Por ocasião do centenário da sua fundação os membros de três importantes seminários italianos foram recebidos em audiência esta manhã pelo Papa Bento XVI.
O Seminário Pontifício Regional Umbro "Pio XI" de Assis, o Seminário Pontifício Regional "São Pio X" de Catanzaro e o Pontifício Seminário Campano Inter regional de Nápoles, representados pelos superiores e pelos seminaristas, encontraram-se com o Santo Padre na Sala Clementina.
Como explicado por Bento XVI, o nascimento destes três seminários regionais, em 1912, "deve estar compreendido no trabalho mais amplo de aumento de qualidade na formação dos candidatos ao sacerdócio levado adiante pelo Papa São Pio X, em continuidade com o Papa Leão XIII."
Colocando em sinergia os Seminários regionais, Pio X estabeleceu agregá-los nas estruturas regionais; e a sua reforma "produziu um aumento significativo no nível de qualidade, graças à aquisição de uma cultura básica comum a todos e a um período suficientemente longo de estudo e bem estruturado", favorecendo também um “notável enriquecimento humano."
Um papel importante nessa inovação foi realizado pela Companhia de Jesus, à qual foi confiada a gestão de cinco desses seminários regionais.
"É particular o caso do Seminário Campano de Posillipo, que de 1935 abriu-se a todas as regiões meridionais, depois de ter reconhecida a possibilidade de conceder os graus acadêmicos”, disse o Papa.
Ainda hoje, acrescentou o Pontífice, os Seminários regionais representam uma experiência “adequada e válida", permitindo "percursos de estudo de alto nível" e proporcionando uma "preparação adequada ao complexo cenário cultural e social no qual vivemos".
"A dimensão regional - acrescentou – coloca-se além do mais, como válida mediação entre as linhas da Igreja universal e as necessidades das realidades locais, evitando o risco do particularismo".
As três regiões de origem dos Seminários recebidos pelo Papa são, cada uma de uma maneira diferente, extraordinariamente "ricas de grandes patrimônios espirituais e culturais". A Umbria, terra natal de São Bento e São Francisco, é "destino contínuo de peregrinações".
Bento XVI reiterou a necessidade de "uma sólida preparação filosófico-teológica dos futuros sacerdotes." Não se trata, de fato, só de aprender os conceitos "obviamente úteis", mas de "conhecer e compreender a estrutura interna da fé como um todo." O estudo da teologia, além disso, "deve ter sempre uma ligação muito intensa com a vida de oração."
"É importante – prosseguiu o Papa - que o seminarista compreenda bem que, enquanto se aplica a este objeto, é na verdade um "Sujeito" que o questiona, o Senhor que o fez sentir a sua voz convidando-o a gastar a vida a serviço de Deus e do próximo. "
Só assim o seminarista poderá realizar aquela "unidade de vida" que encontra sua "expressão tangível" na "caridade pastoral", naquele momento muito solicitada pelo Beato João Paulo II (Pastores dabo vobis, 23). O futuro sacerdote deverá ser "humanamente íntegro" para ser um verdadeiro "homem de Deus."
"O mundo aguarda santos", disse o Papa, citando as palavras de outro antecessor, o Beato João XXIII há 50 anos, que nas vésperas do Concílio Vaticano II tinha por sua vez, recebido em audiência os membros do Seminário Campano sublinhando a necessidade de "sacerdotes santos, e santificadores," antes mesmo de "cultos, eloqüentes e atualizados."
Palavras que, na opinião do Papa atual "ainda são atuais, porque é mais forte do que nunca em toda a Igreja, como nas suas região de origem, a necessidade de operários do Evangelho, testemunhas dígnas de fé e promotores de santidade em suas vidas".
Fonte: Zenit - [Tradução Thácio Siqueira]
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