Um sacerdote ortodoxo foi assassinado na cidade síria de Hama, ontem (26), ao mesmo tempo em que se reforçam os apelos no país para que a mediação internacional freie a escalada da violência.
O sacerdote ortodoxo de Kafr Buhum, Basilos Nassar, foi assassinado no subúrbio de Hama enquanto prestava auxílio a um homem ferido no bairro de Jarajmeh, segundo fontes contatadas pela agência Misna.
A agência de imprensa síria Sana informou que o crime teria sido cometido por “grupos armados de terroristas” infiltrados no país, enquanto os comitês revolucionários continuam acusando o regime de Damasco de estar por trás de atentados contra cidadãos desarmados.
“Pelo que eu sei”,declarou a Misna o jesuíta Paolo Dall’Oglio, que dirige há anos o mosteiro de Deir Mar Musa, “este foi o primeiro episódio de violência odiosa contra um religioso. Isso tem que servir de advertência para a comunidade internacional. É urgente que ela encontre uma via para a mediação, para a Síria sair desta crise, e sair o quanto antes”.
A agência Sana comunicou a morte do religioso sem mencionar a sua pertença à Igreja ortodoxa, depois do assassinato também do chefe da Meia-Lua Vermelha no norte da Síria, Abdulrazak Jbero. Conforme os primeiros dados, Jbero teria sido morto por um disparo enquanto viajava perto da cidade de Idlib. O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informa que as circunstâncias do assassinato não foram esclarecidas. A Cruz Vermelha condenou o episódio destacando a falta de respeito na Síria pelas atividades dos médicos e dos agentes humanitários.
O acontecimento desencadeou uma confusão de acusações contrapostas entre os comitês revolucionários, que acusam o regime de Damasco pelo atentado, e a imprensa pró-governo, que culpa os “grupos de terroristas armados” presentes na região.
Fonte: Zenit.
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