quinta-feira, 10 de maio de 2012
Mobilização da Igreja contra o tráfico de seres humanos
A rede da Igreja é uma força para lutar contra o tráfico de seres humanos: essa é a convicção que anima os organizadores de um congresso internacional para combater este “flagelo bem real”. Num congresso sobre o tema no Vaticano, no qual participou o Cardeal Turkson, os assistentes expressaram preocupação por este tráfico nas próximas Olimpíadas de Londres.
O congresso foi organizado pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz e pela Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, que trabalha sobre o tráfico de seres humanos em parteceria com a polícia de londres. A iniciativa aconteceu nesta terça-feira no Vaticano, recebido também o apoio da embaixada do Reino Unido junto à Santa Sé.
Todos os dias, informa um comunicado, “homens, mulheres e crianças são comprados e vendidos”. São “reduzidos à escravidão” pela exploração sexual, trabalhos domésticos e trabalhos forçados.
O tráfico de seres humanos é, pois, “bem real” e é até mesmo classificado hoje como a “segunda empresa criminosa no mundo”, depois do tráfico ilegal de armas.
O congresso estudou especialmente os modos que as diferentes autoridades podem trabalhar juntas para abolir o comércio de vidas humanas.
Participaram congressistas de todo o mundo e entre eles o cardeal Peter Kodwo Appiah Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz; Sophie Hayes, vítima do tráfico, que testemunhou sua história; o diretor adjunto do Centro de tráfico humano britânico; Caritas Lituana e a religiosa fundadora de Albani Hope, uma organização anti-tráfico; responsáveis do departamento do crime organizado da polícia de londres, da polícia polonesa e do FBI.
Durante o encontro, as autoridades vaticanas expressaram a sua preocupação por um possível aumento do tráfico de mulheres para o Reino Unido nos próximos meses por causa dos Jogos Olímpicos de Londres.
Kevin Hyland, expert de Scotland Yard, destacou que “a Igreja pode contar com 1 bilhão e 100 milhões de católicos para ajudar não somente a freia este fenômeno, mas também a prevení-lo”.
A reunião serviu para apresentar um panorama sobre este problema, não somente olhando para as Olimpíadas mas também para outros eventos esportivos que favorecem um incremento da prostituição.
O cardeal Peter Turkson lamentou que muitos países receptores de migrantes, membros até mesmo do Grupo dos Oito (G-8) ou da União Européia, não tenham se aderido à convenção internacional sobre a proteção dos direitos dos trabalhadores migrantes e seus familiares, adotada em 1990.
Fonte: Zenit.
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