados pelo pecado”, assinalou Francisco, na mensagem divulgada pela Sala de Imprensa da Santa Sé.
O congresso tem como tema ‘Que um vento impetuoso de santidade acompanhe o Jubileu Extraordinário da Misericórdia em toda a América’ e é promovido pela Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) e pelo Conselho Episcopal das Igrejas Latino-americanas (CELAM).
Para o Papa o “tratamento não misericordioso” por mais justo que pareça, acaba por “tornar-se abuso”: “A inteligência está em melhorar as formas de esperança.”
O pontífice alerta que estão inseridos numa “cultura fraturada”, que “respira descarte” e exclui “tudo o que possa prejudicar os interesses de poucos” deixando pelo caminho “idosos, crianças, minorias étnicas” que são consideradas “uma ameaça”.
Neste contexto, aos participantes do congresso da Misericórdia na capital da Colômbia o Papa assinala que é a essa sociedade, a essa cultura que o Senhor os envia com o “único programa” de trata-los com misericórdia
“Tornem-se vizinhos desses milhares de indefesos que andam no amado território americano propondo um tratamento diferente. Um acordo renovado, olhando a nossa forma de interagir empate em Deus sonhou, o que ele fez”, observa.
Francisco começou a sua mensagem por relembrar a palavra do Apóstolo Paulo ao seu discípulo Timóteo para destacar o “convite”, a “provocação” para que não se permaneça “indiferente” porque para São Paulo a relação com Jesus centra-se na forma como foi tratado, “a misericórdia é uma forma concreta de ‘toque’”.
Por isso, acrescenta, o Deus de Paulo “gera o movimento do coração para as mãos”, o movimento que não tem medo da abordagem, “de tocar, acariciar” sem se escandalizar ou condenar, “sem excluir ninguém”.
Segundo o pontífice argentino o encontro que termina esta terça-feira “não é um congresso, uma reunião, um seminário ou conferência” mas uma “celebração” porque foram “convidados” para celebrar o relacionamento de Deus com “cada um e com o seu povo”.
“Nosso modo de agir com os outros nunca vai ser uma ação baseada no medo, mas na esperança que ele tem na nossa transformação”, sublinha Francisco sobre a ação que gera “oportunidades, empurra”, que “enfatiza a confiança na aprendizagem, sempre à procura de novas oportunidades”.
O Papa manifestou também alegria com a participação de “todos os países da América” no Congresso da Misericórdia devido às “tentativas de fragmentação, divisão” que enfrentam os povos porque vai “ajudar” a ter “horizontes abertos, um grande sinal que encoraja à esperança”.
O Congresso da Misericórdia reúne as 22 Conferências Episcopais dos Países da América Latina e ainda as conferências dos Estados Unidos da América e do Canadá.
“Um impetuoso vento de santidade percorra o Jubileu extraordinário da Misericórdia nas Américas”, desejou ainda o Papa em @Pontifex_pt, a sua conta na rede social Twitter.
CB - Agência Ecclesia.
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