O Papa Francisco recordou hoje no Vaticano a missionária assassinada esta sexta-feira no Haiti e todas as religiosas que arriscam a vida ao serviço dos mais necessitados.
“Rezemos em particular pela missionária espanhola, irmã Isabel, que foi morta há dois dias na capital do Haiti, um país tão provado, para o qual desejo que cessem estes atos de violência e haja maior segurança para todos”, declarou, no final da Missa em que proclamou como santa a Madre Teresa de Calcutá (1910-1997).
Perante os peregrinos que encheram a Praça de São Pedro, Francisco quis recordar e homenagear “os que se gastam ao serviço dos irmãos em contextos difíceis e arriscados”, especialmente as religiosas que “dão a sua vida, sem descanso”.
“Recordemos também outras irmãs que, recentemente, foram vítimas de violência noutros países”, disse.
Além do assassinato da missionária, Isabel Sola Matas, de 51 anos, membro da Congregação das Religiosas de Jesus Maria, esta semana chegou a notícia do sequestro e violação de uma religiosa de 81 anos, na Bolívia; dias antes, duas religiosas tinham sido assassinadas nos EUA e uma casa das Missionárias da Caridade foi atacada na Argentina.
Francisco saudou as mais de 15 delegações oficiais presentes na canonização de Santa Teresa de Calcutá, bem como as Missionárias e os Missionários da Caridade, aos quais pediu que imitem a fundadora da congregação, sendo “fiéis a Deus, à Igreja e aos pobres”.
A cerimónia marcou também o final do Jubileu dos voluntários e operadores da misericórdia, no ano santo extraordinário convocado pelo Papa, que levou ao Vaticano milhares de pessoas, incluindo 400 portugueses ligados às Misericórdias nacionais.
“Confio-vos à proteção de Madre Teresa: que ela vos ensine a contemplar e adorar todos os dias Jesus Crucificado, para o reconhecer e servir nos irmãos necessitados”, declarou.
O Papa proclamou oficialmente como santa a Madre Teresa de Calcutá, um dia antes do 19.º aniversário da morte da religiosa, numa cerimónia com transmissão em 4K (UltraHD) do Centro Televisivo do Vaticano para mais de 120 canais de todo o mundo, incluindo Portugal.
Francisco despediu-se da Praça de São Pedro com uma saudação a todos os que seguiram a cerimónia “através dos media, em todas as partes do mundo”.
No final da Missa, o pontífice argentino percorreu a praça no papamóvel para saudar a multidão, durante largos minutos.
OC - Agência Ecclesia.
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