quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Aumenta a fé no Nepal, graças à Bíblia e as palavras de Francisco



"Um incentivo forte no combate a desigualdade social e a injustiça". Estes são os sentimentos despertados no povo do Nepal a partir da leitura da Bíblia e da mensagem do papa Francisco para Dia Mundial das Missões, celebrado no último domingo.
Relatos de alguns sacerdotes locais à agência Asia News, ressaltam que a demonstração concreta de suas declarações é o aumento do número de não- católicos que decidiram participar da Missa dominical e os jovens que estão no caminho do catecumenato, atraídos pela mensagem de igualdade e dignidade do ser humano proclamado pela Igreja Católica.
A Agência informa que em 20 de outubro, mais de 500 pessoas foram a Catedral da Assunção, em Kathmandu para participar da Santa Missa. Padre Robin Rai, o pároco, durante a celebração leu a mensagem para o Dia Mundial das Missões do papa Francisco e, em seguida, pediu a todos os presentes - católicos e não católicos - para proclamar a Palavra de Deus aos membros de suas comunidades.
Os leigos presentes na liturgia encontraram as palavras da mensagem do Santo Padre "perfeitamente adequadas" às necessidades das populações do Nepal, feridas todos os dias pela discriminação e opressão. Muitos prometeram imprimir e distribuir as palavras do Papa em seus locais de trabalho.
A Ásia News relata também o testemunho de Rita Adhikari, mãe de três filhos, membro da casta mais baixa da sociedade nepalesa. A mulher disse que se converteu ao catolicismo, há oito anos, depois de descobrir “que não existe discriminação nesta religião". "Todos os seres humanos são iguais e são tratados da mesma forma - acrescenta -independentemente da casta, cor da pele ou classe social”.
Rita explica que, a fim de escapar da discriminação, teve que mudar seu nome. "Meu nome verdadeiro é Biswakarma - diz - que para os hindus do Nepal indica pessoas de casta inferior. Para eles somos “intocáveis". Para escapar da perseguição mudamos para Kathmandu, a capital, acreditando que as coisas teriam sido diferentes. Mas mesmo aqui, tivemos problemas: nós não podíamos usar a água do abastecimento público, ou alugar um quarto. Os colegas hindus da minha filha a evitavam. Ao final, mudamos o nome para Adhikari, para que as pessoas não conseguissem nos identificar com facilidade”.

Fonte: Zenit.

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