O Papa Francisco realizará do 25 ao 30 de novembro a 11ª viagem internacional do seu pontificado. Nessa passará por três países africanos: Quênia, Uganda e República Centro Africana.
Apesar das dúvidas sobre a última etapa da viagem, devido à forte onda de violência recente no país, o padre Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, confirmou que tudo permanece. Assim, explicou que o comandante da Gendarmaria do Vaticano, Domenico Giani, precederá o Santo Padre na viagem para verificar as condições de segurança.
Durante uma coletiva de imprensa esta manhã na sala de imprensa do vaticano, o porta-voz do Vaticano disse aos repórteres que os ataques em Paris na semana passada, não modificaram ou condicionaram o programa da viagem pontifícia ao continente africano.
Também indicou que o Santo Padre “quer levar uma mensagem de paz e reconciliação” a um lugar marcado por muitas “violências”.
A primeira viagem de um Pontífice à África foi em 1969, precisamente Paulo VI a Uganda. O Papa São João Paulo II, durante todo o seu pontificado, visitou 42 países africanos. Por sua parte, Bento XVI visitou Camarões em 2009 e Benin em 2011.
Quénia
Repassando as etapas e os encontros que Francisco terá nesses cinco dias de duração da viagem, recordou que no Quénia, haverá uma visita ao presidente Uhuru Kenyatta e às autoridades e corpo diplomático do país. Além disso, haverá um encontro inter-religioso e ecumênico, uma missa no campus da Universidade de Nairobi, em uma área onde há capacidade para um milhão de pessoas. Também se reunirá com o clero, religiosos e seminaristas. Visitará a sede das Nações Unidas, onde estão duas agêncdias da ONU e lá pronunciará um discurso em espanhol. Finalmente, irá a Kangemi, uma favela em Nairobi. Em seguida, irá para o Estádio Kasarani para se encontrar com os jovens, onde está previsto um testemunho de sobreviventes do massacre no campus da Garissa. O último encontro no Quênia será, em privado, com os bispos da nação.
Uganda
A segunda etapa da turnê Africana é Uganda. Primeiro, ele se reunirá com o presidente Yoweri Museveni, que governa há 30 anos. Sobre a visita a este país, o Pe. Federico Lombardi sublinhou que terá muita importância o tema dos mártires ugandeses. O Santo Padre visitará Munyonyo, onde foram condenados a morte estes mártires católicos e anglicanos. Seguindo com a temática dos mártires, o Papa irá também ao santuário dedicado a eles, depois de celebrar a missa no sábado, 28 de novembro.
Nessa tarde se encontrará com uns 100 mil jovens no Kololo Air Strip Kampala. Neste encontro, observou o Padre Lombardi, serão significativos os testemunhos, entre os quais estará o de um jovem que foi sequestrado por guerrilheiros quando era pequeno e o de uma jovem portadora do vírus HIV. Para finalizar as visitas em Uganda, o Santo Padre irá à Casa de Caridade de Nalukolongo, depois uma reunião privada com os bispos e concluirá com um encontro com sacerdotes, religiosos e seminaristas.
República Centro-Africana
A última etapa da viagem é a República Centro-Africana. Na chegada, Francisco visitará à presidente de transição, Catherine Samba-Panza, e, em seguida, terá um encontro com o corpo diplomático e a classe dirigente, onde pronunciará um discurso em francês, idioma que utilizará pela primeira vez em um ato público desde que é Papa. Em seguida, Francisco visitará um campo de refugiados. Também se reunirá no mesmo dia com os bispos, com as comunidades evangélicas, e celebrará a Missa com os sacerdotes, religiosos, religiosas e seminaristas. Nesse momento, o Santo Padre vai abrir a Porta Santa da Catedral de Bangui, em antecipação do Jubileu da Misericórdia. Para terminar o dia, o Papa Francisco confessará alguns jovens e abrirá uma vigília de oração. Na segunda-feira 30 de novembro, último dia, o Papa se encontrará com a comunidade muçulmana na mesquita central do Koudoukou em Bangui. Para concluir a viagem, vai celebrar a Missa no estádio de esportes Barthélémy Boganda.
Entre a comitiva que acompanha o Santo Padre na viagem, participa o Cardeal Pietro Parolin, secretário de estado, exceto na última etapa, porque ele tem de viajar para Paris para a reunião da COP 21. Também acompanha os cardeais Fernando Filoni, prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, e Peter Turkson, presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz. Além disso, como é habitual em viagens papais, participará um trabalhador do vaticano, nesta ocasião se trata de uma mulher, Burkina Faso, que trabalha em uma das lojas do Governatorato.
Fonte: Zenit.
Nenhum comentário:
Postar um comentário