270 líderes e representantes religiosos lançaram uma declaração conjunta a pedir “coragem” aos líderes internacionais que esta sexta-feira vão assinar na sede da ONU, em Nova Iorque, os compromissos de combate às alterações climáticas.
“Os desafios que nos aguardam requerem honestidade e coragem, porque todos deverão agir para reduzir as emissões poluentes”, refere o documento, divulgado pelo Vaticano.
A assinatura do acordo sobre o clima decorre da COP21, a 21ª Cimeira da ONU sobre Alterações Climáticas, que decorreu no último mês de dezembro, em Paris.
Os participantes acordaram então a adoção de modelos económicos que reduzam as emissões de dióxido de carbono e gases com efeito de estufa, de modo a limitar o aumento da temperatura média do planeta a 1,5 graus Celsius, em relação à era pré-industrial.
O acordo na ONU será vinculante se for ratificado por um mínimo de 55 países, que somados representam 55% das emissões globais de gases de efeito estufa.
Entre os líderes religiosos que assinaram o apelo entregue à Assembleia geral das Nações Unidas estão o bispo Marcelo Sánchez Sorondo, chanceler da Academia Pontifícia das Ciências e das Ciências Sociais (Vaticano); o rabino-chefe Shear Yashuv Cohen; o grande imã Maulana Syed Muhammad Abdul Khabir Azad; o arcebispo anglicano Desmond Tutu; e o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas, Olav Fykse Tveit.
O texto fala do “cuidado pela Terra” como uma responsabilidade comum, citando a encíclica ‘Laudato si’, do Papa Francisco, e declarações de budistas, cristãos, hindus, judeus, muçulmanos, siques e outros líderes religiosos.
Segundo os líderes religiosos, se as emissões de dióxido de carbono e gases com efeito de estufa não baixarem rapidamente, “os impactos serão irreversíveis para centenas de milhões de vidas”.
“É preciso iniciar uma transição dos combustíveis fósseis poluentes para fontes limpas de energia renovável”, apelam.
OC - Ecclesia.
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