A diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM) diz que o terrorismo e a violência, como a alegadamente praticada em nome da fé, são males que têm de ser contrariados para bem do futuro da humanidade.
Em entrevista ao Programa ECCLESIA desta segunda-feira, na RTP2, Eugénia Quaresma aborda a Semana das Migrações que está a decorrer, dedicada ao tema dos “Migrantes e Refugiados”, e alerta para as consequências do atual clima de tensão que ensombra a Europa e o mundo.
“Estamos a viver momentos muito tristes, momentos que acendem, reacendem alguns fantasmas que nós tentamos combater no início, alguns mitos que andaram por aí a rondar as redes socias, e que temos de continuar a combater”, realça aquela responsável.
Sublinhando que a verdadeira religião “não mata”, antes “promove a vida, sempre e em qualquer circunstância”, Eugénia Quaresma destaca a importância de nestes tempos “saber distinguir o crente do fundamentalista religioso”.
É preciso “separar as águas” e perceber também que muitos “atos isolados são aproveitados pelos grupos criminosos” para atingirem os seus objetivos.
Para a diretora da OCPM, a Igreja Católica tem de assumir o seu papel de combater o terror com “o evangelho da Misericórdia” e a promoção do diálogo entre culturas e religiões.
Eugénia Fonseca acredita no entanto que todos estes acontecimentos que se têm sucedido, embora negativos, “vão agudizar a necessidade de conversão e forçar a uma mudança positiva, para melhor”.
Numa conversa que conta ainda com a participação do padre Joaquim Nunes, assistente espiritual na Alemanha, é também abordado o futuro da União Europeia, particularmente depois da saída do Reino Unido.
Para o sacerdote, um dos principais desafios é “o crescimento dos partidos extremistas, que voltam a falar de um nacionalismo que se pensava ultrapassado”.
“Há muitos países, a começar pela Inglaterra, onde estas forças identitárias, nacionalistas, demagogas, estão a aproveitar-se dos fracos da Europa”, aponta aquele responsável.
A 44.ª Semana Nacional das Migrações, que a Igreja Católica está a promover até dia 14 de agosto, inclui uma celebração nacional enquadrada na Peregrinação Internacional Aniversária de agosto a Fátima.
PR/JCP - Agência Ecclesia.
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