O padre dominicano Giuseppe Girotti, vítima do ódio contra a fé, assassinado no campo de concentração de Dachau pelas mãos dos nazistas, será proclamado beato neste sábado em Alba, no Piemonte. O Santo Padre o recordou na audiência geral desta quarta-feira, desejando que "o seu heroico testemunho cristão e o seu martírio suscitem em muitos corações o desejo de aderir cada vez mais a Jesus e ao Evangelho". Para representar o Santo Padre na beatificação, estará presente o cardeal Giovanni Coppa, nascido em Alba.
Com a ocupação alemã da Itália em 1943, a situação dos judeus ficou particularmente delicada a partir da decisão da República Social, em 30 de novembro, de prender todos os judeus. Pio XII pediu que os fieis ajudassem e salvassem os judeus. E o padre Girotti não deixou de lado o dever moral de prestar ajuda aos perseguidos. Mas foi traído e caiu numa armadilha da polícia nazista, que, por telefone, lhe pediu acompanhar um dos filhos do professor Diena, judeu, até a casa do pai na colina de Turim. Girotti saiu do convento em 29 de agosto de 1944 e não voltou mais. Foi levado para o campo de concentração de Dachau.
No campo de concentração, o padre foi acometido de um carcinoma que lhe trouxe problemas de vista, dores reumáticas e inflamação crescente nas pernas. Morreu em 1º de abril de 1945. As últimas palavras escutadas dele foram uma citação do livro do Apocalipse: "Maranatha. Vem, Senhor Jesus!". Uma mão desconhecida escreveu de lápis na sua cama: “São Giuseppe Girotti”. Nos registros do campo de concentração de Dachau, pode-se ler: "Motivo da prisão: ajudou os judeus". O padre Girotti foi enterrado na fossa comum de Leitenberg.
Fonte: Zenit.
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