Ao apresentar a figura de João Escoto Erígena
Bento XVI explicou nesta quarta-feira, a 15 mil peregrinos, que a autoridade e a razão não devem estar em contraposição, pois, como esclareceu na audiência geral, realizada na Praça de São Pedro, Deus só diz e busca a verdade.
O bispo de Roma aprofundou neste aspecto da vida cristã ao ilustrar a figura de um dos maiores filósofos e teólogos do século IX, João Escoto Erígena, nome que faz referência à sua origem irlandesa.
Ao continuar com suas intervenções sobre as grandes figuras da história da Igreja, o pontífice recolheu ideias do pensamento de Escoto que, segundo disse, “poderiam sugerir interessantes aprofundamentos, inclusive para teólogos contemporâneos”.
Em particular, referiu-se ao “dever de exercer um discernimento apropriado sobre o que se apresenta como a verdadeira autoridade”.
O sucessor de Pedro sublinhou que “dado que Deus só diz a verdade, Escoto Erígena está convencido de que a autoridade e a razão nunca podem estar em contraposição”.
“Ele está certo de que a verdadeira religião e a verdadeira filosofia coincidem”, continuou esclarecendo, ao sintetizar o pensamento do filósofo do renascimento carolíngio.
O Papa citou esta significativa frase de João Escoto: “Qualquer tipo de autoridade que não estiver confirmada por uma verdadeira razão, deveria ser considerada como fraca... Só é verdadeira autoridade aquela que coincide com a verdade descoberta em virtude da razão, ainda que se trate de uma autoridade recomendada e transmitida para utilidade das posteriores gerações pelos santos padres”.
A intervenção do Papa esteve continuamente salpicada por atualíssimas mensagens escritas por um autor do século IX, como, por exemplo, esta: “Que nenhuma autoridade o atemorize ou o distraia do que lhe faz compreender a persuasão obtida graças a uma reta contemplação racional. De fato, a autêntica autoridade não contradiz nunca a reta razão, e esta última nunca contradiz uma verdadeira autoridade. Uma e outra procedem sem dúvida da mesma fonte, que é a sabedoria divina”.
“Vemos aqui uma valente afirmação do valor da razão, fundada sobre a certeza de que a verdadeira autoridade é razoável, pois Deus é a razão criadora”, afirmou Bento XVI.
O Papa concluiu com outro pensamento de João Escoto, capaz de iluminar a oração de todo crente: “Só se pode desejar a alegria da verdade, que é Cristo, e só se pode evitar a ausência d’Ele. É preciso considerar que esta é a única causa de total e eterna tristeza. Tire Cristo de mim e não me restará nenhum bem e não há nada que me aterrorizará tanto como sua ausência. O pior tormento de uma criatura racional são as privações e a ausência d’Ele”.
Esta foi uma audiência geral repleta de cores, não só pelas imagens de flores compostas na escadaria da Praça de São Pedro por ocasião do Corpus Christi – que no Vaticano se celebra nesta quinta-feira –, mas também pela presença do Variétés Club.
Trata-se de uma associação de famosos antigos jogadores de futebol e jornalistas esportivos da França, que organizam jogos com objetivos benéficos.
O Variétés Club se encontrava em Roma para participar à tarde de uma partida de futebol na qual, entre outras antigas glórias, deveria brilhar Karembeu, contra o time da Guarda Suíça Pontifícia. O árbitro do jogo era o bispo francês de Saint-Etienne, Dom Dominique Lebrun.
O bispo de Roma aprofundou neste aspecto da vida cristã ao ilustrar a figura de um dos maiores filósofos e teólogos do século IX, João Escoto Erígena, nome que faz referência à sua origem irlandesa.
Ao continuar com suas intervenções sobre as grandes figuras da história da Igreja, o pontífice recolheu ideias do pensamento de Escoto que, segundo disse, “poderiam sugerir interessantes aprofundamentos, inclusive para teólogos contemporâneos”.
Em particular, referiu-se ao “dever de exercer um discernimento apropriado sobre o que se apresenta como a verdadeira autoridade”.
O sucessor de Pedro sublinhou que “dado que Deus só diz a verdade, Escoto Erígena está convencido de que a autoridade e a razão nunca podem estar em contraposição”.
“Ele está certo de que a verdadeira religião e a verdadeira filosofia coincidem”, continuou esclarecendo, ao sintetizar o pensamento do filósofo do renascimento carolíngio.
O Papa citou esta significativa frase de João Escoto: “Qualquer tipo de autoridade que não estiver confirmada por uma verdadeira razão, deveria ser considerada como fraca... Só é verdadeira autoridade aquela que coincide com a verdade descoberta em virtude da razão, ainda que se trate de uma autoridade recomendada e transmitida para utilidade das posteriores gerações pelos santos padres”.
A intervenção do Papa esteve continuamente salpicada por atualíssimas mensagens escritas por um autor do século IX, como, por exemplo, esta: “Que nenhuma autoridade o atemorize ou o distraia do que lhe faz compreender a persuasão obtida graças a uma reta contemplação racional. De fato, a autêntica autoridade não contradiz nunca a reta razão, e esta última nunca contradiz uma verdadeira autoridade. Uma e outra procedem sem dúvida da mesma fonte, que é a sabedoria divina”.
“Vemos aqui uma valente afirmação do valor da razão, fundada sobre a certeza de que a verdadeira autoridade é razoável, pois Deus é a razão criadora”, afirmou Bento XVI.
O Papa concluiu com outro pensamento de João Escoto, capaz de iluminar a oração de todo crente: “Só se pode desejar a alegria da verdade, que é Cristo, e só se pode evitar a ausência d’Ele. É preciso considerar que esta é a única causa de total e eterna tristeza. Tire Cristo de mim e não me restará nenhum bem e não há nada que me aterrorizará tanto como sua ausência. O pior tormento de uma criatura racional são as privações e a ausência d’Ele”.
Esta foi uma audiência geral repleta de cores, não só pelas imagens de flores compostas na escadaria da Praça de São Pedro por ocasião do Corpus Christi – que no Vaticano se celebra nesta quinta-feira –, mas também pela presença do Variétés Club.
Trata-se de uma associação de famosos antigos jogadores de futebol e jornalistas esportivos da França, que organizam jogos com objetivos benéficos.
O Variétés Club se encontrava em Roma para participar à tarde de uma partida de futebol na qual, entre outras antigas glórias, deveria brilhar Karembeu, contra o time da Guarda Suíça Pontifícia. O árbitro do jogo era o bispo francês de Saint-Etienne, Dom Dominique Lebrun.
Fonte: Zenit.
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