sábado, 15 de agosto de 2015

Ponto de viragem histórica em Cuba: a reabertura da embaixada dos EUA

Ares de festa e de degelo na Havana. Depois de 54 anos é reaberta hoje a Embaixada dos Estados Unidos, com uma cerimônia que contou com a presença do secretário de Estado, John Kerry, na companhia de três marines idosos que, em 1961 abaixaram a bandeira com estrelas e listras, fechando, de fato, a sede diplomática de Washington no País caribenho.
A embaixada está formalmente em funcionamento desde 20 de julho, mas Cuba e os EUA decidiram combinar a cerimônia com a visita de John Kerry na ilha. A primeira de um secretário de Estado depois de 70 anos, quando Edward Stettinius participou da sucessão democrática para a presidência de Fulgencio Batista e Ramón Grau San Martin em março de 1945. Tendo em vista a histórica jornada, também Fidel Castro - formalmente aposentado – quis reaparecer na cena pública com um artigo no jornal oficial Granma.
O ex-líder cubano, no entanto, não poupou críticas contra o embargo dos EUA. "Vocês têm um débito de indenização com Cuba equivalente aos danos que somam muitos milhões de dólares, como denunciado pelo nosso País com argumentos e dados irrefutáveis durante seus discursos na ONU", disse em seu artigo. Um sinal de que muitas medidas ainda devem ser tomadas. Neste sentido, é também um sinal o fato da escolha do Governo cubano de içar 138 bandeiras nacionais diante da embaixada americana, ocultado a fachada. E como um corolário para as bandeiras um famoso lema castrista “pátria ou morte, venceremos”.
Antes de partir para Cuba, John Kerry na TV Univision tem dispensado otimismo e lançou uma mensagem a Havana: "Sempre mais pessoas viajarão. Haverá mais intercâmbios. Mais famílias poderão encontrar-se. E espera-se que também o governo de Cuba queira tomar decisões para começar a mudar as coisas”.

Fonte: Zenit.

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