O Santo Padre Francisco aprovou a promulgação do decreto de canonização do Beato padre Brochero. A informação foi dada pela Assessoria de Imprensa da Santa Sé, afirmando que a autorização foi dada ontem, quinta-feira, 21, na audiência privada que concedeu ao cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos.
O sacerdote argentino, nascido no dia 16 de março de 1840 e morto no dia 26 de janeiro de 1914, era um pastor ‘com cheiro de ovelha’ que levou no lombo de mula o Evangelho e o progresso aos mais necessitados da sua região.
Foi beatificado em setembro de 2013, em uma missa celebrada pelo cardeal Angelo Amato, na cidade que tem o nome do sacerdote, com a participação de 200 mil fieis. Para a ocasião, o papa Francisco presenteou um sino e estabeleceu o dia 16 de março como festa litúrgica do beato cura Brochero.
A postuladora da causa do beato, a Dra. Silvia Correale, disse hoje a ZENIT que “isso significa que no final do mês de fevereiro ou março haverá um consistório para decidir a data e o lugar da cerimônia da canonização do beato Brochero”.
“É um dia – acrescentou a postuladora – de grande alegria para todos na Argentina e na sua Igreja, porque chega o reconhecimento oficial de uma vida que já se sabia que era a de um santo”. Considerou também que a rapidez do milagre depois da beatificação “mostra um sinal da providência de Deus”.
“Foi uma graça que o Senhor permitiu que acontecesse em uma diocese em uma periferia do país, e que a invocação fosse popular, porque envolveu todas as paróquias, cidades, fizeram correntes de oração pela internet, online, e o milagre foi em uma garota de uma família simples, Camila Brusotti”.
A junta médica validou a cura e a recuperação sem explicação científica da menina Camila, que tinha ficado à beira da morte depois de ser espancada pela sua mãe e o seu padrasto, que lhe causaram um infarto massivo no hemisfério cerebral direito com uma hemiplegia, que a tornou incapaz de recuperar a mobilidade do corpo.
O prognóstico médico era o do estado vegetativo e, embora ainda não esteja totalmente recuperada, os médicos disseram que a sua reabilitação é muito boa e a recuperação a nível cognitivo chega quase a 100%, o que lhe permite ir à escola.
O santo padre Francisco, por ocasião da cerimônia de beatificação escreveu uma carta ao presidente da Conferência Episcopal Argentina na qual escrevia: “Me faz bem imaginar hoje a Brochero pároco na sua mula malacara, percorrendo longos caminhos áridos e desolados dos 200 quilômetros da sua paróquia, procurando casa por casa os bisavós e tataravós de vocês, para perguntar-lhes se precisavam de algo e para convidá-los a fazer os exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola. Conheceu todos os cantos da sua paróquia. Não ficou na sacristia penteando ovelhas”.
Fonte: Zenit.
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