Retiro organizado pela União Social de Empresários Cristãos do Chile
“A fé tem consequências muito práticas para a vida de um profissional, tanto no âmbito pessoal como no laboral”, afirmou o padre Samuel Fernández, no retiro “O cristão diante da adversidade: caminho de crescimento na liberdade”, organizado pela União Social de Empresários Cristãos (USEC) em Santiago do Chile.
“Em uma atmosfera de recolhimento e alegria”, os cerca de 60 participantes contaram com a orientação do pe. Fernández, decano da Facultade de Teologia da Universidade Católica e assessor doutrinal da USEC.
O retiro consistiu em duas palestras, seguidas de reflexão pessoal dos participantes e depois reflexão em grupo.
Na primeira palestra falou-se da crise econômica, fazendo alusão ao vazio espiritual que se registar hoje, que tem profundas consequências no comportamento das pessoas. Assinalou-se que as crises não seriam um parênteses na vida, mas “o estado natural em que nos encontramos”.
“Não podemos viver apenas esperando que haja um tempo melhor, um período de paz e bonança que possibilite que façamos aquilo que sempre quisemos e postergamos; esta visão é infrutífera e pouco realista.”
Referiu-se às dificuldades como instâncias que ajudam o homem a incrementar sua fé, que ampliam e completam sua perspectiva.
“Para explicar a atual crise, o olhar técnico é necessário, mas parcial; deve ser complementado pelo olhar mais profundo da fé, a partir das causas mais profundas que jazem no coração do ser humano. O olhar espiritual ou de fé traz o conhecimento do sentido último das coisas, sem nos tirar da realidade concreta, mas dando maior profundidade a sua análise. A fé tem consequências muito práticas para a vida de um profissional, tanto no campo pessoal como no laboral”, sublinhou.
Na segunda palestra traçou-se uma perspectiva acerca de como a liberdade é historicamente o grande elo da humanidade, e que, a partir do Iluminismo, tomou a forma de um “desligar-se” da autoridade, da Igreja e das normas.
“Hoje ser livre é não ter ataduras de nenhum tipo, o que debilita os compromissos com todas as pessoas e instituições com as que nos relacionamos. Esta definição de liberdade, do fazer somente o que me apraz, é absolutamente contrária à liberdade evangélica. Para a Igreja, trata-se mais de um fracasso ou degradação da liberdade”, afirmou o palestrante.
Baseado em um texto escrito por Bento XVI, referiu-se ao fato de que para o cristão, já desde Paulo, a liberdade apresentanta-se como um paradoxo. Já que, baseados no exemplo de Jesus, o ser verdadeiramente livre equivale a “fazer-se servidor” do próximo.
“Sou mais livre quanto mais me ‘entrego’ aos demais. É evidente a contradição com o que hoje se concebe como liberdade, inclusive dentro do atual modelo econômico. É que não somos seres absolutos, nossa liberdade não pode ser absoluta. Nosso critério não pode transformar-se na medida de todas as coisas”, assinalou.
Partilhando a frase do beato padre Alberto Hurtado: "Mais vale gastar-se que oxidar-se", o conferencista assinalou que a “autodoação e a capacidade de serviço, sobretudo se se tem uma posição de privilégio, é aquilo que levará a pessoa a sentir-se possuidora de uma liberdade que ninguém lhe pode tirar. Conhecer a verdade de si mesmo é condição para ser livres, o que, por sua vez, é condição para ser felizes”, concluiu.
“Em uma atmosfera de recolhimento e alegria”, os cerca de 60 participantes contaram com a orientação do pe. Fernández, decano da Facultade de Teologia da Universidade Católica e assessor doutrinal da USEC.
O retiro consistiu em duas palestras, seguidas de reflexão pessoal dos participantes e depois reflexão em grupo.
Na primeira palestra falou-se da crise econômica, fazendo alusão ao vazio espiritual que se registar hoje, que tem profundas consequências no comportamento das pessoas. Assinalou-se que as crises não seriam um parênteses na vida, mas “o estado natural em que nos encontramos”.
“Não podemos viver apenas esperando que haja um tempo melhor, um período de paz e bonança que possibilite que façamos aquilo que sempre quisemos e postergamos; esta visão é infrutífera e pouco realista.”
Referiu-se às dificuldades como instâncias que ajudam o homem a incrementar sua fé, que ampliam e completam sua perspectiva.
“Para explicar a atual crise, o olhar técnico é necessário, mas parcial; deve ser complementado pelo olhar mais profundo da fé, a partir das causas mais profundas que jazem no coração do ser humano. O olhar espiritual ou de fé traz o conhecimento do sentido último das coisas, sem nos tirar da realidade concreta, mas dando maior profundidade a sua análise. A fé tem consequências muito práticas para a vida de um profissional, tanto no campo pessoal como no laboral”, sublinhou.
Na segunda palestra traçou-se uma perspectiva acerca de como a liberdade é historicamente o grande elo da humanidade, e que, a partir do Iluminismo, tomou a forma de um “desligar-se” da autoridade, da Igreja e das normas.
“Hoje ser livre é não ter ataduras de nenhum tipo, o que debilita os compromissos com todas as pessoas e instituições com as que nos relacionamos. Esta definição de liberdade, do fazer somente o que me apraz, é absolutamente contrária à liberdade evangélica. Para a Igreja, trata-se mais de um fracasso ou degradação da liberdade”, afirmou o palestrante.
Baseado em um texto escrito por Bento XVI, referiu-se ao fato de que para o cristão, já desde Paulo, a liberdade apresentanta-se como um paradoxo. Já que, baseados no exemplo de Jesus, o ser verdadeiramente livre equivale a “fazer-se servidor” do próximo.
“Sou mais livre quanto mais me ‘entrego’ aos demais. É evidente a contradição com o que hoje se concebe como liberdade, inclusive dentro do atual modelo econômico. É que não somos seres absolutos, nossa liberdade não pode ser absoluta. Nosso critério não pode transformar-se na medida de todas as coisas”, assinalou.
Partilhando a frase do beato padre Alberto Hurtado: "Mais vale gastar-se que oxidar-se", o conferencista assinalou que a “autodoação e a capacidade de serviço, sobretudo se se tem uma posição de privilégio, é aquilo que levará a pessoa a sentir-se possuidora de uma liberdade que ninguém lhe pode tirar. Conhecer a verdade de si mesmo é condição para ser livres, o que, por sua vez, é condição para ser felizes”, concluiu.
Fonte: Zenit.
Nenhum comentário:
Postar um comentário