O museu será aberto na região de Heiwamachi em Nagasaki, não muito longe da Catedral Urakami e do Museu do bombardeio que lembra a destruição ocorrida após o lançamento de bombas atômicas sobre o Japão em 1945.
De acordo com Iwanami, esta tragédia influenciou a escolha: "Muitos católicos – afirma à Asia News - morreram durante o bombardeio. Quero mostrar às pessoas o quão difícil é proteger a fé se não há liberdade religiosa".
A estrutura cobrirá 140 metros quadrados do primeiro andar de um edifício de propriedade de Iwanami, que publicou várias obras sobre a perseguição anti- cristã e sobre história de Nagasaki. A Arquidiocese de Nagasaki vai cuidar dos objetos em exposição, medalhas religiosas e ícones presentes hoje no Museu Nacional de Tóquio.
Os "Kakure Kirishitan" convertidos no século XVI mantiveram-se fiéis à Igreja, apesar da ausência total de missionários, sacerdotes, da liberdade e da prática religiosa. Depois de quase dois séculos de clandestinidade, a comunidade cristã subterrânea do Japão "saiu" da obscuridade após a inauguração da igreja de Oura (perto de Nagasaki ), que o governo de Tóquio concedeu aos missionários franceses.
Enquanto rezava na igreja, em 17 de março de 1865, Pe. Petitjean – missionário do Mep, que mais tarde tornou-se o primeiro bispo de Nagasaki - foi abordado por um pequeno grupo de agricultores locais que lhe perguntou se "era possível saudar Jesus e Maria". Após um momento de estupor, o padre soube da história: uma grande comunidade cristã e ainda fiel a Roma estava presente no país desde a perseguição de 1500.
Fonte: Zenit.
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