O diretor da assessoria de imprensa da Santa Sé, pe. Federico Lombardi, expôs ontem aos jornalistas o trabalho que o conselho de cardeais e o papa realizaram durante a manhã desta quinta-feira.
“O papa esteve ontem na reunião da tarde até as 19 horas. Hoje ele permaneceu até o início da audiência do congresso de três dias pelo cinquentenário da Pacem in Terris. Ontem ele trabalhou na questão da reforma da cúria romana, o que indica que não será somente uma atualização da Pastor Bonus, mas algo mais consistente”.
“Devemos esperar uma nova Pastor Bonus, não apenas retoques das suas partes nem de adequações de pequenas coisas”, avisou Lombardi, acrescentando que “a questão é ressaltar a natureza de serviço [da cúria] à Igreja universal e às Igrejas locais, respeitando a subsidiariedade”.
Particularmente importante, considerou Lombardi, será o papel “da Secretaria de Estado, que tem que ser uma secretaria do papa. O nome ‘de Estado’ não transmite bem a ideia e pode criar confusão. A especificação do papel da secretaria deverá ser feita antes que o novo secretário de Estado assuma”.
“Também foram tratadas as relações do papa com os chefes dos dicastérios, com os dicastérios em si e com os escritórios da cúria, assim como as suas funções. Falou-se de tudo isto, mas não há decisões tomadas ainda. São as hipóteses que o papa levantou com o conselho de cardeais”.
Sobre a tarefa de reordenar as administrações temporais, o porta-voz afirmou “que não é o objetivo desta reunião, mas é um tema que entra no conjunto”.
Outro assunto tratado com notável atenção é o dos leigos. “Os membros do conselho puseram na mesa os anseios de diversas partes do mundo. E, ao se pensar na reforma da cúria, do governo da Igreja e do seu futuro, haverá uma atenção específica aos leigos”.
Sobre o próximo sínodo e o modo de realizá-lo, “esse tema foi abordado e há uma certa urgência do papa e da secretaria do sínodo, em vista do próximo que deve acontecer”.
Quanto à próxima reunião do conselho de oito cardeais, que a mídia tem chamado de C8, Lombardi afirmou que “até ontem não foi marcada a próxima data de encontro de todo o grupo, mas deverá ser nos primeiros meses de 2014, em janeiro ou fevereiro. É uma orientação informal, não é uma indicação do santo padre”.
O porta-voz, porém, observa: “Não se deve pensar que entre uma reunião e outra não aconteça nada, porque o trabalho é levado adiante com vários instrumentos de comunicação, mesmo sem que haja reunião plenária”.
Fonte: Zenit.
Nenhum comentário:
Postar um comentário