Não quero dizer que as ocorrências mencionadas no primeiro parágrafo sejam falsas ou fantasiosas. Acredito piamente que se trata de manifestações autênticas. Todavia, não se pode embasar a crença em Deus nas aludidas manifestações. Seria como dar uma de são Tomé! Aliás, o milagre eucarístico de Lanciano advém de uma postura similar a de são Tomé: um padre na Itália que duvidou da presença real do corpo de Cristo na hóstia consagrada.
Precisamos escoimar nossa prática religiosa daquilo que não é fundamental. Agiremos como racionalistas, se quisermos provar tudo; provar nossa crença... A fé madura está alicerçada no fundamental, não no acessório.
O maravilhoso na Igreja é Cristo, seu divino fundador. O maior milagre que se espera, tão suplicado pelo papa Francisco na recente JMJ, é o milagre de uma sociedade fraterna, justa, prenhe de vida abundante (Jo 10,10). Neste ponto, os leigos possuem uma responsabilidade enorme, porquanto devem animar e aperfeiçoar a ordem temporal com o espírito do evangelho (cf. cânon 225, §2.º).
Edson Sampel - Zenit.
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