Filone já tinha sido núncio apostólico em Bagdá e permanecido na cidade durante a Guerra do Golfo, quando todos os outros diplomatas tinham deixado a cidade. Ele qualificou a decapitação do jornalista norte-americano James Foley de “ato de barbárie desumana, que, no entanto, eu já vi no passado”.
Em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, o prefeito da Propaganda Fide afirmou: “O papa nunca disse ‘vá lá pelos cristãos’. Não. Ele me disse: ‘vá lá ajudar as minorias’. Isso demonstra que a Igreja agiu em prol de todos”.
“Eu estive com os yazidis, com seus sábios, aqueles veneráveis de barba longa. Encontrei-os cheios de sofrimento e de lágrimas: ‘Não temos mais nem força nem voz. Vocês são a nossa voz’”. O purpurado completou: "Como Igreja, nós estamos falando em favor de todos: dos yazidis e dos xiitas expulsos das suas aldeias, dos sábios... E também dos sunitas que não aceitam esta onda de terrorismo”.
O cardeal se interrogou sobre as armas dos milicianos: “Como é que todo este movimento de dinheiro e de recursos escapou de quem tem que controlar e de quem dirige as coisas de longe? É uma resposta que por enquanto está difícil de dar”.
Ao jornal Avvenire, o purpurado disse que os habitantes estão “dispostos a voltar para as suas aldeias desde que haja cinturões de segurança internacional que garantam que eles possam retomar a vida normal”. Filoni considerou interessante a ideia de que esses responsáveis pela segurança sejam os capacetes azuis da Organização das Nações Unidas.
Fonte: Zenit.
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