O mês de outubro já se aproxima e toda a Igreja se prepara para impulsar as obras missionárias. No penúltimo domingo, 18 e 19, dia Mundial das Missões, organiza-se especialmente uma coleta para sustentar atividades de promoção humana e evangelização em todo o mundo.
Como em todos os anos as Pontifícias Obras Missionárias do Brasil (POM), com a colaboração de algumas comissões da CNBB, criou dessa vez uma campanha missionária com a mesma temática da Campanha da Fraternidade: a realidade do tráfico humano.
Por meio de uma série de materiais – cartazes, DVD, livro de novenas... –, que podem ser baixados gratuitamente pelo site da mesma instituição, busca-se conscientizar todos os fieis desse perigo tão real e que é “uma chaga da humanidade contemporânea”, conforme definição do Papa Francisco.
De todos os matérias, destacam-se os vídeos preparados para cada dia da novena. Neles há testemunhos de missionários e de vítimas, e o exemplo de como a Igreja no Brasil enfrenta na prática a questão, diariamente, nos diversos rincões do país.
Pe. Camilo Pauletti, diretor das pontifícias obras missionárias – POM, abre o primeiro vídeo da novena dizendo: “Outubro é conhecido com o mês missionário, tempo para rezar, refletir e tomarmos consciência de que a nossa igreja existe para evangelizar”.
Segundo a Organização Internacional do trabalho as vítimas do tráfico humano somam 21 milhões e o crime se expressa no trabalho escravo, na exploração sexual, no tráfico de órgãos, e adoção ilegal. É também a terceira atividade criminosa mais rentável do mundo, atrás apenas do tráfico de armas e do tráfico de drogas e movimenta mais de 32 bilhões de dólares por ano.
Em um dos testemunhos de missionários que aparece nos vídeos está o da religiosa que em 2013 recebeu do parlamento europeu o prêmio cidadão europeu, destinado às pessoas que desenvolvem trabalho pelas causas humanitárias, a Ir. Eugênia Bonetti, missionária da Consolata.
“Em Turin, no norte da Itália, - relata Ir. Eugenia - eu conheci o mundo das noites e o mundo das ruas porque eu conheci alguém especial, a primeira mulher africana que veio até o meu escritório pedir ajuda. Ela chorava muito e suplicava. ‘Irmã, me ajude, me ajude’. O nome dessa mulher era Maria. E o encontro com Maria mudou minha vida. Ela se tornou minha professa, minha catequista. Ela me fez entender o mundo terrível do tráfico de pessoas. E daí em diante eu fui procurando enxergar o que estava acontecendo, não só na África, mas no mundo. Nós realmente podemos fazer um mundo sem escravidão, um mundo onde todos são reconhecidos como seres humanos, criados como imagem de Deus e não para serem escravos”.
Para baixar os materiais e ter acesso aos vídeos, clique aqui
Fonte: Zenit.
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